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Paraíba

Ordenamento de fios e demandas dos pequenos provedores de internet são debatidos na CMJP

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O ordenamento de fios, cabos e equipamentos nos postes da cidade foram debatidos em audiência pública realizada na manhã desta segunda-feira (16) no plenário da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP). O debate, que aconteceu no âmbito da Comissão de Constituição, Justiça, Redação e Legislação Participativa (CCJ) da Casa, contou com a presença de donos e funcionários de empresas provedoras de internet, além de representantes da associação da inclusão digital e do Procon-PB.

O presidente da CCJ, vereador Odon Bezerra (Cidadania), destacou que vem fazendo um trabalho extra CPI (da Banda Larga). “Estivemos com o pessoal de pequenos provedores da cidade e todos argumentaram que estão sendo prejudicados na prestação de serviços por parte da Energisa, que está cortando seus fios sem prévio aviso. Ademais, existe um projeto (PLO 981/2022) do vereador Chico Do Sindicato (Avante), um outro (638/2021) da vereadora Eliza Virgínia (PP) e mais um (710/2021) do vereador Marcos Henriques (PT), todos sobre a fiação na cidade. Diante deste cenário, resolvemos debater o assunto nesta Comissão para buscarmos encaminhamentos para solução deste problema”, ressaltou. Ele informou que foi encaminhado convite a Energisa e lamentou a sua ausência de seus representantes na discussão.

Já o vereador Carlão (PL) disse que cerca de 40% dos serviços de internet na Paraíba são fornecidos pelos pequenos provedores. “Esses provedores fazem a verdadeira inclusão digital porque vão aonde as grandes empresas de internet não querem ir. Todos estão apreensivos com esta situação e a Energisa não pode cortar os serviços desses provedores que cumprem com suas obrigações tributárias e prestam serviços exemplares à nossa população”, arguiu. Por sua vez, o vereador Marcos Henriques (PT) ressaltou que as grandes empresas visam apenas o lucro enquanto os pequenos provedores também atuam com motivação social. “Esses provedores levam a inclusão digital onde as grandes não vão. Vamos juntos ao Ministério Público (MP) levar essa pauta. São pequenas empresas por toda a Paraíba que precisam manter seus serviços”, disse.

A vereadora Eliza Virgínia (PP) esclareceu que a CPI (da Banda Larga) já deu frutos e precisa de ajustes para evitar a bagunça dos fios soltos pela cidade. Ela destacou que isso não é motivo para a Energisa cortar fios de empresas com contratos firmados e efetivos e em operação normal. “Acredito que possa haver uma pactuação entre a Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), a Energisa e os provedores para solucionar a questão dos fios inoperantes”, comentou.

O deputado estadual Walber Virgolino (PL) participou da audiência declarando apoio à categoria e anunciando que vai debater o assunto na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB). “Entrei em contato com um diretor da Energisa que revelou estar interessado no diálogo com os pequenos provedores de internet. Essas empresas levam a inclusão digital para todo nosso estado. Vamos lutar para assinarmos um termo de pactuação bom para todas as partes e que ofereça internet eficiente e barata para todos”, ensejou.

A superintendente do Procon da Paraíba Késsia Liliana também participou da discussão destacando que existe um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre a Energisa e a PMJP sobre os fios baixos e inoperantes da cidade. A Energisa tem 24 horas para dar ciência da quebra do fio e a empresa provedora de internet mais 24 horas para restabelecer o serviço ao usuário. Os serviços não podem ser interrompidos porque a internet já faz parte do cotidiano dos cidadãos, além de ser um grande desrespeito ao consumidor”, ressalvou.

Representantes e funcionários do setor

O presidente da Associação Nacional para Inclusão Digital (Anid), Percival Henriques de Sousa Neto, destacou que os serviços dos pequenos provedores são essenciais para as periferias da cidade e de todo estado. “O ideal seria que toda a nossa fiação fosse subterrânea para garantir melhoria no visual do espaço urbano, mas é preciso que haja um estudo para melhor realizar isso. Proponho que a CMJP edite um decreto legislativo para debater junto com o Crea e a Energisa para criar um processo de ordenamento dos fios que possa servir para todo o Brasil”, sugeriu.

O diretor financeiro da Anid, Keitel Werner Cavalcanti ressaltou que as grandes empresas provedoras de internet têm subsídios vários enquanto as pequenas não recebem nenhum incentivo e anunciou que existe uma consulta pública na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e na Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) sobre o uso dos postes. “Os preços, muitas vezes exorbitantes, são impraticáveis para os pequenos provedores que realizam a verdadeira inclusão digital. A maioria dos fios que ficam soltos são das grandes empresas, então não se pode penalizar os pequenos provedores”, defendeu.

Os donos e funcionários de empresas provedoras de internet da cidade que foram à tribuna cobraram um olhar mais atento e efetivo sobre os valores praticados pela utilização dos postes e sobre os cortes dos fios realizados inadvertidamente. Também destacaram que estão onde as grandes empresas não vão, realizando assim o serviço de cunho social para as periferias da cidade. “Não há condição de pequenos provedores pagarem até R$ 13 reais pelo uso dos postes. Todos estamos preocupados porque foi derrubada, pela Energisa, uma liminar que evitava os cortes dos fios. Existe a possibilidade dela (Energisa) começar a fazer esses cortes imediatamente. Como vamos continuar a prestar nossos serviços à população? É preciso deixar claro que cerca de 90% dos fios caídos e inoperantes são das grandes empresas provedoras de internet”, ratificou o proprietário da empresa Uplink, Paulo Ferreira.

