Brasil
Um em cada três brasileiros vive em áreas sem jornais ou sites noticiosos locais
Aproximadamente 70 milhões de brasileiros –cerca de 35% da população nacional– vivem em áreas sem a presença de um jornal ou de um site de notícias local.
A conclusão é do “Atlas da Notícia”, estudo realizado pelo Projor (Instituto para o Desenvolvimento de Jornalismo, da Universidade Estadual de Campinas) e pelo Observatório da Imprensa, em parceria com a agência Volt Data Lab, publicado nesta terça-feira (7), informa reportagem de Raphael Hernandes, da Folha.
O estudo chamou essas áreas, mais amplas nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, de “desertos de notícias”. O levantamento não leva em consideração, no entanto, a presença de emissoras de rádio e TV nesses locais.
“A gente quer futuramente incluir radiodifusão, inclusive rádios comunitárias”, diz Angela Pimenta, presidente do Projor. “Esse não é um retrato rígido. Estamos olhando de telescópio para algumas regiões mais remotas do país.”
De acordo com a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão, estão ativas 9.776 rádios –entre comunitárias, educativas e comerciais– e 542 emissoras de televisão em todo o país.
Para a presidente do Projor, há uma dificuldade maior ao acesso a informação nesses “desertos” do que há em um grande centro, como São Paulo. “Há uma correlação entre lugares com maior Índice de Desenvolvimento Humano e uma maior existência de veículos”, diz Pimenta.
MAPEAMENTO
O relatório mapeou 5.354 veículos de imprensa distribuídos em 1.125 cidades. Eles atendem regiões onde vivem aproximadamente 130 milhões de pessoas.
Dessas 1.125 cidades, 426 contam apenas com um jornal impresso ou online. A maior delas é Jaboatão dos Guararapes (PE), com 644 mil habitantes, segundo o Censo de 2010 do IBGE.
De acordo com o estudo, a maior parte da mídia está concentrada nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Juntas, elas possuem mais de 20% dos veículos do país, embora correspondam a 10% da população brasileira.
As três cidades não-capitais que concentram maior número de jornais ou sites noticiosos ficam no Estado de São Paulo: Campinas e Santos, com 30 veículos mapeados em cada. Na sequência vem Ribeirão Preto, com 22.
O Estado de São Paulo é também o que concentra maior número de veículos: 1.641. Também aparecem entre os três maiores os estados do Rio Grande do Sul (600) e de Santa Catarina (547).
Ao levar em consideração a população, Santa Catarina está à frente com 6,8 veículos mapeados a cada 100 mil habitantes –a média no Estado de São Paulo é de 4 a cada 100 mil habitantes.
O relatório cruza dados do governo federal, da ANJ (Associação Nacional de Jornais) e informações enviadas pela comunidade.
Brasil
Efraim Filho destaca protagonismo do Senado em temas relevantes para a sociedade
O senador Efraim Filho (União Brasil) participou, nesta segunda-feira (25/03), da sessão especial em comemoração aos 200 Anos do Senado e destacou a importância da Casa na discussão de temas que têm impacto na vida do cidadão.
O parlamentar lembrou do protagonismo do Senado em matérias importantes, como as reformas tributária e da Previdência e o Marco do Saneamento. O senador é relator da PEC sobre drogas (PEC 45/2023), que inclui na Constituição a determinação de que a posse ou o porte de entorpecentes e drogas ilícitas afins são crimes, independentemente da quantidade. Segundo ele, o texto representa um sentimento da sociedade brasileira.
“Aqui nós vivemos uma data histórica celebrando os 200 anos da história do Senado. O Senado que tem um rol de serviços prestado à República brasileira, à nação, e claro nesses tempos recente sem duvida alguma o Senado faz esse reconhecimento do passado, mas projetando o futuro. Temas da inteligência artificial, novas tecnologias, temas que impactam a vida real do cidadão brasileiro são tratados aqui. Aqui que está a casa da democracia, onde toda sociedade está representada, o Poder Executivo representa a vontade da maioria”, pontuou.
Brasil
‘Caminhos do Brasil’: evento debate desafios da Reforma Tributária
Representantes do governo e do Congresso e especialistas discutem nesta terça-feira as expectativas e os desafios para implementação da reforma tributária em uma edição da série de debates “Caminhos do Brasil”.
A emenda constitucional foi aprovada no ano passado e a sua regulamentação está agora em debate pelo Executivo e o Legislativo, como destaca matéria do Valor Econômico.
O debate desta terça-feira (26/03) será transmitido ao vivo no canal do Globo e do Valor no YouTube, a partir das 10h.
O tema será debatido pelo deputado federal pariabano Aguinaldo Ribeiro (PP), relator da reforma na Câmara; Ana Paula Vescovi, diretora de Macroeconomia do Santander; Bernard Appy, secretário extraordinário de Reforma Tributária do Ministério da Fazenda; e Heleno Torres, advogado e professor de Direito Financeiro da Faculdade de Direito da USP.
O evento será mediado por Thiago Bronzatto, diretor da sucursal do Globo em Brasília, e Fernando Exman, chefe da redação do Valor em Brasília.
Reforma aprovada no ano passado
A emenda constitucional que garantiu a mudança no sistema de impostos do país foi promulgada no dia 20 de dezembro do ano passado, depois de ser aprovada pela Câmara dos Deputados e pelo Senado.
O texto unifica os cinco impostos que hoje existem sobre consumo de bens e serviços (PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS). Eles serão eliminados e substituídos por uma única alíquota a ser paga pelo consumidor quando pagar pelo produto, no modelo de Imposto sobre Valor Agregado (IVA).
O imposto é dividido em duas partes, e por isso chamado IVA dual. Uma delas vai se tornar o CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), destinado para a União, e a outra será o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços), para estados e municípios.
A transição entre sistemas começa em 2026, com a cobrança de apenas 1% de IVA. O valor vai aumentando ao longo dos anos seguintes, até chegar em 2033, quando todos os impostos sobre consumo serão extintos, e sobrará apenas o IVA.
Desafio da regulamentação
Antes da transição começar, precisam ser aprovadas pelo Congresso Nacional as leis que irão regulamentar a reforma. O tema está sendo debatido pelo Ministério da Fazenda com estados e outros atores interessados. A expectativa é que o governo encaminhe esses textos ao Parlamento em abril.
Brasil
Paraíba é o terceiro estado do país com maior queda em casos de roubo ou furtos de celulares
A imprensa nacional divulgou nesta segunda-feira (25/03) que a Paraíba é terceiro Estado do país com maior queda em casos de roubo ou furto de celulares.
Segundo o Estadão, dados do Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) revelaram que em, pelo menos, seis Estados foi registrada a queda de casos de roubo ou furto de celulares. A maior queda foi em Mato Grosso (redução de 41%). Outros cinco Estados também apontaram melhora nos números: Roraima (redução de 14,5%), Paraíba (-4,5%), Acre (-3,8%), Pará (-3,5%) e Rio Grande do Norte (-3,3%).
Ainda de acordo com a informação, 999.223 pessoas registraram furto ou roubo de celulares em 2022, o que equivale a quase um caso por minuto. Mais populoso do País, o Estado de São Paulo teve média de quase 950 registros por dia – ao todo, 346.518 paulistas tiveram seus aparelhos levados em 2022, segundo os dados oficiais.
Quando se considera a proporção de habitantes, os maiores crescimentos desses tipos de crimes foram registrados na Bahia (acréscimo de 70,5%) e Rio (58,6% a mais do que em 2021).