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Wellington: uma euforia exagerada com a filiação de Bolsonaro ao PL

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* Por Nonato Guedes

Entre observadores políticos paraibanos soou exagerada a euforia demonstrada, ontem, pelo deputado federal Wellington Roberto com a perspectiva de filiação anunciada do presidente Jair Bolsonaro aos quadros do PL, cuja bancada na Câmara o parlamentar lidera. A reação foi de metamorfose política: de uma hora para outra, o PL, que não é um partido forte na Paraíba, nem, até pouco tempo, era ouvido ou cheirado para nada, passou a ser admitido como opção para políticos que desejam migrar de outras legendas por mera estratégia de sobrevivência, diante de regras consensuadas para o pleito de 2022 que dificultarão a formação de nominatas de impacto nas legendas, sobretudo nas eleições proporcionais.

É certo que o deputado Wellington Roberto, no calor da emoção de vir a ter Bolsonaro como companheiro de partido, falou, precipuamente, em eleições majoritárias, insinuando a possibilidade do PL vir a ter candidatos competitivos ao governo do Estado e ao Senado, neste último caso com a perspectiva de ser ejetada uma pretensão de Bruno Roberto, que é filho do presidente estadual da legenda. O projeto da candidatura de Bruno já estava em pauta independente de filiação do presidente da República e não decolara. Na conjuntura atual já se delineiam duas pré-candidaturas ao Senado na Paraíba: as de Efraim Filho pelo DEM ou União Brasil e de Aguinaldo Ribeiro, pelo PP. A nível nacional, o PL costura uma dobradinha com o PP, partido onde Bolsonaro já se hospedou. Aqui, na Paraíba, Aguinaldo quer ser candidato com o apoio do governador João Azevêdo (Cidadania), hipótese que Wellington Roberto abomina.

Naturalmente, a filiação de um presidente da República a um partido político empolga os que já estão filiados ou militando no exercício de mandatos políticos em diferentes esferas – mesmo em se tratando de Jair Bolsonaro, que exibe elevado índice de impopularidade ou de reprovação ao governo, subsistindo graças a uma parcela residual de bolsonaristas que não têm como se compor com o PT ou outras legendas, mais à esquerda, ao centro ou ao centro-direita. Mas se é fundamental para o presidente ter um partido para chamar de seu e garantir condições de elegibilidade numa campanha à reeleição, isto não significa um passaporte automático para o fortalecimento da legenda em tempo recorde, com condições de fazer maioria na Câmara, no Senado e, se possível, no controle de governos estaduais.

Não dá para ignorar que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, desde que ganhou a liberdade e teve anuladas sentenças condenatórias decorrentes da Operação Lava Jato, caiu em campo para formar um amplo arco de alianças ou de apoios à sua virtual candidatura novamente ao Palácio do Planalto, agora em 2022, invadindo, até mesmo, a seara do espectro político partidário conservador e acolhendo algozes do passado que chegaram, por exemplo, a votar pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, tratado por muito tempo como “golpe” na narrativa adrede construída pelo PT para vitimizá-la e vitimizar o partido, criando condições objetivas para o retorno triunfal ao poder federal. Nas incursões que empreendeu, Lula estendeu a mão a caciques de partidos tradicionais, a conhecidos oligarcas que ainda têm influência ou manejam os cordéis nos grotões do Brasil, em Estados de regiões como o Nordeste. Lula avança, agora, sobre um ex-tucano que considera confiável, o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, na expectativa de vir a tê-lo como vice numa chapa que não deixe a esquerda indignada ou abespinhada por pruridos ideológicos.

Em termos de Paraíba, do ponto de vista de maior impacto nas hostes do PL local com a filiação iminente do presidente Jair Bolsonaro, essa hipótese ainda não é considerada. Poderá vir a sê-la, se houver um tropismo repentino que inflacione a legenda de quadros competitivos e lhe ofereça a perspectiva de uma candidatura forte ao governo do Estado. A demora de Bolsonaro em escolher um partido desde que deixou o PSL pelo qual se elegeu em 2018 prejudicou qualquer estratégia de fortalecimento ou expansão que viesse a ser desencadeada, de modo que o efeito colateral da filiação dele em Estados e municípios poderá ser mínimo, levando-se em conta, também, que o presidente já não é mais o fenômeno que foi na disputa anterior, onde chegou a ser identificado como “mito” por segmentos menos informados tanto sobre narrativas gregas romanceadas como sobre peculiaridades concretas da política brasileira velha de guerra. Individualmente, o deputado federal Wellington Roberto poderá lograr vantagem na sua campanha à reeleição. E só, até aonde a vista alcança.