Ao final da audiência pública, o vereador Odon Bezerra anunciou a criação de uma comissão composta pelos vereadores presentes, além de Odon, Carlão e Eliza Virgínia e os representantes da categoria: o presidente e os diretores financeiros da Anid, Percival Henriques de Sousa, Keitel Werner Cavalcanti e Aldo Arthur Figueiredo, respectivamente; além do proprietário da empresa Uplink, Paulo Ferreira. A comissão vai continuar o processo para solucionar as questões apresentadas na audiência.

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Empresa prestadora de serviço descumpre contrato e UFPB assume pagamento de salários atrasados

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A Superintendência de Serviços Gerais da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) decidiu esclarecer junto à comunidade universitária que assumiu o pagamento de salários atrasados de prestadores de serviço contratados pela empresa LDS Serviços que, por sua vez, tem descumprido suas respectivas obrigações contratuais.

De acordo com a UFPB, os contratados afetados pelo descumprimento contratual por parte da empresa prestam serviço aos campi II e III.

Segundo a Superintendência competente, “o processo para pagamento dos salários referente ao mês de março, competência 03/2024, está em tramitação”.

Todos os demais descumprimentos e faltas foram pontuados pela gestão do contrato nº 06/2019 e estão sendo investigados em processos de apuração de responsabilidade“, assegura a UFPB.

Confira a íntegra da ‘Nota’:

A Superintendência de Serviços Gerais da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) esclarece a toda comunidade universitária que medidas estão sendo tomadas para o pagamento dos salários dos colaboradores contratados pela empresa LDS SERVIÇOS, que presta serviço nos campi II e III, e não está cumprindo com suas obrigações trabalhistas.

Informa também que o processo para pagamento dos salários referente ao mês de março, competência 03/2024, está em tramitação, para que seja feito diretamente pela administração central da Universidade. Com isso, a UFPB assegura a responsabilidade e o compromisso com os prestadores de serviços de limpeza e conservação. Para dar continuidade ao pagamento diretamente, a administração central está aguardando a emissão da nota fiscal de serviços pela empresa LDS SERVIÇOS.

A empresa foi notificada sobre este descumprimento contratual. Todos os demais descumprimentos e faltas foram pontuados pela gestão do contrato nº 06/2019 e estão sendo investigados em processos de apuração de responsabilidade“.

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Paraíba

Presidente do PT-JP rebate dirigente estadual petista e nega tendência de isolamento da sigla

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O presidente municipal do PT em João Pessoa, Marcus Túlio, rebateu o comentário feito pelo presidente estadual da legenda na Paraíba, Jackson Macêdo, sobre tendência ao isolamento do partido na Capital paraibana.

Segundo Túlio, além de estar em uma Federação, o PT conta com dados que derrubam quaisquer teses de isolamento da legenda, uma vez que pesquisas realizadas mostram que uma candidatura petista é competitiva e que a grande maioria da população pessoense tem simpatia pelo partido.

Leia também: Jackson Macêdo teme isolamento do PT nos próximos pleitos: “a esquerda sozinha não ganha eleição”

Ainda de acordo com Marcus Túlio, o grupo está confiante de que, de Brasília, virá a decisão de uma candidatura própria  do Partido dos Trabalhadores na Capital paraibana.

Os comentários do petista foram registrados pelo programa Correio Debate, da 98 FM, de João Pessoa, nesta quinta-feira (18//04).

Confira o áudio:

 

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Exclusivo: MPF Arquiva processo sobre recursos para Hospital Padre Zé na pandemia; veja documento

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Investigações concluem que não houve irregularidades na aplicação de verbas para o suporte à população vulnerável na Paraíba.

Em um desfecho significativo para as investigações relacionadas à gestão de recursos durante a pandemia de COVID-19, o Ministério Público Federal (MPF) decidiu arquivar o processo administrativo que analisava a alocação de fundos pelo Governo do Estado da Paraíba ao Hospital Padre Zé.

O processo, instaurado para averiguar a destinação de verbas principalmente através da Secretaria de Desenvolvimento Humano, não encontrou nenhuma irregularidade. O arquivamento foi formalizado em um documento datado de 03 de abril de 2024, e tornado público esta semana, conforme relatórios do MPF.

Os principais investigados foram o Secretário de Desenvolvimento Humano e Social, Tibério Limeira, e o Secretário Municipal de Desenvolvimento Social, Diego Tavares. Também estavam envolvidos na investigação Ana Giovana, representante da Secretaria Municipal de Saúde de João Pessoa, e Padre Egídio, representante do Hospital Padre Zé.

A investigação foi motivada pela necessidade de transparência e responsabilidade no uso de fundos públicos, especialmente em um período de crise intensa causada pela pandemia. Os recursos em questão foram destinados para garantir a segurança alimentar de grupos extremamente vulneráveis, incluindo catadores de recicláveis, profissionais do sexo, imigrantes venezuelanos, e vendedores ambulantes.

A decisão de arquivar o caso foi tomada após uma análise detalhada dos gastos e das ações implementadas, que demonstraram adequação e eficácia no uso dos recursos para o suporte a essas populações. A investigação confirmou que as medidas adotadas antes mesmo da implementação do auxílio emergencial de R$600 pelo governo federal foram essenciais para mitigar os impactos da pandemia entre os mais afetados.

Este arquivamento não apenas esclarece a situação em relação às alegações de má gestão, mas também ressalta a importância das parcerias entre o governo estadual e entidades filantrópicas como o Hospital Padre Zé para responder a emergências de saúde pública

Clique aqui e confira o documento.

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