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Variação de compras por e-commerce caiu quase 50% na Paraíba em 2023; confira

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O comércio eletrônico no Brasil segue em trajetória de crescimento. Em 2023, o setor movimentou R$ 196,1 bilhões, marcando um aumento de 4,8% em relação a 2022, quando o volume de negócios foi de R$ 187,89 bilhões. Desde 2016, o e-commerce brasileiro mais que quintuplicou.

O Estado da Paraíba apresentou um resultado de quase 50% amenos nesse tipo de comercialização no mesmo período.

De acordo com os dados oficiais, a Paraíba comercializou R$ 5.631.921.136,47, em 2022. Já em 2023, no mesmo período de comparação, o valor caiu para R$ 3.068.661.435,53. A queda foi de -45,51%. Outro dado curioso sobre o comércio eletrônico na Paraíba diz respeito a revelação de que os itens mais vendidos em território paraibano em 2023 foram “Combinações de refrigeradores e congeladores (freezers), munidos de portas exteriores separadas”.

Isso é o que mostram os novos dados do Observatório do Comércio Eletrônico Nacional, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), divulgados na terça-feira (3), em Brasília, durante a III Reunião da Câmara de Comércio e Serviços Conectados ao Varejo (FMCS).

Na abertura, o secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços do MDIC, Uallace Moreira, ressaltou que o e-commerce é fundamental para o desenvolvimento nacional e que a plataforma apresenta informações estratégicas que podem contribuir para o crescimento do comércio brasileiro.

“A plataforma trouxe essa clareza maior do que a gente tem de comércio eletrônico, como está crescendo, como estão os estados e as regiões”, ressaltou Moreira. “São Paulo, Espírito Santo e Minas Gerais concentram quase 60% do comércio eletrônico. Isso mostra que nós temos um trabalho muito árduo a fazer, que é o processo de inclusão digital e de distribuição de renda”, completou o secretário, que destacou a redução do desemprego e o aumento do PIB, promovidos no atual governo, como bases importantes para melhorar o poder de consumo das pessoas.

Confira o Observatório do Comércio Eletrônico Nacional

Com base em dados extraídos de Notas Fiscais eletrônica, fornecidos pela Receita Federal, os smartphones seguem como o produto mais vendido no comércio eletrônico nacional em 2023 (R$ 10,3 bilhões), seguido de Livros, brochuras e impressos semelhantes (R$ 6,4 bilhões); televisão (R$ 5,3 bilhões); refrigeradores e congeladores (R$ 5 bilhões); tablets (R$ 4,4 bilhões); e complementos alimentares (R$ 3,7 bilhões).

Embora siga na liderança, o valor com a venda de celulares caiu 43% comparado a 2021, quando o produto registrou R$ 18,1 bilhões em vendas, o maior valor da série histórica do observatório, que tem dados a partir de 2016. Em relação a 2022, quando as vendas somaram R$ 16,9 bilhões, a queda em 2023 foi de R$ 39%.

A lista de produtos mais vendidos varia de estado para estado. Alguns exemplos são calçados em Minas Gerais; aparelhos de ar-condicionado no Espírito Santo; e refrigeradores e congeladores em Santa Catarina e Paraíba. Já automóveis foram o principal produto de Goiás; e livro foi o produto mais comprado no Distrito Federal.

Projeto E-commerce.BR

Os dados do Observatório demonstraram significativas diferenças entre as regiões brasileiras. A região Sudeste continuou a dominar o cenário do e-commerce, concentrando a maior parte das vendas online (73,5%); seguida do Sul (15,2%), Nordeste (7%), Centro-oeste (3%) e Norte (1,3%). Já na análise da região de onde foi feita a compra, a Sudeste foi o destino de 55,6% dos negócios fechados, seguido por Sul (16,8%), Nordeste (15,8%), Centro-oeste (8,3%) e Norte (3,3%).

O MDIC e a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) desenvolvem o projeto E-commerce.BR para aumentar a adesão de pequenos negócios ao comércio online. Com previsão de lançamento neste semestre, a iniciativa busca melhorar o desempenho financeiro através de soluções inovadoras, sobretudo em regiões onde o comércio eletrônico ainda está tímido.

Em termos de fluxo de comércio eletrônico, as transações interestaduais são maiores (62%) do que as que ocorreram dentro do próprio estado (38%).

