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Paraibano Eitel Santiago, que disputou com Raquel Dodge, se aposenta da PGR

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A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, concedeu aposentadoria voluntária ao subprocurador-geral Eitel Santiago Brito Pereira.

Ele foi um dos oito candidatos que disputaram a sucessão de Rodrigo Janot, em junho. Dodge, a segunda mais votada da lista tríplice, recebeu 587 votos [Nicolao Dino liderou a eleição, tendo recebido 621 votos]. Santiago recebeu 120 votos.

A portaria formalizando o ato foi publicada nesta segunda-feira (2).

Eitel Santiago ingressou no Ministério Público Federal em 1984, sendo identificado com o grupo do ex-procurador-geral Geraldo Brindeiro, que ficou conhecido como o “engavetador-geral da República” no governo Fernando Henrique Cardoso.

Nas especulações que antecederam a escolha de Raquel Dodge, Santiago foi apontado como uma das eventuais opções do presidente Michel Temer. Contribuiu para essa versão o fato de ter se recusado a assinar documento que defendia a lista tríplice da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) como a única reconhecida pela carreira.

Essa interpretação ganhou força porque Temer teria declarado que não se sentia obrigado a respeitar a lista tríplice da associação.

Como este Blog registrou, “a nota assinada por sete dos oito candidatos à lista tríplice da ANPR reforça o receio de que uma consulta a outras carreiras do Ministério Público da União seja usada pelo presidente Michel Temer como alternativa à indicação da carreira para o sucessor de Rodrigo Janot”.

Em 2013, Janot foi o mais votado na eleição para a lista tríplice da ANPR, mas a votação paralela que incluiu outros ramos do Ministério Público da União somou mais votos para a subprocuradora-geral da República Deborah Duprat.

Santiago afirmou ao Blog em julho de 2015 que foi o mais votado numa lista feita pelos servidores do MPF na sucessão do procurador-geral da República Cláudio Fonteles.

“Não figurei na lista da ANPR, que demorou vários dias para divulgar o desfecho do pleito. No final, somente constaram da lista da ANPR nomes ligados aos ‘tuiuiús’”, disse Santiago.

Segundo informou o UOL, durante os debates realizados em junho último Santiago mencionou uma reportagem que indicou suposta preferência por Raquel Dodge entre os aliados do presidente. A candidata afirmou nunca ter feito contato com autoridades próximas a Temer com objetivo de pedir apoio.

Em entrevista ao jornalista Felipe Luchete, do “Consultor Jurídico“, Eitel Santiago afirmou que, se fosse escolhido para comandar a PGR seria parceiro de órgãos governamentais para promover ações contra desigualdades sociais e melhorar serviços de educação, saúde e segurança pública, sem abrir mão do combate à criminalidade.

Segundo ele, “instaurou-se, na atualidade, um clima de desconfiança dos Poderes da República com a PGR”.

Ele criticou “a atuação pouco discreta dos membros do Ministério Público em prol da moralização da vida pública nacional”. “Podemos cumprir nossos deveres preservando o máximo possível a intimidade e a imagem das pessoas que investigamos”.

Em 2015, como vice-presidente do Conselho Superior do Ministério Público Federal, surgiu a possibilidade de Eitel Santiago ocupar interinamente a cadeira de Rodrigo Janot.

Santiago protestou por ter sido identificado como um “procurador do baixo clero no MPF”, porque nunca obteve votos suficientes para integrar uma lista tríplice.

Ele tentou, sem êxito, substituir o então procurador-geral da República Cláudio Fonteles em 2005. Quatro anos depois, no final da gestão de Antônio Fernando de Souza, amargou novo insucesso eleitoral, ficando fora da lista quando os procuradores escolheram Roberto Gurgel.

Atribuía-se ao procurador o fato de ter um maior trânsito externo, no meio político, do que uma liderança interna, no Ministério Público.

As principais restrições dos colegas tinham origem nas ligações político-partidárias de Santiago e no exercício simultâneo da advocacia privada.

Embora a opção seja permitida aos que entraram no Ministério Público antes de 1988, muitos procuradores consideram que as atividades são incompatíveis.

Filiado ao então PFL (Partido da Frente Liberal), que depois mudou de nome para DEM (Democratas), Santiago foi candidato a deputado federal pela Paraíba, em 1994. Obteve 19.875 votos, ficando na suplência.

