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Modernização da indústria na Paraíba amplia geração de empregos

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No último mês de junho, a Federação das Indústrias do Estado da Paraíba – FIEP completou 73 anos. Durante essas mais de sete décadas, a instituição esteve à frente de pautas importantes para o desenvolvimento econômico e social do estado, sobretudo no que se refere ao setor industrial. Em entrevista aos repórteres Giovannia Brito e Thadeu Rodrigues, do Jornal A União, o presidente da FIEP e vice-presidente executivo da Confederação Nacional da Indústria – CNI representando a região Nordeste, Francisco Gadelha, falou sobre o atual cenário econômico, desenvolvimento industrial, geração de emprego, desafios da indústria para o futuro e o papel da federação no direcionamento de pautas e debates sobre o setor industrial no estado. A matéria foi publicada no último domingo, 7 de agosto. Confira abaixo a entrevista do empresário na íntegra.

Jornal A União – A FIEP completou 73 anos no último dia 17 de junho, o que é possível destacar nessas sete décadas de história?

Francisco Gadelha – Eu costumo dizer que a FIEP é o palco da Paraíba. É uma entidade histórica que reúne grandes marcos, cujos significados se confundem com a história do nosso estado. No decorrer dessas sete décadas, a FIEP se tornou sede de importantes diálogos, realizações e decisões. Entre as ações realizadas pela instituição, que impactaram na sociedade e na nossa economia, podemos destacar a luta pelo Gasoduto de Campina Grande, a nossa participação ativa na campanha “Vamos gritar por um Calado!”, em 2008, quando buscávamos soluções para a ampliação e melhorias nas condições do Porto de Cabedelo, a campanha Transposição de Águas do Rio São Francisco que atravessou décadas tendo a FIEP como percussora dessa luta. Mais recentemente, podemos destacar com mérito, o lançamento na sede da federação em Campina Grande na Paraíba, do programa Mobiliza Brasil – Mobilização pelo Emprego e Produtividade, do Governo Federal. Em novembro do ano passado, a federação também sediou um ato em prol da duplicação da BR 230, quando recebemos parlamentares e representantes do setor produtivo para uma discussão salutar em torno da obra em questão. Em junho deste ano, a Ordem de Serviço para o início das obras da duplicação do trecho da BR-230 foi assinada e pudemos celebrar mais essa conquista, um pleito no qual estivemos engajados desde o início. Como entidade representante do setor industrial, hoje temos assento nos principais conselhos e colegiados no estado, a exemplo do Copam (Conselho de Proteção Ambiental), FAIN (Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Industrial da Paraíba), cujas instâncias são responsáveis pela tomada de importantes decisões para o desenvolvimento regional, políticas públicas e ações que norteiam o desenvolvimento da indústrias. Assim é contada a história da FIEP, com grandes feitos do passado e também no presente.

Jornal A União – Quais os desafios diante de um cenário tão instável como temos no país?

Francisco Gadelha – Passados dois anos de pandemia, período intenso e atípico, o qual não estávamos preparados e precisamos nos adequar em muitas situações, vivemos agora uma retomada do desenvolvimento. A pandemia inevitavelmente impactou na produção industrial, porém, o avanço do processo de vacinação e o controle gradual da doença, tem possibilitado um recomeço. Não atingimos a velocidade ideal de crescimento, mas, estamos confiantes. Para o setor industrial um dos maiores desafios nesse momento de instabilidade no país é a alta do preço dos insumos industriais. Há poucos dias, a CNI (Confederação Nacional da Indústria), divulgou uma Nota Econômica cujas informações mostram que a indústria de transformação registra, há oito trimestres seguidos, a falta ou o alto custo de insumos e matérias-primas como principal problema. A crise provocada pela pandemia da Covid-19, a guerra entre Rússia e Ucrânia e os lockdowns na China têm sido os principais fatores pelo atraso na normalização das cadeias de insumos globais e os impactos são percebidos por quase todos os setores industriais. Desta forma, o desafio é manter a nossa indústria em patamar de competitividade mesmo com um cenário tão adverso.

Jornal A União – A polarização política vivenciada nos dias de hoje e também a instabilidade preocupa a FIEP? Isso pode comprometer o desenvolvimento da indústria

Francisco Gadelha – Nós entendemos que o diálogo é uma premissa das sociedades em desenvolvimento porque acreditamos que as diferenças ideológicas não devem se sobrepor ao bem comum. A nossa entidade é apartidária e, desta forma, buscamos dialogar com todos os poderes, sempre que necessário, seja para propor ou pleitear soluções para a indústria na Paraíba. O nosso papel principal é de articulação e a instabilidade política e econômica nos preocupa sim, quando vemos pautas prioritárias para nós serem adiadas, a exemplo da Reforma Tributária que é uma luta de muito tempo para o setor industrial. No entanto, é importante esclarecer que as políticas econômicas relacionadas à indústria de abrangência nacional são conduzidas pela CNI em Brasília, que é nossa representante em instância maior, e às federações de indústria nos estados, cabe a mobilização junto a classe empresarial e política.

