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Paraíba

Estudo mostra melhoria na qualidade da água da bacia dos rios Gramame e Abiaí

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Um diagnóstico realizado pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) mostra que houve, nos últimos anos, uma melhora na qualidade da água das bacias hidrográficas dos rios Gramame e Abiaí, no Litoral Sul da Paraíba, . Na pesquisa realizada entre 2016 e 2018, não foram identificados metais pesados acima do nível permitido pela legislação, como havia ocorrido no estudo feito em 2008. Entretanto, os pesquisadores constataram a presença de agrotóxicos.

Os resultados da pesquisa foram divulgados nesta quarta-feira (18), durante audiência pública do Fórum Permanente de Proteção do Gramame, coordenado pelo Ministério Público da Paraíba. A apresentação ocorreu no Auditório 411 do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA) da UFPB, em João Pessoa.

A bacia do Gramame possui uma área de 589 quilômetros quadrados e é responsável por 70% do abastecimento da região metropolitana de João Pessoa. Segundo o 1º promotor do Meio Ambiente de João Pessoa e coordenador do fórum, José Farias de Souza Filho, essa melhoria ocorreu devido à ações realizadas com indústrias instaladas na área da bacia que passaram a tratar seus efluentes. O promotor lembra que um termo de ajustamento de conduta chegou a ser firmado para a correção do problema dos metais pesados.

O promotor relata que o estudo teve como objetivo identificar o uso e ocupação do solo às margens dos rios e afluentes que formam as duas bacias, localizar as prováveis fontes de contaminação e sua composição e avaliar a qualidade da água dos principais rios que integram as bacias hidrográficas.

Quanto ao uso do solo, a pesquisa fez o mapeamento de toda área da bacia, identificando o que é tem em cada local, como agricultura, extração mineral, indústrias, entre outros. Também foram identificadas mais de 1.100 pontos de drenagem na bacia, que são as áreas que recebem águas que escorrem para os rios principais. “O que devemos fazer agora é preservar as margens que formam a bacia e as nascentes porque quanto mais protegermos mais mantemos o rio vivo”, disse o promotor.

José Farias também informou que a pesquisa conteve ainda o estudo químico sobre a qualidade da água e na fauna do reservatório, que verificou a presença de agrotóxicos. “A água tem qualidade mas uma bacia hidrográfica, em um ano, pode perdê-la. Duas são as preocupações principais: a quantidade e qualidade da água. Trabalhando as origens da drenagem, estamos trabalhando a quantidade de água, para que não diminua. Quando se trabalha com a parte química e biológica, a preocupação é com a qualidade”, disse.

Pesquisa

A pesquisa foi realizada por seis professores da UFPB, das áreas de Química, Ecologia, Geociências e Tecnologia Sucroalooleira. A professora Ilda Salata Toscano, coordenadora do estudo, reitera a melhora detectada na qualidade da água, a pesar da detecação de agrotóxicos. “O resultado químico é satisfatório. Os niveis de concentração de agrotóxicos e metais pesados estão em conformidade com com os valores eatabelecidos pela legislação”, disse. Ela destaca que foi identificada poluição difusa. “Isso significa que não conseguimos verificar quem é o poluidor. Entretanto, houve uma melhora muito grande em relação aos efluentes”.

Para a professora, a preocupação é com os chamados compostos não legislados, aqueles que possuem valores previstos na legislação. “Com o nosso clima quente, alta incidência solar e temperaturas elevadas, o agrotóxico pode sofrer transformações químicas tornando-se um metabólico mais tóxico que o produto original. Para esses compostos de degradação não temos legislação nem condições analíticas para ir em busca deles”, explicou.

Ainda, segundo a professora, o grande problema atual é a poluição causada pela população. “Há criações de animais nessas áreas, esgoto sanitario vai o rio. Temos encontrado, nos pontos de coleta da pesquisa, coliformes fecais, lixo. É necessário que a população ajude o Gramame”.

Ações

O promotor José Farias disse ainda que, em um primeiro momento, o Ministério Público vai trabalhar, em cooperação, com municípios e o estado a coleta e tratmento do saneamento efleunets sanitarios e lixo.

No segundo momento, o trabalho será feito com produtores de cana-de-açúcar e as três indústrias de álcool que estão instaladas na região para controle e diminuição dos agrotóxicos. “Primeiro, deve ser reinstalada a mata ciliar, que tem a mesma função dos cilios dos olhos, ou seja, barrar aquilo que não deve ir pra água. Se nós fizermos isso vamos evitar que o agrotóxico usado chegue no rio”, explicou.

José Farias destaca que as ações serão feitas em cooperação. “Não serão intervenções de polícia, porque se tivéssemos ido com ato de polícia não tinhamos chegado a lugar nenhum; se tivessemos manejado ação civis públicas, naõ teria sido julgada. Nós conseguimos resultado porque estamos trabalhando em cooperação. Esse trabalho vai continuar, tendo o Ministério público como moderador, para que a sociedade em nenhum momento perca esse controle social. As bacias têm tanta importância para nossa vida e todas as atividades econômicas e sociais, por isso, o controle deve ser permanente”, comentou.

O procurador da República José Roberto Godoy ratificou a necessidade do controle social. “É importante a consciência e participação da população para que as ações se tornem políticas públicas. Sem a bacia do Gramame, João Pessoa é inviável”.

