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Na internet, menções sobre violência contra a mulher crescem 211% revela pesquisa

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• No Dia Internacional da Mulher, a pesquisa “A voz das redes” revela dados sobre os desafios e possibilidades no enfrentamento às violências contras as mulheres no ambiente digital.

• Estão entre os dados destacados o crescimento das menções sobre violência e assédio, perfis e quais tipos de relatos são mais abordados e em quais plataformas.

No próximo dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, o Instituto Avon lança, em parceria com a Folks Netnográfica, a pesquisa inédita: “A Voz das redes: o que elas podem fazer pelo enfrentamento das violências contra as mulheres”. O levantamento traz dados sobre as discussões de assédio e violência no ambiente digital e como as redes podem se tornar facilitadores dos discursos, mas por outro lado podem criar obstáculos para a promoção de diálogos mais construtivos e acolhedores.

O assédio é discutível. A violência é uníssona.

Em 2017, o assédio foi o 26º assunto mais comentado na internet. Somente nos últimos 3 anos, as menções cresceram 324%, com destaque para um novo tipo de assédio, o virtual, que cresceu mais de 26 mil%. Entretanto, o debate sobre o assédio ainda está mais inserido em discussões gerais sobre gradações e raramente se mantém com o mesmo foco do início.

Já as postagens de marcas e coletivos, que tratam da violência, são normalmente bem aceitas e bastante aplaudidas dentro das redes. Há mais unicidade no discurso sobre o combate irrestrito às violências contra as mulheres.

O que é ruído e o que é sinal?
De 14 milhões de menções, analisadas entre 2015 e 2017, apenas 3 milhões de fato se aprofundaram na discussão sobre assédio e violência. Quando analisadas somente as menções à violência, o tema se restringe mais ainda, caindo para 90 mil. Ou seja, 11 milhões de menções são apenas ruído que se dispersaram para outras discussões.

Além disso, quem realmente sofre a violência, pouco fala. Do universo de interações e menções sobre o assédio e a violência, apenas 3% corresponderam às vítimas. Em geral, a maioria delas usa o meio online para buscar o esclarecimento de dúvidas sobre seus casos, dicas que ajudem no processo de rompimento com o agressor e, felizmente, muitas se tornam “voluntárias digitais” para dar suporte às outras mulheres.

“Fazer essa escuta no ambiente digital nos permitiu ter contato com diversos ensinamentos que, sem dúvida, serão importantes para nortear o nosso trabalho de enfrentamento às diferentes formas de violência contra as mulheres. Falar sem medo, mas também escutar sem julgamento, ainda são comportamentos que precisamos fomentar. Notamos ainda que a internet é, ao mesmo tempo, um canal rico em oportunidades de ajuda às vítimas, mas também um meio crescentemente utilizado para um novo tipo de assédio, o digital. Paradoxalmente, ela representa uma das mais poderosas ferramentas de fortalecimento das vítimas e um novo inimigo a combater.”, ressalta Daniela Grelin, diretora executiva do Instituto Avon.

Haters: uma barreira virtual

Protegidos pela impessoalidade que a internet proporciona, os haters são responsáveis pela maior parte das menções que desqualificam o relato das vítimas, principalmente as de assédio e agem de forma agressiva, julgando, desmerecendo e, por vezes, até ameaçando as mulheres que buscam transmitir mensagens importantes para fortalecer essa luta.

Afinal, quem são os haters? Homens brancos e da classe média alta. De acordo com a pesquisa, 96% são homens; em sua maioria de classe média e alta – 34% classe B, 31% classe C e 19% classe A – e 79% são brancos. Cerca de 61% das vezes esses homens agem de forma agressiva e desqualificadora e apenas 6% apoiam.

“O estudo buscou, extraiu, filtrou e tratou estatisticamente mais de 14 milhões de menções espontâneas, postadas e comentadas online nos últimos três anos. Todo este big data digital – que é público, e está disponível na internet brasileira, em fóruns, sites, aplicativos e redes sociais – foi catalogado e analisado, quantitativa e qualitativamente, por meio de Data Science e de Netnografia. Foram quase duas centenas de aprendizados, insights e recomendações estratégicas, revelando que a internet não é apenas um canal-chave, de importância crucial para o debate, mas acima de tudo, se transformou em um canal de informação, orientação e apoio informais, onde as mulheres falam e são ouvidas. Neste ambiente de solidariedade, e, cada vez mais, de serviço, muitas mulheres estão conseguindo dar um novo significado, de superação, à experiência do abuso sofrido”, ressalta Bernardo Lorenzo-Fernandez, diretor-geral da Folks Netnográfica.
A pesquisa
Foram coletadas, por meio das redes sociais (Facebook, Twitter e Instagram), 14.043.912 menções relacionadas ao assunto de assédio e violência contra a mulher e termos variados. O intervalo analisado foi de 35 meses (01/2015 a 12/2017). Os termos centrais utilizados na coleta primária foram: violência contra mulher, mulher, assédio, assédio moral, assédio sexual, assédio, transgênero e transexual. Outras pesquisas nas fontes de RSS, Reclame Aqui, Blogs, Websites também foram coletadas e estruturadas como fonte métrica porém sem utilização de dados em análises semânticas.

