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Prévia carnavalesca de João Pessoa começa neste sábado
A prévia carnavalesca do Carnaval Tradição 2023 começa na noite deste sábado (28). O evento, da Prefeitura de João Pessoa, através da Fundação Cultural (Funjope), vai ter início sempre às 19h e contará com apresentações de escolas de samba, tribos indígenas, ala ursas e clubes de frevo em oito bairros da Capital.
As prévias acontecem sempre antes do desfile oficial da Avenida Duarte da Silveira, no período do Carnaval. Com o objetivo de valorizar e incentivar a cultura popular, a Fundação Cultural de João Pessoa busca fomentar as tradições carnavalescas dos bairros.
“As prévias são parte fundamental do nosso Carnaval. É um momento de aquecimento para as agremiações mostrarem os seus preparativos e mobilizarem o público. Além disso, fazer com que a cidade entre nesse clima de Carnaval. João Pessoa tem um Carnaval longo, que começa no dia 9 de fevereiro e vai até a Quarta-feira de Cinzas. As prévias já dão esse aquecimento. É onde vamos sentir a força do batuque de João Pessoa”, comentou o diretor executivo da Funjope, Marcus Alves.
Programação – Os bairros que vão ter apresentações são: Mandacaru, Torre, São José, Cruz das Armas, Róger, Esplanada, Jaguaribe e Rangel. Neste sábado (28) tem, na Avenida Floriano Peixoto, em Jaguaribe, a tribo indígena Papo Amarelo, os clubes de frevo Piratas e São Rafael, Escola de Samba Malandros do Morro e a ala ursa Anos Dourados.
Também neste sábado, no Porto de João Tota, mas em Mandacaru, se apresentam as ala ursas Branco e Cia, Selvagem e Celebridade, as tribos indígenas Tupinambás e Tupi Guarani e o clube Gigantes do Frevo.
As apresentações do domingo (29) serão na Rua Carneiro da Cunha, no bairro da Torre, com as ala ursas Alegria do Panda e Branco 13 de Maio, a tribo indígena Ubirajara, o clube de frevo Cultural Bandeirante e a Escola de Samba Malandros do Morro.
Na próxima sexta-feira (3), no bairro São José, as atrações serão a Escola de Samba Pavão de Ouro, o clube de frevo Sai da Frente Dona Emília, a tribo indígena Guanabara e as ala ursas Treme-Treme e Santa Cruz. A concentração será ao lado da Igreja Católica São José, na Rua Edmundo Filho.
No sábado (4), a Escola de Samba Unidos do Róger, as ala ursas Jamaica e Solitário, a tribo indígena Pele Vermelha e o clube de frevo Cigano de Esplanada vão estar no bairro de Cruz das Armas, na Rua Presidente Félix Antônio, próximo à Rua do Rio.
Já no domingo (5), as Escolas de Samba Unidos do Róger e Império do Samba se concentram no cruzamento das ruas Juiz Gama e Melo e a Rua da Saudade, no bairro do Roger, para se apresentarem junto com as ala ursas Sem Lenço Sem Documento, Piratas de Jaguaribe e Gavião.
O bairro Esplanada vai receber a tribo indígena Africanos, o clube de frevo Sai da Frente Dona Emília e a Escola Império do Samba, na quarta-feira (16). A concentração será na Rua Lourenço César com a Ibiapina de Souza Magalhães.
Encerrando a noite de prévias, a Praça da Amizade, no bairro do Rangel, vai ter a animação da Escola de Samba Pavão de Ouro, do clube de frevo Cigano do Esplanada, da ala ursa Amigo e Batucada e da tribo indígena Ubirajara.
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Congresso sobre doenças raras reúne profissionais e garante avanços para o tratamento
A discussão sobre pacientes com doenças raras se faz cada vez mais necessária na sociedade, porque ela traz conhecimento, avanços para o tratamento e inclusão. Por isso, o IV Congresso Nacional de Doenças Raras e Anomalias Congênitas (Conamdracon), que aconteceu esta semana no Espaço Cultural José Lins do Rego, no bairro de Tambauzinho, foi tão importante, conforme depoimento dos próprios organizadores e participantes. O evento foi realizado pela Associação Paraibana de Doenças Raras (Aspador), em parceria com a Prefeitura de João Pessoa, por meio do Centro de Referência Multiprofissional em Doenças Raras.
Durante três dias, centenas de pessoas, entre pesquisadores da área, profissionais e estudantes de Saúde de todo o Brasil, estiveram reunidas em um debate que trouxe entendimento sobre as condições de pacientes raros, além de ampliar os conhecimentos dos profissionais da área.
