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Paraíba

ALPB homenageia o artista João Lôbo e o jornalista Hélder Moura

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Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) realizou sessão solene, na tarde desta terça-feira (04/06), para outorga da Medalha Epitácio Pessoa ao Artista Visual e Pesquisador João Lôbo Maia e da Medalha Augusto dos Anjos ao jornalista e escritor Hélder Moura. O evento, proposto pelos deputados Branco Mendes e Dr. Romualdo, aconteceu no auditório “Celso Furtado” da Academia Paraibana de Letras, em João Pessoa (PB) e reuniu autoridades, intelectuais e membros da “Casa do Pensamento da Paraíba”.

O deputado Branco Mendes justificou a homenagem a Hélder Mouradestacando os relevantes serviços por ele ao jornalismo paraibano. “É uma pessoa que tem uma folha de serviços prestada aos meios de comunicação do nosso estado e com certeza é merecedor dessa homenagem, por tudo que ele representa na imprensa, como escritor, como membro da Academia Paraibana de Letras e não poderia ser diferente essa grande homenagem que nós estamos prestando a ele, outorgando a Medalha Augusto dos Anjos a essa figura tão conhecida na Paraíba”, disse.

Quanto à Medalha Epitácio Pessoa para o escritor João Lôbo, o parlamentar declarou que o seu colega Dr. Romualdo “foi muito feliz em prestar essa homenagem, por tudo que o artista visual representa”.

Por sua vez, o deputador Doutor Romualdo disse que tomou conhecimento do trabalho de João Lôbo através da equipe de marketing do artista visual. “Eu achei muito interessante, por ser um filho da terra. Ele, que veio de Brejo do Cruz, a cidade que, segundo a música de Chico Buarque, se alimenta de luz. E ele foi uma pessoa que se alimentou da luz: a luz da fotografia que o fez tornar-se uma pessoa conhecida e importante pelo seu trabalho nacional e até Internacionalmente”, disse.

“Para mim, isso é uma grande honra, uma grande homenagem ser reconhecido na minha terra e ser reconhecido pelo poder que representa o meu povo”, afirmou João Lôbo, destacando que o deputado Dr. Romualdo lhe proporcionou “uma grande surpresa, uma grande sensação, por ter lhe homenageado com a medalha. O artista frisou que a sua arte é universal e que questiona muitos sistemas fechados, herméticos. “Eu fico na busca de saber como é que isso funciona, como é que isso representa, que tipo de influência isso tem na vida das pessoas, tanto negativamente como positivamente. E essa é a minha busca. Trabalho geralmente com fotografias, que é um sistema totalmente fechado, e com cinema. E isso despertou a atenção de pesquisadores, de artistas, diretores de museus do mundo todo. E foi exatamente nessa sequência que eu desenvolvi o meu trabalho”, explicou.

O jornalista Hélder Moura revelou-se “extremamente orgulhoso” pela comenda proposta pelo deputado Branco Mendes. “Eu recebo essa comenda como um reconhecimento pelo meu trabalho como escritor, que é um trabalho recente. Eu era antes jornalista e de 2012 para cá eu decidi encarar essa luta, pois ser escritor não é fácil. E desde então tive muita sorte, tive vários livros lançados, tive vários livros traduzidos e pude, inclusive, percorrer boa parte do mundo, fazendo palestras com os meus livros, lançamentos e tudo mais. Então, essa comenda vem como o reconhecimento desse trabalho que eu tenho feito, porque, na verdade, quando eu saio da Paraíba para apresentar meu trabalho eu não sou o escritor Hélder Moura. Eu sou paraibano. É nesse sentido que eu trabalho”, declarou.

O presidente da Academia Paraibana de Letras (APL), Ramalho Leite, manifestou sua satisfação de recepcionar um importante evento na “Casa de Epitácio Pessoa”. “Fico feliz de ver o deputado Branco Mendes sentado na cadeira de presidente da APL, presidindo uma sessão solene da Assembleia Legislativa. É muita honra para nós quando, principalmente, se homenageia um dos nossos, que também é jornalista, e João Lôbo, um paraibano de renome internacional”, declarou.

