Nos acompanhe

Negócios

Teatro de Arena: Lenine traz show “Em Trânsito” para João Pessoa

Publicado

em

Indicado ao Grammy Latino em 2019, o show “Em trânsito”, do pernambucano Lenine chega a João Pessoa. A apresentação única será no dia 19 de outubro, no Teatro de Arena, em João Pessoa.  Para abrir a noite, Val Donato e banda sobem ao palco.

Em sua nova construção, Em TrânsitoLenine ressignifica a pergunta retórica formulada originalmente em Chão(2011). Ressignifica, sim, pois estando em novas circunstâncias passa a ser uma nova pergunta – o tal “sempre outro rio a passar” que Heráclito ensinou a Quintana*. E talvez seja sua própria resposta: canção é processo, vem de muitos ondes, vai para outros tantos.

Em Trânsito é uma ode ao processo. Não à toa, subverte a ordem que se nos impuseram (disco de estúdio / show / disco ao vivo). Tudo do avesso porque é tudo processo. É livre de obrigações, desemoldurado. Lenine enxerga que O Dia em Que Faremos Contato (1997), Na Pressão (1999) e Falange Canibal (2002) constituem uma primeira trilogia, em que o conceito dos discos é uma amarração feita a posteriori, a partir do conjunto das canções que ele já compusera até então; já Labiata (2008), Chão Carbono (2015) são uma segunda trilogia, em que novas canções foram criadas para álbuns cujos conceitos foram imaginados a priori. Em Trânsito seria o que, então, senão a fusão das duas coisas – justamente aquilo que não vem antes e nem depois?

O resultado é um repertório de canções que soam novas – sejam elas inéditas ou não. Que Baque É Esse? É o baque do maracatu de bombo fofo, rasgado pelo sax de Carlos Malta, ou é o baque da Intolerância, parceria nova com Ivan Santos que também é costurada por Malta? Seria o baque da desilusão dos nossos sonhos luminosos de nação, como previu com Carlos Rennó em Ecos do Ão, ou o baque da metrópole que nos atropela e nos expulsa, imaginado comBráulio Tavares em Lá Vem a CidadeNinguém Faz Ideia. O baque talvez seja o próprio devir*, a transformação como certeza única. O que não Virou Areia ainda há de virar, seja o rei ou o pirata de Lá e Lô; seja o índio da estrela veloz e brilhante de Tubi Tupy ou a própria estrela, o sol mais distante observado com Arnaldo Antunes em O Céu É Muito.

Além de perene, o processo é coletivo: o Lenine de Castanho, canção em parceria com Carlos Posada, não chegou sozinho. Ao mostrar as canções inéditas (como Bicho Saudade, em parceria com João Cavalcanti) para a banda, o violão foi dispensado. Melodias e letras, cruas, para que os resultados fossem decifrados em conjunto com Jr. Tostoi, GuilaPantico Rocha Bruno Giorgi. Bruno ainda assina a direção musical, sendo mola essencial dessa engrenagem-organismo. A assinatura da banda é clarividente, consequência da intimidade conquistada por muitos anos de labuta criativa.

Mas há outras sonoridades, como a delicadeza da ciranda Lua Candeia, feita com Paulo César Pinheiro, que ganha ares camerísticos pelas mãos do pianista Amaro Freitas. O parentesco com Ciranda Praieira, da mesma parceria e de semelhante temática, quase não se nota – exatamente pelo que a banda imprime a essa ciranda-dub, gravada originalmente em Labiata. Em Leve e Suave, canção inédita que abre Em Trânsito, Lenine, sozinho em cena, fala de afeto e leveza. Isso só reforça a ironia fina de Umbigo, onde os descaminhos do ego são postos nus sob os gritos distorcidos da guitarra de Gabriel Ventura, que deixa o posto de roadie para integrar a banda. A atmosfera mais surpreendente é a da inédita Ogan Erê, parceria com Lula Queiroga, onde o ponto é montado a partir da superposição de sons feitos com a voz, cama sobre a qual Lenine (com vocal de Bruno) conta como a ancestralidade dos terreiros se transmite desde a infância.

