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Na PB, renovação política na ALPB e na bancada federal é próxima de zero

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* Por Josival Pereira

Logo após a divulgação do resultado da apuração do primeiro turno das eleições, a imprensa registrou que teria havido uma renovação de 5 vagas na Câmara Federal (41,6%) e 14 cadeiras na Assembleia Legislativa da Paraíba (38,8%).

Houve mudanças nos nomes dos ocupantes das cadeiras na Câmara dos Deputados, em Brasília, e na Assembleia, mas, a rigor, não houve renovação.

Entre os novos deputados federais, o único que talvez ainda traga alguma carga de renovação é o deputado Cabo Gilberto (PL), mas, ainda assim, já tem militância política consolidada no Estado.

A situação não é diferente na Assembleia. Dos 14 novos deputados, apenas o Sargento Neto não vem de velhos esquemas ou grupos políticos, mas, mesmo assim, já exerce o mandato de vereador em Campina Grande. Não é totalmente neófito. Os demais ou representam velhas oligarquias ou são ex-prefeitos já totalmente enfronhados nos esquemas políticos dominantes.

Há casos como os de George Morais (União) e Chica Motta (Republicanos), por exemplo, que as famílias já ocupam cadeiras ou exercem mandatos políticos no Estado há mais de meio século.

São vários os ex-prefeitos cujas famílias já exercem dominação regional ou eles próprios estão construindo seus feudos locais. Inscreva-se nesse grupo nomes como os de Fábio Ramalho (PSDB), João Paulo (PP), Chico Mendes (PSB), Dr. Romualdo (MDB), Gilbertinho (União), Eduardo Brito (Solidariedade), além de Daniella do Vale, que é filha da prefeita de Mamanguape, Eunice Pessoa. São ainda ex-prefeitos Márcio Roberto (Republicanos) e Luciano Cartaxo (PT), menos envolvido em esquemas tradicionais, mas já com largo currículos em cargos públicos.

Os deputados eleitos Michel Henrique (Republicanos) e Tanilson Soares (PSB), vão substituir os pais – João Henrique e Edmilson Soares, respectivamente, que tinham longa militância no Legislativo estadual. Podem ser diferentes, mas chegam montados em antigos esquemas.

É fácil se perceber aí, no quadro pintado pelas urnas, que não dá para esperar mudanças significativas no modo de atuar, agir e se posicionar da maioria dos novos eleitos. É claro que alguns dos novos eleitos podem melhorar o debate na Assembleia, mas talvez nada que possam surpreender o Estado.

A verdade é que, do ponto de vista da representatividade social e do discurso, a renovação política na bancada da Paraíba na Câmara dos Deputados e na Assembleia é próximo de zero.

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Racha no PL da Paraíba: uma trama política para ‘dramalhão mexicano’ nenhum botar defeito

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Redação do Portal da Capital

*Por Henrique Lima

Desde que o ex-presidente Bolsonaro enfrentou uma derrota eleitoral, o Partido Liberal (PL) da Paraíba tem sido palco de uma verdadeira novela política, repleta de divergências e rachas que parecem não ter fim à vista. Os integrantes da legenda, outrora unidos, começaram a se dividir após esse revés eleitoral, desencadeando uma avalanche de conflitos internos.

De um lado, está o deputado federal Wellington Roberto, presidente da sigla na Paraíba, que obteve o aval de Bolsonaro para apoiar a candidatura do ex-ministro Marcelo Queiroga à Prefeitura. No entanto, essa decisão provocou a ira de uma ala bolsonarista em João Pessoa, composta por Cabo Gilberto, Walber Virgolino e Nilvan Ferreira, formando um intrigante “triunvirato”.

A partir desse ponto, assistiu-se a uma série de trocas de acusações e alfinetadas de ambos os lados culminando na destituição do deputado federal Cabo Gilberto da presidência do PL em João Pessoa.

Este último não poupou críticas a Wellington Roberto, acusando-o de manobras e comportamento típico de coronel. Em contrapartida, o presidente do PL na Paraíba defendeu o partido como um projeto político genuíno, rejeitando qualquer insinuação de oportunismo.

A incerteza paira sobre os próximos capítulos dessa intrincada trama política. Os desdobramentos nos próximos dias prometem continuar a surpreender e a manter a atenção da população, revelando os rumos que essa novela política tomará e quais serão suas consequências para o cenário político paraibano.

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Distante do cotidiano de Campina Grande, conversa de Cássio com Tovar não surtiu efeito

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Redação do Portal da Capital

*Por João Paulo Medeiros 

No fim do mês passado registrei aqui – e outros colegas da imprensa fizeram o mesmo – que o ex-senador Cássio Cunha Lima havia mantido, em Brasília, um encontro com o deputado estadual Tovar Correia Lima (PSDB).

Na conversa entre os dois o ex-senador teria renovado o pedido a Tovar (e por lógica, indiretamente, a Romero) para arrefecer os ânimos e divergências, mantendo o grupo unido em Campina.

Naquele momento existiam especulações sobre uma possível adesão de Tovar à base do governador João Azevêdo (PSB).

Pois bem. Quase um mês depois, algumas constatações podem ser feitas.