PERFIL DOS HOMENAGEADOS

Nascido em Brejo do Cruz, sertão da Paraíba, João Valdívio Lôbo Maia migrou para Europa há mais de dez anos onde desenvolve projetos artísticos com reconhecimento internacional pelos centros de cultura e arte do velho continente. Entre inúmeras exposições pelo Brasil e no exterior, o artista brejocruzense exibiu no Museu Nacional de História e da Ciência da Universidade de Lisboa, uma exposição sobre as nossas itacoatiaras. Esta apresentação, ganhou grande repercussão na Europa pelo tema abordado e, sobretudo, pela qualidade artística da obra.

Manoel Hélder de Moura Dantas Possui graduação em Ciência da Computação, pós-graduação em Sistemas e Computação (Algoritmos), pela Universidade Federal de Campina Grande, além de Mestrado em Literatura e Psicanálise pela Universidade Federal da Paraíba. É professor do Instituto Federal da Paraíba, atualmente cedido à Universidade Federal da Paraíba. Tem experiência na área de Comunicação, com ênfase em jornalismo político e literário.

Como escritor lançou os livros “Coração de Cedro” (poesias), “O Incrível Testamento de Dom Agápito” (romance), que está em 4ª edição, e foi traduzido para inglês, italiano e espanhol, o livro de contos “Inventário das Pequenas Coisas”, “Princípio da Diversidade e Outros Anarquismos – Textos Pandemônicos” (ensaios), além de “Veredas da melancolia na criação literária – em nome de Rosa”, “A discreta arqueologia da noite – quasipoemas” (poesias) e “A insana lucidez do ser” (uma fábula). É membro da Academia Paraibana de Letras e da Academia Cabedelense de Ciências, Artes e Letras.

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Paraíba

CMJP promove Concerto de Natal no Centro Cultural São Francisco; evento é gratuito

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No próximo dia 05 de dezembro, a Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) promove o Concerto de Natal, dentro do projeto ‘Viva o Centro com Música’. O evento é gratuito e acontece a partir das 17h no Centro Cultural São Francisco, localizado no Centro Histórico.

A programação promete envolver o público presente com opções variadas de música de qualidade, desde o recital operístico com o grupo Curta Ópera, passando pela “Ave Maria”, além da apresentação da Big Band Rubacão Jazz, que vai interpretar músicas de Frank Sinatra.

A iniciativa do Concerto de Natal faz parte do projeto Viva o Centro, que é fruto de uma parceria entre a Câmara Municipal, a Prefeitura de João Pessoa e o Governo do Estado, cujo objetivo é resgatar o Centro Histórico. Nesse sentido, foram realizadas algumas ações para atrair investimentos para a área central da cidade, a exemplo da “Feira de Negócios Viva o Centro”, realizada nos dias 2 e 3 de maio, voltada para empresários interessados em investir no Centro Histórico, através da oferta de incentivos fiscais. A Câmara também realizou passeio ciclístico no dia do aniversário de João Pessoa (5 de agosto), reunindo centenas de participantes no Centro da capital.

Viva o Centro com Música

Promovido pela Prefeitura de João Pessoa, o projeto é uma iniciativa da Secretaria de Ciência e Tecnologia (Secitec-JP), em parceria com o Governo da Paraíba, com o intuito de revitalizar o Centro Histórico, através de atividades culturais que democratizam o acesso à música de qualidade, além de proporcionar a ocupação dos espaços públicos pela comunidade.

Clique aqui e confira a carta convite.

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Paraíba

Especialistas do Incra/PB discutem no MPF/PB impactos de parques eólicos em assentamentos rurais

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Redação do Portal da Capital

Os impactos da implantação de parques eólicos e fotovoltaicos em assentamentos da reforma agrária e comunidades quilombolas é uma preocupação crescente na região Nordeste. Este foi o tema de evento promovido pelo Ministério Público Federal na Paraíba (MPF/PB), na última semana do mês de novembro, em João Pessoa. A iniciativa reuniu cerca de 50 servidores de órgãos públicos federais e estaduais, além de especialistas e representantes de movimentos sociais.

O foco principal das discussões do “Curso de Capacitação em Energias Renováveis” foi a identificação e o enfrentamento de problemas causados pela instalação dessas usinas em várias áreas do estado. Outro objetivo foi a busca de soluções que respeitem os direitos dos assentados e minimizem os impactos sociais e econômicos negativos das usinas eólicas e fotovoltaicas nas comunidades.

