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Partidos adotam novos nomes a fim de resgatar imagem perante eleitorado

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Com o foco nas eleições de 2018, os partidos apostaram na mudança de nome. A estratégia foi se distanciar da palavra “partido” e apresentar palavras que correspondem aos anseios da população. Alguns representantes partidários acreditam que a intenção também é se apresentar como uma nova alternativa, diante da atual crise política, para assim se aproximar dos eleitores. Centro Democrático, Progressistas, Patriotas, MDB, Livres, Democracia Cristã e Avante estão entre os que mudaram a nomenclatura.

A mudança de nome é vista com dúvida por especialistas, pois acreditam que a ideia tem objetivos pessoais dos dirigentes para realizar mudanças internas dentro das legendas. O cientista político, Ítalo Fittipaldi, alegou que a troca não acarreta em nenhuma implicação eleitoral e que, em sua opinião, não muda nada, revela reportagem de Alexandre Kito, do Correio da Paraíba.

“A mudança de nome serve para talvez acomodar algum interesse muito particular que não tem nada a ver com a estratégia de campanha ou de plataforma política. Me parece uma questão de conveniência para abrir brecha para mudanças de filiações, tipo um jogo de dança das cadeiras. Não tem nada com questão de ideologia, mais com burocracia dos próprios partidos”, explicou o especialista.

Apesar de reconhecerem que a mudança poderá ajudar nas urnas durante as eleições, muitos presidentes de partidos não confirmam que a troca é focada no pleito. Considerado um dos partidos que mais cresce na Paraíba e que se destacou nas últimas eleições municipais, o PTN em 2017 virou Podemos sob o comando do deputado estadual Janduhy Carneiro. O parlamentar concordou com a mudança e afirma que o nome tem sido bem aceito pelo povo e pelos filiados. Ele disse ainda que o objetivo foi fortalecer a legenda.

“Nós temos a missão de apresentar propostas e nomes para que o eleitor aceite e conheça. O objetivo de mudar vai fortalecer a legenda e não tenho dúvida de que nossa agremiação está mais conhecida, pois antes eram muitas letras”, justificou Janduhy Carneiro. Ele acrescentou que a escolha do nome veio do desejo da população de fazer parte do processo político e foi inspirado no slogan de Barack Obama na campanha em 2008: yes, we can (sim, podemos).

Recém chegado no comando do Livres, antigo PSL, o vereador de João Pessoa, Lucas de Brito, acredita que a troa foi positiva para o partido, pois representa um movimento orgânico de renovação da própria legenda. “É uma mudança estrutural e não uma estratégia eleitoral. Antes de acontecer uma deliberação de cúpula por mudança, o movimento vem ganhando espaço e inclusive mudanças no comando dos diretórios estaduais”, disse Lucas de Brito.

O parlamentar disse ainda que a juventude do partido está assumindo o protagonismo e isso passa pelo resgate da ideologia liberal da agremiação, por isso o nome Livres. “É um movimento de baixo para cima e não um oportunismo da mudança da cúpula da sigla. É para renovação”, destacou.

No DEM, o processo de mudança de nome está avançada. Segundo o deputado federal, Efraim Filho, a alteração estatutária visa também a reposicionar o partido no espectro ideológico.

“O que se vê é um discurso polarizado. O deputado Jair Bolsonaro representa uma extrema direita. O ex-presidente Lula, a esquerda e fica essa lacuna no centro a ser preenchida e que pode ser preenchida por nós”, avalia o parlamentar.

Contraditório

Um estudo realizado pelo PMDB levou a legenda a resgatar as origens e voltar a ser MDB, como na época da ditadura, em que fazia oposição ao Regime Militar. Na Paraíba, o presidente estadual do partido, senador José Maranhão, se colocou contrário a mudança da sigla. “Os argumentos de que o PMDB deveria se livrar da sua sigla porque tinha sido gerado durante uma decisão no golpe de 1964, não convence.”, explicou o senador.

Assim como o PMDB, o nome MDB e todos os partidos surgiram em plena vigência do regime autoritário. Foi esse regime que criou o MDB e Arena, um que seria de oposição e o outro do governo. O MDB vem cumprindo esse papel e não é a mudança de nome que vai modificar a forma de atuação do partido. Essa é minha posição pessoal e política”, disse o senador José Maranhão.