Sem mandato há anos e distante do cotidiano de Campina Grande, o ex-senador não conseguiu, pelo menos por enquanto, garantir a reunificação do grupo.

Por alguns dias a temperatura até foi abrandada, mas as chamas voltaram a ser vistas. Ou melhor: publicizadas de lado a lado, nas redes sociais, em forma de fotografias.

As agendas dessa semana em Brasília com o prefeito Bruno Cunha Lima (PSD) ao lado do senador Veneziano Vital (MDB), e o deputado federal Romero Rodrigues (Podemos) recebendo lideranças da base de João em seu gabinete, são um sintoma de que nada, absolutamente nada, mudou.

Romero tem sido, reiteradamente, cortejado pela oposição para disputar a prefeitura campinense no próximo ano; enquanto Bruno tem apostado cada vez mais as fichas da reeleição nos resultados de uma parceria política e administrativa com Veneziano.

Há um mês, quando noticiei aqui a conversa de Cássio e Tovar, observei que o ex-senador atuava naquele instante como ‘bombeiro’. Agora, até onde a visão é possível alcançar, pode-se afirmar que os extintores usados não surtiram efeito.

Longe do convívio da cidade, a força da água lançada, ao que parece, já não é mais a mesma.

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Quadro muda e cresce chance de o PT lançar candidato em João Pessoa

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Redação do Portal da Capital

* Por Josival Pereira

Diferentemente do que ocorria há seis meses, o clima no PT mudou substancialmente em relação à disputa pela Prefeitura de João Pessoa.
Em março, quando as primeiras pré-candidaturas surgiram, o presidente estadual da legenda, Jackson Macedo, considerava o movimento um “erro grosseiro”. Primeiro, porque a direção nacional do partido ainda não havia deflagrado o processo de discussão interna sobre as eleições municipais; depois, porque entendia que o partido só deveria lançar candidato em condições de disputar para vencer, e ainda avaliava outras alternativas, como a possibilidade de aliança com um possível candidato do PSB.

Havia também à espera pela definição da tática eleitoral do PT, sabendo-se de antemão que uma recomendação seria a política ampla de alianças para garantir a governabilidade da gestão Lula e facilitar a reeleição do presidente em 2026.

Neste particular, havia uma expectativa de que o prefeito Cícero Lucena pudesse migrar para um partido de esquerda, talvez o PDT, produzindo a chance de uma grande aliança de todas as forças progressistas já alinhadas no segundo turno das eleições para governador e presidente.
A conjuntura interna no PT da Capital é totalmente diferente no momento. Todas as correntes locais defendem a candidatura própria.

Uma primeira razão é a impossibilidade de seguir o PSB do governador João Azevedo e se compor com o prefeito Cícero Lucena. Não especificamente por sua filiação ao Progressistas. Mas pela distância e frieza do prefeito para com Lula e o PT. Não existe uma declaração ou um gesto de Cícero que possa facilitar a abertura mínima de um diálogo pela base, ou seja, aqui no município.

Como o governador João Azevedo tem sido enfático nas afirmações de que o PSB manterá a aliança com Cícero, os petistas se desencantaram em relação à possibilidade de formação de uma aliança progressista e, assim, criou-se, internamente, o quadro favorável ao lançamento de uma candidatura própria.

Lógico que o argumento principal é o da necessidade de fazer a defesa do governo e da candidatura de Lula à reeleição. Assim, a maioria das correntes locais fechou com a defesa de uma candidatura petista, tendo três pré-candidatos interessados – Luciano Cartaxo, Cida Ramos e Estela Bezerra. A decisão final, no entanto, depende da Executiva nacional do partido.

Antes, porém, ainda que todas as correntes defendam a candidatura própria, o PT tem alguns problemas a enfrentar.

Como definir o candidato?

O deputado Luciano Cartaxo defende o critério de pesquisa, previsto em documento recente aprovado na Executiva nacional. Os dois outros pré-candidatos – deputada Cida Ramos e a ex-deputada Estela Bezerra- defendem que a escolha seja feita pela militância, como são a tradição e regras históricas do partido. Essa posição é também defendida pelo deputado federal Luís Couto e o ex-governador Ricardo Coutinho, líderes com prestígio na legenda em Brasília.

Com quem o PT fará aliança?

Outro problema pode ser o isolamento do PT em João Pessoa. No momento, os dois outros partidos da federação – PCdoB e PV – estão na base do governador João Azevedo e tendentes e apoiarem à reeleição do prefeito Cícero Lucena. Ainda no campo da esquerda, o PDT e o Solidariedade também deverão ficar com Cícero e a Rede Sustentabilidade com o PSOL devem ter seu próprio candidato. Assim, fica complicado para o PT.

Haverá unidade interna?

Uma questão que já ronda o PT de João Pessoa feito fantasma adiantado é a da unidade após a escolha do candidato. Os grupos de Cida e Estela, com Luís Couto e Ricardo, apoiarão a candidatura de Luciano Cartaxo? Cartaxo apoiará Cida ou Estela, formando ao lado de Ricardo Coutinho?

Lógico que existe a possibilidade, embora remota, de o presidente Lula usar seu prestígio e força política para fazer o liame entre todas as correntes na Paraíba. Mas aí surge outra questão:

E Lula vem fazer campanha contra o governador João Azevedo na Paraíba?

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