A propósito dessa filiação, vale pontuar o que escreveu o renomado colunista Josias de Souza no UOL: Bolsonaro tenta recriar com PL-PP a dobradinha PT-PMDB que foi estruturada, lá atrás, por Luiz Inácio Lula da Silva e que levou ao Planalto a dupla Dilma Rousseff-Michel Temer. É uma contrafação ao que o presidente, no passado, dizia do “Centrão”, agrupamento em que PL e PL são siameses. Na teatralização de 2018, como lembra Josias de Souza, Bolsonaro chamou o “Centrão” de escória e, agora, alia-se ao rebotalho. No fundo, no fundo, Bolsonaro está, por assim dizer, voltando às origens. Ele já foi do “Centrão” e sempre pareceu fascinado com o modus operandi do agrupamento que atua na base do “toma lá, dá cá”. Um dado a ser levado em conta é que esse “namoro” Bolsonaro-PL periga não demorar muito. Indisciplinado, como é do seu temperamento, o presidente não costuma esquentar cadeira em partidos políticos. Mas, enquanto a “hospedagem” for conveniente, ele a aceitará de bom grado. Como Bolsonaro mesmo disse: “Eu iria para onde? Para o PSOL? Para o PT?”. É…Não iria mesmo….

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Medicinando: benefícios à saúde física e mental na prática de esportes

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O médico e presidente da Cooperativa Unimed João Pessoa, Doutor Gualter Ramalho, publicou nesta terça-feira (10/12), mais um episódio do projeto ‘Medicinando’. Com um formato de vídeos curtos compartilhados no seu perfil das redes sociais, o anestesiologista aborda temas como gestão, inovação e liderança.

Desta vez, Gualter falou sobre a importância da prática regular de esportes que proporciona uma série de benefícios para a saúde física e mental, contribuindo, de forma decisiva, para uma melhor qualidade de vida.

Enfoque especial é dado à proteção cerebral através da prática regular de esportes, que reduz e/ou retarda a expressão genética de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer.

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Artigo no Estadão destaca “A ascensão da ‘República da Paraíba’ em Brasília”

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Redação do Portal da Capital

A jornalista Roseann Kennedy, numa coluna assinada por ela, em o “Estadão”, escreveu um artigo reconhecendo a ascensão de nomes paraibanos ao centro do poder político brasileiro. Dentre os nomes a colunista citou, para começar, Hugo Motta na Câmara, Vital do Rêgo Filho no TCU, Herman Benjamin no STJ e Efraim Filho no Senado, tratando-os como sendo “a nova cara do poder”.

Confira a íntegra do texto clicando aqui ou logo abaixo:

A ascensão da ‘República da Paraíba’ em Brasília

Hugo Motta na Câmara, Vital do Rêgo Filho no TCU, Herman Benjamin no STJ e Efraim Filho no Senado são a nova cara do poder

Não passou despercebido por deputados e senadores um fato curioso sobre a nova cara do poder em Brasília: boa parte das autoridades que ascenderam recentemente é de um único Estado: a Paraíba. Esse foi um dos assuntos em jantar realizado em Brasília, nesta semana, pela Frente Parlamentar do Comércio e Serviços (FCS). O objetivo do encontro era promover uma aproximação da bancada com o paraibano Hugo Motta (Republicanos), favorito para ocupar a presidência da Câmara a partir de fevereiro.

Entre bruschettas caprese e mini empadas de carne – algumas das opções de entrada no restaurante -, os presentes no jantar constataram que não apenas Motta é da Paraíba, como também os novos presidentes do Tribunal de Contas da União (TCU), Vital do Rêgo Filho, e do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Herman Benjamin. Além disso, são paraibanos a senadora Daniella Ribeiro (PSD), que comandará a 1ª secretaria do Senado ano que vem, e seu influente irmão e deputado Aguinaldo Ribeiro (PP), líder da Maioria no Congresso.