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Senado aprova regras gerais para adaptação à mudança do clima

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Redação do Portal da Capital

Em meio à tragédia que atinge o Rio Grande do Sul, o Senado aprovou nesta quarta-feira (15) o projeto de lei que estabelece regras gerais para a formulação de planos de adaptação às mudanças climáticas (PL 4.129/2021). O projeto prevê que o governo federal elabore um plano nacional de adaptação à mudança do clima em articulação com estados e municípios e aponta algumas diretrizes. Como foi aprovado na forma de um texto alternativo, o projeto retorna à Câmara dos Deputados.

De iniciativa da deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP), o projeto foi aprovado pela manhã na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) após acordo negociado entre o governo e a oposição no Plenário na terça-feira (14).

Diferentemente da terça-feira (14), o projeto avançou sem intensas discussões nesta quarta. A votação foi simbólica. Líder do Governo no Senado, o senador Jaques Wagner (PT-BA) foi o relator do projeto na CCJ e autor do texto final aprovado. Antes, a proposta passou pela Comissão de Meio Ambiente (CMA).

“Pode-se afirmar que o evento catastrófico que observamos no Rio Grande do Sul é resultado da responsabilidade compartilhada entre os maiores emissores de GEE [gases do efeito estufa] mundiais, sobretudo a partir de combustíveis fósseis, ao longo da série histórica desde o início do período industrial. Seria ingênuo acreditar que esse desastre foi causado apenas pela ação humana dentro do território brasileiro”, disse no parecer.

Contrário à proposta, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) apontou que “o projeto não traz efeito prático”.

— É uma elaboração de diretrizes. [..]. Vendo aqui a redação final, a gente entende a boa intenção da autora. Acho que não há o efeito prático que alguns estão esperando. A discussão mais profunda sobre as coisas concretas que nós podemos fazer para avançarmos nessa linha de adaptação e convivência com essas condições climáticas extremas que acontecem em alguns locais pode ficar para outro projeto — disse.

O que prevê o texto

Pelo projeto, as medidas de adaptação à mudança do clima serão elaboradas por órgão federal competente em articulação com as três esferas da Federação (União, estados e municípios) e os setores socioeconômicos, garantida a participação social dos mais vulneráveis aos efeitos adversos dessa mudança e dos representantes do setor privado.

Uma emenda do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) foi aprovada na CCJ para “garantir efetiva participação do setor empresarial na formulação e implementação do plano nacional de adaptação”.

O plano e suas ações e estratégias deverão ter como base “evidências científicas, análises modeladas e previsões de cenários, considerando os relatórios científicos do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês)”.

Planos locais

A proposta prevê que o plano nacional deverá indicar diretrizes para a elaboração de planos estaduais e municipais, assim como estabelecer ações e programas para auxiliar os entes federados na formulação dos seus próprios documentos. Essa implementação poderá ser financiada pelo Fundo Nacional sobre Mudança do Clima. A medida foi uma das sugestões incluídas pelo relator na Comissão de Meio Ambiente (CMA), Alessandro Vieira (MDB-SE).

O texto alternativo também estabelece que as ações deverão ser avaliadas, monitoradas e revisadas a cada quatro anos. No projeto original, esse prazo era de cinco anos. Os planos deverão ainda ser integrados à Política Nacional de Proteção e Defesa Civil (Lei 12.608, de 2012) e à Estratégia Nacional de Segurança de Infraestruturas Críticas.

“Apesar da existência de um Plano Nacional de Adaptação à Mudança do Clima, o país carece de uma legislação que estabeleça diretrizes gerais a todos os entes da Federação para a elaboração e revisão de seus planos de adaptação, além de incentivá-los a elaborar e implementar tais planos”, apontou Alessandro ao recomendar a aprovação do texto.

Diretrizes

PL 4.129/2021 abrange as diretrizes gerais a serem seguidas pelos órgãos do Sistema Nacional de Meio Ambiente (Sisnama) nos planos para reduzir a vulnerabilidade do país em relação à mudança do clima. O objetivo é complementar a Lei 12.187, de 2009, que estabeleceu a Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC).

Entre as diretrizes gerais para o enfrentamento das mudanças climáticas estão “o enfrentamento dos efeitos atuais e esperados das alterações climáticas; a criação de instrumentos econômicos, financeiros e socioambientais que permitam a adaptação dos sistemas naturais, humanos, produtivos e de infraestrutura; e a integração entre as estratégias locais, regionais e nacionais de redução de danos e ajuste às mudanças”.

Além disso, as ações de adaptação devem estar ligadas aos planos de redução de emissão dos gases de efeito estufa. A proposta também torna obrigatório o alinhamento dessas estratégias ao Acordo de Paris sob a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, assinado em 1992.

