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O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou, por 7 votos a 1, os ditames da privatização da Eletrobras em julgamento realizado nesta quarta-feira, 18. Avaliada em 67 bilhões de reais, a privatização deverá ser concluída até meados de agosto, segundo o presidente da empresa, Rodrigo Limp. A concessão será feita por meio da capitalização da empresa — ou seja, o governo oferecerá ações que detém da Eletrobras na bolsa de valores, deixando de ser o acionista majoritário.

De acordo com esta matéria postada pela Veja, o julgamento foi marcado por imbróglios e a tentativa do ministro Vital do Rêgo de protelar mais uma vez a análise do texto — o ministro já havia pedido vistas do processo em abril e parou o julgamento por vinte dias. O pedido foi negado pelos companheiros da Corte Bruno Dantas e Aroldo Cedraz, relator do texto, que defenderam a continuidade do julgamento, pedido acatado pela presidente do TCU, a ministra Ana Arraes.

Para embasar seu voto contrário à privatização, Vital do Rêgo apontou seis supostas irregularidades no processo de desestatização da empresa. O primeiro deles envolve o pagamento de dividendos devidos pela Eletronuclear à Eletrobras — o que impediria que a empresa criada para controlar a Eletronuclear e a Itaipu Binacional assumisse o controle da primeira companhia. Ele também alerta que as contas do governo apontam para um valor subavaliado da Itaipu Binacional, o que impactaria os valores de oferta das ações da Eletrobras no âmbito da capitalização. O ministro também apontou uma diferença de 30,6 bilhões de reais nos cálculos em torno do endividamento líquido da empresa.

A privatização da Eletrobras será a primeira grande concessão do governo de Jair Bolsonaro. Eleito baseado em uma agenda liberal e visando à diminuição do Estado, o governo patinou em tentativas anteriores de dar vazão à passagem de companhias públicas para privadas. No modelo de capitalização, o governo irá se desfazer da maior parte da empresa por meio da venda de ações. Com isso, a participação deve cair de cerca de 70% para 40%.

O governo espera que a emissão de oferta de ações da empresa possa ser realizada entre o fim do primeiro semestre e o começo do segundo, em julho, sem avançar a janela eleitoral, apesar da estimativa do ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, ser mais otimista e falar na venda no fim de maio e na liquidação em junho. Após o julgamento, o governo deve convocar uma assembleia de acionistas e comunicar à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e à SEC, equivalente ao órgão nos EUA. A partir disso, o edital para a venda de ações pode ser publicado e, após a venda dos papéis, a empresa pode ser considerada como privatizada.

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TSE multa Lula em R$ 250 mil por propaganda contra Bolsonaro

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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) multou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a coligação Brasil da Esperança em R$ 250 mil por impulsionamento de propaganda eleitoral negativa na internet no pleito de 2022.

As normas do TSE proíbem que candidatos paguem para as plataformas impulsionar conteúdos negativos contra adversários, lembra esta matéria publicada pela CNN Brasil.

A ação foi apresentada pela coligação de Jair Bolsonaro (PL), que questionou um vídeo em que um locutor chama o ex-presidente de incompetente, mentiroso e desumano.

Na propaganda também havia uma sequência de falas em que Bolsonaro dizia: “Estou com Covid (imita sons ofegantes)”; “Vai comprar vacina só se for na casa da tua mãe”; e “Falar que se passa fome no Brasil é uma grande mentira”.

A estratégia de impulsionar publicações só pode ser adotada se for para promover ações positivas de candidaturas, partidos ou federações que contrate o serviço.

O julgamento aconteceu no plenário virtual da Corte, onde os magistrados apenas depositam os seus votos. A decisão foi unânime, com todos os ministros seguiram o voto da relatora, ministra Cármen Lúcia.

A íntegra dos votos não foi divulgada.

CNN procurou o presidente Lula e aguarda posicionamento.

