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O que são os ODS e como a pandemia de coronavírus atrapalhou os planos mundiais

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Quando pensamos na existência humana no planeta, devemos considerar que cada pessoa necessita de condições mínimas para sobreviver com dignidade. A evolução humana, a partir do desenvolvimento de tecnologias e da exploração de recursos, trouxe ampla capacidade de modificar o nosso meio e atender padrões de vida nunca antes imaginados para a nossa espécie. Nesse cenário, entretanto, ficam a cada dia mais evidentes as desigualdades entre pessoas e também entre comunidades no alcance do atendimento dessas necessidades humanas básicas.

Existir em um planeta com mais de sete bilhões de habitantes, tendo as necessidades básicas atendidas, é um grande desafio, que necessita de articulação entre todas as nações. Considerando de maneira geral as desigualdades, bem como a disponibilidade de recursos naturais, foram propostos objetivos mundiais. Inicialmente, fundamentados em oito princípios: os ODM (Objetivos de Desenvolvimento do Milênio), propostos no ano 2000 trouxeram a discussão mundial para temáticas como a fome, erradicação da pobreza, igualdade de gênero, com metas a serem cumpridas até o ano de 2015. Questões como o combate à fome apresentaram avanços significativos, entretanto, a falta de comprometimento de instâncias locais foi decisiva para que os resultados ficassem muito abaixo das me tas estabelecidas. Após avaliação das metas atingidas e não alcançadas, os países signatários da Organização das Nações Unidas repensaram os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM).

A partir dos resultados obtidos com os ODM, novos objetivos foram discutidos em 2015 na sede da ONU em Nova Iorque. A reestruturação trouxe objetivos mais específicos para a promoção de um desenvolvimento que fosse capaz de atender as necessidades humanas e ao mesmo tempo pensasse nos recursos naturais. Na nova configuração, as iniciativas globais passam a ser conhecidas como Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) contendo 17 questões prioritárias com um total de 169 metas a serem cumpridas pelas nações até o ano de 2030. Os ODS estão ancorados na necessidade de discutir globalmente temáticas relacionadas à biosfera, sociedade e economia. Questões como erradicação da pobreza, combate à fome e igualdade de gênero retornam à pauta d e forma ainda mais abrangente. Além disso são incluídas também as questões sobre paz e prosperidade, que estão diretamente relacionadas ao desenvolvimento das nações, mas que não foram diretamente tratadas pelos ODM. Os pilares que sustentam essas diretrizes mundiais estão fundamentados no enfrentamento de problemáticas relativas às pessoas, ao planeta, à prosperidade, à paz e parcerias.

Neste momento, restando aproximadamente dez anos para que as metas propostas sejam alcançadas pelas nações, o mundo enfrenta uma das piores crises com a pandemia de coronavírus. Como ficam os ODS nesse cenário? Em um relatório recente publicado pela ONU, há uma abordagem sobre a preocupação relativa ao desenvolvimento sustentável, considerando a pandemia.

A profunda crise econômica terá reflexos no alcance das metas, o que será possível entender somente com a avaliação dos indicadores obtidos nos anos pós-pandemia. O que é possível avaliar até o momento é que, mesmo antes do contexto da pandemia já estávamos distantes das metas propostas. Os autores Sachs et al (2020), na publicação, Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e COVID-19 [The Sustainable Development Goals and COVID-19] fazem uma análise do impacto em todos os 17 objetivos, destacamos o ODS3 Saúde e bem-estar, em que os autores avaliaram ter impacto altamente negativo com: maior incidência de doenças e mortalidade da Covid 19; maior mortalidade por outras causas devido à sobrecarga dos sistemas de saúde; ligeiro decl&i acute;nio na mortalidade devido à redução das atividades econômicas e sociais (por exemplo, acidentes de trânsito); potenciais ganhos de saúde a curto prazo devido à redução da poluição ambiental; e impacto negativo do confinamento.

