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A quem interessa “queimar” Leo?
O vice-prefeito Leo Bezerra (PSB), de João Pessoa, Capital do Estado da Paraíba, volta e meia, tem sido alvo de flechas com pontas flamejantes que tentam acertá-lo em cheio para “queimá-lo” politicamente.
Isso é fato. Todo mundo ouve. Todo mundo vê.
Porém, também é nítido o fato de que os “incendiários” parecem esquecer que Leo Bezerra é um dos raros políticos difíceis de “queimar”. E isso se dá por alguns fatores muito simples, porém, inquestionavelmente eficazes e importantes: Leo é fiel ao seu grupo político e, até agora, tem saído de casa todos os dias disposto apenas a cumprir exatamente o que foi “acordado”, ou seja, o papel de um agente político que, por ventura, é um vice-prefeito que dá todo suporte para que o prefeito trabalhe de modo seguro e tranquilo.
Mas, a pergunta que faço é: a quem interessa “queimar” Leo?
Quem será essa pessoa que escolheu fazer um trabalho tão difícil e de péssima qualidade como este?
Leo Bezerra tem cumprido tão bem o seu papel que o prefeito Cícero Lucena (PP) tem feito comentários públicos e reiterados de que o seu vice “é o segundo prefeito de João Pessoa“.
Uma parceria como essa, meus amigos… os pessoenses não veem há muitos mandatos. A bem da verdade, desde o mandato de prefeito assumido por Ricardo Coutinho, lá pelos anos de 2005 que, nós, moradores e eleitores da Capital paraibana, não víamos um mandato tão harmônico entre prefeito e vice. Ou você quer me dizer que esqueceu do relacionamento político cheio de ranhuras entre o então prefeito Ricardo e o seu vice e hoje saudoso Luciano Agra?
Não me diga que você, caro leitor, também esqueceu do relacionamento político frustrado entre o então prefeito Luciano Cartaxo e o seu então vice, Nonato Bandeira, lá em 2012, que culminou em racha? Do mesmo modo que aconteceu no mandato seguinte, quando a parceria política de Cartaxo com o seu vice Manoel Júnior, em 2016, foi tão mal costurada desde o início que João Pessoa ficou praticamente sem um vice-prefeito. Tanto que, Manoel Júnior, no meio do exercício do mandato na Capital paraibana trabalhou, se afastou do cargo, fez campanha, venceu e foi ser prefeito do município de Pedras de Fogo. Inclusive, terra da qual ele realmente gostava. E nem faça cara “feinha” ao ler isso aqui. Não é porque Manoel desencarnou que vou deixar de dizer a verdade. Até porque eu disse isso publicamente várias vezes enquanto ele estava “vivinho da Silva”.
Mas, é por essas e outras que volto a perguntar: a quem interessa “queimar” Leo?
Quem é a criatura tão pequena, mesquinha e, por que não dizer “ruim”, que insiste em tentar “queimar” Leo mesmo sabendo e vendo que ele é um vice-prefeito que, finalmente, como disse lá em cima, sai de casa para cumprir o seu papel político com esmero?
Bom… seja você quem for… preciso dizer: pare! Porque a sua missão está feia e cada vez mais frustrada porque até o governador João Azevêdo, que é do PSB e, portanto, colega de partido do vice-prefeito de João Pessoa, também tem feito elogios públicos e reiterados em relação a conduta política, parceira e fiel de Leo Bezerra, inclusive, junto a sua postura quanto a sigla que representa.
Pare! Porque, a preço de hoje, Leo Bezerra que, sabidamente, segue cumprindo seu papel político com sucesso, está cada vez mais consolidado como vice de Cícero Lucena nas Eleições 2024 contando, inclusive, com apoio da base eleitoral do prefeito e dos integrantes do partido do governador.
Seja você quem for… pare! Porque me incomoda saber que você assumiu uma missão tão árdua para, praticamente, nada.
Pare! E, em nome do bem de todos os pessoenses, decida dedicar essa sua força de trabalho para, ao invés de destruir, reconstruir uma realidade onde parcerias políticas harmônicas são possíveis.
