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A luta de Pedro para reconquistar espaços no cenário político estadual

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*por Nonato Guedes

Embora, de público, não demonstre ansiedade, é fora de dúvidas que o ex-deputado federal Pedro Cunha Lima (PSDB), no íntimo, articula saídas para se reinserir no jogo político paraibano, depois da votação surpreendente e expressiva que alcançou nas eleições de 2022, avançando para o segundo turno contra o governador reeleito João Azevêdo (PSB), obtendo vitórias pontuais em redutos da Grande João Pessoa e subvertendo a lógica do processo eleitoral no Estado, cujo resultado era decidido nos últimos anos pelos grandes colégios ou centros urbanos. No desenrolar da campanha travada no ano passado, Pedro logrou “empurrar” o governador para longe dos redutos de expressão, obrigando-o a improvisar um contra-ataque baseado nos médios e, sobretudo, nos pequenos municípios do território. A reconfiguração chegou ao centro do poder, convertendo-se o segundo mandato de João Azevêdo em governo municipalista, tal como assumido por ele depois de proclamados os números extraídos das urnas.

Por todos os títulos, o desfecho da concorrida disputa majoritária ao governo do Estado no ano passado deu ao ex-deputado Pedro Cunha Lima, na realidade local, um cacife extraordinário que talvez ele não cogitasse conquistar com certa velocidade. Vale lembrar que na fase preliminar das articulações para formação de chapas e encaminhamento de alianças políticas, o filho do ex-governador Cássio Cunha Lima não constava no rol dos “candidatáveis” – no seu bloco, mesmo, a candidatura que se anunciava era a do ex-prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues. Os mais saudosistas ainda insistiram em agitar o nome de Cássio, mas este apressou-se em deixar claro que estava fora de pauta, primeiro por considerar que “há vida inteligente fora da política”, depois por intuir que o contexto em gestação pedia uma candidatura de renovação. Pedro demonstrou ter credenciais para simbolizar esse momento, ou a fotografia daquela ocasião.

Evidente que a campanha empalmada pelo ex-deputado não foi cem por cento tranquila e nem poderia sê-la, dadas as variantes que a caracterizaram, como desunião das oposições, neutralidade de Pedro em relação a uma disputa presidencial acirrada entre Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva, sem falar no que ele alega sempre – a desvantagem perante máquinas administrativas azeitadas, envolvendo o governo do Estado e a prefeitura de João Pessoa. Esse argumento ficou vulnerável na região metropolitana da Capital tendo em vista a votação marcante que Pedro arrebanhou, mas não é o caso de negar que o esquema comandado por João Azevêdo estava infinitamente mais equipado para enfrentar as turbulências de uma campanha e para buscar mecanismos de reação, quando estes se tornassem imperiosos para assegurar posição de favoritismo no páreo. O governo tinha lá seus problemas, suas próprias idiossincrasias, mas estava dotado de instrumentos para pronta reação ao menor passo em falso que pudesse desestabilizar situação de vantagem apontada em pesquisas de institutos especializados.

Pedro Cunha Lima, de certa forma, agigantou-se no curso da batalha, malgrado alguns erros táticos e recorrentes, verificados até mesmo quando se desviava de temas cruciais da campanha propriamente dita sobre os quais deveria se debruçar, partindo, ao invés, para elucubrações que nem sempre diziam respeito diretamente aos interesses imediatos da população. Contornou desconfianças pela pouca idade, investindo num perfil pujante, de líder emergente, e procurou oxigenar a logística de campanha com novas ideias, com a incorporação de pautas que estavam segregadas ou que não vinham tendo, da parte de outros protagonistas da disputa um olhar diferenciado, prioritário mesmo, a indicar prenúncio de uma nova postura de gestão à frente dos destinos da Paraíba. Ele chegou a pautar o tom do discurso de adversários como o próprio João Azevêdo, quando concentrou suas falas na propositura de soluções para os desafios do Estado.