É preciso um novo pensar a respeito dos acordos mundiais para minimizar os efeitos da pandemia e acelerar o percurso em busca do que foi proposto nos ODS. Isso significa levar saúde, igualdade e condições para a prosperidade à toda população, mesmo em um contexto adverso. Significa permitir que as pessoas que habitam o planeta tenham condições de suprir pelo menos o básico das suas necessidades e que os recursos naturais, que são bens públicos, estejam disponíveis a todos de forma igualitária, permitindo a perpetuação da vida no planeta. Sim, é um grande desafio, mas todo grande desafio só é solucionado quando há esforços coletivos para pensar em novas formas de realizar ações. Já não podemos nos contentar com o atua l modelo, pois ele já deu claras evidências de que não está funcionando como deveria.

Augusto Lima da Silveira é coordenador dos cursos Saneamento Ambiental e Gestão em Vigilância em Saúde na modalidade a distância do Centro Universitário Internacional Uninter. Atualmente é Doutorando em Ecologia e Conservação.

Ivana Maria Saes Busato é coordenadora dos cursos Gestão Hospitalar e Gestão de Saúde Pública na modalidade a distância do Centro Universitário Internacional Uninter. Possui Doutorado em Odontologia e experiência profissional em saúde pública

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Sargento Neto “bate em retirada” e oposição fica acéfala na Assembleia

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O atual ex-deputado estadual Sargento Neto (PL), já assumiu o comando da Secretaria de Serviços Urbanos e Meio Ambiente de Campina Grande, iniciou os trabalhos na prática por lá e deixou uma oposição acéfala na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB).

O assunto, inclusive, deverá pautar a semana na Casa Legislativa, uma vez que o que resta da oposição, deve se reunir para decidir quem assumirá o posto na ausência do, agora, secretário municipal campinense.

O tema só seria de fácil resolução se o deputado Wallber Virgolino (PL) tivesse interesse em retornar ao posto de onde ele saiu ainda no mês de março. Mas, segundo ele mesmo revelou ao @portaldacapital, comandar a oposição na ALPB não é de seu interesse.

Se forçarmos a lembrança mais para trás lembraremos do mesmo deputado fazendo queixas de que o grupo que faz oposição à gestão do atual Governo da Paraíba deixa muito a desejar no cumprimento de uma postura verdadeiramente oposicionista.

Diante da situação, corre à boca miúda pelos bastidores da política que dois nomes seriam fortes para assumir o comando do grupo oposicionista na ALPB. Seriam eles: o de Camila Toscano (PSDB) e o de George Morais (União Brasil).

O nome de Camila chegou a ser cogitado para o lugar deixado pelo Sargento Neto porque haveria um gesto simbólico de valorização da presença feminina no universo político, uma vez que a guarabirense seria a primeira mulher a comandar um grupo de oposição na Casa Legislativa. Já o nome de Morais, também foi naturalmente lembrado por ser ele o vice-líder da oposição na Casa de Epitácio Pessoa.

Tovar Correia Lima (PSDB) foi lembrado e descartado na mesma hora porque uma ‘boca maldita’ lembrou de “certos” eventos de simpatia protagonizados pelo campinense junto ao Governo do Estado.

O deputado estadual Anderson Monteiro (MDB), por sua vez, até havia se interessado em ocupar o cargo mas, , mas, não logrou êxito porque o Sargento Neto acabou sendo o escolhido para o lugar de Virgolino.

O fato é que já estou aqui, apenas observando, para saber quem assumirá a posição dessa vez.

Aguardemos, pois.

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Saiba qual a relação entre a perda de sono, comida e obesidade e como fugir dessa armadilha

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Redação do Portal da Capital

Você sabia que a perda de sono tem relação direta com comida e obesidade? De acordo com especialistas, quando se dorme pouco, há uma tendência de ingerir mais calorias, em especial alimentos gordurosos e açúcares.

“Isso diz respeito a dois hormônios que controlam o apetite: a leptina e a grelina. Estudos revelam que o sono desregulado reduz a concentração da leptina, ou seja, da saciedade, e aumenta os níveis da grelina, ou seja, da vontade de comer”, explicou Aldir Pereira da Silva, psicólogo clínico, que atua no serviço de Telessaúde da Unimed João Pessoa.