Servidores das divisões de Governança da Terra, Desenvolvimento Sustentável, Obtenção de Terras e Territórios Quilombolas do Incra na Paraíba (Incra/PB) e o superintendente regional da autarquia, Antônio Barbosa Filho, participaram dos debates, que aconteceram no auditório do MPF/PB.

O evento contou ainda com a presença de representantes da Defensoria Pública da União no estado (DPU/PB), da Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema), da Defensoria Pública do Estado da Paraíba (DPE/PB), da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), do Instituto Federal de São Paulo (IFSP), da Comissão Pastoral da Terra (CPT), do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA), da AS-PTA – Agricultura Familiar e Agroecologia, de assentados da reforma agrária e de quilombolas.

Entre as principais questões discutidas no evento, destacaram-se os direitos territoriais, as disputas pelo uso da terra devido à falta de consulta e diálogo prévio com as comunidades afetadas. Foram abordados ainda os danos estruturais em moradias e cisternas, os impactos nos ecossistemas locais, no modo de vida das comunidades e na saúde de pessoas, animais e plantas.

O chefe da Divisão de Governança da Terra do Incra/PB, André Ricardo de Melo, apresentou mapas digitais que mostram a distribuição dos “corredores de ventos” nos assentamentos rurais, das comunidades quilombolas e das áreas onde já foram instalados empreendimentos para geração de energia– áreas geográficas onde o fluxo de ventos é particularmente forte e constante. Os corredores de ventos constituem localizações ideais para a geração de energia eólica.

Impactos e dificuldades
No entanto, os participantes do evento ressaltaram que, embora os parques eólicos possam trazer benefícios econômicos e energéticos ao país, eles têm gerado dificuldades para as comunidades assentadas e quilombolas. Entre os problemas relatados estão a restrição de áreas para cultivo e criação de animais, o que afeta a segurança alimentar das famílias.

De acordo com a professora doutora Mariana Traldi, do departamento de Geografia do Campus do IFSP em Hortolândia, estudiosa de temas relacionados à produção de energia renováveis em comunidades rurais, está havendo uma “privatização dos ventos” para a produção de energia eólica por empresas multinacionais em áreas rurais brasileiras, principalmente em assentamentos da reforma agrária e comunidades quilombolas.

Ela explicou que os contratos firmados entre as empresas e os agricultores têm cláusulas abusivas, prazos de vigências que ultrapassam 40 anos e multas milionárias em caso de desistência. “Os agricultores que assinam esses contratos perdem o controle de suas terras por toda a vida”, resumiu Mariana Traldi.

Segundo a professora, falta legislação específica e regulamentação da atuação das empresas geradoras de energia, bem como apoio jurídico às famílias assediadas por elas. “É uma relação de exploração e um processo contrário à reforma agrária, com reconcentração de terras. É a captura da renda da terra por grandes empresas”, concluiu.

Dom Quixote
Para o professor de Direito da UFPB Fernando Joaquim Maia, integrante do Projeto Dom Quixote, que promove o fortalecimento do conhecimento e da autonomia das comunidades diante das mudanças trazidas pela transição energética, o Estado precisa intervir nessas relações contratuais.

já o procurador da República José Godoy, membro do MPF/PB, afirmou que os órgãos ambientais estão sendo enganados pelas empresas para acreditarem que a implantação de empreendimentos de produção de energias renováveis tem apenas benefícios. “Está acontecendo um embuste”, disse.

O defensor público federal Edson Júlio de Andrade alertou para problemas previdenciários futuros que podem afetar agricultores que arrendaram suas terras para empresas geradoras de energias. “No futuro, pode haver uma geração de agricultores sem possibilidade de se aposentar porque perderam a condição de segurado especial da Previdência Social”, afirmou.

Andrade ainda destacou os impactos na sucessão rural nas áreas exploradas pelas empresas geradoras de energia, ou seja, na transferência da gestão das atividades agrícolas ou pecuárias de uma geração para outra.

