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RC quer que PSB obrigue deputados a votarem pela aceitação da denúncia contra Temer

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Aliado do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), o vice-governador paulista, Márcio França, foi um dos integrantes da direção do PSB que se posicionaram a favor do fechamento de questão para obrigar os deputados do partido a votarem na Câmara pela aceitação da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer. Ele também votou a favor de trocar parlamentares da sigla pró-Temer que integram a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), primeiro local em que a denúncia será analisada na Casa.

Primeiro vice-secretário nacional de Finanças do PSB, França já tinha se posicionado a favor do fechamento de questão do partido durante a análise da primeira denúncia contra Temer na Câmara. Ele é ligado a Alckmin, que foi acusado por auxiliares de Temer no Palácio do Planalto de ter trabalhado a favor da aceitação da primeira acusação, após quase toda a bancada do PSDB de São Paulo votar pela abertura de investigação contra o presidente da República, em agosto deste ano. Procurado, França não atendeu as ligações.

Assim como França, votaram a favor das duas decisões do PSB hoje os governadores Rodrigo Rollemberg (Distrito Federal), vice-presidente de Relações Institucionais da legenda, e Ricardo Coutinho (Paraíba), vice-presidente para Políticas Públicas, além do prefeito do Recife, Geraldo Júlio, primeiro secretário nacional do PSB. A decisão atendeu à reivindicação dos deputados, que entregaram documento com o pedido, com apoio de 22 dos 36 integrantes da bancada do partido na Câmara, informa reportagem do Estadão.

Atualmente, dos 66 membros titulares da CCJ, quatro são do PSB. São eles: Danilo Forte (CE), Fábio Garcia (MT), Julio Delgado (MG) e Tadeu Alencar (PE). Segundo Delgado, a direção do partido obrigará a líder da sigla, deputada Tereza Cristina (MS), a substituir Forte e Garcia, que votaram a favor de Temer na primeira denúncia. Eles devem ser substituídos por Danilo Cabral (PE) e Gonzaga Patriota (PE), atualmente suplentes da comissão e que votaram pela aceitação da primeira denúncia no plenário da Câmara.

Nessa segunda-feira, 25, Forte chegou a pedir para deixar o posto de vice-líder do governo na Câmara. Ele e Garcia são alguns dos parlamentares do PSB que negociam filiação ao DEM e que têm criticado a ofensiva do PMDB aos pessebistas que articulam a migração para a legenda do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (RJ). No ofício em que pediu para deixar o posto, o deputado cearense disse que precisava de “isenção” para analisar a denúncia, já que era membro da CCJ.

Na primeira denúncia contra Temer, o PSB também fechou questão para obrigar seus parlamentares a votarem pela abertura de investigação contra o presidente. Apesar do fechamento, 11 deputados da legenda votaram a favor de Temer, ou seja, para barrar a denúncia, entre eles, a própria líder da sigla na Câmara. A maioria (22 deputados), porém, votou pela aceitação da acusação. Os outros se ausentaram da votação.

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STF: PL e Adepol entram com ações para barrar poder de investigação criminal do Ministério Público

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Redação do Portal da Capital

O STF iniciou nesta quarta-feira (24) o julgamento de três ações diretas de inconstitucionalidade (ADIs) questionando normas que conferem ao Ministério Público poderes de realizar investigações criminais. Único a votar até o momento, o ministro Edson Fachin (relator), considera as regras válidas, mas destacou a necessidade de que o início e término de todos os procedimentos sejam comunicados ao judiciário. A análise será retomada na sessão de quinta-feira (25)

Poder de investigação

As Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs) 2943, 3309 e 3318 questionam regras do Estatuto do Ministério Público da União (Lei Complementar 75/1993), da Lei Orgânica Nacional do Ministério Público (Lei 8.625/1993) e da Lei Orgânica do Ministério Público de Minas Gerais. Entre outros pontos, as normas autorizam o MP a realizar diligências investigatórias, notificar testemunhas, requisitar informações, exames, perícias e documentos de autoridades da administração pública e pedir auxílio da força policial.

Voto conjunto

O julgamento começou em sessão virtual, mas foi transferido para o Plenário físico a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). O ministro Edson Fachin, que havia votado para declarar a validade das normas, observou que o voto apresentado na sessão desta quarta-feira foi produzido em conjunto com o ministro Gilmar Mendes, que havia divergido, pontualmente, de suas conclusões.