Nesta quinta-feira (28), durante o encerramento do evento, uma vasta programação foi apresentada ao público. Além de palestras com temas como ‘A humanização e a arte da cirurgia neurológica nos distúrbios dos movimentos das doenças raras’ e ‘Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD’, aconteceram também mesas redondas para ampliar o debate sobre ‘A importância da educação em saúde na política de atenção integral da pessoa com doença rara e família’, ‘Avaliação biomecânica nas doenças raras’ e ‘Cuidados paliativos’.
A médica geneticista e presidente do Congresso, Tereza Tavares, explicou que os temas discutidos durante o evento levam mais conhecimento aos participantes e, consequentemente, melhorias no atendimento aos pacientes, especialmente os do Sistema Único de Saúde (SUS).
“Muitas vezes esses pacientes têm múltiplos acometimentos de sistemas e precisam da atenção de vários profissionais, quer sejam várias especialidades médicas, mas também multiprofissional. Os profissionais que vão dar assistência à família, por exemplo, os psicólogos, têm um papel fundamental nisso, no apoio ao paciente, a família e até ao médico que está atendendo. O assistente social, que tem um manejo maior com aquela família para saber como ela se encontra”, falou Tereza Tavares.
A especialista também chamou atenção para a iniciativa do apoio da Prefeitura de João Pessoa e afirmou que o envolvimento dos gestores públicos em todas as esferas – municipal, estadual e federal – é de suma importância para o avanço de tomadas de decisões que tragam soluções para as famílias que enfrentam as doenças raras e para o sistema de saúde.
“É uma iniciativa fantástica. A gente precisa de acessibilidade maior de todos os gestores, em todas as esferas, que ofereçam os medicamentos. Por exemplo, nós temos a Atrofia Medular Espinhal que tem três subtipos, mas o tipo 1, a criança pode ter a falência dos músculos e ela morre até no primeiro ano de vida e existe o medicamento que evita toda a instalação de quadro clínico. Portanto, é uma questão de vida e morte, mas é muito caro e isso acaba sendo judicializado. E quando libera [na Justiça], muitas vezes a criança já pode ter morrido. Precisamos mobilizar todas as estruturas, não só o exame, como o medicamento”, alertou.
Doenças raras em números – Saionara Araújo, uma das organizadoras do evento, citou que o Brasil tem 3 milhões de pacientes com doenças raras. Desse total, só 5% têm tratamento. Dentro de quase 8 mil doenças raras, nenhuma tem cura. Para ela, a tomada de consciência para o cuidado com esses pacientes e suas famílias é urgente.
“O principal objetivo de a gente estar aqui discutindo há três dias as doenças raras é exatamente para trazer os olhares das três esferas de governo, como também da sociedade civil organizada, para uma temática que é fato. É para que a gente se qualifique, se capacite para dar a esses pacientes um atendimento qualificado e integral, para que a gente contribua com a qualidade de vida deles, já que cura, infelizmente, a gente não consegue. Para conseguir isso, a gente tem que juntar profissionais que atuam na saúde, com professores que têm as suas disciplinas voltadas para a doença rara, com os residentes e multiprofissionais”, ressaltou.
Profissionais envolvidos – O IV Conamdracon contou com a participação ativa de diversos profissionais, incluindo médicos, enfermeiros, farmacêuticos, assistentes sociais, psicólogos, dentistas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, educadores físicos, nutricionistas, psicopedagogos, bem como estudantes de graduação e pós-graduação.
A fonoaudióloga Keila Albuquerque esteve presente no evento durante os três dias e falou sobre a importância do Congresso. “É muito importante que todos os profissionais conheçam as doenças raras, que são diversas, e como tratá-las. A importância é imensurável. E os organizadores do evento estão de parabéns, porque o evento está muito bem organizado, as palestras estão muito grandiosas, informativas, então está perfeito o Congresso”, enfatizou.
Keila também explicou o papel da fonoaudióloga no acompanhamento aos pacientes com doenças raras. “O fonoaudiólogo trabalha tanto na área da comunicação – os pacientes que têm distúrbio de fala não conseguem se comunicar direito, ele expressa seu desejo, suas vontades – como também com deglutição, com a desfagia. Então, os pacientes que têm dificuldade em mastigar, em deglutir, em sugar, no caso dos bebês. O personal dele trabalha desde o neonato até os idosos, nesses dois distúrbios da comunicação e da alimentação”, esclareceu.
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