Brasil
Sportstech libera R$ 180 milhões para startup fundada por paraibanos
A startup de jogo fantasia (conhecido como fantasy) Rei do Pitaco anunciou nesta quinta-feira, 13, o recebimento de um aporte no valor de R$ 180 milhões, liderado pelos fundos D1 Capital Partners, Kaszek, Bullpen Capital e Left Lane. O investimento é a primeira rodada de captação da empresa, que recebeu um aporte inicial em 2021 no valor de R$ 28 milhões.
De acordo com matéria publicada no Terra, em preparação para a Copa do Mundo de 2022, a sportstech (nome dado a startups que miram esportes) olha para o cheque com o objetivo de tornar o aplicativo mais rápido e adicionar mais ligas de futebol para que os usuários possam brincar com os campeonatos até o evento do Catar, em dezembro deste ano.
“A gente está colocando esse investimento em três áreas: no produto, na expansão da equipe e na atração de clientes. Esse é o nosso grande objetivo, para crescer pelo menos cinco vezes neste ano. Esse aporte veio para continuar em um ritmo de crescimento acelerado. Em 2020, aumentamos cerca de seis vezes o tamanho”, explica Mateus Dantas, cofundador e presidente da Rei do Pitaco, em entrevista ao Estadão.
Simulando um campeonato, o formato do jogo fantasy é utilizar o desempenho real dos jogadores para pontuar virtualmente no game. No caso da Rei do Pitaco, as ligas são todas de futebol e os usuários podem montar times de diversas divisões — por aqui, os principais campeonatos estão inclusos, como Brasileirão, Copa do Brasil e Libertadores, além de torneios internacionais, como a Champions League e as ligas francesa, inglesa e alemã. Se um jogador escalado faz um gol na ‘vida real’, por exemplo, o usuário acumula pontos no perfil. Se o jogador cometer uma falta, outros pontos são perdidos na soma total no app. É como o Cartola, fantasy popularizado pela TV Globo.
O objetivo é construir times e participar de ligas que podem ser gratuitas ou pagas. Neste caso, existem campeonatos nos valores de R$ 1 a R$ 100, e prêmios são distribuídos aos melhores ‘cartoleiros’ de cada competição, de acordo com o valor de cada uma delas. A estimativa é que já tenham sido distribuídos cerca de R$ 30 milhões em premiações desde o início da operação, que sentiu no caixa a pausa dos campeonatos em 2020, por conta da pandemia de covid-19.
“O começo da pandemia nos afetou bastante porque o futebol parou. A gente viu a receita cair para zero praticamente. Mas quando os jogos voltaram, as pessoas estavam bem engajadas. A gente acabou de bater 1,5 milhão de clientes e estamos confiantes com o produto”, afirma Dantas.
Pontapé inicial
Fundado em 2019 pelos paraibanos Mateus Dantas e Kiko Augusto, o app é fruto do gosto pelo futebol e pelos números. Com passagens por Google, Facebook e Snapchat, tanto Dantas quanto Augusto são formados em Ciência da Computação e se conheceram quando estavam estudando e trabalhando fora do País. A saudade de casa e o amor pelo futebol foram o suficiente para, em um projeto experimental, tirar o jogo do papel em três dias.
“Como era de se esperar, a primeira versão, lá em 2017, quando tivemos contato com esse modelo de fantasy fora do Brasil, não funcionou. Mas o fato de sempre acreditar que essa era uma ideia que ia dar certo no Brasil fez a gente continuar até encontrar uma versão que as pessoas gostaram”, pontua Dantas.
Depois da primeira tentativa, Dantas e Augusto se mudaram para São Paulo e chegaram em um produto comercializável que pudesse se sustentar até o ano passado, quando receberam o primeiro investimento no começo de 2021, de R$ 28 milhões, também liderado pelo fundo argentino Kaszek.
Brasil
STF: PL e Adepol entram com ações para barrar poder de investigação criminal do Ministério Público
O STF iniciou nesta quarta-feira (24) o julgamento de três ações diretas de inconstitucionalidade (ADIs) questionando normas que conferem ao Ministério Público poderes de realizar investigações criminais. Único a votar até o momento, o ministro Edson Fachin (relator), considera as regras válidas, mas destacou a necessidade de que o início e término de todos os procedimentos sejam comunicados ao judiciário. A análise será retomada na sessão de quinta-feira (25)
Poder de investigação
As Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs) 2943, 3309 e 3318 questionam regras do Estatuto do Ministério Público da União (Lei Complementar 75/1993), da Lei Orgânica Nacional do Ministério Público (Lei 8.625/1993) e da Lei Orgânica do Ministério Público de Minas Gerais. Entre outros pontos, as normas autorizam o MP a realizar diligências investigatórias, notificar testemunhas, requisitar informações, exames, perícias e documentos de autoridades da administração pública e pedir auxílio da força policial.