Controle judicial

No voto, os ministros salientam que o STF já decidiu que as polícias não têm exclusividade na instauração de procedimentos criminais. No mesmo sentido, eles propõem alguns parâmetros para as investigações conduzidas pelo MP, como a necessidade de informar ao Judiciário sobre o início e término do procedimento e a observância dos mesmos prazos e parâmetros previstos para os inquéritos policiais.

Além disso, consideram obrigatória a investigação pelo MP sempre que houver mortes, ferimentos graves ou outras consequências sérias pela utilização de armas de fogo por agentes de segurança pública. O mesmo deve ocorrer quando houver suspeita de envolvimento de agentes na prática de infrações penais. “O monopólio de poderes é um convite ao abuso de poder”, afirmou Fachin.

PR/CR//CV

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Em Brasília: Comissão de Constituição e Justiça aprova novas penalidades para invasores de terra

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A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou por 38 votos a 8 projeto de lei que estabelece restrições e impedimentos para invasores e ocupantes ilegais de propriedades rurais e urbanas.

O texto aprovado foi o substitutivo do deputado Ricardo Salles (PL-SP) ao Projeto de Lei 709/23, do deputado Marcos Pollon (PL-MS). Ele aproveitou o conteúdo de outras propostas que tramitavam anexadas à original, lembra a Agência Câmara.

De acordo com o texto aprovado, quem praticar o crime de invasão de domicílio ou de esbulho possessório (invadir, com violência à pessoa ou grave ameaça, ou mediante concurso de mais de duas pessoas, terreno ou edifício alheio), fica proibido de:

  • contratar com o poder público em todos os âmbitos federativos;
  • inscrever-se em concursos públicos ou processos seletivos para a nomeação em cargos, empregos ou funções públicos;
  • ser nomeado em cargos públicos comissionados e
  • receber auxílios, benefícios e demais programas do governo federal.

A proibição, nos casos mencionados, é por oito anos, contados do trânsito em julgado da condenação.

Caso o condenado já receba auxílios, benefícios e programas sociais do governo, tenha contratos com o poder público federal, cargo público efetivo ou comissionado, ele deverá ser desvinculado compulsoriamente, respeitados o contraditório e a ampla defesa.

Ricardo Salles acolheu sugestões de colegas e modificou o texto para acrescentar que equiparam-se aos alvos das regras aqueles que invadirem terreno público ou privado para tentar forçar a realização de reforma agrária ou demarcação de terras indígenas.

“É inaceitável que indivíduos que desrespeitam a ordem jurídica e promovem invasões ilegais sejam beneficiados por programas assistenciais financiados pelo governo, pois isso implicaria em um incentivo à perpetuação dessas condutas delituosas” afirma Salles.

“Além disso, as invasões de propriedades particulares acarretam prejuízos não apenas aos proprietários, mas também à economia e à segurança jurídica do País” defende o relator da proposta.

O deputado Patrus Ananias (PT-MG) disse que o projeto “afronta princípios constitucionais e o ordenamento jurídico, acrescentando penas inaceitáveis às pessoas condenadas nesses casos”.

“Com a aprovação da proposta, as condenações atingiriam também os familiares do condenado”, acredita o parlamentar.

Já o deputado Zucco (PL-RS) disse que “as penas são brandas”. “Se é para propor a reforma agrária, que se faça dentro da lei. Mas é importante punir invasores identificados. Eles não podem ter cargo público, não podem receber programas assistenciais, como o Bolsa Família”, argumentou.

O projeto está sendo analisado em regime de urgência e pode ser votado a qualquer momento pelo Plenário da Câmara.

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Daniella Ribeiro será a relatora do PL do Perse no Senado

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A senadora paraibana, Daniella Ribeiro (PSD), será a relatora do Projeto de Lei (PL) 1.026 de 2024, que trata da reconfiguração do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse) no Senado Federal.

Aprovado na Câmara dos Deputados nesta terça-feira (23/04), o texto estabelece um teto de R$ 15 bilhões para os incentivos fiscais do Programa, de abril de 2024 a dezembro de 2026. A matéria segue para apreciação no Senado.

Daniella, que também ficou com a relatoria da proposta que criou o Perse em 2021, celebrou a aprovação do projeto e destacou esforços na manutenção de apoios ao setor.

“Estamos juntos nesta luta desde o início e assim continuaremos! Parabéns à deputada Renata Abreu, relatora na Câmara, e ao deputado Felipe Carreras, incansável nessa luta. Agora, tenho novamente a missão de relatar no Senado Federal. Sim ao Perse”, publicou nas redes sociais.

Confira:

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