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Por dois anos seguidos, Brasil fecha mais empresas do que abre, aponta IBGE

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Pelo segundo ano consecutivo o Brasil registrou, em 2015, saldo negativo de empresas formais. Dados divulgados nesta quarta-feira (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que, no ano, 708,6 mil empresas novas entraram no mercado, enquanto 713,6 mil foram fechadas.

O Brasil enfrentava em 2015 o auge da crise econômica. Naquele ano, o PIB (soma de todos os bens e serviços produzidos no país), caiu 3,8%, no pior resultado em 25 anos. Em 2016 foi registrada nova recessão, com queda de 3,6%, de acordo com o G1.

De acordo com o IBGE, esta dinâmica negativa na demografia das empresas brasileiras provocou um recuo de 3,9% no número de pessoas ocupadas no mercado formal de trabalho e queda de 4,5% no pessoal ocupado assalariado. Em números absolutos, 1,6 milhão de pessoas perderam postos de trabalho por conta do fechamento de empresas.

Os dados fazem parte da Pesquisa Demografia de Empresas, realizada pela primeira vez em 2008. Em 2014 foi a primeira vez que o IBGE registrou saldo negativo entre a abertura e o fechamento de empresas no país. Naquele ano, as saídas totalizaram 944 mil empresas, enquanto as entradas somaram 726,3 mil. O instituto destacou, porém, que em 2015 foi a primeira vez que houve redução no pessoal assalariado desde que teve início a pesquisa.

Apesar do movimento negativo, o IBGE destacou que a situação da dinâmica empresarial em 2015 foi mais favorável que a observada no ano anterior.

“Na comparação com 2014, as entradas foram 2,4% inferiores e ocasionaram um acréscimo de pessoal ocupado assalariado 8,2% inferior. As saídas, por seu turno, apresentaram queda de 24,4%, ocasionando uma perda, no pessoal ocupado assalariado, de 6,4%”, destacou o IBGE.

O levantamento feito pelo IBGE tem como base o Cadastro Central de Empresas (CEMPRE). Em 2015, a referida base de dados tinha 4,6 milhões de empresas ativas que ocupavam 40,2 milhões de pessoas. Do total de pessoas ocupadas, 33,6 milhões (83,6%) eram assalariadas e 6,6 milhões (16,4%) estavam na condição de sócio ou proprietário.

Segundo o IBGE, o segmento de comércio e de reparação de veículos automotores e motocicletas foi o que mais registrou fechamento de empresas em 2015. Foram 311,5 mil estabelecimentos do ramo fechados, o que equivale a quase 44% do total de empresas fechadas no ano. Já o setor de atividades imobiliárias foi o que apresentou a maior taca de entrada (22,3%).

Os salários e outras remunerações pagos pelas empresas brasileiras em 2015 totalizaram R$ 982,4 bilhões. Este montante equivale a uma média salarial mensal de R$ 2 168,91, ou 2,8 salários mínimos mensais médios. Segundo a pesquisa, não houve variação da média salarial em 2015 na comparação com o ano anterior.

Sobrevivência no mercado

Das 4,6 milhões de empresas ativas no Brasil em 2015, 3,8 milhões (84,4%) eram empresas sobreviventes, ou seja, que já tinham mais de um ano de existência. Das 708,6 mil empresas que entraram no mercado formal naquele ano, 68,5% (408,4 mil) haviam acabado de ser criadas, enquanto 31,5% (223,3 mil) foram reativadas.

Segundo o IBGE, as empresas sobreviventes respondiam por 95,8% do pessoal ocupado total, 97,7% do pessoal assalariado e 99,1% dos salários pagos no ano.
As empresas que iniciaram suas atividades em 2015 respondiam por 4,2% do pessoal ocupado total e por 2,3% do pessoal assalariado.

Ainda segundo o estudo, apenas 37,8% das empresas ativas em 2015 estavam há cinco anos no mercado. Conforme o levantamento, 733,6 mil empresas foram criadas em 2010. Destas, 551,2 mil (75,1%) sobreviveram um ano, 461,5 mil (62,9%), até dois anos; 395,4 mil (53,9%), três anos; 326,8 mil (44,6%), quatro anos e 277,2 mil (37,8%) sobreviveram até 2015.