Mas, sinceramente? Seja você quem for… gostaria de sentar contigo para tomar um café acompanhado com bolinhos de queijo só para ouvir a tua história e, principalmente, saber dos teus reais interesses políticos… porque uma coisa a gente sabe: normalmente, a criança frustrada, mal educada e birrenta que não tem o brinquedo que quer tenta quebrar o do coleguinha. E eu, realmente, gostaria de te dizer que pega mal… muito mal.
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Racha no PL da Paraíba: uma trama política para ‘dramalhão mexicano’ nenhum botar defeito

Desde que o ex-presidente Bolsonaro enfrentou uma derrota eleitoral, o Partido Liberal (PL) da Paraíba tem sido palco de uma verdadeira novela política, repleta de divergências e rachas que parecem não ter fim à vista. Os integrantes da legenda, outrora unidos, começaram a se dividir após esse revés eleitoral, desencadeando uma avalanche de conflitos internos.
De um lado, está o deputado federal Wellington Roberto, presidente da sigla na Paraíba, que obteve o aval de Bolsonaro para apoiar a candidatura do ex-ministro Marcelo Queiroga à Prefeitura. No entanto, essa decisão provocou a ira de uma ala bolsonarista em João Pessoa, composta por Cabo Gilberto, Walber Virgolino e Nilvan Ferreira, formando um intrigante “triunvirato”.
A partir desse ponto, assistiu-se a uma série de trocas de acusações e alfinetadas de ambos os lados culminando na destituição do deputado federal Cabo Gilberto da presidência do PL em João Pessoa.
Este último não poupou críticas a Wellington Roberto, acusando-o de manobras e comportamento típico de coronel. Em contrapartida, o presidente do PL na Paraíba defendeu o partido como um projeto político genuíno, rejeitando qualquer insinuação de oportunismo.
A incerteza paira sobre os próximos capítulos dessa intrincada trama política. Os desdobramentos nos próximos dias prometem continuar a surpreender e a manter a atenção da população, revelando os rumos que essa novela política tomará e quais serão suas consequências para o cenário político paraibano.
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Distante do cotidiano de Campina Grande, conversa de Cássio com Tovar não surtiu efeito

No fim do mês passado registrei aqui – e outros colegas da imprensa fizeram o mesmo – que o ex-senador Cássio Cunha Lima havia mantido, em Brasília, um encontro com o deputado estadual Tovar Correia Lima (PSDB).
Na conversa entre os dois o ex-senador teria renovado o pedido a Tovar (e por lógica, indiretamente, a Romero) para arrefecer os ânimos e divergências, mantendo o grupo unido em Campina.
Naquele momento existiam especulações sobre uma possível adesão de Tovar à base do governador João Azevêdo (PSB).
Pois bem. Quase um mês depois, algumas constatações podem ser feitas.
Sem mandato há anos e distante do cotidiano de Campina Grande, o ex-senador não conseguiu, pelo menos por enquanto, garantir a reunificação do grupo.
Por alguns dias a temperatura até foi abrandada, mas as chamas voltaram a ser vistas. Ou melhor: publicizadas de lado a lado, nas redes sociais, em forma de fotografias.
As agendas dessa semana em Brasília com o prefeito Bruno Cunha Lima (PSD) ao lado do senador Veneziano Vital (MDB), e o deputado federal Romero Rodrigues (Podemos) recebendo lideranças da base de João em seu gabinete, são um sintoma de que nada, absolutamente nada, mudou.
Romero tem sido, reiteradamente, cortejado pela oposição para disputar a prefeitura campinense no próximo ano; enquanto Bruno tem apostado cada vez mais as fichas da reeleição nos resultados de uma parceria política e administrativa com Veneziano.
Há um mês, quando noticiei aqui a conversa de Cássio e Tovar, observei que o ex-senador atuava naquele instante como ‘bombeiro’. Agora, até onde a visão é possível alcançar, pode-se afirmar que os extintores usados não surtiram efeito.
Longe do convívio da cidade, a força da água lançada, ao que parece, já não é mais a mesma.