Observatório do Comércio Eletrônico Nacional

Lançado em 2023, o Dashboard é a primeira ferramenta pública a agregar números oficiais do comércio eletrônico no país. Ele compila dados de vendas de empresas para consumidores pessoa física. Até então, boa parte das informações vinha de bases privadas.

O dashboard também permite uma leitura detalhada dos produtos comercializados no nível mais específico de informação possível, com abrangência muito significativa das operações realizadas em território nacional, o que evidencia o seu caráter inovador.

Além da pesquisa por produtos conforme sua classificação na NCM, é possível consultar bens por posição tarifária, ou seja, pelos 4 primeiros dígitos da NCM, e ainda por capítulo – 2 primeiros dígitos da NCM.

Valor total bruto, por UF

Região 2022 2023 Variação
Norte                 1.859.473.575,54                 2.482.611.892,47 33,51%
AC                                   6.427.824,46                                14.200.242,96 120,92%
AM                              640.027.970,43                              933.924.590,01 45,92%
AP                                16.069.658,34                                19.477.770,76 21,21%
PA                              923.122.256,46                          1.244.915.877,44 34,86%
RO                              174.397.469,23                              166.644.064,36 -4,45%
RR                                   5.965.926,19                                   9.957.544,04 66,91%
TO                                93.462.470,43                                93.491.802,90 0,03%
Nordeste               16.320.773.527,82               13.795.963.435,01 -15,47%
BA                          2.203.762.128,15                          2.103.419.148,12 -4,55%
CE                          2.385.916.422,21                          2.110.473.300,44 -11,54%
MA                              261.470.906,77                              564.297.064,60 115,82%
PB                          5.631.921.136,47                          3.068.661.435,53 -45,51%
PE                          4.732.138.384,41                          4.551.112.546,32 -3,83%
PI                              429.198.561,04                              386.631.587,28 -9,92%
RN                              308.861.086,35                              453.297.183,42 46,76%
SE                              162.874.509,66                              240.230.554,12 47,49%
AL                              204.630.392,76                              317.840.615,18 55,32%
Centro-oeste                 5.166.872.282,24                 5.876.378.304,42 13,73%
DF                          1.851.292.223,31                          1.460.572.628,53 -21,11%
GO                          2.487.440.127,22                          2.670.257.643,94 7,35%
MS                              303.342.652,18                          1.112.901.418,84 266,88%
MT                              524.797.279,53                              632.646.613,11 20,55%
Sudeste             134.746.983.119,77             144.134.271.686,36 6,97%
ES                        14.067.307.972,01                        14.197.989.847,46 0,93%
MG                        24.580.451.118,53                        24.177.724.016,44 -1,64%
RJ                        12.566.247.552,46                        10.661.383.455,77 -15,16%
SP                        83.532.976.476,77                        95.097.174.366,69 13,84%
Sul               29.031.875.719,28               29.811.019.821,45 2,68%
PR                        10.583.258.586,10                        10.735.255.753,45 1,44%
RS                          5.988.384.176,34                          5.894.393.942,35 -1,57%
SC                        12.460.232.956,84                        13.181.370.125,65 5,79%
Brasil    187.125.978.224,65    196.100.245.139,71 4,80%

 Produto mais comercializado em 2023, por Estado

UF Produto
AC Outros medicamentos contendo produtos para fins terapêuticos, etc, doses
AL Telefones inteligentes (smartphones)
AM Outros aparelhos receptores de televisão, a cores (policromo)
AP Bolachas e biscoitos, adicionados de edulcorante
BA Telefones inteligentes (smartphones)
CE Telefones inteligentes (smartphones)
DF Outros livros, brochuras e impressos semelhantes
ES Aparelhos de ar condicionado do tipo split-system (sistema com elementos separados)
GO Automóveis com motor explosão, 1500 < cm3 <= 3000, até 6 passageiros
MA Adubos (fertilizantes) minerais ou químicos, que contenham os três elementos fertilizantes: nitrogênio (azoto), fósforo e potássio
MG Calçados para esportes, etc, de matérias têxteis, sola borracha/plástico
MS Adubos (fertilizantes) minerais ou químicos, que contenham os três elementos fertilizantes: nitrogênio (azoto), fósforo e potássio
MT Telefones inteligentes (smartphones)
PA Telefones inteligentes (smartphones)
PB Combinações de refrigeradores e congeladores (freezers), munidos de portas exteriores separadas
PE Telefones inteligentes (smartphones)
PI Telefones inteligentes (smartphones)
PR Combinações de refrigeradores e congeladores (freezers), munidos de portas exteriores separadas
RJ Telefones inteligentes (smartphones)
RN Telefones inteligentes (smartphones)
RO Outros veículos automóveis com motor diesel, para carga <= 5 toneladas
RR Cimentos “portland”, comuns
RS Telefones inteligentes (smartphones)
SC Combinações de refrigeradores e congeladores (freezers), munidos de portas exteriores separadas
SE Telefones inteligentes (smartphones)
SP Telefones inteligentes (smartphones)
TO Milho em grão, exceto para semeadura

