Brasil
Picanha cai 10% e cerveja sobe 10,5% em 12 meses às vésperas do Carnaval
O Carnaval está chegando, e o churrasquinho prometido por Lula durante a campanha começa a ficar mais próximo do bolso do consumidor.
Segundo a Folha, o preço da picanha voltou a cair neste início de ano e já acumula recuo de 10% nos últimos 12 meses. O cenário, no entanto, ainda está longe de ser o ideal, uma vez que, nos quatro anos do governo Jair Bolsonaro, a picanha acumulou alta de 52%. Mesmo com a queda atual, os preços continuam elevados para um consumidor que perdeu renda nos últimos anos.
Já a cervejinha, também citada por Lula na campanha, antevendo o maior consumo durante o Carnaval, começa a ter novos reajustes. Após ter subido 0,88% em dezembro, ficou 1,74% mais cara em janeiro. Nos últimos 12 meses, a evolução de preços da bebida foi de 10,50%.
As informações são da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), que divulga semanalmente o comportamento dos preço sem São Paulo.
Alguns complementos do churrasco, porém, ainda pesam muito no bolso. O pão francês mantém alta e acumula 18% em 12 meses. Mesmo com uma acomodação dos preços internacionais do trigo, o pãozinho francês chega a custar R$ 22 por quilo em algumas padarias de São Paulo.
A farofa já sobe menos —a alta em janeiro foi de 1,44%—, mas ainda acumula evolução de 38,2% nos preços dos últimos 12 meses. O mesmo ocorre com o carvão, que ficou 3,9% mais caro no mês passado, evolução menor do que nos meses anteriores, mas com variação de 31% de alta em 12 meses, de acordo com a Fipe.
A salada, após a aceleração de preços dos hortifrútis provocada pelas chuvas do último trimestre de 2022, também começa a custar menos. O tomate teve queda de 7% em janeiro, e a cebola recuou 29%. Os preços desta acumulados em 12 meses, no entanto, ainda registram elevação de 51%.
Por que a carne, o principal componente do churrasco, cai? O Brasil continua vendendo muita carne para o exterior. Em janeiro, foram 160 mil toneladas de proteína bovina “in natura”. A China, no entanto, a principal importadora brasileira, já não está disposta a pagar tanto pelo produto.
Em 2022, considerando todos os tipos de carne bovina exportada, os chineses pagaram US$ 6,41 por quilo, em média no ano. Os preços foram recuando no final do ano, até US$ 4,96 em dezembro, um valor bem distante dos US$ 7,33 de junho, segundo Thiago Bernardino de Carvalho, pesquisador do Cepea.
O valor pago pelos chineses em dezembro foi o menor desde novembro de 2021. Se considerada a média de todos os países, o valor do final de 2022 recuou para US$ 4,80, o menor em 20 meses.
O mercado holandês foi o que melhor remunerou a carne brasileira em dezembro, pagando US$ 9,19 por quilo. Já Hong Kong (US$ 3,27) e Rússia (US$ 3,55) foram os que menos pagaram, segundo cálculos do pesquisador.
Recomposição de estoques, peso da inflação e a política de Covid zero reduziram a demanda chinesa. E isso reflete diretamente no mercado interno, segundo Carvalho.
A arroba perde valor, puxando para baixo também as carnes suína e de aves. O Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) aponta a arroba de boi em R$ 286 em São Paulo. Há um ano estava em R$ 340.
Com isso, o quilo da carcaça casada (carne do dianteiro, traseiro e ponta de agulha) recuou para R$ 18,7 na Grande São Paulo neste mês, após permanecer acima de R$ 19 desde agosto.
A queda da carne bovina influencia também a suína e a de frango, ambas com recuos nos supermercados. Carvalho diz que pode haver uma tentativa de reajustes nos preços no período de Carnaval, devido à demanda, mas que a margem para alta é pequena. A oferta de produto é melhor, e o dinheiro do consumidor está curto. “Mas há luz no fim do túnel para o consumidor”, diz Carvalho ao se referir a preços futuros.
Na avaliação do pesquisador, a pecuária conseguiu melhorar a produtividade e elevar a produção. As exportações, no entanto, influenciam nos preços, principalmente no período de alta demanda externa.
No trimestre agosto-outubro, as exportações brasileiras de carne bovina superaram 200 mil toneladas por mês. Em setembro, foram 203 mil de carne “in natura” e 229 mil quando somada a industrializada e os miúdos.
Brasil
Pacheco diz que PEC das Drogas será votada no Senado após feriado da Páscoa
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou nesta terça-feira, 26, que a proposta de emenda à Constituição (PEC) que criminaliza a posse e o porte de drogas será votada em plenário após o feriado de Páscoa. O texto, de autoria do senador, é analisado diante da discussão sobre o tema no Supremo Tribunal Federal (STF). Até o momento, cinco ministros da Corte votaram a favor da descriminalização do porte de maconha para uso pessoal e três votaram contra.
