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Bolsonaro protagoniza “vexame internacional” no plenário da ONU

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Embora não houvesse, aqui mesmo, no Brasil, nenhuma expectativa otimista, por mínima que fosse, sobre o desempenho que o presidente Jair Bolsonaro teria no discurso perante a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas em Nova York, restava a esperança de que o mandatário fosse mais contido e não topasse representar um “papelão” – tratava-se, afinal, de uma oportunidade rara para o País vencer a barreira do isolamento internacional, acarretado pela desastrada política externa do atual governo e agravada por posições fundamentalistas, do ponto de vista ideológico, estimuladas pelo próprio Bolsonaro. Mas o enredo predominante foi mesmo o do “vexame internacional”, com um discurso recheado de mentiras, impropriedades e ataques de fundo eleitoreiro, evidenciando a preocupação do presidente da República não em falar para o mundo, mas, sim, para o seu agrupamento de apoiadores, que cada vez mais se reduz, consideravelmente.

De acordo com o artigo publicado originalmente em Os Guedes, as delegações estrangeiras receberam o discurso do presidente com uma mistura de indignação, decepção e ironias, e representantes de pelo menos seis países diferentes consultados pelo UOL foram unânimes em alertar que, diante do descrédito completo do brasileiro no cenário mundial, o presidente “afundou” o país num isolamento ainda mais crescente. A esperança de que houvesse uma mudança de tom adotada pelo Brasil era alimentada por causa da fragilidade internacional de Bolsonaro. “Mas, para a surpresa de muitos, o que se viu foi um discurso ainda mais radical e repleto de desinformação”, relatou o UOL. Assim que terminou a fala de Bolsonaro, um negociador alemão escreveu: “Fakenews speech(discurso)”, enquanto outro representante europeu cravou: “Vergonhoso”.

Jornais como o Washington Post descreveram a fala como “embaraçosa”, enquanto o Guardian destacou como o brasileiro atacou a exigência de um passe sanitário, que é uma realidade nos Estados Unidos e na Europa. Já o New York Times apontou que Bolsonaro defendeu remédios sem comprovação científica, enquanto dezenas de comentaristas americanos ironizaram quando o serviço de conferências da ONU entrou em cena para desinfetar o pódio após sua fala, que seria sucedida pela fala do presidente dos Estados unidos, Joe Biden, com quem Bolsonaro não cruzou nos bastidores. Um outro delegado ressaltou que o Brasil transformou a tribuna mais sagrada da diplomacia em um disseminador de mentiras e vergonhas. Indignados ainda ficaram representantes da Organização Mundial da Saúde, quando Bolsonaro falou sobre tratamento precoce contra a covid-19 sem qualquer tipo de comprovação científica. “O negacionismo na abertura de uma Assembleia-Geral é um dos pontos inesquecíveis dessa pandemia”, ironizou um dos funcionários da agência.

Apurou-se que, mesmo dentro do Itamaraty, à medida que o discurso era lido, embaixadores experientes e diplomatas não conseguiam esconder a revolta. Para delegações estrangeiras, a desconfiança internacional será ainda maior em relação ao Brasil depois da fala de Bolsonaro. “Como é que o governo quer que os demais parceiros o levem a sério?”, questionou o alto emissário de um governo europeu. Na avaliação de membros do bloco, as mentiras contadas ao longo de mais de dois anos de governo Bolsonaro pareciam que não conseguiriam mais ser superadas, até que chegou a vez de o presidente subir ao púlpito da ONU, e deu no que deu. Na definição do delegado de um país vizinho do Brasil na região, o tom do presidente Jair Bolsonaro foi revelador de um líder que está isolado no mundo e que opta por ampliar essa marginalização. O Brasil continua sendo um parceiro atrativo cobiçado por várias potências, mas a presença de Bolsonaro no comando desencoraja qualquer tipo de aproximação.

