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Paraíba se divide em litoral com água e interior seco, com racionamentos de até 15 dias

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Estado vive realidades distintas em diferentes regiões. Cidades do Brejo e do Sertão precisam racionar água e temem que situação ainda possa piorar
Seca de um lado, água em abundância de outro. Essa realidade divide a Paraíba em dois universos diferentes. No Conde, na Grande João Pessoa, o açude Gramame/Mamuaba, já sangrou uma vez neste ano, enquanto o de Marés, na Capital, que já sangrou quatro vezes neste ano, está com cerca de 95% da capacidade. Seguindo pelo estado, a paisagem fica mais seca e indica que a substância essencial para toda forma de vida não é abundante em muitas regiões. Em algumas cidades em colapso, a rotina é de limitação e de cronograma, de acordo com o Portal Correio. Dias com água e dias sem e a a população precisando se adequar à ausência daquilo que compõe a maior parte da existência biológica do ser humano.
Brejo sofre com seca
Em junho deste ano, algumas cidades do Brejo da Paraíba chegaram a ter o abastecimento de água totalmente interrompido. Cidades como Araruna, Cacimba de Dentro, Damião, Dona Inês, Riachão e Tacima ficaram sem o serviço normal de distribuição de água por conta do esvaziamento do açude de Jandaia, que abastece parte da região. 
Atualmente, por conta das chuvas, o volume melhorou um pouco e já atingiu 8,19% de sua capacidade, saindo da condição de “situação crítica” para de “reservatórios em observação”, na análise da Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (Aesa).
O Brejo, no entanto, tem uma cidade que vive uma das situações mais complicadas do estado. O cronograma de água de Solânea, que fica a 130 km de João Pessoa, assusta. O racionamento na cidade chegou a ser de 15 em 15 dias, quando a barragem Canafístula II, responsável por abastecer a cidade, chegou a um quase colapso.
Com as últimas chuvas, o açude subiu para 18,5% da capacidade. Apesar disso, o racionamento continua feroz. Agora, os moradores têm água uma vez por semana. Uma realidade que faz Lucas Viana e moradores do município recorrerem a outras formas de conseguir mais água.
“Várias pessoas fizeram poços artesianos em conjunto. Várias casas racham o custo da perfuração. Mas quem não tem condição para fazer isso, compra caixa d’água, coloca em casa e enche quando vem da rua. Quase todo mundo faz sistema de captação da chuva também. É muito complicado para quem não tem condição de dar R$ 50 o tempo todo para comprar água”, explicou.
Em busca de atenuar essa rotina da ausência de água, a Prefeitura de Solânea colocou várias caixas d’água espalhadas pelo município para quem não tem condição financeira de investir nisso. Elas ficam em algumas ruas e em escolas da cidade.
Sertão teme o futuro
"O sertanejo é, antes de tudo, um forte". A frase de Euclides da Cunha, jornalista carioca que escreveu uma das grandes obras da literatura brasileira, ‘Os Sertões’, continua fazendo justiça a um povo que historicamente sofreu com a estiagem e a falta de água. Sofreu, sofre e teme por seguir sofrendo.
Em Sousa, uma das maiores cidades do Sertão da Paraíba, a 438 km de João Pessoa, a situação não chega a ser das piores no momento. Existem bairros que têm água só nos fins de semana e outros que o período sem racionamento é até maior. Só que a preocupação na cidade é em relação a falta de chuvas.
Atualmente, o açude São Gonçalo, que fica no próprio município, está com 21,55% de capacidade, acima dos 20% que é a ‘nota de corte’ da Aesa para quem fica ou não sob observação. Morador do município, o jornalista Fabiano Sousa revela que a maior preocupação dos sousenses é sobre o futuro.
“O que a gente conversa aqui, os comentários também da imprensa e de alguns órgãos, é que se até o mês de março do ano que vem não chover, o açude São Gonçalo pode ficar em uma situação crítica”, disse Fabiano.
A transposição do São Francisco, portanto, surge como uma gota de sonho em um mar histórico de desesperança. Segundo o secretário de Infraestrutura, Recursos Hídricos Meio Ambiente e Ciência e Tecnologia da Paraíba, João Azevêdo, a expectativa é de que as águas da transposição do cheguem ao Sertão paraibano até abril de 2018.
Campina volta a ter água todo dia, mas segue sob polêmica
Segunda maior cidade da Paraíba com cerca de 400 mil habitantes, Campina Grande foi, sem dúvidas, a principal cidade do estado a ter que se preocupar com a falta de água. O município entrou oficialmente em racionamento em dezembro de 2014, com a perspectiva de durar apenas um ano. Passou-se o tempo e a dura realidade da ausência de água só piorou.
A esperança pela volta da normalidade das torneiras dos campinenses veio com a finalização e inauguração da obra do eixo leste da transposição do rio São Francisco. No dia 18 de abril a água do rio chegou ao espelho d’água do açude Epitácio Pessoa, mais conhecido como Boqueirão, responsável por abastecer a cidade. Aos poucos o nível do açude começou a se estabilizar, até chegar a 8,2% de sua capacidade, quando o Governo do Estado decidiu encerrar o racionamento. Contudo, tal decisão desaguou em uma grande polêmica entre os agentes políticos da Paraíba.