Segundo informações do Estadão, a votação da PEC é uma reação dos parlamentares ao julgamento do STF. O texto pretende criminalizar o porte e a posse de qualquer quantidade de drogas, inclusive da maconha. Após as cinco sessões de discussão, a proposta pode ser analisada pelo plenário da Casa. Dentro desse prazo, Pacheco acredita “que após o feriado da Semana Santa, nós (senadores) já tenhamos condição de apreciar, em primeiro turno, a PEC”.
O texto diz que “não há tráfico de drogas se não há interessado em adquiri-las”. O relator da proposta, senador Efraim Filho (União-PB), acrescentou à PEC a garantia de respeito à distinção entre usuário e traficante, estabelecendo penas alternativas à prisão e oferta de tratamento para usuários e dependentes químicos.
Em discurso, o senador disse que a decisão sobre o tema deve ser do Congresso, que tem “a competência para legislar”. Efraim ainda afirmou que “por diversas oportunidades nos últimos anos, o Parlamento votou a favor de manter a atual legislação”, que considera o porte de drogas para uso pessoal um crime, mas aplica penas de prestação de serviços à comunidade e cumprimento de medidas socioeducativas, sem restrição de liberdade.
Depois de ser aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a PEC começou a ser debatida em plenário no dia 19 de março. Nesta quarta-feira, 27, a sessão plenária foi cancelada, o que adia o debate. O texto precisa ser votado em dois turnos e, se aprovado, segue para a Câmara.
Brasil
Câmara aprova permissão para ações emergenciais do governo contra a seca no Semiárido
A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (27/03) projeto de lei que permite ao governo acionar programas emergenciais em áreas rurais e urbanas do Semiárido para garantir a segurança hídrica e alimentar dessa região. O texto muda a Política Nacional de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca.
O texto aprovado é um substitutivo do deputado Raniery Paulino (Republicanos-PB) ao Projeto de Lei 5350/23. O projeto inicialmente estendia apenas a Operação Carro-Pipa para áreas urbanas do Semiárido.
Paulino afirmou que o programa Carro-Pipa não é a única ação emergencial para situações de calamidade climática. “Existem programas, por exemplo, que destinam recursos diretamente a estados e municípios, bastante ágeis, com viés não apenas de abastecimento de água, mas para garantia de segurança hídrica”, disse.
Segundo Paulino, as mudanças climáticas fizeram aumentar a região semiárida do País e, atualmente, há mais de 5 milhões de pessoas em área de seca extrema ou severa. “Eu vivi de perto esse complexo, cidades da região do brejo paraibano colapsaram. Foi necessário serem atendidas por carro-pipa”, disse.
O relator aceitou mudanças propostas pelo deputado Pedro Campos para garantir o abastecimento de água em escolas públicas no semiárido. “Mais de 3 mil escolas do nordeste não tem água potável e passarão a ter apoio da Operação Carro-Pipa”, disse Campos. Também acatou alteração proposta pelo deputado Domingos Neto para prever linhas de crédito para recompor pequenas produções rurais afetadas por processos de desertificação e seca.
“Projeto veio corrigir um equívoco onde havia cidades que precisavam ser atendidas e por estarem na zona urbana, as famílias não podiam receber água”, afirmou o deputado Hugo Motta.
Fonte: Agência Câmara de Notícias
Brasil
Efraim Filho destaca protagonismo do Senado em temas relevantes para a sociedade
O senador Efraim Filho (União Brasil) participou, nesta segunda-feira (25/03), da sessão especial em comemoração aos 200 Anos do Senado e destacou a importância da Casa na discussão de temas que têm impacto na vida do cidadão.
O parlamentar lembrou do protagonismo do Senado em matérias importantes, como as reformas tributária e da Previdência e o Marco do Saneamento. O senador é relator da PEC sobre drogas (PEC 45/2023), que inclui na Constituição a determinação de que a posse ou o porte de entorpecentes e drogas ilícitas afins são crimes, independentemente da quantidade. Segundo ele, o texto representa um sentimento da sociedade brasileira.
“Aqui nós vivemos uma data histórica celebrando os 200 anos da história do Senado. O Senado que tem um rol de serviços prestado à República brasileira, à nação, e claro nesses tempos recente sem duvida alguma o Senado faz esse reconhecimento do passado, mas projetando o futuro. Temas da inteligência artificial, novas tecnologias, temas que impactam a vida real do cidadão brasileiro são tratados aqui. Aqui que está a casa da democracia, onde toda sociedade está representada, o Poder Executivo representa a vontade da maioria”, pontuou.