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Paraíba

UFPB: Banca do concurso da cobra questão sobre livro de autoajuda que não prevista no edital

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A banca, Instituto AOCP foi a responsável pela organização do concurso da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), que ocorreu no último domingo (07), na Paraíba.

A prova que cobrava 50 questões objetivas, distribuídas em conteúdos como Português, Informática, Legislação e Administração causou indignação e revolta em milhares de candidatos que participaram do certame.

De acordo com alguns participantes do concurso várias foram as irregularidades, entre elas, a cobrança de conteúdos que não estava previsto no instrumento convocatório, a exemplo, da obra “Quem mexeu no meu queijo”, que além de não estar prevista no edital, trata-se de um livro de autoajuda.

O caso está sendo motivo de chacota entre os participantes que estudaram dedicadamente e se frustaram com o perfil do conteúdo cobrado pela banca.

Um dos candidatos indignados com o perfil de prova aplicada é o estudante Wesley Duarte, inscrito para o cargo de assistente em administração e que se dedicou muito durante os três últimos meses para concorrer a uma das 50 vagas ofertadas pela autarquia federal UFPB.

“A experiência foi frustrante. Senti-me completamente lesado, o edital que cobrava inúmeros conteúdos importantes, especialmente no tocante a área específica foi super desrespeitado. As questões foram muito mal elaboradas e o conteúdo programático mal distribuído, prevalecendo apenas a subjetividade e a opinião do examinador, o que dificultou o desempenho de milhares de candidatos em relação ao julgamento de inúmeras questões, já que inclusive algumas delas abordava termas que sequer estava previsto no instrumento convocatório. Em resumo, foi cobrado um padrão que não condizia com uma prova específica para assistente em administração, o que acarretou e prejudicou o sonho de vários candidatos que se esforçaram e estudaram tanto para conquistar o tão sonhado cargo na UFPB”, lamentou.

O estudante ainda relembrou que no dia da prova quatro candidatos foram presos suspeitos de fradarem o certame, o que foi repercutido na imprensa local. “Essas irregularidades precisam ser questionadas, pois prejudicam aqueles que verdadeiramente se prepararam. Quem estuda muito fica sem entender como o processo de seleção pública em nosso país é tão frágil e tão desrespeitoso. Como os gabaritos vazam de uma forma tão escancarada e como os examinadores elaboram provas tão subjetivas, o que fere não apenas o princípio expresso na lei, que é o respeito ao instrumento convocatório, mas desrespeita o candidato que tanto estuda para entrar na máquina pública de forma digna. Diante de tudo isso, pretendo me juntar a outros candidatos para entrar com uma ação civil pública no Ministério Público da Paraíba pedindo uma maior apuração dos fatos e a anulação de algumas questões, já que é um direito que nos cabe”, ressaltou.

Outra candidata que se sentiu prejudicada com o tipo de prova que foi aplicado é a estudante, Danielle de Almeida Vicente, inscrita para os cargos de administrador e assistente em administração, respectivamente nível médio e superior. “Na minha opinião a prova foi absurda, a banca diante de um edital tão vasto, com matérias tão densas fez o aluno estudar tanto conteúdo, para no momento da prova colocar questões tão subjetivas, restritas a uma parte do conteúdo, como é o caso dos conteúdos relacionados ao direito ou conteúdos que não estavam sequer previstos no edital. A banca tentou fazer um interdisciplinaridade, mas acabou sendo completamente infeliz cobrando coisas que estavam totalmente fora do contexto ou fora do instrumento convocatório.”, relatou.

O professor de direito administrativo e especialista na área de concursos públicos, Emmanuel Chacon explica que “o princípio da vinculação ao instrumento convocatório é claramente reconhecido na lei, na doutrina e na jurisprudência, o que segundo esse princípio, não só os convocados para um processo seletivo, como é o caso em um concurso público, como a própria administração pública ou a banca examinadora, devem atender às exigências do instrumento de convocação, no caso o edital, atendo-se apenas ao que ali estiver previsto, o que decorre do dever de lealdade e boa-fé, que deve existir entre a administração, incluindo-se a banca e os administrados, que neste caso são os concurseiros. O edital encontra-se subordinado à lei e vincula, em observância recíproca, a administração e os candidatos, que dele não podem se afastar”, destacou.

O professor ainda detalha que se o candidato não preencher os requisitos lá estabelecidos, será ele inabilitado ou desclassificado do certame. Já a banca, se um ato por ela praticado estiver fora dos termos do edital, ele será considerado ilegal, devendo, portanto, ser anulado, seja pela própria administração, seja pelo Poder Judiciário. “É o caso de questões que abordem conteúdos não discriminados no edital, o que assim entendem os Tribunais Superiores, a exemplo, do Supremo Tribunal Federal (STF), no julgamento do AI: 850608 RS, e também, do Supremo Tribunal de Justiça (STJ). Cabe ao candidato, a comprovação de que o tema é alheio ao conteúdo programático do edital. Os princípios também são normas a serem observadas, de modo que, seu desrespeito gera, como dito, nulidade do ato”, ratificou.

Emmanuel Chacon ainda explica que um primeiro instrumento à disposição dos candidatos é o recurso administrativo, apresentado no próprio concurso, nos termos do edital e que em caso de indeferimento, é possível ingressar com ação judicial, tendo em visto que o Poder Judiciário tem o poder de anular atos ilícitos praticados pela banca.