Em 2025, deve voltar à presidência do Senado o amapaense Davi Alcolumbre (União). Mesmo assim, a influência da Paraíba estará presente na Casa e não só com Daniella na Mesa Diretora. O senador Efraim Filho (União), nascido em João Pessoa (PB), brincou que será o “líder informal” de Alcolumbre. Todos no jantar riram. Já era hora do prato principal, e as opções eram baby beef com batata gratinada, salmão com legumes assados e risoto de cogumelos. Para beber, vinho chileno carménère.

A “República da Paraíba” é uma alusão à “República de Alagoas”, expressão usada para se referir à chegada de Arthur Lira (PP-AL) à presidência da Câmara em 2021, ao mesmo tempo em que seu maior rival político, o senador alagoano Renan Calheiros (MDB), mantinha grande influência no Senado.

Em tese, a era dos paraibanos tende a ser menos belicosa que a dos alagoanos. Nos últimos anos, até mesmo discordâncias entre Lira e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), como no caso do rito de tramitação de Medidas Provisórias (MP), viraram uma verdadeira guerra entre o presidente da Câmara e Calheiros.

Por coincidência, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, estava jantando no mesmo restaurante onde a FCS realizava o encontro. Ciente de que a agenda econômica dependerá da Paraíba ano que vem e de que naquela mesa poderia conquistar votos, o petista passou para cumprimentar os deputados e senadores. Ele pediu apoio para aprovar o pacote de corte de gastos – alvo de críticas de boa parte dos presentes, que defenderam a desoneração da folha de pagamento, a reforma tributária e a manutenção do Simples Nacional.

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Saúde da pele: dermatologistas orientam sobre cuidados básicos e prevenção ao câncer

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Redação do Portal da Capital

Limpeza, hidratação e uso do protetor solar são as principais orientações para uma rotina de cuidados com a pele e prevenção ao câncer nesse órgão, que é o maior do nosso corpo. Esse e outros assuntos relacionados à saúde da pele estão no episódio desta semana do Sem Contraindicação, o videocast da Unimed João Pessoa.

A apresentadora Linda Carvalho recebeu os dermatologistas Anna Luíza Marinho e Mohamed Azzouz para orientar as pessoas sobre os cuidados com o uso de produtos e procedimentos estéticos na pele. O dermatologista Mohamed Azzouz lembrou que a limpeza, a hidratação e o uso do protetor solar são cuidados básicos e devem ser adicionados à rotina diária.

Já para quem, além disso, é adepto a procedimentos estéticos e de rejuvenescimento, o médico alertou para que os serviços sejam feitos por profissionais capacitados e de forma segura. “O bom profissional vai escolher o produto, vai saber o que você precisa, sem exagerar”, comentou.

Outro tema debatido no episódio foi o câncer de pele. A doença é causada principalmente pela exposição exagerada ao Sol e é o tipo de câncer mais comum entre os brasileiros, representando 30% de todos os tumores malignos diagnosticados no nosso país.

A dermatologista Anna Luíza Marinho reforçou que é preciso ter atenção às mudanças na pele que possam indicar câncer, como sinais que crescem ou mudam de cor. “Quanto mais precoce feitos o diagnóstico e o tratamento, melhor o índice de cura”, lembrou a médica, reforçando ainda sobre a seriedade no tratamento correto.

DEZEMBRO LARANJA

Este mês, a Sociedade Brasileira de Dermatologia realiza mais uma edição da campanha Dezembro Laranja, que alerta para a prevenção e diagnóstico do câncer de pele. O último dado do Instituto Nacional do Câncer apontou uma estimativa de 8.900 novos casos de câncer de pele no Brasil. Na Paraíba, eram esperados 3.320 novos casos da doença.

O uso do protetor solar e demais itens de proteção aos raios ultravioletas e infravermelhos, como bonés, camisas de proteção e óculos de sol, além de evitar exposição ao Sol intenso no horário entre as 10h e às 16h, são as principais recomendações dos médicos.

EPISÓDIOS SEMANAIS

O Sem Contraindicação está disponível no YouTube e no Spotify. O acesso também pode ser feito pelo Portal Unimed João Pessoa, que tem uma página exclusiva sobre o videocast.

Produzido pela Unimed João Pessoa, o Sem Contraindicação tem como finalidade divulgar informações sobre saúde, qualidade de vida, bem-estar, além de trazer temas relacionados à área médica e ao plano de saúde.

 

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