O ministro aposentado do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Gilson Dipp morreu na segunda-feira (28/11), aos 78 anos, informou a corte. De acordo com a nota, mais informações serão divulgadas ao longo do dia. Ele deixa esposa e três filhos.
Dipp foi o ex-ministro que assumiu a defesa de Coutinho ainda em dezembro de 2019, e entrou com pedido de habeas corpus no STJ para livrar o ex-gestor, que estava fora do país, da prisão durante seu regresso ao Brasil quando foi considerado foragido pela Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal) por ocasião da realização da sétima etapa da Operação Calvário.
Leia também: “O lado podre do Judiciário”, destaca imprensa nacional sobre a soltura de Ricardo Coutinho
Histórico
Nascido na cidade de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, em 1º de outubro de 1944, Dipp atuou por mais de 16 anos no STJ — ele tomou posse em 1998 e se aposentou em setembro de 2014.
Como lembra o UOL, Dipp, durante sua carreira, ocupou os cargos de presidente da Quinta Turma e de vice-presidente do tribunal e do CJF (Conselho da Justiça Federal). Além disso, também foi membro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) entre 2011 e 2013.
Formado em ciências jurídicas e sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul em 1968, o ex-ministro também foi juiz do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, corte que presidiu entre 1993 e 1995.
Além da atuação na magistratura, Dipp foi professor de direito civil da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Foi integrante da Comissão da Verdade.