Essas alterações estão comprovadas em um estudo da equipe liderada por Eve Van Cauter, diretora do Centro de sono, metabolismo e saúde da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos. A pesquisa mostrou que quanto menos o indivíduo dorme mais fome e mais tempo para buscar comida ele terá.

Uma das formas de tentar reverter esse quadro seria, então, regular o sono. “É necessário ampliar esse debate e considerar o sono como algo determinante para o bem-estar e saúde. Adquirir o hábito de respeitar todas as fases e horas de sono sugeridas, assim como criar uma rotina de higiene do sono antes de dormir, pode reverter essa situação. Em casos de dificuldades, buscar um especialista na área”, salientou o psicólogo Aldir Pereira.

DEBATE 

Para debater esse assunto e orientar os seus clientes, a Unimed João Pessoa vai realizar no dia 29 de maio, das 14h30 às 15h, a oficina online ” Perda de sono, comida e obesidade. Qual a relação?”. No encontro, será explicado como a perda de sono prejudica o metabolismo, trazendo graves consequências, entre elas, o desejo de comer mais.

“O objetivo é auxiliar àqueles que fazem algum tipo de tratamento para perder peso, visto que, pouco adianta o rigor das dietas se houver algum tipo de negligência com o sono. Depois, queremos ampliar o conhecimento sobre este impulso básico da vida humana, que é o dormir”, salientou Aldir Pereira, responsável pela oficina.

INSCRIÇÃO GRATUITA

A inscrição para a oficina é gratuita e pode ser feita pelo Portal Unimed JP.  Basta acessar a aba “Viver Melhor”, no menu principal e, em seguida, escolher a de sua preferência.

Podem se inscrever os clientes com idade a partir de 18 anos; com Índice de Massa Corporal a partir de 25 (entre 18 e 59 anos) ou 27 (a partir de 60 anos); e com circunferência abdominal acima de 94 cm (homens) e 80 cm (mulheres).

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Especialista explica relação entre poluição e doenças cardíacas; confira

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Redação do Portal da Capital

Os problemas causados pela poluição atmosférica à população vão além dos danos respiratórios, interferindo também na saúde do coração, como atestam algumas pesquisas. Com a atmosfera poluída por uma mistura de gases complexos e tóxicos, a exposição das pessoas a essas partículas pode ter como consequência doenças como hipertensão arterial, insuficiência cardíaca, Acidente Vascular Cerebral (AVC) e arritmias de alto risco. É o que explica o cardiologista Antonio Eduardo Monteiro, médico cooperado da Unimed João Pessoa.

“A poluição do ar é um fator de risco para que as doenças cardiovasculares incidam. Além disso, a poluição ambiental contribui para comorbidades que pioram o prognóstico entre pessoas infectadas com o covid-19”, explicou o médico. De acordo com ele, as substâncias nocivas presentes no ar poluído, incluindo metais pesados, causam estresse oxidativo no organismo, que é quando o corpo apresenta desequilíbrio entre a produção de radicais livres e sua capacidade de contra-atacar os efeitos prejudiciais, como o envelhecimento precoce das células.

De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), sete milhões de pessoas morrem a cada ano por causa da poluição, sendo 25% por doença cardíaca e 24% por AVC. Segundo explicou Antonio Eduardo Monteiro, as substâncias nocivas presentes no ar contribuem inflamam o organismo e estão ligadas ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares subclínicas (remodelação miocárdica, progressão da aterosclerose, hipertensão sistêmica e pulmonar, aumento da vasoconstrição e coagulação) e cardiovascular aguda trombótica e não trombótica (síndromes coronarianas agudas, insuficiência cardíaca, acidente vascular cerebral e arritmias de alto risco).

Como exemplo de uma condição de exposição frequente à poluição atmosférica, impactando diretamente na saúde cardiovascular, são casos de pessoas que moram próximo às rodovias. De acordo com o médico, estudos apontam que pessoas que vivem nessa situação estão com maior risco para a incidência de hipertensão, pois ficam mais expostas à poluição do ar relacionada ao tráfego intenso de veículos. “A exposição por longo tempo à poluição do ar externa está associada a doença arterial coronariana e ao AVC”, acrescentou o médico.

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