Com patrocínio da Petrobras e do Governo Federal, Em Trânsito é, portanto, o que o próprio nome sugere. É o mar de escolhas que Lenine fez para manter-se atento ao caminho, mesmo sem saber o destino. É o artista recusando-se a ceder à inércia – Eu Sou Meu Guia e o movimento É o Que Me Interessa (música feita com Dudu Falcão). É a iluminação acentuada nas penumbras e contrastes, desenhada por Robson de Cássia e conectada com o meio e o tempo onde foi concebida. É o uso sem pudores de periféricos analógicos na captação do áudio, feita por Diogo Guedes Elton Bozza, para gerar verdade no durante. É uma arte gráfica, assinada por Bruno Tavares Lisa Akerman, igualmente analógica: feita em cianótipo, processo químico de impressão que antecedeu a fotografia moderna, mostra muitos símbolos processuais, como o neurônio, a raiz, o relâmpago – a analogia está na forma e no conteúdo. É, por fim, a deflagração do ímpeto, como descrita na inédita Sublinhe e Revele. Porque o tom é grave e o tempo é breve.

Serviço:

“Lenine  – Em Trânsito” em João Pessoa

Abertura: Val Donato e banda

Data: 19 de outubro de 2018 (sexta-feira)

Local: Teatro de Arena – Espaço Cultural

Horário: a partir das 20h

Ingressos: R$ 80 (inteira) e R$ 40 (meia)

Vendas: Dhom! – Av Edson Ramalho, 183 – Manaíra

Continue Lendo

Negócios

Turnê ‘Barítono’, do cantor Lulu Santos chega a João Pessoa no mês de agosto

Publicado

em

Por

Redação do Portal da Capital

Um dos maiores nomes da música brasileira, o cantor e compositor Lulu Santos se apresentará com a nova turnê ‘Barítono’ no dia 10 de agosto, a partir das 21h, no Teatro Pedra do Reino, em João Pessoa.

De volta ao Brasil, depois de estrear nos Estados Unidos, Lulu Santos trará no repertório as canções de maiores sucessos da carreira e lançamentos recentes.

Dono de hits como ‘Tempos Modernos’, ‘O Último Romântico’, ‘Tudo Azul’, ‘Toda Forma de Amor’, ‘Um Certo Alguém’, ‘Assim Caminha a Humanidade’, ‘Aviso aos Navegantes’, ‘Sereia’ e ‘De Repente Califórnia’, Lulu emociona aos fãs nas apresentações.

Ao falar sobre o show, Lulu reconhece ter admitido tardiamente fatos sobre ele, inclusive, a de ser um cantor de tessitura vocal grave, ou seja, um barítono. Daí a origem do nome do show.

“Admiti tardiamente várias coisas importantes sobre mim, entre elas o fato de ser um barítono, cantor de tessitura vocal grave. Desde que ‘assumi’ essa condição, como costuma acontecer com essas coisas, facilitou enormemente minha vida e arte. O primeiro passo foi em 2000 quando gravei e lancei o álbum Acústico, ali, por conforto e sabedoria, baixei um tom de boa parte do repertório e funcionou perfeitamente. Agora, 20 anos depois, percebi que se baixasse mais um tom, algumas canções voltaram a ser cantáveis sem sobressaltos ou esforço. A chave deste entendimento foi ‘Esse brilho em seu olhar’, do álbum ‘O Ritmo do Momento’ que nunca esteve tão confortável e dentro do meu alcance desde que a fiz em 1983. Sou Barítono com paixão, gosto dos graves, gosto de como minha voz soa nesta região. É com essa intenção e propósito que chegamos a este espetáculo no qual oferecemos, como de hábito, nosso melhor. Não vejo a hora de lhes apresentá-lo”, frisou o cantor.

Os ingressos estão disponíveis compra no site da Bilheteria Digital clique aqui e confira.

Continue Lendo

Negócios

Nesta sexta-feira, espetáculo ‘Bibi, Uma Vida em Musical’ será apresentado no Teatro Paulo Pontes

Publicado

em

Por

Redação do Portal da Capital

Um dos espetáculos mais premiados do teatro brasileiro, ‘Bibi, uma vida em musical’ faz uma nova turnê por cinco cidades do Brasil e chega a João Pessoa na próxima sexta-feira (17/05). O espetáculo será apresentado no Teatro Paulo Pontes,para celebrar o centenário de Bibi Ferreira, uma das maiores artistas brasileiras de todos os tempos.