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Aguinaldo disputa cargo de relator da regulamentação da reforma tributária com mais dois deputados

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A bancada do PP na Câmara dos Deputados já está discutindo quais nomes irá indicar para compor os grupos de trabalho que deverão ser criados pelo presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), para analisar os projetos de regulamentação da reforma tributária.

De acordo com esta matéria publicada pela Folha, há uma preferência por três deputados: Aguinaldo Ribeiro (PB), que foi relator da PEC (proposta de emenda à Constituição) da reforma tributária na Casa; Cláudio Cajado (BA), relator do arcabouço fiscal; e Tião Medeiros (PR), que presidiu a Comissão de Agricultura da Casa no ano passado.

Lira tem afirmado a interlocutores que Ribeiro já teve um papel importante no processo, mas que agora pode ser um momento para prestigiar outros parlamentares.

Em entrevista à GloboNews na quinta-feira (25/04), o presidente da Câmara disse que há “duas ou três dezenas de deputados muito afeitos” ao tema e que é preciso “agregar mais, dar mais participação”.

Segundo ele, a ideia é que sejam instalados dois grupos de trabalho, com até seis parlamentares cada, para que cada um apresente um relatório conjunto.

“O grupo faz o relatório e entrega, com a participação de todos. A gente pode dividir: um cuida do IVA, outro do CBS, outro de uma situação, de outra, vai ser uma maneira mais democrática. Vamos retaliar, estratificar mais. Quando você concentra, você tem uma chance maior de errar. Ninguém vai ali para errar”, disse.

 

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Relatora do Perse no Senado, Daniella quer elevar custo do benefício tributário

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A relatora no Senado do projeto de lei que reformula o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse), Daniella Ribeiro (PSD), afirma que vai incluir a correção pela inflação no custo de R$ 15 bilhões do programa até o fim de 2026. A mudança no texto deve aumentar o impacto fiscal dos incentivos tributários, em um revés para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Conforme publicado pelo Estadão, a correção pela inflação estava no parecer da relatora na Câmara, a deputada Renata Abreu (Podemos), mas foi retirada de última hora, pouco antes da votação no plenário da Casa, que ocorreu de forma simbólica na última terça-feira (23/04).

Ribeiro também deseja impedir que empresas com liminares favoráveis na Justiça tenham acesso aos benefícios. A ideia é que somente façam parte do programa as companhias incluídas na lista de setores da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAEs) prevista na lei e que tenham decisão judicial transitada em julgado, ou seja, definitiva.

O texto aprovado na Câmara prevê que 30 atividades tenham acesso ao programa. A Fazenda queria, inicialmente, reduzir a lista de 44 para 7, mas foi vencida.

Nesta segunda-feira (29/04), Daniella se reune com representantes dos setores beneficiados pelo Perse para discutir outros pontos do projeto. A expectativa é que a votação do relatório no Senado ocorra ainda esta semana, em sessão semipresencial.

O presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD), garantiu que o texto irá diretamente ao plenário, com urgência, sem passar por comissões. Caso as mudanças sejam aprovadas, a proposta retorna para nova análise da Câmara.

O Perse foi criado em 2021, durante a pandemia de covid-19, para socorrer empresas de eventos com dificuldades financeiras, em razão da interrupção de atividades durante a quarentena.

O governo tentou extinguir os benefícios, alegando que as empresas já se recuperaram do período de baixa, mas enfrentou resistência do Congresso, que decidiu dar um fim gradual aos incentivos.

Durante as negociações, porém, por pressão do Ministério da Fazenda, a Câmara concordou em limitar os custos do Perse em R$ 15 bilhões até 2026.

Haddad, no entanto, enfrenta um novo desgaste com o Parlamento, ainda mais intenso com Rodrigo Pacheco, desde que o governo ingressou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) anulando os efeitos da desoneração da folha de pagamentos para 17 setores da economia e para os municípios.

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