Operação Ponto Final

Quatro candidatos no concurso da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) foram presos em flagrante, no domingo (7), ao tentar fraudar as provas. Os suspeitos estavam inscritos para os cargos de administrador e assistente em administração. As prisões fizeram parte da Operação Ponto Final, da Polícia Federal, em João Pessoa e Rio Tinto.

Conforme a Polícia Federal, os candidatos presos utilizariam instrumentos eletrônicos de recepção de dados, com objetivo de receberem, de terceiros, o gabarito de suas provas.

Além de eliminados no concurso da UFPB, os presos no domingo vão responder criminalmente por fraude em certames de interesse público e organização criminosa. As penas para esses crimes, se somadas, podem chegar à 14 anos de reclusão.

Mais informações sobre o concurso da UFPB

O certame organizado pelo Instituto AOCP e oferta 131 vagas para cargos de níveis médio, técnico e superior. Os salários variam de R$ 1.945,06 A 4.180,66, mais auxílio. O prazo de inscrição foi encerrado no dia 25 de fevereiro, sem prorrogação. As provas foram aplicadas nos turnos da manhã e tarde do último domingo (07).

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Na Paraíba, 84% da população é alfabetizada, diz IBGE

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O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou que, na Paraíba, 84% da população é alfabetizada. A informação faz parte dos novos dados do Censo Demográfico e são referentes a pessoas de 15 anos ou mais em 2022.

De acordo com o levantamento divulgado na sexta-feira (17/05) , a taxa de alfabetização seguiu em trajetória de alta no Brasil e alcançou 93% das pessoas de 15 anos ou mais em 2022.

O indicador, que mostra o percentual de pessoas que sabiam ler e escrever pelo menos um bilhete simples, é o maior de uma série histórica com números desde 1940, quando o órgão de pesquisas realizou o seu primeiro recenseamento.

O reflexo da alfabetização em alta é o recuo do analfabetismo, cuja taxa caiu a 7% da população de 15 anos ou mais em 2022. Trata-se da menor proporção da série divulgada pelo IBGE.

Apesar do número aparentemente expressivo, a Paraíba ainda possui o terceiro menor taxas de alfabetização do país. E só perde para os Estados de Alagoas (82,3%), Piauí (82,8%).

No olhar estadual, Santa Catarina apresentou o maior percentual de pessoas de 15 anos ou mais que sabiam ler e escrever em 2022: 97,3%. Distrito Federal (97,2%), São Paulo (96,9%) e Rio Grande do Sul (96,9%) vêm depois no ranking das unidades da Federação.

Em termos absolutos, o percentual de 7% significa que, mesmo com a melhora, o Brasil ainda tinha 11,4 milhões de pessoas de 15 anos ou mais que não sabiam ler e escrever um bilhete simples em 2022. O total de habitantes nessa faixa etária foi de quase 163 milhões. Outras informações podem ser conferidas na matéria da Folha.

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Paraíba

Efraim destina mais de R$ 5,7 milhões para fortalecer saúde dos municípios paraibanos

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O senador Efraim Filho, líder do União Brasil no Senado Federal, anunciou a destinação de recursos para a saúde pública de nove municípios paraibanos, totalizando R$ 5.770.000. Os investimentos, provenientes de emendas parlamentares, têm como objetivo fortalecer o sistema de saúde local, especialmente nas áreas de Atenção Primária à Saúde (APS) e de Média e Alta Complexidade em Saúde (MAC).

Ao destinar esses recursos, Efraim demonstra seu compromisso com a saúde da população paraibana, buscando garantir que todos tenham acesso a um sistema de saúde público de qualidade e eficiente. Segundo o senador, esses investimentos são fundamentais e contribuem para a melhoria da saúde pública como um todo.

“Agora as prefeituras, que contam com o recurso na conta totalizando mais de $5,7 milhões, poderão investir em melhorias na saúde. É o meu dever como senador captar sempre novos recursos que venham a atender a todos e tenho a certeza de que esse grande investimento vai fortalecer os programas de saúde dos municípios, proporcionando um serviço ainda melhor, e público”, disse o senador.

Efraim ressaltou que a saúde é uma das prioridades centrais de seu mandato no Senado Federal, buscando assegurar que políticas públicas e serviços de alta qualidade beneficiem um número crescente de paraibanos, especialmente nas áreas mais carentes do Estado. “A destinação desses recursos é mais uma conquista, fruto do meu trabalho em prol da Paraíba, destacou.

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Ruas de Bayeux receberão nova pavimentação asfáltica

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O deputado estadual, Felipe Leitão, liderou uma importante agenda nesta sexta-feira (17/05) na cidade de Bayeux, Região Metropolitana de João Pessoa. A pedido do governador João Azevêdo (PSB), o parlamentar caminhou em diversas ruas do município com diretores e técnicos do Departamento de Estradas de Rodagens (DER) para implementar um novo projeto de pavimentação asfáltica.

A ação tem por objetivo promover uma nova malha asfáltica na cidade, garantindo mobilidade urbana e comodidade para a população

“Contribuir para uma maior fluidez no trânsito e segurança para todos os moradores. Vamos juntos, todos de mãos dadas, construir a Bayeux que todos merecem”, destacou Felipe em publicação nas redes sociais.

Confira:

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