Fórum

O Fórum Permanente de Proteção do Gramame é formado pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB); Ministério Público Federal na Paraíba (MPF);); Ministério Público do Trabalho (MPT); Instituto Brasileiro de Administração do Meio Ambiente (Ibama); Secretaria de Estado de Infraestrutura, Recursos Hídricos, Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia (Semarh); Superintendência de Administração do Meio Ambiente da Paraíba (Sudema); Universidade Federal da Paraíba, representada pelo Laboratório de Estudos Ambientais (LEA/UFPB) e pelo Programa Regional de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente (Prodema/UFPB); Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa); Companhia de Desenvolvimento do Estado da Paraíba (Cinep); Gestão Unificada do Estado da Paraíba (Interpa/Emater/Emepa); Comitê de Bacia Hidrográfica do Litoral Sul (Comitê Litoral Sul); Frente Parlamentar Ambientalista da Assembleia Legislativa da Paraíba (FPA/ALPB); Escola Viva Olho do Tempo; Secretaria Municipal de Meio Ambiente de João Pessoa (Semam-JP); Município de Conde e Ordem dos Advogados do Brasil, Secção da Paraíba (OAB/PB).

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Na Paraíba, 84% da população é alfabetizada, diz IBGE

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O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou que, na Paraíba, 84% da população é alfabetizada. A informação faz parte dos novos dados do Censo Demográfico e são referentes a pessoas de 15 anos ou mais em 2022.

De acordo com o levantamento divulgado na sexta-feira (17/05) , a taxa de alfabetização seguiu em trajetória de alta no Brasil e alcançou 93% das pessoas de 15 anos ou mais em 2022.

O indicador, que mostra o percentual de pessoas que sabiam ler e escrever pelo menos um bilhete simples, é o maior de uma série histórica com números desde 1940, quando o órgão de pesquisas realizou o seu primeiro recenseamento.

O reflexo da alfabetização em alta é o recuo do analfabetismo, cuja taxa caiu a 7% da população de 15 anos ou mais em 2022. Trata-se da menor proporção da série divulgada pelo IBGE.

Apesar do número aparentemente expressivo, a Paraíba ainda possui o terceiro menor taxas de alfabetização do país. E só perde para os Estados de Alagoas (82,3%), Piauí (82,8%).

No olhar estadual, Santa Catarina apresentou o maior percentual de pessoas de 15 anos ou mais que sabiam ler e escrever em 2022: 97,3%. Distrito Federal (97,2%), São Paulo (96,9%) e Rio Grande do Sul (96,9%) vêm depois no ranking das unidades da Federação.

Em termos absolutos, o percentual de 7% significa que, mesmo com a melhora, o Brasil ainda tinha 11,4 milhões de pessoas de 15 anos ou mais que não sabiam ler e escrever um bilhete simples em 2022. O total de habitantes nessa faixa etária foi de quase 163 milhões. Outras informações podem ser conferidas na matéria da Folha.

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Efraim destina mais de R$ 5,7 milhões para fortalecer saúde dos municípios paraibanos

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Redação do Portal da Capital

O senador Efraim Filho, líder do União Brasil no Senado Federal, anunciou a destinação de recursos para a saúde pública de nove municípios paraibanos, totalizando R$ 5.770.000. Os investimentos, provenientes de emendas parlamentares, têm como objetivo fortalecer o sistema de saúde local, especialmente nas áreas de Atenção Primária à Saúde (APS) e de Média e Alta Complexidade em Saúde (MAC).

Ao destinar esses recursos, Efraim demonstra seu compromisso com a saúde da população paraibana, buscando garantir que todos tenham acesso a um sistema de saúde público de qualidade e eficiente. Segundo o senador, esses investimentos são fundamentais e contribuem para a melhoria da saúde pública como um todo.

“Agora as prefeituras, que contam com o recurso na conta totalizando mais de $5,7 milhões, poderão investir em melhorias na saúde. É o meu dever como senador captar sempre novos recursos que venham a atender a todos e tenho a certeza de que esse grande investimento vai fortalecer os programas de saúde dos municípios, proporcionando um serviço ainda melhor, e público”, disse o senador.

Efraim ressaltou que a saúde é uma das prioridades centrais de seu mandato no Senado Federal, buscando assegurar que políticas públicas e serviços de alta qualidade beneficiem um número crescente de paraibanos, especialmente nas áreas mais carentes do Estado. “A destinação desses recursos é mais uma conquista, fruto do meu trabalho em prol da Paraíba, destacou.

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Ruas de Bayeux receberão nova pavimentação asfáltica

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O deputado estadual, Felipe Leitão, liderou uma importante agenda nesta sexta-feira (17/05) na cidade de Bayeux, Região Metropolitana de João Pessoa. A pedido do governador João Azevêdo (PSB), o parlamentar caminhou em diversas ruas do município com diretores e técnicos do Departamento de Estradas de Rodagens (DER) para implementar um novo projeto de pavimentação asfáltica.

A ação tem por objetivo promover uma nova malha asfáltica na cidade, garantindo mobilidade urbana e comodidade para a população

“Contribuir para uma maior fluidez no trânsito e segurança para todos os moradores. Vamos juntos, todos de mãos dadas, construir a Bayeux que todos merecem”, destacou Felipe em publicação nas redes sociais.

Confira:

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