Famílias prejudicadas
O agricultor Marcos Elói Barbosa, do assentamento José Antônio Eufrouzino, em Campina Grande, a cerca de 120 quilômetros de João Pessoa, falou sobre o assédio das empresas produtoras de energia eólica às áreas de reforma agrária da região do Agreste paraibano. “As empresas passaram lá no assentamento e tentaram nos convencer, mas não aceitamos. Assentamentos vizinhos, que assinaram os contratos, agora estão nos pedindo ajuda”, disse, acrescentando que muitos jovens, filhos de assentados, não querem mais ficar nas áreas e pensam em migrar para as periferias das cidades. “Eu quero uma vida digna para meus filhos e netos. Esses campos de energia são ameaças grandes aos agricultores assentados. A cidade vai comer o quê se o campo não plantar? Vai comer energias renováveis?”.

Ednalva Santos, da Comunidade Quilombola Serra do Abreu, localizada nos municípios de Picuí e Nova Palmeira, a aproximadamente 250 quilômetros da capital paraibana, falou sobre os impactos da instalação de geradores de energia eólica na fauna e na flora. “Não somos contra as energias renováveis, mas contra a forma como estes parques de produção estão sendo implantados”, afirmou.

A agricultora Maria do Céu Batista, umas das lideranças da Marcha pela Vida das Mulheres e Pela Agroecologia, do Pólo da Borborema, que reúne 15 sindicatos de trabalhadoras e trabalhadores ruais (STRs), relatou os danos causados a moradias e cisternas em comunidades onde foram implantados parques eólicos.

Propostas de solução
Durante o evento, foram sugeridas medidas para mitigar os impactos desses projetos, como a criação de protocolos mais claros de consulta às comunidades afetadas. Também foram propostas medidas como o fortalecimento da regulamentação para garantir que as famílias assentadas não sejam prejudicadas; a oferta de assessoria técnica para a avaliação dos impactos decorrentes da instalação dos empreendimentos de produção de energia e o incentivo a modelos de compensação que respeitem os direitos dos trabalhadores rurais e das comunidades locais.

A ideia é criar um modelo de desenvolvimento que seja sustentável tanto do ponto de vista econômico quanto social, sem desconsiderar as necessidades e os direitos das populações tradicionais do campo.

Uma das lideranças do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) na Paraíba, Dilei Schiochet, defendeu a busca de alternativas de renda para que os agricultores, principalmente os mais jovens, não abandonem os assentamentos impactados pela instalação aerogeradores. “Poderiam ser disponibilizados créditos para que o capital energético não se aproprie de nossos assentamentos. Por que os jovens dos assentamentos não podem, eles mesmos, ganhar dinheiro produzindo energia solar?”

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Paraíba

Governo Federal confirma e Municípios da Paraíba vão receber Centros de Parto Normal

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O Ministério da Saúde divulgou, por meio de portarias publicadas no Diário Oficial da União (DOU), a relação dos 62 municípios que vão receber 90 unidades de saúde pelo novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Entre as modalidades estão a construção de Unidades Básicas de Saúde, Centros de Parto NormalCentros de Atenção PsicossocialCentro de Regulação Samu, maternidades e aquisição de ambulâncias Samu 192. Na Paraíba, os municípios de Itabaiana e Piancó receberão um Centro de Parto Normal cada um.

A contemplação dos novos municípios se deu por conta dos processos de trocas, desistências, não formalização e substituição das propostas aprovadas anteriormente. “Os entes municipais que desistiram da proposta, trocaram a modalidade ou não apresentaram a documentação completa no tempo solicitado foram substituídos por novos municípios que preencheram todos os requisitos para aprovação da proposta, seguindo os critérios de priorização estabelecidos no edital”, afirma o diretor de Programa da Secretaria- Executiva do Ministério da Saúde, Henrique Chaves.

A formalização das novas propostas selecionadas se dará por meio de assinatura de Termo de Compromisso, se tratando de maternidades. Para as Centrais de Regulação do Samu 192Centros de Parto Normal e Centros de Atenção Psicossocial, a formalização será via transferências Fundo a Fundo. Já a formalização do atendimento para novas Ambulâncias do Samu 192 se dará por Termo de Doação.

Agora cabe ao Comitê Gestor do PAC, coordenado pela Casa Civil, confirmar a inclusão no Programa, mas os municípios já estão autorizados a procurar o ministério para dar início aos trâmites necessários à continuidade do processo. A pasta poderá editar normas complementares para orientar prazos e disposições relativas à formalização das parcerias tratadas nas portarias.

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