Jornal A União – Quais os setores da indústria que mais se desenvolvem na Paraíba e que mais ajudam o Estado a tentar figurar melhor na economia entre as unidades da federação?

Francisco Gadelha – O setor da construção civil é um dos setores que tem importante contribuição na economia do Estado por movimentar outros segmentos industriais em sua cadeia produtiva. O setor de mineração, sucroalcooleiro e de alimentos também têm forte participação nesse contexto. Durante a pandemia, vimos um crescimento da indústria do mobiliário, uma vez que as pessoas começaram a se voltar mais para seus lares, seus ambientes de trabalho home office e isso gerou uma expectativa e até mesmo uma necessidade de investir nesses ambientes oferecendo mais conforto para a família o próprio profissional que passou a ficar boa parte do tempo em casa.

Jornal A União – Em termos de empregos, como tem se comportado a indústria. Diante de tantas adversidades foi possível gerar postos de empregos de forma significativa?

Francisco Gadelha – Os dados do último Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) apontam que a Paraíba fechou o mês de maio com a criação de mais de 3 mil novos empregos formais. Desta forma, podemos dizer que o estado registrou um aumento em relação ao mês de abril, de 32%. A Indústria e a Construção Civil, um dos setores mais dinâmicos da indústria, manteve trajetória positiva no mercado de trabalho. Em maio de 2021 registrou um saldo de 875 trabalhadores com carteira assinada, já em maio de 2022 apresentou um salto para 1.344 trabalhadores.

Jornal A União – A falta de mão de obra qualificada por ser apontada como um problema para a indústria paraibana?

Francisco Gadelha – Hoje o maior desafio no que diz respeito à mão-de-obra é preparar, qualificar profissionais para atender as necessidades do mercado em termos de tecnologia. Muitas empresas estão se modernizando e os colaboradores precisam acompanhar essas mudanças. A automação industrial por exemplo já é uma realidade em muitos segmentos industriais, mas nós através do SENAI temos cursos e oportunidades para atender às empresas nesse quesito, oferecendo cursos atualizados com as necessidades da indústria. A Faculdade SENAI realiza o Curso de Tecnólogo em Automação Industrial e recentemente formou duas novas turmas de profissionais que a partir de agora estão qualificados para atender a demanda do mercado.

Jornal A União – Quais os desafios da Indústria paraibana para os próximos anos?

Francisco Gadelha – O principal desafio será atravessar esse período de instabilidade econômica sem que isso gere impactos na competitividade e produção industrial. Também temos a preocupação de manter a estabilidade dos empregos para que a geração de renda e o consumo não sejam afetados. Outro desafio é que as indústrias consigam acompanhar a modernização, as tecnologias e as inovações que são cruciais para que tenhamos uma indústria forte e competitiva. Para isso, a FIEP através do SESI e do SENAI mantém uma ampla oferta de cursos e serviços especializados que permitem à indústria paraibana encontrar soluções para os principais desafios do mercado interno e externo.

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Especialistas incluem sete destilados paraibanos como finalistas do VI Ranking da Cúpula da Cachaça

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O Estado da Paraíba está representado por sete destilados que foram incluídos por especialistas como finalistas do VI Ranking da Cúpula da Cachaça, competição já considerada como a mais acirrada da história do evento.

As sete cachaças estavam numa lista disputada por um total de 150 (cento e cinquenta) marcas de todo o país e já inseridas no roll das “cachaças mais queridas do Brasil“.

Na edição de 2024, 20 (vinte) profissionais participaram como jurados da seleção após a realização de uma votação popular com registro de 52.966 (cinquenta e dois mil, novecentos e sessenta e seis) votos válidos que consagraram esta edição como a maior de todas as anteriores.

A competição, realizada em três fases, chegará à final entre os dias 26 e 28 de abril durante a XXI Cúpula da Cachaça, na Cachaçaria e Chalé Macaúva, no Município de Analândia, em São Paulo.

Sobre a Cúpula da Cachaça

A Cúpula da Cachaça é uma entidade criada em 2013 para reunir profissionais de diferentes formações especializados no destilado nacional brasileiro em torno de iniciativas de valorização da cachaça e incremento da profissionalização do setor.

Entre essas ações está o Ranking Cúpula da Cachaça, que é bianual e tem o objetivo de divulgar a categoria Cachaça como destilado brasileiro de excelência e fomentar a produção de qualidade.

Confira a lista das cachaças paraibanas que são finalistas nesta competição:

Arretada Cordel (Cruz do Espírito-PB);
Baraúna Premium Carvalho (Alhandra-PB);
Gregório Prata (Alagoa Grande-PB);
Nobre Cristal (Cruz do Espírito Santo-PB);
Triunfo Umburana (Areia-PB);
Volúpia Diamante (Alagoa Grande-PB)
Volúpia Tradicional (Alagoa Grande-PB)

Clique aqui e confira a íntegra da lista com as finalistas.