Segundo o IBGE, a idade média das empresas ativas em 2015 era de 10,9 anos. Do total de empresas ativas, a taxa de sobrevivência foi de 84,4%; a taxa de entrada, 15,6%; e a taxa de saída, 15,7%.

Dentre o pessoal ocupado em 2015, o IBGE destacou que 97,7% dos assalariados estavam nas empresas sobreviventes; 2,3%, nas empresas recém-criadas; e 1,5%, nas empresas que saíram do mercado.

O IBGE ressaltou, também, que as empresas reduziram de tamanho em 2015. Isso porque, segundo o instituto, dentre as empresas sobreviventes na passagem de 2014 para 2015, houve aumento de participação do grupo que não possuía pessoas ocupadas, além de decréscimo na fatia das demais três faixas de ocupação.

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Lula defende Aguinaldo como relator da PEC da reforma tributária na regulamentação do projeto

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu nesta terça-feira (23) manter na regulamentação da reforma tributária o mesmo relator do texto da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) sobre o tema aprovada no ano passado, o deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).

Ao menos um dos projetos de lei da regulamentação deve ser encaminhado ao Congresso ainda nesta semana. Segundo Lula, o texto do governo foi fechado na segunda-feira (22/04).

Segundo a Folha, Lula ressaltou que a indicação do relator é prerrogativa do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), mas afirmou que o deputado está familiarizado com o tema e as negociações, o que pode facilitar na tramitação do texto.

“Ontem nós fechamos a proposta final daquilo que vai [para o Congresso] para regulamentação da reforma tributária […]. O que seria ideal, do ponto de vista dos interesses da Fazenda, que já trabalhou na aprovação do projeto principal, é que você tivesse o mesmo relator. O cara já está familiarizado, participou de todas as discussões, você poderia ganhar tempo”, disse.

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Daniella Ribeiro se despede do comando da Comissão Mista de Orçamento, em Brasília

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A senadora paraibana Daniella Ribeiro (PSD) se despede do comando da Comissão Mista de Orçamento (CMO), posição que assumiu no ano de 2023 juntamente com os membros da comissão anterior.

Os novos integrantes da CMO serão escolhidos na quarta-feira (24/04) durante reunião marcada para as 14h30, quando devem ser eleitos o presidente e o vice-presidente do colegiado.

A comissão é responsável por votar projetos de lei relativos ao Plano Plurianual (PPA), às diretrizes orçamentárias, ao Orçamento da União e a créditos adicionais.

Habitualmente, a CMO é instalada até a última terça-feira do mês de março de cada ano, data em que termina o mandato dos membros da comissão anterior. Em 2023, os relatores da Lei Orçamentária Anual (LOA) e da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) foram, respectivamente, os deputados Luiz Carlos Motta (PL-SP) e Danilo Forte (União-CE).

As funções de direção da CMO, de relator-geral da LOA e de relator da LDO são exercidas, de forma alternada, por senadores e deputados. Neste ano, obedecendo à regra de alternância, um deputado será o presidente da comissão e os relatores da LOA e da LDO serão senadores.

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Reajuste de 57% no salário de paraibana presidente do Banco do Brasil é tema de crítica da oposição

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Parlamentares de oposição criticaram a possibilidade de a presidente do Banco do Brasil receber um aumento salarial de 57%. A proposta será votada na próxima sexta na Assembleia Geral de Acionistas. Se for aprovada, a paraibana Tarciana Medeiros passará a ganhar R$ 117 mil mensais.

A medida gerou repercussão e foi tema de críticas por parlamentares da oposição.

O deputado federal, Cabo Gilberto (PL), declarou que vai falar contra o reajuste nas redes e em plenário. O parlamentar classificou a possibilidade de aumento de 57% como “uma vergonha” e disse que o Brasil está sangrando.

Tarciana foi nomeada pelo presidente Lula (PT) em janeiro deste ano e se tornou a primeira mulher a assumir a presidência do banco em 214 anos de história.

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