A maioria dos políticos de Campina Grande foi contra a decisão do Governo, alegando insegurança hídrica. Eles defendiam que o açude não estava com capacidade suficiente para que o racionamento fosse interrompido. Do outro lado dessa queda de braço, o governador Ricardo Coutinho (PSB) batia o pé e garantia que havia pareceres técnicos que referendavam a decisão por parte do poder público estadual. Em meio a isso, o povo permanecia sem água por vários dias da semana.
A primeira decisão do Governo acabou sendo revertida na Justiça. A juíza Ana Carmen Pereira Jordão deferiu em caráter liminar uma ação da Defensoria Pública do Estado e determinou a permanência do racionamento de água em Campina Grande. 
O Estado, então, recorreu e acabou conseguindo derrubar a liminar. Em nova decisão monocrática, o desembargador Abraham Lincoln reformou a decisão da juíza e explicou que a liminar não se baseava em qualquer laudo técnico oficial que indicasse risco ao açude Epitácio Pessoa (Boqueirão) em função do fim do racionamento. 
Com isso, no dia 25 de agosto, o racionamento foi encerrado e Campina Grande e a população voltou a ter o serviço de água normalmente, após quase três anos de uma realidade complicada. De lá para cá, em nenhum momento a capacidade do açude diminuiu e aumentou de 8,32% para 8,50%, segundo os dados da Aesa.
Mas a polêmica parece longe de acabar e voltou à tona com a determinação da Justiça Federal de que o Estado retome o racionamento na cidade, sob justificativa de que o açude de Boqueirão ainda não tem água suficiente. O Ministério Público Federal ameaçou multa a todos os órgãos que não reiniciarem o racionamento. O Estado informou que vai recorrer da decisão assim que for oficialmente notificado.
Cariri
O Cariri paraibano foi a porta de entrada das águas da transposição no estado.  Por volta das 19h do dia 8 de março deste ano, a água da transposição do Rio São Francisco chegou ao território de Monteiro, no Cariri da Paraíba, a 305 km de João Pessoa. Aos poucos, o cenário foi mudando na paisagem e também na prática para os moradores e produtores rurais da região.
Desde que as comportas do eixo leste da transposição foram abertas, o açude de Poções, em Monteiro a ser preenchido. De lá, a água já se dirigiu para o reservatório de Camalaú. Em junho se iniciaram os primeiros testes do sistema de captação subterrânea, construído pelo Governo do Estado, para alimentar a adutora do Congo e levar água do Rio São Francisco a mais 11 municípios do Cariri. 
O novo sistema de captação beneficia os moradores dos municípios de Coxixola, Congo, Sumé, Prata, Ouro Velho, Amparo, Serra Branca, São José dos Cordeiros, São João do Cariri, Gurjão e Livramento, além do distrito de Santa Luzia do Cariri.
Águas do São Francisco poderão alcançar todo o estado
Com o funcionamento do eixo leste e com a expectativa ainda para este ano da finalização das obras do eixo norte, a perspectiva do Governo do Estado é que até abril de 2018, todas as regiões da Paraíba recebam as águas da transposição do Rio São Francisco.
As águas já correm em território paraibano através do eixo leste da transposição, começando pelo município de Monteiro, no Cariri da Paraíba, a 305 km da Capital. Segundo dados do Ministério da Integração Nacional, somando-se os municípios beneficiados pelo trecho já inaugurado (72, incluindo João Pessoa) aos 55 que serão contemplados com o eixo norte, ficam “de fora” 96 cidades da Paraíba após o fim das obras. Isso, no entanto, não significa dizer que essas localidades não possam também ficar livres dos efeitos da seca.
Ao lado da obra federal, o Governo do Estado também vem fazendo obras hídricas para facilitar e agilizar a chegada de águas do “Velho Chico” para as cidades da Paraíba. Em abril deste ano, o governador Ricardo Coutinho (PSB) anunciou a abertura da licitação do Sistema Adutor TransParaíba que visa beneficiar 19 municípios do Curimataú e Agreste paraibanos. Segundo o socialista, trata-se da “maior obra hídrica da história do estado com recursos próprios”.
Como evitar o desperdício
No início deste ano, o Instituo Trata Brasil divulgou um levantamento que mostrou como é grande o desperdício de água no estado. De acordo com a análise, feita em 2015, a população de João Pessoa joga fora 37,54% da água tratada. Realidade, no mínimo, imoral, em um estado que sofre com a ausência de água em diversas regiões. Em Campina Grande, o desperdício chega a 30,69% da água pronta para consumo humano.
Para tentar mudar esse panorama, a Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa) dá algumas dicas simples de economia. Na hora do banho, é importante que a pessoa desligue o chuveiro quando estiver se ensaboando. Quem usa máquina de lavar pode também reaproveitar a água utilizada para as roupas e usá-la para lavar locais da casa. Outra dica é não lavar a calçada da casa com água, e, sim, apenas usar a vassoura. Segundo a Cagepa, é importante também regularmente checar se há vazamentos na residência.

