Paraíba
APLP contraria Governo do Estado e diz que profissionais só voltarão às salas de aula em 2022
Após anúncio do Secretário de Educação da Paraíba, Cláudio Furtado, de que as aulas presenciais em modelo híbrido deve acontecer no mês de setembro, o presidente da Associação dos Professores de Licenciatura Plena do Estado, Bartolomeu Pontes, foi contrário ao retorno presencial.
Na tarde de hoje, Bartolomeu garantiu que as aulas presenciais só deverão acontecer em 2022 conforme acordo pre estabelecido com a categoria. “Os professores só voltarão às aulas após todos terem tomado a segunda dose”, indicou Bartolomeu.
Conforme calendário do Governo do Estado, em setembro as aulas serão retomadas no modelo híbrido, com 70% de aulas online e 30% presencial.
Paraíba
Italiano preso na Paraíba integra uma das mais poderosas Organizações Criminosas do mundo; confira
O italiano Vicenzo Pasquino, preso na Paraíba em maio de 2021 e extraditado na terça-feira (26/03) para a Itália, integra uma Organização Criminosa (Orcrim) das mais poderosas do mundo.
A informação foi divulgada pelo Estadão.
Confira a matéria clicando aqui ou logo abaixo:
“Quem é Vincenzo Pasquino, extraditado do Brasil por integrar máfia italiana ’Ndrangheta
Ele foi preso na Paraíba em 2021, e atuava para o grupo criminoso no tráfico internacional de cocaína na rota que ligava o Brasil à Itália
A pedido de promotores das cidades de Turim e Reggio Calabria, o italiano Vincenzo Pasquino, preso no Brasil desde 2021 e condenado por integrar a máfia ‘Ndrangheta, especializada no tráfico internacional de cocaína, foi extraditado para a Itália nesta terça-feira, 26.
O retorno ao país de origem foi informado pela Polícia Federal e pelas autoridade italianas, que estavam interessadas na extradição do italiano pela importância que a sua captura pode ter para as investigações que apuram as atividades dos mafiosos.
A ‘Ndrangheta é uma máfia da região da Calabria e considerada umas das principais e mais poderosas organizações criminosas do mundo. Com os negócios do grupo calabrês, Pasquino atuava na rota do tráfico da cocaína que conecta o Brasil, a Espanha e a Itália.
Pasquino entrou no Brasil em 2018 e foi preso em maio de 2021, em João Pessoa, na mesma operação que levou à detenção do Rocco Morabito, outro poderoso traficante e mafioso italiano conhecido como o “Rei da Cocaína” de Milão.
Foragido desde 2019, Morabito foi condenado a mais de 100 anos de prisão por envolvimento com o narcotráfico internacional e participação criminosa. Ele foi extraditado em 2022.
A entrega de Pasquino para a Itália já estava aprovada pela 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) desde fevereiro de 2023. Mas foi só em março deste ano que o ministro Alexandre de Moraes oficiou o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, para a adotar ‘providências necessárias’ para extradição do italiano.
Antes, Vincenzo Pasquino chegou a pedir refúgio no Brasil, mas foi negado por unanimidade pelo Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), ligado à pasta da Justiça. A defesa do italiano não recorreu da decisão, e a burocracia do pedido acabou travando o processo da extradição do mafioso.
No último 5 de janeiro, o vice-procurador-geral da República Hindenburgo Chateaubriand Filho requereu a expedição do ofício para que o Ministério da Justiça iniciasse o procedimento de entrega de Vicenzo Pasquino.
Na última segunda, 19, Moraes acolheu o pedido e instou Lewandowski a dar andamento à extradição, que foi concretizada nesta terça-feira.“
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Paraíba
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Paraíba
Congresso sobre doenças raras reúne profissionais e garante avanços para o tratamento
A discussão sobre pacientes com doenças raras se faz cada vez mais necessária na sociedade, porque ela traz conhecimento, avanços para o tratamento e inclusão. Por isso, o IV Congresso Nacional de Doenças Raras e Anomalias Congênitas (Conamdracon), que aconteceu esta semana no Espaço Cultural José Lins do Rego, no bairro de Tambauzinho, foi tão importante, conforme depoimento dos próprios organizadores e participantes. O evento foi realizado pela Associação Paraibana de Doenças Raras (Aspador), em parceria com a Prefeitura de João Pessoa, por meio do Centro de Referência Multiprofissional em Doenças Raras.
Durante três dias, centenas de pessoas, entre pesquisadores da área, profissionais e estudantes de Saúde de todo o Brasil, estiveram reunidas em um debate que trouxe entendimento sobre as condições de pacientes raros, além de ampliar os conhecimentos dos profissionais da área.