Inequivocamente, a experiência foi válida para o ex-parlamentar, bem como foi valiosa para o debate político da Paraíba a radiografia que ele traçou, por exemplo, sobre Educação, Saúde, Infraestrutura e Segurança Pública. Pedro Cunha Lima qualificou o debate quando partiu para abordar temas prementes com fundamentação e embasamento, o que influenciou, naturalmente, para que ele fosse alçado ao segundo turno, desbancando Nilvan Ferreira e Veneziano Vital do Rêgo. No quadro atual, Cunha Lima coloca-se à disposição tanto para concorrer à prefeitura de João Pessoa no próximo ano como para voltar a disputar o governo do Estado em 2026. Com o currículo que construiu na campanha de 2022, está credenciado a tanto. Seus projetos vão depender, na verdade, da evolução das conjunturas para os dois períodos, diante do dinamismo da política, tal como se conhece. Afinal, há outros atores projetando-se no panorama e demonstrando a mesma desenvoltura que Pedro demonstrou na campanha passada, sem esconder a vocação de conseguir elevar-se pelo voto à Suprema Magistratura do Estado.

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Saiba qual a relação entre a perda de sono, comida e obesidade e como fugir dessa armadilha

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Você sabia que a perda de sono tem relação direta com comida e obesidade? De acordo com especialistas, quando se dorme pouco, há uma tendência de ingerir mais calorias, em especial alimentos gordurosos e açúcares.

“Isso diz respeito a dois hormônios que controlam o apetite: a leptina e a grelina. Estudos revelam que o sono desregulado reduz a concentração da leptina, ou seja, da saciedade, e aumenta os níveis da grelina, ou seja, da vontade de comer”, explicou Aldir Pereira da Silva, psicólogo clínico, que atua no serviço de Telessaúde da Unimed João Pessoa.

Essas alterações estão comprovadas em um estudo da equipe liderada por Eve Van Cauter, diretora do Centro de sono, metabolismo e saúde da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos. A pesquisa mostrou que quanto menos o indivíduo dorme mais fome e mais tempo para buscar comida ele terá.

Uma das formas de tentar reverter esse quadro seria, então, regular o sono. “É necessário ampliar esse debate e considerar o sono como algo determinante para o bem-estar e saúde. Adquirir o hábito de respeitar todas as fases e horas de sono sugeridas, assim como criar uma rotina de higiene do sono antes de dormir, pode reverter essa situação. Em casos de dificuldades, buscar um especialista na área”, salientou o psicólogo Aldir Pereira.

DEBATE 

Para debater esse assunto e orientar os seus clientes, a Unimed João Pessoa vai realizar no dia 29 de maio, das 14h30 às 15h, a oficina online ” Perda de sono, comida e obesidade. Qual a relação?”. No encontro, será explicado como a perda de sono prejudica o metabolismo, trazendo graves consequências, entre elas, o desejo de comer mais.

“O objetivo é auxiliar àqueles que fazem algum tipo de tratamento para perder peso, visto que, pouco adianta o rigor das dietas se houver algum tipo de negligência com o sono. Depois, queremos ampliar o conhecimento sobre este impulso básico da vida humana, que é o dormir”, salientou Aldir Pereira, responsável pela oficina.

INSCRIÇÃO GRATUITA

A inscrição para a oficina é gratuita e pode ser feita pelo Portal Unimed JP.  Basta acessar a aba “Viver Melhor”, no menu principal e, em seguida, escolher a de sua preferência.

Podem se inscrever os clientes com idade a partir de 18 anos; com Índice de Massa Corporal a partir de 25 (entre 18 e 59 anos) ou 27 (a partir de 60 anos); e com circunferência abdominal acima de 94 cm (homens) e 80 cm (mulheres).