Santiago interrompeu a carreira no Ministério Público para assumir a Secretaria de Segurança Pública da Paraíba na administração de Cássio Cunha Lima (PSDB). Retornou à Procuradoria quando o mandato do governador tucano foi cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral.

Em mensagem ao Blog do Fred, Santiago considerou preconceituosa a afirmação de que há “baixo clero” no MPF. “Não me considero superior nem inferior a qualquer colega”, diz.

“Fui duas vezes candidato à lista tríplice da ANPR, em 2005 e em 2009. Nas duas ocasiões, disputei com independência, enfrentando a dificuldade de advir de um Estado pequeno da Federação e de não ter o apoio dos então PGRs”.

Eitel Santiago nasceu em João Pessoa e graduou-se em Direito pela Universidade Federal da Paraíba em 1976. Foi corregedor-geral do Ministério Público Federal (2005-2006), vice-presidente do Conselho Superior do MPF até 2015 e coordenador da 5ª Câmara de Coordenação e Revisão do MPF, focada em ações de improbidade e contra a corrupção. É professor de Ciência Política, Direito Constitucional e Direito Penal na UFPB desde 1991.

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Negócios

Com massa e artesanais italianas, tratoria do BA’RA Hotel estreia festival de pizzas em João Pessoa

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Redação do Portal da Capital
A gastronomia italiana e paraibana se encontram no novo projeto do Iocá Casa & Massa. A tratoria do BA’RA Hotel realiza seu primeiro festival de pizza da casa. A ideia surgiu com o objetivo de fortalecer a identidade do restaurante e apresentar ao público o processo artesanal e tradicionalmente italiano de produção das massas. O primeiro festival de pizza do Iocá acontece neste fim de semana, nos dias 27 e 28 de abril, das 19h às 22h.
Marcos Paulo, gerente de Marketing do BA’RA Hotel, reforça que o evento será voltado tanto para hóspedes quanto para o público em geral. “Apresentamos essa proposta para aqueles que já frequentam o Iocá, mas também para quem tem curiosidade em conhecer. Nossa expectativa é que as pessoas possam experimentar a proposta da nossa trattoria, nossa produção artesanal, os diversos sabores de pizzas e também aproveitem o nosso ambiente”, comenta.
O festival funcionará no formato de rodízio, com mais de 10 sabores entre opções doces e salgadas disponíveis no cardápio de pizzas artesanais recém-lançado pela trattoria. Um dos diferenciais do festival de pizza do Iocá é o Minas Forno, único no Brasil com lastro de argila vulcânica, utilizado nos fornos de Nápoles, o que garante o certificado de verdadeira pizza napolitana. Cada peça fica pronta em até 3 minutos. “Além do forno, nossas massas artesanais são feitas com ingredientes italianos e dupla fermentação natural, o que torna as pizzas fininhas e com bordas altas. E mais um diferencial é toda a estrutura que oferecemos para que nossos clientes possam desfrutar o momento”, pontuou.
O valor único do rodízio é R$79,90 por pessoa. Crianças até 4 anos não pagam e de 5 a 12 anos pagam 50% do valor. Bebidas não estão inclusas no preço. Para as famílias com crianças, o Kids Club estará disponível com a presença de monitores e atividades lúdicas, como o “BA’RA Chefinho”, onde as crianças personalizam suas próprias pizzas.
O estacionamento também é cortesia para os frequentadores do festival de pizzas. As reservas estão disponíveis pelo telefone (83) 98234-8933.
Sobre o BA’RA Hotel – O hotel BA’RA – palavra que significa mar, em tupi-guarani – abriu as portas em João Pessoa em 2022 e é primeiro hotel lifestyle da Paraíba. Com 123 suítes, o BA’RA foi eleito pelo TripAdvisor como um dos cinco melhores novos hotéis do mundo em 2023, esteve no TOP 3 do site de ReviewPro e conquistou o prêmio de Melhor Projeto Hoteleiro do Brasil pelo GRI Awards, assinado pelo escritório colombino Plan B. O BA’RA Hotel fica localizado na Avenida Cabo Branco, 1148, na orla do Cabo Branco. As reservas são feitas pelo site: https://barahotel.com.br  e pelo e-mail [email protected]. Para mais informações, o telefone é o (83) 3035-6801 e o perfil no Instagram é @barahotel

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Paraíba

TCE dá prazo para Prefeitura de Patos rescindir contratos que burlam Concurso Público na cidade

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Redação do Portal da Capital

A  2ª Câmara do Tribunal de Contas da Paraíba deu à Prefeitura de Patos o prazo de 120 dias para rescisão de contratos de Microempresários Individuais (MEI) para prestação de serviços junto ao Programa Auxílio Brasil, a cargo da Secretaria de Desenvolvimento Social do Município.