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Laticínios de assentamento na Paraíba conquistam prêmios em evento nordestino do setor

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A agroindústria Nutrilê – Unidade de Beneficiamento de Leite, instalada no assentamento Che Guevara, no município de Casserengue, na região do Curimataú paraibano, foi destaque em três categorias na 18ª edição do Encontro Nordestino do Setor de Leite e Derivados (Enel), realizado de 1º a 4 de setembro, no Parque Independência, em São Luís, no Maranhão.

Com pouco mais de um ano de funcionamento, a primeira agroindústria de produção de laticínios da reforma agrária da Paraíba conquistou medalha de ouro com o queijo coalho condimentado com pimenta. Também recebeu medalha de prata com o iogurte caprino saborizado com maracujá e medalha de bronze com o queijo coalho tradicional.

Na edição anterior do encontro, em 2023, a Nutrilê recebeu duas medalhas de prata com os produtos queijo coalho caboclo de leite de cabra e manteiga da terra de leite de cabra. O Enel é um dos principais eventos do setor de laticínios do Nordeste e conta com palestras, painéis, exposição de equipamentos, insumos e produtos, além de um concurso de queijos regionais.

A produção dos produtos premiados conta com a parceria da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Campus de Bananeiras, por meio do projeto de extensão “Capacitação de Produtores de Leite e Derivados de Cabra para Implantação de Boas Práticas de Ordenha e Boas Práticas de Fabricação de Derivados Lácteos – Ano I”, do Grupo de Estudos em Laticínios (GEL) do Laboratório de Pesquisa e Desenvolvimento em Laticínios (PDLAT) do Centro de Ciências Humanas Sociais e Agrárias (CCHSA).

Cooperativismo

A agroindústria é resultado do trabalho da Cooperativa de Produção e Comercialização dos Caprinocultores e Ovinocultores do Curimataú Paraibano (Coopac), que reúne cerca de 90 sócios cooperados dos municípios de Casserengue, Barra de Santa Rosa, Picuí, Sossego e Guarabira. Desde 2019, atua na organização da rede de produção de leite de caprinos e de bovinos nas regiões do Curimataú e do Brejo.

Para a agricultora Adriana Cândido, uma das fundadoras da Coopac, as premiações conquistadas no Enel reafirmam o valor da atividade em grupo. “Essas medalhas comprovam que o trabalho coletivo no campo, apesar das adversidades, gera resultados. Estamos no Semiárido, enfrentando grandes desafios, mas seguimos firmes, produzindo com qualidade. Ganhar três prêmios em um concurso de prestígio nacional é motivo de muito orgulho”, destacou.

Produção

A Nutrilê tem oito produtos registrados, incluindo leite, iogurte, bebida láctea e queijo de caprinos e bovinos. Localizada a, aproximadamente, 150 quilômetros de João Pessoa, a agroindústria garante renda e melhor qualidade de vida a dezenas de famílias assentadas e de pequenos produtores rurais das regiões do Curimataú e do Brejo paraibanos.

“Saímos do nada para uma produção de mais de mil litros de leite por dia”, disse a presidente da Coopac e da Nutrilê, Josilene da Silva.

Atualmente, os criadores ligados à Coopac possuem um rebanho de cerca de 700 matrizes e reprodutores caprinos, que produzem uma média de 2,3 litros por matriz, totalizando 1,6 mil litros diários.