Fórum Fale Sem Medo
Quando: 08/03, das 14h às 19h
Onde: Centro Cultural São Paulo (Rua Vergueiro, 1000, Liberdade, São Paulo/ SP). O local é ao lado da estação Vergueiro do Metrô.

SOBRE O INSTITUTO AVON
Criado há 14 anos, o Instituto Avon é a organização ligada a AVON, empresa privada que mais investe financeiramente em ações voltadas à mulher no Brasil. Até 2016, foram investidos pela Avon R$ 137 milhões em 257 projetos e ações focados na superação de dois dos principais desafios à plena realização da mulher: a detecção precoce do câncer de mama e o enfrentamento à violência contra a mulher.

O grande diferencial da organização é a capacidade de mobilizar diferentes stakeholders para a concretização de seus projetos: empresas públicas e privadas, ONGs, movimento social, organismos internacionais e órgãos públicos em todas as esferas; e a força de vendas da empresa de cosméticos Avon, com 1,5 milhão de Revendedores que disseminam conhecimento sobre as causas e atuam como rastreadores de necessidades específicas de atendimento e recursos em suas respectivas comunidades. Essa capilaridade e abrangência permitem ao Instituto estar presente em 100% dos municípios brasileiros e beneficiar mais de 5 milhões de pessoas. Visite o site: www.institutoavon.org.br

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“Não haverá desoneração para favorecer os mais ricos”, diz Lula

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou, nessa quarta-feira (01/05), a rechaçar a desoneração da folha de empresas de 17 setores, durante evento em comemoração ao 1º de maio em São Paulo, ao lado de ministros, e promovido por centrais sindicais.

Segundo informações do Metrópoles, o projeto havia sido aprovado pelo Congresso Nacional e vetado pelo governo. Em seguida, parlamentares derrubaram o veto de Lula.

“A gente faz desoneração quando o povo pobre ganha. Quando o trabalhador ganha. Mas fazer desoneração sem que eles sequer se comprometam a gerar o emprego, sem que eles sequer se comprometam a dar garantias a quem está trabalhando… Eu quero dizer: no nosso país não haverá desoneração para favorecer os mais ricos e sim para favorecer aqueles que trabalham e vivem de salário”, disse Lula.

O projeto da desoneração, do senador Efraim Filho (União Brasil), havia sido aprovado em agosto. Em dezembro, o governo federal vetou o texto aprovado pelo Congresso Nacional integralmente sob o argumento de que ele criaria renúncia de receitas sem apresentar impacto nas contas públicas e que, portanto, é inconstitucional.

Em dezembro de 2023, o Congresso Nacional derrubou os vetos do presidente. O caso foi judicializado pelo governo federal. Atendendo a um pedido da Advocacia-Geral da União (AGU), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin suspendeu trechos da lei que prorrogou a desoneração da folha de pagamento de municípios e de diversos setores produtivos até 2027.

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Conheça em detalhes o projeto do governo que regulamenta a reforma tributária

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Redação do Portal da Capital

A Agência Câmara trouxe um guia prático que explica em detalhes o Projeto do Governo Federal que regulamenta a reforma tributária no Brasil. De acordo com o guia, o texto regulamenta três tributos sobre o consumo e que foram criados pela reforma tributária. Trata-se do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) compartilhado entre Estados e Municípios; da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), um tributo federal; e, o Imposto Seletivo (IS), também federal. Estes três impostos substituirão os cinco atualmente em vigor: PIS (Programa de Integração Social), o Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), o IMCS (Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação) e o ISS (Imposto Sobre Serviços).

Confira o guia detalhado:

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Gervásio participa de missão internacional representando a Câmara dos Deputados

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O líder do PSB, Gervásio Maia, que também integra a Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados, participa em Havana do Encontro Internacional de Solidariedade com Cuba. Também integram a delegação, a deputada federal Alice Portugal, presidente do Grupo de Amizade Parlamentar Brasil-Cuba, Fernando Mineiro, Lídice da Mata e Márcio Jerry.

Nesta terça-feira (30), os parlamentares se reuniram com deputado Rolando González Patrício, presidente da Comissão de Relações Internacionais da Assembleia Nacional do Poder Popular.

Na pauta, questões relativas aos respectivos parlamentos, sistemas legislativos e grandes desafios em um contexto de crise internacional.

“Durante a reunião tratamos sobre intercâmbios tecnológicos, científicos e culturais entre os dois países. Também falamos sobre o embargo dos EUA contra Cuba, cujo sistema de sanções mais longo e severo já aplicado no mundo tem gerado fome e miséria ao povo cubano”, afirmou Gervásio Maia.

Nesta quarta-feira (01), a comitiva brasileira participa de atividades em homenagem ao Dia dos Trabalhadores, entre outras atividades institucionais.

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