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Brasil

Boeing e Embraer negociam fusão

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As fabricantes de aeronaves Embraer e Boeing estão negociando uma fusão. A informação foi divulgada pelo jornal americano “Wall Street Journal” no ínicio da tarde desta quinta-feira (21) e confirmada por volta de 17h pelas duas empresas, informa reportagem de Marina Gazzoni e Helton Simões Gomes, do G1.

As ações da empresa chegaram a disparar cerca de 40% durante o dia. Fecharam em alta de 22,5%, a R$ 20,20.

A união entre as empresas pode criar uma gigante global de aviação, com forte atuação nos segmentos de longa distância e na aviação regional, e capaz de fazer frente a uma união similar entre as concorrentes Airbus e Bombardier.

“Boeing e Embraer confirmaram hoje que as duas companhias encontram-se em tratativas em relação a uma potencial combinação de seus negócios, em bases que ainda estão sendo discutidas. Não há garantia de que qualquer transação resultará dessas discussões. Boeing e Embraer não pretendem fazer comentários adicionais sobre essas discussões”, informaram Boeing e Embraer em comunicado conjunto.

De acordo com o jornal americano, as empresas aguardam a posição do governo brasileiro sobre o negócio. A União tem uma ação de classe especial, chamada de “golden share”, que dá poder de veto em decisões estratégicas da Embraer. Isso ocorre porque a empresa nasceu como estatal e foi privatizada nos anos 90.

Em comunicado, Embraer e Boeing esclareceram que, se fecharem acordo de fusão, ele ainda precisará do aval de autoridades brasileiras e americanas.

“Qualquer transação estará sujeita à aprovação do governo brasileiro e dos órgãos reguladores, dos conselhos de administração das duas companhias e dos acionistas da Embraer”, disseram as empresas.

Procurado, o Ministério do Planejamento disse que não vai comentar a questão.

Em nota, o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região informou que repudia a possibilidade de compra da empresa pela Boeing. “A Embraer é estratégica para o país e não pode ser vendida para capital estrangeiro.”

O sindicato pede que o governo faça uso de seu poder de veto e impeça o negócio. Em setembro deste ano, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, consultou o Tribunal de Contas da União (TCU) sobre como o governo poderia se livrar das “golden share” em ex-estatais, como, por exemplo, Embraer e Vale.

Prêmio para acionistas
O acordo envolveria um prêmio alto para os atuais acionistas da Embraer, segundo o Wall Street Journal. Atualmente, a Embraer tem um valor de mercado de cerca de US$ 3,7 bilhões.

Os rumores sobre o negócio fizeram as ações da Embraer dispararem na bolsa de valores de Nova York e de São Paulo nesta quinta-feira (21). As ações chegaram a subir cerca de 40% na bolsa brasileira. Como subiram mais do que 10% no pregão, as ações da Embraer chegaram a ter sua negociação interrompida por 30 minutos.

A Embraer é uma empresa privada, de capital aberto. A maioria dos seus acionistas são donos de ações da empresa negociadas na bolsa de valores de Nova York e de São Paulo. Esses acionistas, que são donos de fatias menores do que 5% da empresa, juntos detêm um total de 64,5% da empresa. O maior acionista individual é o fundo de investimentos americano Brandes, dono de 15% da empresa.

Tendência de consolidação
As supostas discussões entre Boeing e Embraer ocorrem meses após as suas principais concorrentes, a europeia Airbus e a canadense Bombardier, unirem esforços. A Airbus comprou uma participação majoritária na produção do modelo C-Series, uma família de aeronaves de médio alcance, com capacidade de transportar entre 100 e 150 pessoas, concorrente direta dos jatos da Embraer.

A Airbus e a Boeing são as principais fabricantes de aeronaves comerciais para voos de longa distância. Já a Embraer e a Bombardier lideram o mercado de jatos regionais, com aeronaves equipadas para voar distâncias menores.

Boeing e Embraer já são parceiras em diversos projetos. Elas anunciaram neste ano um acordo para venda e suporte técnico do novo cargueiro da Embraer, o KC-390. As duas empresas mantêm um centro de pesquisas conjunto sobre biocombustíveis para aviação em São José dos Campos desde 2015.

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“Não haverá desoneração para favorecer os mais ricos”, diz Lula

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou, nessa quarta-feira (01/05), a rechaçar a desoneração da folha de empresas de 17 setores, durante evento em comemoração ao 1º de maio em São Paulo, ao lado de ministros, e promovido por centrais sindicais.

Segundo informações do Metrópoles, o projeto havia sido aprovado pelo Congresso Nacional e vetado pelo governo. Em seguida, parlamentares derrubaram o veto de Lula.

“A gente faz desoneração quando o povo pobre ganha. Quando o trabalhador ganha. Mas fazer desoneração sem que eles sequer se comprometam a gerar o emprego, sem que eles sequer se comprometam a dar garantias a quem está trabalhando… Eu quero dizer: no nosso país não haverá desoneração para favorecer os mais ricos e sim para favorecer aqueles que trabalham e vivem de salário”, disse Lula.

O projeto da desoneração, do senador Efraim Filho (União Brasil), havia sido aprovado em agosto. Em dezembro, o governo federal vetou o texto aprovado pelo Congresso Nacional integralmente sob o argumento de que ele criaria renúncia de receitas sem apresentar impacto nas contas públicas e que, portanto, é inconstitucional.

Em dezembro de 2023, o Congresso Nacional derrubou os vetos do presidente. O caso foi judicializado pelo governo federal. Atendendo a um pedido da Advocacia-Geral da União (AGU), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin suspendeu trechos da lei que prorrogou a desoneração da folha de pagamento de municípios e de diversos setores produtivos até 2027.

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Conheça em detalhes o projeto do governo que regulamenta a reforma tributária

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Redação do Portal da Capital

A Agência Câmara trouxe um guia prático que explica em detalhes o Projeto do Governo Federal que regulamenta a reforma tributária no Brasil. De acordo com o guia, o texto regulamenta três tributos sobre o consumo e que foram criados pela reforma tributária. Trata-se do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) compartilhado entre Estados e Municípios; da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), um tributo federal; e, o Imposto Seletivo (IS), também federal. Estes três impostos substituirão os cinco atualmente em vigor: PIS (Programa de Integração Social), o Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), o IMCS (Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação) e o ISS (Imposto Sobre Serviços).

Confira o guia detalhado:

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Gervásio participa de missão internacional representando a Câmara dos Deputados

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O líder do PSB, Gervásio Maia, que também integra a Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados, participa em Havana do Encontro Internacional de Solidariedade com Cuba. Também integram a delegação, a deputada federal Alice Portugal, presidente do Grupo de Amizade Parlamentar Brasil-Cuba, Fernando Mineiro, Lídice da Mata e Márcio Jerry.

Nesta terça-feira (30), os parlamentares se reuniram com deputado Rolando González Patrício, presidente da Comissão de Relações Internacionais da Assembleia Nacional do Poder Popular.

Na pauta, questões relativas aos respectivos parlamentos, sistemas legislativos e grandes desafios em um contexto de crise internacional.

“Durante a reunião tratamos sobre intercâmbios tecnológicos, científicos e culturais entre os dois países. Também falamos sobre o embargo dos EUA contra Cuba, cujo sistema de sanções mais longo e severo já aplicado no mundo tem gerado fome e miséria ao povo cubano”, afirmou Gervásio Maia.

Nesta quarta-feira (01), a comitiva brasileira participa de atividades em homenagem ao Dia dos Trabalhadores, entre outras atividades institucionais.

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