Em BIBI, uma vida em musical, a história familiar, profissional e amorosa da artista se enredam. A formação em música, dança e línguas estrangeiras foi estimulada pela mãe Aida Izquierdo, bailarina espanhola. A estreia profissional no teatro, aos 19 anos, foi pela mão do pai, o ator Procópio Ferreira, em papel escrito por ele para a filha. Assim, o musical percorre todas as fases da vida de Bibi, da escolha do seu nome, sua preparação para os palcos, os espetáculos musicais como os inesquecíveis ‘Gota d’Água’, de Paulo Pontes e Chico Buarque, ‘My Fair Lady’, ‘Alô Dolly’ e ‘Piaf, a Vida de Uma Estrela da Canção’, seus casamentos, o nascimento da filha única, Tina Ferreira, as viagens para Portugal e Inglaterra a trabalho, a homenagem da escola de samba Viradouro até sua chegada a um teatro da Broadway, aos 90 anos.

O espetáculo celebra ainda o legado de Artur Xexéo, que partiu no ano passado. Um dos maiores jornalistas brasileiros, autor de espetáculos como ‘Cartola – O Mundo é um Moinho’, ‘Eu Não Posso Lembrar Que Te Amei – Dalva e Herivelto’, ‘Hebe, o Musical’, era fã confesso e avaliou a importância de Bibi Ferreira na profissionalização do ator no Brasil, em relação ao seu ofício. “No teatro musical, ela foi, sem dúvidas, a primeira atriz brasileira pronta para o gênero. Antes dela, havia as vedetes de revista, não necessariamente atrizes”, diz o coautor do texto.

Serviço

BIBI, UMA VIDA EM MUSICAL
JOÃO PESSOA (PB)
17 de maio
Sexta-feira 18h30
Teatro Paulo Pontes –
R. Abdias Gomes de Almeida, 800 – Tambauzinho

  • Ingressos de R$ 20.00 a R$ 200.00

Link

Continue Lendo

Negócios

Paraibanamente: construtura exalta Nordeste com experiência imersiva pelo ‘O Auto de Ariano’

Publicado

em

Por

Redação do Portal da Capital

Rica, diversa e vibrante: a cultura nordestina carrega uma série de características que a tornam única e tem como um de seus maiores representantes o paraibano Ariano Suassuna, escritor e autor de obras que marcaram a literatura brasileira. Para ressaltar a riqueza e simbologia do estado, a construtora MGA promoveu uma sessão cultural para parceiros no Luzzco, espaço imersivo de arte, cultura e inovação da Paraíba.

O local atualmente está com a exposição ‘O Auto de Ariano’, que revela a trajetória do artista e do homem que sempre viu na arte a oportunidade de contar histórias e criar com humor e profundidade. “Ariano é um ser apaixonante e pudemos usufruir de sua história e contribuição para a cultura nordestina. Suas obras, lançadas há décadas, continuam atuais. Ele conseguia ser culto e simples, engraçado, profundo e leve”, pontuou a diretora comercial da MGA, Christina Santiago, que explica que a decisão de fomentar a cultura da Paraíba e suas potencialidades faz parte dos objetivos da empresa.

“Somos paraibanos, e temos muito orgulho da nossa cultura e arte; elas nos influenciam a todo momento. Acreditamos na importância de ações que nos ajudam a conhecer e valoriza-lá”, comentou.”

A sessão cultural contou com a participação de integrantes da MGA, além de corretores e parceiros da empresa. A construtora é uma das marcas patrocinadoras do espaço Luzzco. O evento ainda contou com a apresentação do cantor paraibano Felipe Alcântara.

MGA – A MGA possui empreendimentos na capital, além de obras em andamento em Cabedelo. Ela é uma construtora de João Pessoa com mais de 17 anos de história e diversos empreendimentos, como o Makai, Soul, Maré, Breeze, Sens e Mondo.

Continue Lendo