No rol de mentiras ou inverdades pronunciadas e que profanaram o púlpito da Assembleia Geral da ONU são arroladas as supostas garantias de que o Brasil protege seus indígenas e sua floresta. Diplomatas estrangeiros avaliaram que tais palavras não apenas caíram no vazio mas ampliaram o descrédito do presidente da República, de tal sorte que o Brasil somente será levado a sério quando provar cada passo que empreender, concretamente. Isto significa mostrar a redução do desmatamento a cada mês, cumprir efetivamente os compromissos com indígenas e ativistas de direitos humanos e potencializar o respeito pela democracia. A verdade é que os participantes-ouvintes do discurso de Bolsonaro já conheciam, com antecedência, a realidade dramática que assola o Brasil, colocando o país na contramão de avanços e conquistas que são consensuais. E as informações acumuladas, captadas junto a outras fontes, sinalizavam no sentido contrário da fala de Bolsonaro.

A garantia de democracia também contrastou com os alertas emitidos pela ONU, que na semana passada demonstrou preocupação com a crise entre poderes no Brasil, forjada artificialmente por Bolsonaro para tirar proveito para si, tendo feito um apelo veemente para que o Estado de Direito fosse preservado. A ONG Conectas Direitos Humanos alertou que Bolsonaro usou a tribuna da ONU para emitir um atestado de culpa de sua desastrosa gestão da pandemia, ao defender o comprovadamente ineficaz tratamento precoce contra a covid e atacar medidas de distanciamento social. A diretora de programas da Conectas, Camila Asano, foi enfática: “Cabe agora à comunidade internacional dar uma resposta à altura”. Já é possível adivinhar a resposta que vem por aí: a intensificação do isolamento do Brasil no contexto internacional, por culpa de um (des)governo que causa vexame e é objeto de chacota em todos os quadrantes. Uma lástima!

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Saiba qual a relação entre a perda de sono, comida e obesidade e como fugir dessa armadilha

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Você sabia que a perda de sono tem relação direta com comida e obesidade? De acordo com especialistas, quando se dorme pouco, há uma tendência de ingerir mais calorias, em especial alimentos gordurosos e açúcares.

“Isso diz respeito a dois hormônios que controlam o apetite: a leptina e a grelina. Estudos revelam que o sono desregulado reduz a concentração da leptina, ou seja, da saciedade, e aumenta os níveis da grelina, ou seja, da vontade de comer”, explicou Aldir Pereira da Silva, psicólogo clínico, que atua no serviço de Telessaúde da Unimed João Pessoa.

Essas alterações estão comprovadas em um estudo da equipe liderada por Eve Van Cauter, diretora do Centro de sono, metabolismo e saúde da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos. A pesquisa mostrou que quanto menos o indivíduo dorme mais fome e mais tempo para buscar comida ele terá.

Uma das formas de tentar reverter esse quadro seria, então, regular o sono. “É necessário ampliar esse debate e considerar o sono como algo determinante para o bem-estar e saúde. Adquirir o hábito de respeitar todas as fases e horas de sono sugeridas, assim como criar uma rotina de higiene do sono antes de dormir, pode reverter essa situação. Em casos de dificuldades, buscar um especialista na área”, salientou o psicólogo Aldir Pereira.

DEBATE 

Para debater esse assunto e orientar os seus clientes, a Unimed João Pessoa vai realizar no dia 29 de maio, das 14h30 às 15h, a oficina online ” Perda de sono, comida e obesidade. Qual a relação?”. No encontro, será explicado como a perda de sono prejudica o metabolismo, trazendo graves consequências, entre elas, o desejo de comer mais.

“O objetivo é auxiliar àqueles que fazem algum tipo de tratamento para perder peso, visto que, pouco adianta o rigor das dietas se houver algum tipo de negligência com o sono. Depois, queremos ampliar o conhecimento sobre este impulso básico da vida humana, que é o dormir”, salientou Aldir Pereira, responsável pela oficina.

INSCRIÇÃO GRATUITA

A inscrição para a oficina é gratuita e pode ser feita pelo Portal Unimed JP.  Basta acessar a aba “Viver Melhor”, no menu principal e, em seguida, escolher a de sua preferência.

Podem se inscrever os clientes com idade a partir de 18 anos; com Índice de Massa Corporal a partir de 25 (entre 18 e 59 anos) ou 27 (a partir de 60 anos); e com circunferência abdominal acima de 94 cm (homens) e 80 cm (mulheres).