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Quadro muda e cresce chance de o PT lançar candidato em João Pessoa

Diferentemente do que ocorria há seis meses, o clima no PT mudou substancialmente em relação à disputa pela Prefeitura de João Pessoa.
Em março, quando as primeiras pré-candidaturas surgiram, o presidente estadual da legenda, Jackson Macedo, considerava o movimento um “erro grosseiro”. Primeiro, porque a direção nacional do partido ainda não havia deflagrado o processo de discussão interna sobre as eleições municipais; depois, porque entendia que o partido só deveria lançar candidato em condições de disputar para vencer, e ainda avaliava outras alternativas, como a possibilidade de aliança com um possível candidato do PSB.
Havia também à espera pela definição da tática eleitoral do PT, sabendo-se de antemão que uma recomendação seria a política ampla de alianças para garantir a governabilidade da gestão Lula e facilitar a reeleição do presidente em 2026.
Neste particular, havia uma expectativa de que o prefeito Cícero Lucena pudesse migrar para um partido de esquerda, talvez o PDT, produzindo a chance de uma grande aliança de todas as forças progressistas já alinhadas no segundo turno das eleições para governador e presidente.
A conjuntura interna no PT da Capital é totalmente diferente no momento. Todas as correntes locais defendem a candidatura própria.
Uma primeira razão é a impossibilidade de seguir o PSB do governador João Azevedo e se compor com o prefeito Cícero Lucena. Não especificamente por sua filiação ao Progressistas. Mas pela distância e frieza do prefeito para com Lula e o PT. Não existe uma declaração ou um gesto de Cícero que possa facilitar a abertura mínima de um diálogo pela base, ou seja, aqui no município.
Como o governador João Azevedo tem sido enfático nas afirmações de que o PSB manterá a aliança com Cícero, os petistas se desencantaram em relação à possibilidade de formação de uma aliança progressista e, assim, criou-se, internamente, o quadro favorável ao lançamento de uma candidatura própria.
Lógico que o argumento principal é o da necessidade de fazer a defesa do governo e da candidatura de Lula à reeleição. Assim, a maioria das correntes locais fechou com a defesa de uma candidatura petista, tendo três pré-candidatos interessados – Luciano Cartaxo, Cida Ramos e Estela Bezerra. A decisão final, no entanto, depende da Executiva nacional do partido.
Antes, porém, ainda que todas as correntes defendam a candidatura própria, o PT tem alguns problemas a enfrentar.
Como definir o candidato?
O deputado Luciano Cartaxo defende o critério de pesquisa, previsto em documento recente aprovado na Executiva nacional. Os dois outros pré-candidatos – deputada Cida Ramos e a ex-deputada Estela Bezerra- defendem que a escolha seja feita pela militância, como são a tradição e regras históricas do partido. Essa posição é também defendida pelo deputado federal Luís Couto e o ex-governador Ricardo Coutinho, líderes com prestígio na legenda em Brasília.
Com quem o PT fará aliança?
Outro problema pode ser o isolamento do PT em João Pessoa. No momento, os dois outros partidos da federação – PCdoB e PV – estão na base do governador João Azevedo e tendentes e apoiarem à reeleição do prefeito Cícero Lucena. Ainda no campo da esquerda, o PDT e o Solidariedade também deverão ficar com Cícero e a Rede Sustentabilidade com o PSOL devem ter seu próprio candidato. Assim, fica complicado para o PT.
Haverá unidade interna?
Uma questão que já ronda o PT de João Pessoa feito fantasma adiantado é a da unidade após a escolha do candidato. Os grupos de Cida e Estela, com Luís Couto e Ricardo, apoiarão a candidatura de Luciano Cartaxo? Cartaxo apoiará Cida ou Estela, formando ao lado de Ricardo Coutinho?
Lógico que existe a possibilidade, embora remota, de o presidente Lula usar seu prestígio e força política para fazer o liame entre todas as correntes na Paraíba. Mas aí surge outra questão:
E Lula vem fazer campanha contra o governador João Azevedo na Paraíba?