Além do leite produzido em pequenas propriedades da agricultura familiar, a Nutrilê processa a produção de criadores de caprinos e bovinos de quase uma dezena de assentamentos da região.

Criado pelo Incra em 2007, em uma área de 333 hectares, o assentamento Che Guevara, onde está instalada a agroindústria Nutrilê, também produz milho e tem rebanhos de bovinos e suínos de corte.

Comercialização

Parte da produção da Nutrilê é adquirida pelo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), que somam contratos institucionais da ordem de R$ 2 milhões.

Outra parte é comercializada nos mercados local e regional. Desde junho de 2024, os produtos da Nutrilê também estão sendo vendidos no Armazém do Campo do MST, no bairro Castelo Branco III, bairro da zona sul de João Pessoa.

A divulgação é feita, principalmente, por meio das redes sociais. Para o futuro, os cooperados da Coopac que fornecem à Nutrilê planejam comercializar seus produtos em todo o mercado privado da Paraíba.

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Harrison lamenta fake news sobre sede da OAB Piancó: ‘Não posso assinar pedido de recursos para uma obra sem projeto’

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O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Paraíba (OAB-PB), Harrison Targino, manifestou surpresa diante de notícias falsas que alegavam sua recusa em assinar o pedido de liberação de recursos do Conselho Federal da OAB para a construção da sede da subseção do Vale do Piancó.

Harrison esclareceu que, antes de tomar qualquer decisão, solicitou o projeto da obra, a documentação necessária e a localização exata do terreno, mas não recebeu nenhum desses itens.

“Tenho responsabilidade. Como posso assinar um pedido de recursos para uma obra sem projeto? O projeto ficou de ser apresentado pelo presidente da subseção do Vale do Piancó, José Marcílio, no Colégio de Presidentes em Conceição- PB, bem como documentação do terreno e cronograma de obras, mas ele não apresentou. Depois fui surpreendido com o anúncio de uma obra e a contratação de uma empresa, sem o projeto ter passado por mim”, declarou Harrison.

O presidente ressaltou que a OAB-PB está passando por um novo momento, marcado pela transparência e pela ausência de favorecimentos políticos ou privilégios a municípios específicos. Ele destacou que sua gestão tem como foco principal a valorização da advocacia em todo o estado.

“Infelizmente, essa é uma mentira que foi disseminada entre os advogados e advogadas do Vale do Piancó. Esse tipo de moeda de troca política não está no meu dicionário. Uma coisa que não foi apresentada antes e, agora, nas vésperas da eleição, estão usando. A gestão da OAB gere em torno de princípios e não a partir de ações às vésperas de eleição para conquistar apoios”, afirmou Harrison.

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Paraíba é destaque nacional em crescimento de vendas no varejo referente ao mês de julho, diz IBGE

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A Paraíba é destaque nacional em crescimento de vendas no varejo referente ao mês de julho. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (12/09) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Quando se compara os resultados de julho e junho de 2024, a pesquisa mostra que 15 unidades da federação (UFs) acompanharam o crescimento nacional. Os destaques foram para Tocantins (6,7%), Piauí (3,5%) e Paraíba (3,0%). No campo negativo, influenciaram os resultados de Mato Grosso do Sul (-2,8%), Roraima (-2,4%) e Amapá (-1,7%). Ainda nessa comparação, no comércio varejista ampliado, foram 14 UFs com taxas positivas, destaque para Piauí (8,4%), Tocantins (7,0%) e Acre (2,0%) entre as altas. Na outra ponta, Mato Grosso do Sul (-4,8%), Maranhão (-1,6%) e Espírito Santo (-1,1%) foram as principais quedas.

Já na comparação interanual, as vendas do comércio varejistas cresceram em 25 UFs, com Tocantins (18,1%), Paraíba (18,0%) e Piauí (16,4%) entre as principais altas. Roraima (0,0%) registrou estabilidade e houve apenas uma queda: no Rio Grande do Sul (-4,6%). Nesta comparação de julho de 2024 com julho de 2023, o comércio varejista ampliado registrou 26 UFs com taxa positiva, com destaque para Goiás (17,2%), Piauí (15,7%) e Paraíba (15,0%). Neste índice, apenas o Rio Grande do Sul (-0,9%) registrou queda no comércio varejista ampliado.

