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Romero Jucá se torna réu em ação penal proposta pelo Ministério Público Federal

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Por unanimidade, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu, nesta terça-feira (13), denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o senador Romero Jucá por solicitação e recebimento de propina de R$ 150 mil para atuar em favor da Odebrecht na tramitação das medidas provisórias 651/2014 e 656/2014. O parlamentar passa a ser réu na ação penal e responderá pelos crimes corrupção e lavagem de dinheiro por ter ajustado e obtido, com apoio do ex-diretor de relações institucionais da construtora Cláudio Melo Filho, a vantagem indevida por meio de doação oficial ao seu filho, Rodrigo Jucá, então candidato a vice-governador de Roraima em 2014, informa publicação do MPF.

Em manifestação durante o julgamento, o subprocurador-geral da República Juliano Baiocchi afirmou que o senador extrapolou o exercício da atividade política, tendo atuado insistentemente para a aprovação de emendas favoráveis aos interesses da Odebrecht. Citou o depoimento de Cláudio Melo – que firmou termo de colaboração premiada – segundo o qual Jucá, em outubro de 2014, chamou o colaborador a seu gabinete e pediu doação para a campanha de seu filho Rodrigo.

“Nesse passo já está configurada a prática do crime de corrupção passiva na modalidade de solicitar vantagem indevida. Contudo a vantagem foi efetivamente paga: poucos dias após a reunião, houve a doação da construtora para campanha no montante de R$ 150 mil”, asseverou Juliano Baioocchi.

As declarações prestadas pelo colaborador foram corroboradas por relatório de análise da Secretaria de Pesquisa, Perícia e Análise da PGR.

Juliano Baiocchi afirmou ainda não se sustentar a afirmação da defesa, de que a denúncia estaria apoiada em meras presunções do colaborador. “Não se trata de criminalização da política, tampouco da ideia de que qualquer doação estaria atrelada a interesses espúrios. O fato é que há provas que indicam a prática de corrupção, de troca de favores, que não pode ser admitida, sob pena de colocar em risco a própria democracia”.

O relator do caso, ministro Marco Aurélio Melo, aceitou na íntegra o pedido da PGR, destacando que a denúncia atende todos os requisitos legais, havendo indícios de autoria e materialidade criminosa relativos a corrupção e lavagem de dinheiro.

“É ponto incontroverso ainda a realização de reunião entre o congressista na condição de líder do governo e de presidente da comissão mista [da MP 651/2014] e o delator, antes e durante o período no qual se deu o processo legislativo referente às medidas”, justificou o ministro, logo após declarar seu voto pelo recebimento. Acompanharam o relator os ministros Luís Roberto Barroso, Rosa Weber e Alexandre de Moraes.

Denúncia – Segundo a denúncia da PGR, feita em agosto de 2017, depois de acertada a atuação do senador para garantir que a redação do texto final da Medida Provisória 651/2014 atendesse aos interesses da Odebrecht, em 24 de outubro de 2014, a empresa doou R$ 150 mil ao Diretório do PMDB de Roraima. Nesse mesmo dia, o Diretório Estadual do PMDB de Roraima doou esse exato valor à campanha de Francisco de Assis Rodrigues a governador, cujo candidato a vice era o filho do senador, Rodrigo Jucá. O próprio sítio eletrônico do Tribunal Superior Eleitoral traz a Odebrecht como doadora originária.

No acordo, Cláudio Melo Filho informou que o pagamento ocorreu exclusivamente pelo pedido de Romero Jucá, já que a Odebrecht não tinha interesse na atuação de dele em Roraima. Além disso, o então candidato a vice-governador de Roraima não tem histórico de atuação na defesa do setor produtivo nem expressividade nacional, o que reforça a falta de interesse da Odebrecht em apoiá-lo politicamente.

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“Não haverá desoneração para favorecer os mais ricos”, diz Lula

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou, nessa quarta-feira (01/05), a rechaçar a desoneração da folha de empresas de 17 setores, durante evento em comemoração ao 1º de maio em São Paulo, ao lado de ministros, e promovido por centrais sindicais.

Segundo informações do Metrópoles, o projeto havia sido aprovado pelo Congresso Nacional e vetado pelo governo. Em seguida, parlamentares derrubaram o veto de Lula.

“A gente faz desoneração quando o povo pobre ganha. Quando o trabalhador ganha. Mas fazer desoneração sem que eles sequer se comprometam a gerar o emprego, sem que eles sequer se comprometam a dar garantias a quem está trabalhando… Eu quero dizer: no nosso país não haverá desoneração para favorecer os mais ricos e sim para favorecer aqueles que trabalham e vivem de salário”, disse Lula.

O projeto da desoneração, do senador Efraim Filho (União Brasil), havia sido aprovado em agosto. Em dezembro, o governo federal vetou o texto aprovado pelo Congresso Nacional integralmente sob o argumento de que ele criaria renúncia de receitas sem apresentar impacto nas contas públicas e que, portanto, é inconstitucional.

Em dezembro de 2023, o Congresso Nacional derrubou os vetos do presidente. O caso foi judicializado pelo governo federal. Atendendo a um pedido da Advocacia-Geral da União (AGU), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin suspendeu trechos da lei que prorrogou a desoneração da folha de pagamento de municípios e de diversos setores produtivos até 2027.

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Conheça em detalhes o projeto do governo que regulamenta a reforma tributária

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A Agência Câmara trouxe um guia prático que explica em detalhes o Projeto do Governo Federal que regulamenta a reforma tributária no Brasil. De acordo com o guia, o texto regulamenta três tributos sobre o consumo e que foram criados pela reforma tributária. Trata-se do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) compartilhado entre Estados e Municípios; da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), um tributo federal; e, o Imposto Seletivo (IS), também federal. Estes três impostos substituirão os cinco atualmente em vigor: PIS (Programa de Integração Social), o Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), o IMCS (Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação) e o ISS (Imposto Sobre Serviços).

Confira o guia detalhado:

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Gervásio participa de missão internacional representando a Câmara dos Deputados

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O líder do PSB, Gervásio Maia, que também integra a Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados, participa em Havana do Encontro Internacional de Solidariedade com Cuba. Também integram a delegação, a deputada federal Alice Portugal, presidente do Grupo de Amizade Parlamentar Brasil-Cuba, Fernando Mineiro, Lídice da Mata e Márcio Jerry.

Nesta terça-feira (30), os parlamentares se reuniram com deputado Rolando González Patrício, presidente da Comissão de Relações Internacionais da Assembleia Nacional do Poder Popular.

Na pauta, questões relativas aos respectivos parlamentos, sistemas legislativos e grandes desafios em um contexto de crise internacional.

“Durante a reunião tratamos sobre intercâmbios tecnológicos, científicos e culturais entre os dois países. Também falamos sobre o embargo dos EUA contra Cuba, cujo sistema de sanções mais longo e severo já aplicado no mundo tem gerado fome e miséria ao povo cubano”, afirmou Gervásio Maia.

Nesta quarta-feira (01), a comitiva brasileira participa de atividades em homenagem ao Dia dos Trabalhadores, entre outras atividades institucionais.

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