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Empresas de São Bento recebem benefício fiscal do Governo do Estado; prefeito celebra parceria

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O prefeito de São Bento, Doutor Jarques Lúcio (PSB), anunciou em vídeo publicado nas redes sociais nesta quinta-feira (25/04), uma medida do Governo do Estado da Paraíba que irá beneficiar empresas da cidade.

A ação irá adotar a remissão e anistia de diversas empresas por uma questão tributária junto à Secretaria da Fazenda, favorecendo diretamente os fabricantes têxteis.

“Agradecemos ao governador e a toda a equipe da Secretaria de Estado da Fazenda em nome do Sr. Marialvo e Sr. Bruno Frade pelo empenho e compromisso com a parceria de trabalho entre a nossa gestão e o Governo da Paraíba”, celebrou o gestor do município.

Confira:

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Me Poupe! Nathalia Arcuri faz palestra para empresários e empreendedores neste sábado na Capital

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A Associação de Mulheres Empreendedoras da Paraíba (AME-PB) realiza, neste sábado (27), a partir das 9h, no Teatro do Sesc Centro, em João Pessoa, o evento “Conexões Reais”, iniciativa que promoverá networking, debates e palestras para empresários e empreendedores focando na importância das relações interpessoais diante de um mundo, cada vez mais, virtual. Entre os palestrantes, está a empresária e influenciadora de educação financeira, Nathalia Arcuri.

O evento contará com uma área gourmet, com produtos e comidas feitas pelas integrantes da AME-PB”; apresentações culturais; além de debates com temas diversificados, pela manhã e à tarde: “Mulheres Empreendedoras: Mesa Redonda sobre Saúde Integral e Empoderamento”; “Empreender nas Cidades”; “Empreendedorismo em todas as Idades”; e “Inovação Sustentável”.

Já as palestras serão realizadas à tarde, a partir das 15h. A primeira será a da empresária Roberta Penteado, que é consultora de diversidade e inclusão, mentora de carreiras em inteligência emocional e liderança, além de ser sócia da Lanchonete Temática Mundo Animal, em João Pessoa. Com formação em Relações Internacionais, complementada por uma pós-graduação em Inovação, e mais de duas décadas de experiência como Superintendente da Caixa Econômica Federal em São Paulo, é reconhecida com o Prêmio Excelência Mulher 2016.

Às 16h, será a palestra de Nathalia Arcuri, que falará sobre como “Prosperar com Sabedoria”. Nathalia é a fundadora da Me Poupe!, empresa de impacto social de alcance massivo cujo objetivo é colocar o poder do dinheiro nas mãos de todas as pessoas. Atual celebridade mais influente do Brasil (IPSOS 2023 celebrities report), a empresária é formada em jornalismo e especializada em planejamento financeiro e economia comportamental. Ela ainda lidera o maior canal de finanças pessoais do mundo no YouTube, o Me Poupe!.