Nesta quinta-feira (28), durante o encerramento do evento, uma vasta programação foi apresentada ao público. Além de palestras com temas como ‘A humanização e a arte da cirurgia neurológica nos distúrbios dos movimentos das doenças raras’ e ‘Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD’, aconteceram também mesas redondas para ampliar o debate sobre ‘A importância da educação em saúde na política de atenção integral da pessoa com doença rara e família’, ‘Avaliação biomecânica nas doenças raras’ e ‘Cuidados paliativos’.
A médica geneticista e presidente do Congresso, Tereza Tavares, explicou que os temas discutidos durante o evento levam mais conhecimento aos participantes e, consequentemente, melhorias no atendimento aos pacientes, especialmente os do Sistema Único de Saúde (SUS).
“Muitas vezes esses pacientes têm múltiplos acometimentos de sistemas e precisam da atenção de vários profissionais, quer sejam várias especialidades médicas, mas também multiprofissional. Os profissionais que vão dar assistência à família, por exemplo, os psicólogos, têm um papel fundamental nisso, no apoio ao paciente, a família e até ao médico que está atendendo. O assistente social, que tem um manejo maior com aquela família para saber como ela se encontra”, falou Tereza Tavares.
A especialista também chamou atenção para a iniciativa do apoio da Prefeitura de João Pessoa e afirmou que o envolvimento dos gestores públicos em todas as esferas – municipal, estadual e federal – é de suma importância para o avanço de tomadas de decisões que tragam soluções para as famílias que enfrentam as doenças raras e para o sistema de saúde.
“É uma iniciativa fantástica. A gente precisa de acessibilidade maior de todos os gestores, em todas as esferas, que ofereçam os medicamentos. Por exemplo, nós temos a Atrofia Medular Espinhal que tem três subtipos, mas o tipo 1, a criança pode ter a falência dos músculos e ela morre até no primeiro ano de vida e existe o medicamento que evita toda a instalação de quadro clínico. Portanto, é uma questão de vida e morte, mas é muito caro e isso acaba sendo judicializado. E quando libera [na Justiça], muitas vezes a criança já pode ter morrido. Precisamos mobilizar todas as estruturas, não só o exame, como o medicamento”, alertou.
Doenças raras em números – Saionara Araújo, uma das organizadoras do evento, citou que o Brasil tem 3 milhões de pacientes com doenças raras. Desse total, só 5% têm tratamento. Dentro de quase 8 mil doenças raras, nenhuma tem cura. Para ela, a tomada de consciência para o cuidado com esses pacientes e suas famílias é urgente.
“O principal objetivo de a gente estar aqui discutindo há três dias as doenças raras é exatamente para trazer os olhares das três esferas de governo, como também da sociedade civil organizada, para uma temática que é fato. É para que a gente se qualifique, se capacite para dar a esses pacientes um atendimento qualificado e integral, para que a gente contribua com a qualidade de vida deles, já que cura, infelizmente, a gente não consegue. Para conseguir isso, a gente tem que juntar profissionais que atuam na saúde, com professores que têm as suas disciplinas voltadas para a doença rara, com os residentes e multiprofissionais”, ressaltou.
Profissionais envolvidos – O IV Conamdracon contou com a participação ativa de diversos profissionais, incluindo médicos, enfermeiros, farmacêuticos, assistentes sociais, psicólogos, dentistas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, educadores físicos, nutricionistas, psicopedagogos, bem como estudantes de graduação e pós-graduação.
A fonoaudióloga Keila Albuquerque esteve presente no evento durante os três dias e falou sobre a importância do Congresso. “É muito importante que todos os profissionais conheçam as doenças raras, que são diversas, e como tratá-las. A importância é imensurável. E os organizadores do evento estão de parabéns, porque o evento está muito bem organizado, as palestras estão muito grandiosas, informativas, então está perfeito o Congresso”, enfatizou.
Keila também explicou o papel da fonoaudióloga no acompanhamento aos pacientes com doenças raras. “O fonoaudiólogo trabalha tanto na área da comunicação – os pacientes que têm distúrbio de fala não conseguem se comunicar direito, ele expressa seu desejo, suas vontades – como também com deglutição, com a desfagia. Então, os pacientes que têm dificuldade em mastigar, em deglutir, em sugar, no caso dos bebês. O personal dele trabalha desde o neonato até os idosos, nesses dois distúrbios da comunicação e da alimentação”, esclareceu.
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