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Especialista explica relação entre poluição e doenças cardíacas; confira

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Redação do Portal da Capital

Os problemas causados pela poluição atmosférica à população vão além dos danos respiratórios, interferindo também na saúde do coração, como atestam algumas pesquisas. Com a atmosfera poluída por uma mistura de gases complexos e tóxicos, a exposição das pessoas a essas partículas pode ter como consequência doenças como hipertensão arterial, insuficiência cardíaca, Acidente Vascular Cerebral (AVC) e arritmias de alto risco. É o que explica o cardiologista Antonio Eduardo Monteiro, médico cooperado da Unimed João Pessoa.

“A poluição do ar é um fator de risco para que as doenças cardiovasculares incidam. Além disso, a poluição ambiental contribui para comorbidades que pioram o prognóstico entre pessoas infectadas com o covid-19”, explicou o médico. De acordo com ele, as substâncias nocivas presentes no ar poluído, incluindo metais pesados, causam estresse oxidativo no organismo, que é quando o corpo apresenta desequilíbrio entre a produção de radicais livres e sua capacidade de contra-atacar os efeitos prejudiciais, como o envelhecimento precoce das células.

De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), sete milhões de pessoas morrem a cada ano por causa da poluição, sendo 25% por doença cardíaca e 24% por AVC. Segundo explicou Antonio Eduardo Monteiro, as substâncias nocivas presentes no ar contribuem inflamam o organismo e estão ligadas ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares subclínicas (remodelação miocárdica, progressão da aterosclerose, hipertensão sistêmica e pulmonar, aumento da vasoconstrição e coagulação) e cardiovascular aguda trombótica e não trombótica (síndromes coronarianas agudas, insuficiência cardíaca, acidente vascular cerebral e arritmias de alto risco).

Como exemplo de uma condição de exposição frequente à poluição atmosférica, impactando diretamente na saúde cardiovascular, são casos de pessoas que moram próximo às rodovias. De acordo com o médico, estudos apontam que pessoas que vivem nessa situação estão com maior risco para a incidência de hipertensão, pois ficam mais expostas à poluição do ar relacionada ao tráfego intenso de veículos. “A exposição por longo tempo à poluição do ar externa está associada a doença arterial coronariana e ao AVC”, acrescentou o médico.

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Médico ressalta benefícios ao cérebro com a prática de exercícios físicos regulares; veja dicas

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Redação do Portal da Capital

*por Gualter Ramalho (médico anestesiologista e presidente da Unimed João Pessoa)

Diversos estudos demonstram que a falta de atividade física regular produz impacto negativo na saúde do cérebro. O sedentarismo é um importante fator de risco das doenças neurodegenerativas, como: Alzheimer, Parkinson e Doença de Huntington.

A prática regular de exercícios físicos, mesmo que sejam atividades leves e de curta duração, promove diversos benefícios para o cérebro, como:

* Melhoria do fluxo sanguíneo cerebral;
* Aumento da produção de fatores neurotróficos (se proteção);
* Redução da inflamação crônica;
* Diminuição do acúmulo de beta-amiloide e proteína tau (relacionados ao Alzheimer);
* Melhoria da cognição;
* Redução do estresse;
* Diminuição do risco de depressão e ansiedade;
* Auxílio no controle do peso.

Recomenda-se a prática de 30 minutos de atividade física moderada na maioria dos dias da semana (3 a 5x/semana).

Ao adotar um estilo de vida ativo e saudável, você reduz significativamente não só o risco de doenças neurodegenerativas e AVCs, mas a ocorrência de doenças cardiovasculares, diabetes tipo II, câncer, osteoporose e doenças mentais.

A estratégia do envelhecimento ativo é fundamental para o fortalecimento da cultura da qualidade de vida. Além de aumentar capacidade produtiva, amplia a perspectiva da longevidade!

Não sou afeito à repetição robotizada de algumas práticas de exercícios, como a esteira, mas adoto a estratégia de mudança gradual do estilo de vida, como ferramenta indispensável para a saúde…

O sedentarismo é uma espécie de câncer, mata aos poucos e, por vezes, de forma silenciosa.

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