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Especialista explica relação entre poluição e doenças cardíacas; confira

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Redação do Portal da Capital

Os problemas causados pela poluição atmosférica à população vão além dos danos respiratórios, interferindo também na saúde do coração, como atestam algumas pesquisas. Com a atmosfera poluída por uma mistura de gases complexos e tóxicos, a exposição das pessoas a essas partículas pode ter como consequência doenças como hipertensão arterial, insuficiência cardíaca, Acidente Vascular Cerebral (AVC) e arritmias de alto risco. É o que explica o cardiologista Antonio Eduardo Monteiro, médico cooperado da Unimed João Pessoa.

“A poluição do ar é um fator de risco para que as doenças cardiovasculares incidam. Além disso, a poluição ambiental contribui para comorbidades que pioram o prognóstico entre pessoas infectadas com o covid-19”, explicou o médico. De acordo com ele, as substâncias nocivas presentes no ar poluído, incluindo metais pesados, causam estresse oxidativo no organismo, que é quando o corpo apresenta desequilíbrio entre a produção de radicais livres e sua capacidade de contra-atacar os efeitos prejudiciais, como o envelhecimento precoce das células.

De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), sete milhões de pessoas morrem a cada ano por causa da poluição, sendo 25% por doença cardíaca e 24% por AVC. Segundo explicou Antonio Eduardo Monteiro, as substâncias nocivas presentes no ar contribuem inflamam o organismo e estão ligadas ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares subclínicas (remodelação miocárdica, progressão da aterosclerose, hipertensão sistêmica e pulmonar, aumento da vasoconstrição e coagulação) e cardiovascular aguda trombótica e não trombótica (síndromes coronarianas agudas, insuficiência cardíaca, acidente vascular cerebral e arritmias de alto risco).

Como exemplo de uma condição de exposição frequente à poluição atmosférica, impactando diretamente na saúde cardiovascular, são casos de pessoas que moram próximo às rodovias. De acordo com o médico, estudos apontam que pessoas que vivem nessa situação estão com maior risco para a incidência de hipertensão, pois ficam mais expostas à poluição do ar relacionada ao tráfego intenso de veículos. “A exposição por longo tempo à poluição do ar externa está associada a doença arterial coronariana e ao AVC”, acrescentou o médico.

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Médico ressalta benefícios ao cérebro com a prática de exercícios físicos regulares; veja dicas

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*por Gualter Ramalho (médico anestesiologista e presidente da Unimed João Pessoa)

Diversos estudos demonstram que a falta de atividade física regular produz impacto negativo na saúde do cérebro. O sedentarismo é um importante fator de risco das doenças neurodegenerativas, como: Alzheimer, Parkinson e Doença de Huntington.

A prática regular de exercícios físicos, mesmo que sejam atividades leves e de curta duração, promove diversos benefícios para o cérebro, como:

* Melhoria do fluxo sanguíneo cerebral;
* Aumento da produção de fatores neurotróficos (se proteção);
* Redução da inflamação crônica;
* Diminuição do acúmulo de beta-amiloide e proteína tau (relacionados ao Alzheimer);
* Melhoria da cognição;
* Redução do estresse;
* Diminuição do risco de depressão e ansiedade;
* Auxílio no controle do peso.

Recomenda-se a prática de 30 minutos de atividade física moderada na maioria dos dias da semana (3 a 5x/semana).

Ao adotar um estilo de vida ativo e saudável, você reduz significativamente não só o risco de doenças neurodegenerativas e AVCs, mas a ocorrência de doenças cardiovasculares, diabetes tipo II, câncer, osteoporose e doenças mentais.

A estratégia do envelhecimento ativo é fundamental para o fortalecimento da cultura da qualidade de vida. Além de aumentar capacidade produtiva, amplia a perspectiva da longevidade!

Não sou afeito à repetição robotizada de algumas práticas de exercícios, como a esteira, mas adoto a estratégia de mudança gradual do estilo de vida, como ferramenta indispensável para a saúde…

O sedentarismo é uma espécie de câncer, mata aos poucos e, por vezes, de forma silenciosa.

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