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Diogo Nogueira fará show em João Pessoa no mês de maio com releituras da carreira

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O cantor e compositor Diogo Nogueira fará um show em João Pessoa no dia 12 de maio, a partir das 19h30, no Teatro Pedra do Reino, em João Pessoa. O artista traz o samba da Bahia junto com releituras de hits de sua carreira como “Pé na Areia”, “Alma Boêmia” e “Clareou”.

Além dos clássicos, Diogo Nogueira também apresenta canções de seu mais recente álbum, intitulado de “Sagrado”, que resgata as raízes do samba do cantor.

Diogo também traz de volta a dança, um fator presente em seus shows. Para a Tour 2024, a dança será celebrada com as coreografias do ballet da companhia de dança Leandro Azevedo – ator, dançarino, coreógrafo e professor.

Ingressos;

Os ingressos para o show de Diogo Nogueira custam de R$ 90 a R$ 320, podendo ser comprados na loja Mioche do Mag Shopping ou pelo site Bilheteria Digital.

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Saiba quando levar criança para urgência hospitalar e entenda por que não precisa ter medo da UTI

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Filho pequeno doente é sinônimo de preocupação. Mas, os pais ficam um pouco mais tranquilos quando podem contar com uma estrutura hospitalar completa. Dispor da assistência de um pronto atendimento ou de uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pode ser fundamental para que a criança se recupere o mais breve possível e volte logo para casa. Mas, há quem tenha dúvidas sobre quando levar a criança para um serviço de urgência e emergência ou fique assustado quando o filho precisa ser internado em uma UTI.

Para esclarecer as dúvidas sobre urgência e emergência e desmitificar o receio das UTIs, o “Sem Contraindicação” recebeu as pediatras Íris do Céu de Carvalho Coelho, coordenadora médica do Pronto Atendimento do Hospital Pediátrico Unimed (HPU), e Janine Alencar, coordenadora médica da Unidade de Terapia Intensiva do HPU.

Prontos para atender

A pediatra Íris do Céu esclareceu que nem sempre, a melhor providência a adotar logo que o filho adoece é recorrer a um serviço de urgência e emergência. O ideal é entrar em contato com o pediatra da criança. Como esse profissional já a acompanha, conhece melhor o histórico de saúde e tem condições de ser mais assertivo. Na urgência, pela característica própria do serviço, será tratado o problema de saúde que o paciente estiver apresentando no momento do atendimento. “Nunca o serviço de urgência vai substituir o acompanhamento [pelo pediatra] daquela criança”, explicou a médica.

Ela esclareceu que a equipe estará sempre pronta a atender, mas se o caso não for de urgência e emergência, a pessoa poderá esperar um pouco mais, pois serão priorizadas as situações mais graves. E ainda há o risco de a criança ficar exposta em um ambiente com outros pacientes doentes. Na conversa, a médica esclareceu em quais situações procurar um serviço de urgência e emergência e deu alternativas para evitar levar a criança ao hospital.

Sem medo da UTI

A pediatra Janine Alencar informou que, antes mesmo que fosse obrigatório, o Hospital Pediátrico Unimed já permitia que os pais acompanhassem 24 horas por dia os filhos internados na UTI. Essa medida traz mais conforto para a criança e mais tranquilidade para os pais, contribuindo para melhores resultados. No episódio, ela falou sobre a estrutura da unidade, a aquisição de novos equipamentos, a capacitação da equipe e o programa de humanização, que torna o ambiente mais acolhedor.

Janine Alencar comentou que os pais, geralmente, ficam assustados quando os filhos precisam ser internados em uma UTI. A ideia, que não corresponde à realidade, é de que “não haveria mais o que fazer”. Mas não é isso. “A terapia intensiva é, justamente, para você dar um suporte naquelas patologias mais graves. Não quer dizer que é porque é terminal, porque não vai ter mais cura. Não é isso. Pelo contrário. É tanto que pacientes terminais não têm indicação de UTI”, tranquilizou. Ela destacou que, na UTI, toda uma equipe multidisciplinar vai estar focada para restabelecer a saúde o mais breve possível. “É um tratamento intensivo. Apenas isso”, reforçou.

Onde assistir

Produzido pela área de Comunicação e Marketing da Unimed João Pessoa, o videocast “Sem Contraindicação” aborda temas sobre saúde, qualidade de vida, bem-estar e os avanços da saúde e da medicina. Toda quinta-feira, um novo episódio é publicado no YouTube e no Spotify.

Os episódios também ficam disponíveis no Portal Unimed João Pessoa (www.unimedjp.com.br/semcontraindicacao), onde é possível interagir com a equipe.

Confira imagens:

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