O “Conexões Reais” também tem um caráter social. Os organizadores estão recebendo doações de alimentos e de absorventes íntimos que serão entregues ao projeto ‘Jampa Invisível’, destinado a auxiliar pessoas em situação de rua, na capital paraibana. Os ingressos do “Conexões Reais” estão sendo vendidos pelo Sympla (https://bit.ly/3PU0aZp).

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Paraíba terá 89 locais de aplicação de provas do Concurso Público Nacional

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No próximo dia 5 de maio, será realizada a prova do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU), modelo inovador de seleção de servidores públicos, realizado pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, que oferecerá 6.640 vagas para 21 órgãos da Administração Pública Federal. Na Paraíba, foram definidos 89 locais de aplicação e 1501 salas. Em todo o país, serão 3.665 locais de aplicação de provas e 75.730 salas.

A Uninassau, em João Pessoa, será o local de aplicação que mais receberá candidatos para fazer a prova do CPNU no estado, com o total de 4.288. No total, 43.847 pessoas se inscreveram no CPNU no estado.

Para manter a segurança e a lisura da prova, foram definidas diretrizes de segurança dentro e fora dos locais de aplicação. Dentro das salas de aula, os fiscais foram orientados a não permitir que os candidatos saiam com o caderno de provas e nem realizem anotações do gabarito no cartão de confirmação. Essas ações visam reforçar a segurança do concurso e coibir que eventuais quadrilhas acessem as questões e, consequentemente, enviem as respostas para aplicantes que estão fazendo o concurso.

Consulta aos locais de prova

Os candidatos já podem conferir o seu local de prova. O Cartão de Confirmação de Inscrição do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) está disponível na Área do Candidato, mesma página da Internet em que a pessoa fez a inscrição. Para acessar, é preciso fazer login com os dados da conta GOV.BR.

O cartão de confirmação traz, entre outras informações, número de inscrição, data, hora e local de prova, além de registrar que a pessoa inscrita terá direito a atendimento especializado ou tratamento pelo nome social, se for o caso. Apesar de não ser obrigatório, o Ministério da Gestão recomenda levar o cartão no dia da realização da prova, no dia 05 de maio.

O coordenador-geral de logística do CPNU, Alexandre Retamal, reforça a importância dos candidatos checarem todas as informações do cartão. “Todos os candidatos têm que conferir se o município que indicaram, no ato de inscrição, para participarem da prova está correto. Se tiver qualquer tipo de erro, ou se o local de aplicação for muito distante da sua casa – às vezes, dentro da logística de uma cidade, há locais que não são de tão simples acesso – então é importante entrar em contato com a Fundação Cesgranrio e pedir a correção do que for necessário”, explica o coordenador-geral.

“É possível o candidato solicitar a correção do cartão de confirmação, de acordo com o que ele fez no ato da inscrição, mas não é possível pedir para mudar de cidade agora. O que vale é o que foi declarado no ato da inscrição. Por exemplo, se eu pedi para fazer prova na cidade do Rio de Janeiro e saiu no meu cartão que o meu local é Campos, aí eu posso pedir para trocar, eu posso pedir para corrigir para o Rio. Agora, se eu pedi para fazer em Campos no ato da inscrição, mas agora eu quero fazer no Rio, isso não é possível”, esclarece Retamal.

Para solicitar correções no cartão de confirmação, os candidatos devem entrar em contato com a Fundação Cesgranrio, pelo telefone: 0800 701 2028.

Provas em todos os estados do Brasil

A realização do CNPU acontecerá em cidades e arranjos populacionais com mais de 100 mil habitantes, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A realização da prova em 228 cidades espalhadas pelo país possibilita a democratização do acesso às vagas do serviço público, pois é mais prático e barato para a população realizar o certame próximo de suas casas.

O objetivo é aumentar a representatividade da força de trabalho, trazendo critérios socioeconômicos, demográficos e territoriais já na aplicação do certame, para que isso se reflita na Administração Pública Federal.

Os 228 municípios que receberão o CNPU estão divididos em todos os 27 estados brasileiros e o Distrito Federal.Na região Nordeste, o Concurso Nacional será aplicado em em 61 municípios: dois em Alagoas, 18 na Bahia, oito no Ceará, nove no Maranhão, quatro na Paraíba, sete em Pernambuco, sete no Piauí, quatro no Rio Grande do Norte e dois no estado de Sergipe.

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