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Paraíba

TCE divulga diagnóstico sobre situação dos regimes próprios de previdência do Estado e municípios

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O Presidente do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba, conselheiro Fernando Catão, apresentou, nesta quarta-feira (03), um diagnóstico consolidado da situação atuarial do primeiro quadrimestre de 2022, referentes aos Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS) dos municípios e do Estado da Paraíba. O trabalho avaliou situações financeiras, orçamentária e atuarial, políticas de investimentos e a existência de riscos à sustentabilidade desse sistema. Atualmente a Paraíba conta com 71 RPPS, sendo 70 no âmbito de município e um do Estado.

Conforme dados do relatório, no período de janeiro a abril deste ano, os 70 RPPS municipais, arrecadaram R$ 308,3 milhões. Nesse mesmo período, as despesas empenhadas corresponderam a R$ 320,2 milhões. Ou seja, o resultado da execução orçamentária consolidada equivale a um déficit de R$ 11,3 milhões. Nesse período, os regimes em análise receberam aportes de R$ 77,7 milhões e alcançaram, por isso, um superávit de R$ 66,4 milhões.

Com esses aportes, considerando o resultado ajustado individualmente, dos 70 RPPS municipais, 49 (70%) apresentaram em abril de 2022, superávit na execução orçamentária. Outros 21 (30%) apresentaram déficit.

Quanto ao Governo do Estado da Paraíba, verificou-se que, no período de janeiro a abril de 2022, a receita arrecadada correspondeu a R$ 364,6 milhões. Já a despesa empenhada no mesmo período equivaleu a R$ 971,9 milhões. O déficit chega a R$ 607,2 milhões. Do Poder Executivo Estadual, no mesmo período, ouve aporte de R$ 571,1 milhões. Esse aporte reduziu para R$ 36,1 milhões o déficit no RPPS do Estado da Paraíba.

O conselheiro Fernando Catão alertou para situação financeira dos RPPS, que corresponde à relação entre o saldo das disponibilidades e a média das despesas com pagamento de benefícios previdenciários. “Dos 70 institutos municipais, 13 RPPS (18,57%) não dispõem de recursos financeiros para quitar uma folha de benefícios sequer, considerando a média das despesas com aposentadorias e pensões realizadas no período de janeiro a abril de 2022 e o saldo das disponibilidades em abril deste ano. Ou seja, esses regimes não conseguem constituir reservas. Encontram-se extremamente dependentes dos repasses realizados pelos respectivos entes para honrar seus compromissos”.

Em contraponto, disse o conselheiro, “16 RPPS (22,86%) dispunham em abril de 2022 de disponibilidades financeiras suficientes para cumprir, a mais, 36 meses de folhas de pagamento”.

Em relação ao RPPS do Estado da Paraíba, o presidente do TCE-PB observou que o saldo das disponibilidades desse regime em 30 de abril deste ano, somou R$ 774,4 milhões, superando o saldo no início do exercício de 2022 (R$ 733,4 milhões) em R$ 40,9 milhões (5,59%).

O relatório mostrou que a situação atuarial dos 70 institutos municipais de RPPS, considerando os planos capitalizados de forma isolada, assim como os planos de amortização de dívidas implementados, observou-se que 34 (48,57%) apresentaram déficit atuarial, 28 (40%) mostraram-se superavitários, enquanto 8 (11,43%) apresentaram situação atuarial equilibrada.

Situação financeira – O saldo consolidado das disponibilidades dos RPPS municipais, em 30 de abril, conforme o Sagres, correspondeu a R$ 1,2 bilhão. Esse valor é superior em R$ 83,7 milhões (7,22%) em relação ao montante do saldo consolidado dessas disponibilidades no início do exercício de 2022 (R$ 1,159 bilhão)

Considerados os RPPS municipais individualmente, observou-se que dos 70 existentes, 54 (77,14%) apresentaram incremento em suas disponibilidades em abril de 2022 em relação ao início do exercício em questão. Outros 16 (22,86%) apresentaram redução em suas disponibilidades. Numa análise isolada, os RPPS de João Pessoa e Cabedelo, juntos, concentram mais de 52% dos recursos de todos os outros regimes de previdência municipais.

Ativos e inativos – A partir do levantamento realizado, considerando os dois fundos criados pelos RPPS que dispõem de segregação de massas nos municípios que instituíram regimes de previdência próprios, existem 52.720 servidores efetivos ativos vinculados a esses regimes. Os regimes municipais dispunham ao final de abril, de 28.168 beneficiários, entre aposentados e pensionistas, o que resultaria, caso fossem considerados os 70 RPPS municipais, na existência de 1,87 servidores contribuindo para cada beneficiário desses regimes.

Já no Governo do Estado, encontram-se vinculados 42.515 servidores efetivos ativos e 52.876 aposentados e pensionistas, considerando os dois planos instituídos com a segregação de massas. “Desse modo, existiam ao final de abril cerca de 0,80 servidores efetivos em atividade para cada aposentado e pensionista”.

Implementação – O relatório mostra que o Estado da Paraíba implementou alíquota de contribuição do segurado no percentual de 14% para os dois planos instituídos após a segregação de massas (plano financeiro e plano capitalizado), tendo definido como alíquotas de contribuição patronal os percentuais de 28% para o plano financeiro e 22% para o plano capitalizado. A Lei Estadual nº 11.751/2020 estabeleceu que a alíquota patronal do fundo financeiro seria aplicada de forma escalonada, correspondendo em 2020 a 22%; 23,5% em 2021; 25,5% em 2022 e 28% em 2023.

Alertas- Como resultado da auditoria, o TCE-PB emitiu um total de 525 itens de alerta direcionados aos gestores dos RPPS, além de 216 destinados aos chefes do Poder Executivo e 141 aos chefes do Poder Legislativo.