Prioridades

A proposta prioriza as áreas de infraestrutura urbana e direito à cidade e de infraestrutura nacional. Nesses campos, estão inclusos a segurança alimentar e hídrica, a saúde, a educação e estruturas de comunicações, energia, transportes e águas.

No setor agropecuário, o texto prevê estímulos à adaptação do setor ao Plano ABC, que integra a PNMC e é voltado à economia de baixa emissão de carbono na agricultura. Tais estímulos deverão envolver investimentos em pesquisa ou na implementação de práticas e tecnologias ambientalmente adequadas.

Fonte: Agência Senado

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Ranking dos Políticos: Efraim Filho é apontado como melhor parlamentar da Paraíba e do Brasil; veja

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Redação do Portal da Capital

O senador e presidente estadual do União Brasil na Paraíba, Efraim Filho, segue apontado como o melhor parlamentar federal da Paraíba e do Brasil. A informação é do Ranking dos Políticos, uma iniciativa da sociedade civil, inteiramente independente, que avalia parlamentares brasileiros e pode ser acessada via internet.

Efraim Filho havia ocupado as mesmas posições no ranking há cerca de cinco meses e manteve o ritmo ao longo do período e, atualmente, acumula 9,34 pontos na escala de avaliação, valor considerado altíssimo dentre os parlamentares brasileiros.

Leia também: Efraim termina o semestre com a melhor avaliação no ranking do Congresso Nacional

O paraibano que está no primeiro mandato como senador da República, tem hoje 45 anos de idade e traz na bagagem 04 (quatro) mandatos como deputado federal. Ele é líder do terceiro maior partido da Casa, o União Brasil e, nos últimos tempos tem sido presença marcante no plenário, nas comissões e na mídia nacional, sempre debatendo os grandes temas e desafios brasileiros em pauta.

Histórico

Efraim de Araújo Morais Filho, nasceu em João Pessoa/PB em 18 de março de 1979, formou-se em Direito pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e é especializado em Direito do Consumidor pela Universidade de Granada, Espanha. Atuou como Sócio-Gerente na Morais & Campos Consultoria Jurídica em João Pessoa/PB de 2002 a 2006, quando iniciou sua carreira política.

É filho do ex-deputado federal (1990-2001) e ex-senador (2002-2010) Efraim Morais.

Carreira política

Iniciou sua carreira política em 2006, tornando-se aos 26 anos deputado federal pelo Partido da Frente Liberal – PFL, antigo DEM e que posteriormente se tornou o União Brasil. Foi reeleito por três mandatos consecutivos. Em 2008, foi eleito Presidente da recém criada ala juvenil do Partido (JDEM).

A única eleição que disputou e não sagrou-se vencedor ocorreu em 2012, quando compôs como vice de Estela (PSB) para a prefeitura de João Pessoa, mas a chapa não chegou ao segundo turno.

Em 2022 elegeu-se Senador da República pelo União Brasil com 617.477 votos.

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Ação contra parlamentares na PGR sobre fake news nas enchentes do RS é discutida na Câmara

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O deputado federal, Cabo Gilberto (PL), usou a tribuna da Câmara nesta quarta-feira (15/05) para criticar a ação movida pelo Psol na Procuradoria Geral da República (PGR) em desfavor de sete parlamentares por disseminação de fake news sobre a catástrofe do Rio Grande do Sul.

Entre os alvos da representação, cinco são deputados federais do PL, partido de Jair Bolsonaro: Filipe Martins (PL-TO), Gilvan da Federal (PL-ES), Paulo Bilynskyj (PL-SP), Caroline de Toni (PL-SC) e General Girão (PL-RN). Os outros dois pertencem ao União Brasil, sendo eles Coronel Assis (União-MT) e Coronel Ulysses (União-AC).

A ação busca impedir que parlamentares usem a tribuna da Câmara para divulgar mentiras sobre a tragédia no Rio Grande do Sul.

Para Cabo Gilberto, a representação foi feita de “má fé”, pois os deputados apontados não disseminaram nenhuma desinformação. O deputado aproveitou para disparar contra o Governo Federal.

“Uma ação totalmente de má fé. Porque o artigo 53 da Constituição é muito claro, os senhores precisam ler a Constituição, os parlamentares não falaram mentira nenhuma. É verdade ou não é que multaram caminhões indo para o Rio Grande do Sul? É verdade ou não que os civis estão ajudando a população mais do que o braço do Estado? Nada do que eles falaram é fake news, é verdade! E o ministro do Lula em relação à comunicação vem falar que os deputados cometem fake news. Fake news é esse desgoverno que tá apagado, preguiçoso e omisso com relação a enchente do RS”, afirmou.

Confira:

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