Ao prefeito Nabor Wanderley e à secretária Helena Wanderley da Nóbrega, o órgão fracionário do TCE aplicou multa individual superior a R$ 15,6 mil, conforme voto do conselheiro Fernando Catão, relator do processo. A decisão decorreu da desaprovação, na manhã desta quinta-feira (25), da Chamada Pública nº 00005/2023 procedida pela Prefeitura Municipal e relacionada à matéria.

Em seu voto, acompanhado à unanimidade, o relator considerou que essa forma de contrato, além de burlar o instituto do concurso para provimento de cargos públicos, ainda acarreta a perda pelos contratados de direitos atinentes, por exemplo, a férias e à aposentadoria. O contrato irregular de MEIs também acarretou a irregularidade da Chamada Pública 04/2022 efetuada pela Prefeitura de Santa Cecília, com multa de R$ 1 mil ao prefeito José Marcílio Farias da Silva. Cabem recursos, em ambos os casos.

A atual gestão da Companhia de Águas e Esgoto da Paraíba deve abrir processo administrativo, “respeitando o contraditório e a ampla defesa”, para a verificação do acúmulo de cargos por servidores. E deve dar conta ao TCE dos resultados dessa providência. Relator da Inspeção Especial (Processo 15871/12 levado a julgamento), o conselheiro Antonio Gomes Vieira decidiu anexar os autos processuais à Prestação das Contas de 2023 da Cagepa, oportunidade na qual o TCE também verificará a legalidade do pagamento de salários efetuados pela empresa.

Tiveram suas contas aprovadas, na manhã desta quinta-feira, a Superintendência de Trânsito e Transporte de Monteiro (exercício de 2021) e, com ressalvas, a Secretaria de Ciência e Tecnologia de João Pessoa (2021), o Instituto de Previdência Social de Picuí (2019), o Instituto de Previdência Municipal de Lucena (2015) e o Instituto de Previdência dos Servidores de Nazarezinho (2019).

SÚMULA – Somam 846 os processos julgados pela 1ª Câmara do TCE, no período de 1º de janeiro ao último dia 18. Foram 11 contas anuais de Câmaras de Vereadores, quatro de Secretarias Municipais, 25 de órgãos da administração indireta dos municípios, uma inspeção em obras públicas, 128 licitações e contratos, 30 inspeções especiais, 42 denúncias e representações, 519 atos de pessoal, um concurso público, 39 recursos, 40 verificações de cumprimento de decisão e seis outros processos de natureza diversa.

Compõem a 1ª Câmara do Tribunal de Contas da Paraíba os conselheiros Fernando Catão (presidente), Fábio Nogueira, Antonio Gomes Vieira Filho e Renato Sérgio Santiago Melo. O Ministério Público de Contas está aí representado pelo subprocurador geral Luciano Andrade de farias. A TV TCE-PB, Canal no YouTube, exibe os julgamentos.

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Paraíba

TSE condena ex-secretário de Educação de Malta por transporte irregular de eleitores em 2020

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Redação do Portal da Capital

Por unanimidade de votos, os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mantiveram a condenação imposta a Joselito Bandeira de Lucena, então secretário de Educação da Prefeitura de Malta (PB), por transporte ilegal de eleitores no pleito de 2020. A decisão foi tomada na sessão de julgamentos desta quinta-feira (25/04).

Entenda o caso

Durante as eleições municipais de 2020, Joselito Bandeira foi acusado de transportar eleitores, no dia da votação, do município de São Mamede (PB) para votarem em candidato apoiado por ele na cidade de Malta (PB). O Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB) acolheu a ação proposta pelo Ministério Público ao considerar que o transporte teve clara finalidade eleitoral, o que é proibido pela legislação.

Voto do relator

Como relator do caso, o ministro Floriano de Azevedo Marques julgou correta a decisão do TRE. “Ficou claro que o transporte oferecido buscava obter votos para a candidatura do prefeito apoiado pelo secretário, uma vez que havia farto material de propaganda eleitoral no veículo em locais de fácil acesso aos passageiros”, afirmou o ministro.

Floriano de Azevedo Marques disse que uma mudança de entendimento no caso só seria possível a partir do reexame dos fatos e provas, o que é vedado em recurso especial, conforme previsto na Súmula n° 24 do TSE.

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