Dados do relatório – Os dados utilizados no relatório decorrem de informações encaminhadas pelos institutos de regimes próprios à Corte de Contas, constantes nos processos de prestação de contas, de acompanhamento de gestão e no Sagres no que se refere às situações financeira, orçamentária e atuarial, evidenciando também a adequação à Reforma da Previdência (EC nº 103/2019). Foram obtidos a partir de levantamentos realizados pelos Técnicos de Contas Públicas (TCPs) e estagiários vinculados ao Departamento de Auditoria de Atos de Pessoal e Previdência – DEAPP.

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Paraíba

Odon avalia “gafe” cometida por Queiroz sobre pré-candidatura e Coronel Sobreira defende pastor

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O vereador da base governista de João Pessoa, Odon Bezerra (PSB), repercutiu o posicionamento do pastor Sérgio Queiroz (Novo) em relação ao pleito deste ano na Capital. O parlamentar avaliou que a fala de Queiroz insinua que o cargo de vice-prefeito serve como figurativo.

Em pronunciamento nesta segunda-feira (22/04), pastor Sérgio retirou pré-candidatura como cabeça de chapa à disputa eleitoral pela Prefeitura justificando não haver tempo e habilidade para ser chefe de gabinete, mas admitiu pretensão em compor com Marcelo Queiroga (PL) na condição de vice.

Durante entrevista ao programa Correio Debate, da Rádio Correio 98 FM desta terça-feira (23/04), Odon afirmou que Queiroz se colocou em “momento errado” sobre a visão dele em relação a atuação de vice-prefeito na gestão pública.

“Na questão política creio que ele cometeu uma gafe significativa. Dizer que não tem tempo para ser candidato a prefeito porque tem muitos afazeres e tem tempo para ser candidato a vice significa dizer que vice não faz nada. Então, seria bom ele dar uma passada lá na Prefeitura Municipal para saber das atividades que Leo exerce dentro do município. É tanto que Cícero sempre diz que João Pessoa tem dois prefeitos. Ganhar para não trabalhar significa isso? Ele não fazer nada? Então eu creio que está em um momento errado se ter uma fala dessa onde as pessoas exigem que o servidor público contribua com o desenvolvimento de cidade”, detalhou.

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Correligionário de Queiroz, o vereador Coronel Sobreira disse que a fala de Odon foi infeliz e sai em defesa do pastor caso ele oficialize pré-candidatura a vice-prefeito junto do PL.

“Eu acho que o contexto não é esse, eu tenho certeza que o vereador Odon não disse isso, e se ele quis contextualizar isso ele foi infeliz porque de fato, uma coisa é ser 01 em qualquer administração e outra coisa é ser 02. Eu já fui comandante de Batalhão, subcomandante de Batalhão e sei que as funções são diferentes. Cada um tem sua responsabilidade. Sérgio Queiroz sendo candidato como vice ele também vai ter sua responsabilidade dentro da gestão, junto com o PL, inclusive vai ser uma gestão a quatro mãos”, rebateu.

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Deusdete endossa nome de João ao Senado e destaca capacidade político-administrativa do gestor

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O secretário de Infraestrutura e Recursos Hídricos do Estado, Deusdete Queiroga, endossou a candidatura do governador João Azevêdo (PSB) ao Senado Federal nas eleições de 2026. O nome do gestor vem sendo fortemente ventilado no cenário político local para que ele saia do Governo e se lance candidato no pleito.

Durante entrevista ao programa Frente a Frente da TV Arapuan desta segunda-feira (22/04), Deusdete defendeu a possibilidade de pré-candidatura de João.

“O governador tem declarado recentemente que só quem sabe se vai sair ou não é ele. Mas ao mesmo tempo, eu diria que ele tem uma inclinação natural. Ele tem dito que o nome dele vai estar à disposição do partido em 2026 ao Senado, é natural que ele queira ser senador. Acho que vai coroar sem dúvida a carreira política, em dois mandatos consecutivos de governador fazendo um trabalho dessa natureza, é importante que ele possa concorrer ao Senado e inclusive eu defendo isso”, afirmou.

Ouça:

 

Deusdete reforçou, ainda, a estratégia porque avalia que o governador possui capacidade político e administrativa superior, inclusive, a do ex-governador Ricardo Coutinho que, segundo o secretário, foi superado pelo atual gestor em relação ao número de obras entregues em benefício direto da população.

“Hoje, eu como secretário de Infraestrutura, encaminho mensalmente em torno de cem milhões de reais. Então você veja, quase dez vezes mais (em comparação com a gestão passada). Evidentemente que de lá pra cá você alguma coisa de inflação, mas jamais chega a essa diferença. Então, incomparavelmente, o volume de investimentos que o Estado tem hoje é várias vezes superior ao que tínhamos naquele período”, concluiu.

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“Ele pode muito bem vir à Assembleia”, diz Wallber sobre convocação de padre Egídio para explicações

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Redação do Portal da Capital

O deputado estadual Wallber Virgolino (PL) confirmou, nesta terça-feira (23/04), que o padre Egídio de Carvalho Neto deverá ser convocado para prestar esclarecimentos sobre o suposto esquema corrupção montado dentro do Hospital Padre Zé, em João Pessoa, que ele teria liderado enquanto diretor da unidade hospitalar filantrópica.

Segundo Virgolino, a questão do Padre Zé não “pode acabar em pizza“.

A convocação do religioso deverá fazer parte dos trabalhos da Comissão Permanente de Inquérito (CPI) que deverá receber parecer jurídico nos próximos dias.

Os comentários de Virgolino foram registrados pelo programa Correio Debate, da 98 FM, de João Pessoa.

Confira o áudio:

 

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