Voto conjunto
O julgamento começou em sessão virtual, mas foi transferido para o Plenário físico a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). O ministro Edson Fachin, que havia votado para declarar a validade das normas, observou que o voto apresentado na sessão desta quarta-feira foi produzido em conjunto com o ministro Gilmar Mendes, que havia divergido, pontualmente, de suas conclusões.
Controle judicial
No voto, os ministros salientam que o STF já decidiu que as polícias não têm exclusividade na instauração de procedimentos criminais. No mesmo sentido, eles propõem alguns parâmetros para as investigações conduzidas pelo MP, como a necessidade de informar ao Judiciário sobre o início e término do procedimento e a observância dos mesmos prazos e parâmetros previstos para os inquéritos policiais.
Além disso, consideram obrigatória a investigação pelo MP sempre que houver mortes, ferimentos graves ou outras consequências sérias pela utilização de armas de fogo por agentes de segurança pública. O mesmo deve ocorrer quando houver suspeita de envolvimento de agentes na prática de infrações penais. “O monopólio de poderes é um convite ao abuso de poder”, afirmou Fachin.
PR/CR//CV
Brasil
Em Brasília: Comissão de Constituição e Justiça aprova novas penalidades para invasores de terra
A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou por 38 votos a 8 projeto de lei que estabelece restrições e impedimentos para invasores e ocupantes ilegais de propriedades rurais e urbanas.
O texto aprovado foi o substitutivo do deputado Ricardo Salles (PL-SP) ao Projeto de Lei 709/23, do deputado Marcos Pollon (PL-MS). Ele aproveitou o conteúdo de outras propostas que tramitavam anexadas à original, lembra a Agência Câmara.
De acordo com o texto aprovado, quem praticar o crime de invasão de domicílio ou de esbulho possessório (invadir, com violência à pessoa ou grave ameaça, ou mediante concurso de mais de duas pessoas, terreno ou edifício alheio), fica proibido de:
- contratar com o poder público em todos os âmbitos federativos;
- inscrever-se em concursos públicos ou processos seletivos para a nomeação em cargos, empregos ou funções públicos;
- ser nomeado em cargos públicos comissionados e
- receber auxílios, benefícios e demais programas do governo federal.
A proibição, nos casos mencionados, é por oito anos, contados do trânsito em julgado da condenação.
Caso o condenado já receba auxílios, benefícios e programas sociais do governo, tenha contratos com o poder público federal, cargo público efetivo ou comissionado, ele deverá ser desvinculado compulsoriamente, respeitados o contraditório e a ampla defesa.
Ricardo Salles acolheu sugestões de colegas e modificou o texto para acrescentar que equiparam-se aos alvos das regras aqueles que invadirem terreno público ou privado para tentar forçar a realização de reforma agrária ou demarcação de terras indígenas.
“É inaceitável que indivíduos que desrespeitam a ordem jurídica e promovem invasões ilegais sejam beneficiados por programas assistenciais financiados pelo governo, pois isso implicaria em um incentivo à perpetuação dessas condutas delituosas” afirma Salles.
“Além disso, as invasões de propriedades particulares acarretam prejuízos não apenas aos proprietários, mas também à economia e à segurança jurídica do País” defende o relator da proposta.
O deputado Patrus Ananias (PT-MG) disse que o projeto “afronta princípios constitucionais e o ordenamento jurídico, acrescentando penas inaceitáveis às pessoas condenadas nesses casos”.
“Com a aprovação da proposta, as condenações atingiriam também os familiares do condenado”, acredita o parlamentar.
Já o deputado Zucco (PL-RS) disse que “as penas são brandas”. “Se é para propor a reforma agrária, que se faça dentro da lei. Mas é importante punir invasores identificados. Eles não podem ter cargo público, não podem receber programas assistenciais, como o Bolsa Família”, argumentou.
O projeto está sendo analisado em regime de urgência e pode ser votado a qualquer momento pelo Plenário da Câmara.
Confira imagem:
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Daniella Ribeiro será a relatora do PL do Perse no Senado
A senadora paraibana, Daniella Ribeiro (PSD), será a relatora do Projeto de Lei (PL) 1.026 de 2024, que trata da reconfiguração do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse) no Senado Federal.
Aprovado na Câmara dos Deputados nesta terça-feira (23/04), o texto estabelece um teto de R$ 15 bilhões para os incentivos fiscais do Programa, de abril de 2024 a dezembro de 2026. A matéria segue para apreciação no Senado.
Daniella, que também ficou com a relatoria da proposta que criou o Perse em 2021, celebrou a aprovação do projeto e destacou esforços na manutenção de apoios ao setor.
“Estamos juntos nesta luta desde o início e assim continuaremos! Parabéns à deputada Renata Abreu, relatora na Câmara, e ao deputado Felipe Carreras, incansável nessa luta. Agora, tenho novamente a missão de relatar no Senado Federal. Sim ao Perse”, publicou nas redes sociais.
Confira: