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Parcela de famílias nas classes B e C vai superar nível pré-crise só em 2026

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Com a recuperação do emprego e da renda nos próximos anos, 4,1 milhões de famílias devem ingressar na classe C e 2,9 milhões na classe B ao longo do período 2019- 2026. A proporção de domicílios nessas classes deve chegar a 29,8% e 15,7%, respectivamente, superando os patamares anteriores à crise (28,6% e 15,4%, em 2014). De acordo com reportagem de Bruno Villas Bôas, de Valor Econômico, essa escalada da renda vai ocorrer, porém, de forma mais lenta que a observada no período que antecedeu a recessão.

Os dados foram levantados e projetados pela consultoria Tendências, com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) e em estatísticas da Receita Federal. O levantamento considerou ganhos do trabalho e de outras fontes, como pensões e aplicações. As faixas de renda foram escolhidas de forma arbitrária, diante da ausência de critério oficial: de R$ 2.302 a R$ 5.552 mensais (classe C) e a partir de R$ 5.553 até R$ 17.286 (classe B).

Segundo Camila Saito, economista da Tendências e responsável pelos cálculos, a retomada da mobilidade social para as classes de maior renda foi iniciada neste ano, após ser interrompida pela crise em 2015 e 2016. O processo, contudo, deve ficar mais claro e robusto somente a partir de 2019. “Em 2017, a melhora aparece nas estatísticas de massa de renda salarial, que cresce com a redução da inflação e também a melhora mercado de trabalho”, diz a economista.

Na recessão, o empobrecimento da população inchou o número de famílias nas classes D e E. A base da pirâmide ganhou 4,1 milhões de famílias em 2015 e 2016, passando a representar 56,1% dos domicílios, nível próximo ao de 2011. Nos próximos anos, a quantidade de famílias da classe D e E tende a se estabilizar. Mas, como o crescimento demográfico deve gerar um milhão de novas famílias ao ano, a base da pirâmide vai perder representatividade – 50,4% até 2026.

Camila considera que os programas sociais desta vez vão influenciar pouco o processo de migração das famílias nos próximos anos para os degraus mais altos da pirâmide social. “As famílias atendidas pelo Bolsa Família encontram-se mais nas classe D e E, mas os programas sociais estão universalizados. Então, não esperamos grande aumento da massa de beneficiários”, diz a economista.

O mercado de trabalho será, assim, o principal responsável pela mobilidade social. Ele já vem reagindo de maneira surpreendentemente rápida este ano. Segundo dados da Pnad Contínua, do IBGE, a taxa de desemprego recuou 1,3 ponto percentual desde o primeiro trimestre de 2017, para 12,4% entre julho e setembro. Foram gerados 1,1 milhão de empregos (formais e informais) no terceiro trimestre em relação aos três meses anteriores. No caso da renda, houve crescimento real de 2,4% de julho a setembro frente ao mesmo período de 2016.

Maurício de Almeida Prado, diretor-executivo da consultoria Plano CDE, avalia que uma das grandes incógnitas hoje é como será o comportamento das famílias passado o período da crise. Ele explica que a classe C abriu mão de produtos mais caros no supermercado e exerce maior controle sobre o orçamento. “Isso vai continuar ou tudo será esquecido? Vamos ver as famílias voltando a se endividar como antes? São questões difíceis de responder”, afirma.

O especialista acredita, porém, que as famílias da classe C devem mostrar nos próximos anos maior interesse pelo consumo de serviços do que de bens. Segundo Almeida Prado, o comportamento dessas famílias durante a crise permite prever isso. “As famílias tentaram preservar serviços como plano de saúde, curso particular, wi-fi. São itens que disputam o orçamento com a cesta de supermercado. É uma espécie de sofisticação que deve permanecer.”

Mauro Rochlin, da Fundação Getulio Vargas (FGV), avalia que o comportamento da economia vai definir o nível de emprego e renda nos próximos anos, fator determinante para a mobilidade social. “Se tivermos um próximo governo comprometido com o fiscal, por exemplo, isso tenderia a estancar o crescimento da dívida, que atemoriza o setor privado, e permitir uma aceleração do crescimento. Isso poderia ter influência na mobilidade das classes”, diz.

A classe A, por sua vez, deve crescer em ritmo mais acelerado nos próximos anos, com a adição de novas 880 mil famílias até 2026. Como nas demais classes, isto é fruto da ascensão das camadas inferiores de renda e também do aumento do número de famílias no país nos próximos anos. A proporção do topo de pirâmide no total de domicílios deve crescer para 4%, acima dos 3,8% de 2014 calculados pela consultoria. Em 2016, essa proporção estaria em 3,1%.

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Vice-líder da oposição lamenta indicação de Flávio Dino ao STF e espera que o Senado barre nomeação

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O vice-líder da oposição no Congresso Nacional, deputado federal Cabo Gilberto (PL), utilizou a tribuna da Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (28/11), para lamentar a indicação feita pelo presidente Lula (PT) do nome do ministro Flávio Dino a ocupar uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).

O atual ministro da Justiça e Segurança Pública será sabatinado no dia 13 de dezembro na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal.

Cabo Gilberto fez um apelo para que a população pressione os senadores e votem por barrar a nomeação de Flávio Dino sob a justificativa de ativismo judiciário e ameaça à democracia.

“Lamentar profundamente a indicação do desgoverno Lula para politizar o que já está politizado. A Suprema Corte brasileira não irá aguentar o ministro Flávio Dino sendo aprovado pelo Senado Federal. Então eu faço um apelo à população para pressionar os senadores. Todos sem exceção têm que pressionar para eles não aprovarem. Será um retrocesso enorme para a democracia brasileira. Lá já existem ministros autoritários, e o ministro Flávio Dino lá chegando vai piorar muito a situação de desgaste da nossa democracia”, frisou.

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Alckmin e Veneziano abrem a 85ª Reunião da Frente Nacional de Prefeitas e Prefeitos, em Brasília

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O Presidente em exercício do Senado Federal, Senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB) abriu oficialmente mesta terça-feira (28), ao lado do Presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin, a 85ª Reunião Geral da Frente Nacional de Prefeitas e Prefeitos (FNP). O evento ocorre até esta quarta-feira (29), no Clube Naval, em Brasília.

Em sua exposição de abertura, Veneziano falou em nome do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que está em viagem a Dubai, lembrando os avanços garantidos pela Casa e que impactam positivamente nos municípios, a exemplo da Reforma Tributária e da aprovação do projeto que viabilizou a compensação de R$ 27 bilhões da União aos estados, municípios e ao Distrito Federal pela perda de receita provocada pela redução do ICMS incidente sobre combustíveis e pelas reduções do Fundo de Participação dos Estados – FPE e do Fundo de Participação dos Municípios – FPM, que teve Veneziano como relator.

“Lembro aqui a garantia dada pelo presidente Lula de que nenhum dos 5.570 gestoras e gestores deixará de receber, este ano, pelo menos, os mesmos valores de 2022. De nossa parte, como relator do PLP 136, que garantiu a recomposição delas perdas do ICMS, do FPE e do FPM, construímos uma proposta que atendesse aos gestores e lhes garantisse essa recomposição”, destacou o Senador paraibano.

Além de Veneziano e Alckmin, participaram do evento o Ministro-Chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Alexandre Padilha; a Vice-Governadora do Distrito Federal, Celina Leão; representantes de órgãos públicos, a exemplo da Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, além de prefeitas e prefeitos de todo o país.

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Aguinaldo Ribeiro se reúne com ministro do Desenvolvimento Regional e pleiteia recursos à Paraíba

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O deputado federal, Aguinaldo Ribeiro (PP), se reuniu, nesta segunda-feira (27/11), com o ministro do Desenvolvimento Regional, Waldez Goes.

Durante o encontro, o parlamentar tratou a liberação de recursos para o desenvolvimento dos municípios da Paraíba. Aguinaldo, que é o relator da reforma tributária na Câmara dos Deputados, tem uma forte articulação com o Governo Federal devido a sua atuação no Congresso Nacional.

“Estou em busca de melhorias para nosso estado para dar mais qualidade de vida aos paraibanos e paraibanas. Vamos juntos nesse trabalho pra valer!”, disse em publicação nas redes sociais.

Confira: 

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