Em linhas gerais, as vendas no comércio varejista no Brasil voltaram a crescer no mês de julho, em taxa de 0,6%. No ano, de janeiro a julho o varejo acumula alta de 5,1%. Já nos últimos 12 meses, o acumulado é de 3,7%. Na comparação com julho de 2023, o setor cresceu 4,4%, marcando a 14ª alta consecutiva. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada hoje (12) pelo IBGE.

“Houve um crescimento nos cinco primeiros meses do ano que levou a uma condição de patamar bem alto, o maior da série histórica da PMC, em maio. Teve a queda de junho, mas a recuperação de julho é um ajuste nessa trajetória”, explica Cristiano Santos, gerente da pesquisa. Com a recuperação, o patamar do varejo em julho ficou 0,3% abaixo do recorde, de maio.

Em junho, o setor varejista havia registrado diminuição de 0,9% nas vendas, comparadas com maio que, por sua vez, tinha registrado recorde de crescimento. Por isso, segundo o IBGE, a retomada de julho é um ajuste que recoloca o setor varejista na trajetória consistente de crescimento.

“Trata-se de uma reabilitação espalhada entre as atividades, com cinco setores apontando crescimento com consistência”, aponta o pesquisador. As vendas no grupamento de Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo avançaram 1,7% na passagem de junho para julho, registrando o principal impacto no resultado geral. “É um setor que espelha o comportamento da pesquisa: vem em trajetória consistente no ano, queda em junho e recuperação em julho”, afirma Cristiano.

Outro destaque da pesquisa é o crescimento de 2,1% em julho do setor de Outros artigos de uso pessoal e doméstico. “Neste caso, é uma trajetória ainda mais substancial em 2024, após um 2023 de resultados difíceis, com a crise contábil que atingiu grandes lojas do segmento”, relembra o gerente da PMC.

Os outros três setores que acompanharam as vendas no varejo nacional e tiveram alta frente ao mês anterior foram Equipamentos e material para escritório informática e comunicação (2,2%), Tecidos, vestuário e calçados (1,8%) e Móveis e eletrodomésticos (1,4%). Embora com variação positiva, o grupamento de Livros, jornais, revistas e papelaria (0,1%) ficou próximo à estabilidade. Apenas dois grupos de atividades tiveram queda: Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-1,5%) e Combustíveis e lubrificantes (-1,1%).

A PMC também mostrou que, no comércio varejista ampliado, que inclui, além do varejo, as atividades de veículos, motos, partes e peças, material de construção e atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo, o volume de vendas apresentou variação de 0,1% frente a junho, ficando próximo à estabilidade, como no mês anterior, em que variou 0,3%. “No caso do varejo ampliado, o desempenho mais recente é de variações tímidas”, pondera o pesquisador. No acumulado do ano, o comércio varejista ampliado registra alta de 4,7%, e nos últimos 12 meses, de 3,8%. No confronto contra julho de 2023, a expansão foi de 7,2%.

Na comparação interanual, vendas no varejo crescem pelo 14ª mês consecutivo

As vendas no varejo cresceram 4,4% em julho de 2024 na comparação com julho de 2023. Foi o 14º mês consecutivo de resultado positivo. Seis das oito atividades pesquisadas acompanharam a alta no indicador: Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (16,0%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (10,6%), Móveis e eletrodomésticos (8,1%), Tecidos, vestuário e calçados (5,2%), Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (3,0%) e Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (0,3%). Apenas os grupos de Livros, jornais, revistas e papelaria (-5,0%) e Combustíveis e lubrificantes (-4,3%) tiveram queda.

No varejo ampliado, os três setores adicionais tiveram resultados positivos: Veículos e motos, partes e peças (20,3%), Material de construção (11,0%) e Atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,6%).

Mais sobre a pesquisa

A PMC produz indicadores que permitem acompanhar o comportamento conjuntural do comércio varejista no país, investigando a receita bruta de revenda nas empresas formalmente constituídas, com 20 ou mais pessoas ocupadas, e cuja atividade principal é o comércio varejista. Iniciada em 1995, a PMC traz resultados mensais da variação do volume e receita nominal de vendas para o comércio varejista e comércio varejista ampliado (automóveis e materiais de construção) para o Brasil e unidades da federação. Os resultados podem ser consultados no Sidra. A próxima divulgação da PMC, com os resultados para agosto de 2024, será em 10 de outubro.

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