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Paraíba

Comissão da Mulher da ALPB levará debates sobre feminicídio para interior da Paraíba

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A Comissão dos Direitos da Mulher da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) propôs por meio da presidente, deputada Camila Toscano (PSDB), durante audiência pública realizada nesta quinta-feira (16), levar as discussões sobre feminicídio para o interior do estado, apresentando experiências em políticas públicas adotadas no município de Belém administradas pela prefeita Renata Barbosa e que garantem proteção às mulheres.

“É preciso levar essas discussões e ideias de políticas públicas para o interior do Estado. Muitas mulheres ainda não têm conhecimento dos seus direitos e precisamos levar isso até elas. As paraibanas precisam saber que podem contar conosco na luta contra a violência doméstica. O exemplo do município de Belém que investiga os possíveis casos de violência por meio de atendimentos realizados por agentes de saúde nas residências precisa ser expandida para o resto do estado”, garantiu a deputada.

Durante discurso, a deputada apelou por mais investimentos para a Secretaria da Mulher e da Diversidade Humana. “As despesas orçamentárias da Secretaria da Mulher e da Diversidade Humana apresentaram uma queda de 67,17% de 2017 para o ano passado. Até 2014 o orçamento da secretaria vinha crescendo, quando em 2015 apresentou uma queda de 21,29%. Em 2018 tivemos o menor orçamento destinado a essa pasta, que foi de R$ 1,7 milhão. O montante é inferior aos recursos gastos em 2011, no total de R$ 1,8 milhão. Os dados são dos Painéis de Acompanhamento de Gestão do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba”, destacou a deputada.

Rita de Cássia, juíza da Vara da Violência Doméstica da Capital, parabenizou a deputada Camila pela propositura da discussão na Assembleia Legislativa e disse que o feminicídio é um tema antigo que se tornou novo por conta de uma nova legislação e que precisa de prevenção. “Estamos acompanhando o desenvolvimento de ações, mas vimos também que precisamos de políticas públicas, sobretudo de prevenção na questão familiar, social e escolar. Não adianta punir o agressor, colocá-lo na cadeia e o ciclo continuar na sociedade. Precisamos avançar na questão dos orçamentos para as Secretarias das Mulheres. Digo aqui que o Tribunal de Justiça tem cumprido o seu papel, com prioridades para julgamentos de casos que envolvem feminicídio”, revelou.

A promotora da Mulher, Rosane Maria de Araújo, disse que o aumento dos casos de feminicídio está ligado diretamente com o modelo da sociedade brasileira formada por desigualdade de gênero, social e econômico. “Isso só será combatido com a prevenção. Precisamos desconstruir uma visão de mundo que discute a banalização da violência, apresentando políticas públicas que sejam capazes de evitar as mortes de mulheres na Paraíba”, disse.

A secretária estadual da Mulher e da Diversidade Humana, Gilberta Soares, destacou que a violência contra a mulher é um problema estruturante no Brasil. Para ela, o machismo é o grande promotor da violência e da morte de mulheres. “Esse espaço é importante para discutirmos esse tema e para apresentarmos o trabalho da Secretaria da Mulher que trabalha com a prevenção aos casos de violência em todos os municípios paraibanos. No Estado, trabalhamos em parceria com as secretarias de Saúde, de Desenvolvimento Social, de Segurança Pública. Nesse foco, como não temos delegacias das mulheres em todos os municípios, estamos realizando treinamento com profissionais da área da segurança para que atendam mulheres vítimas de violência da forma correta, dentro dessa rede articulada”, revelou.

De acordo com o secretário executivo de Segurança Pública da Paraíba, Lamark Donato, as discussões sobre a morte de mulheres é uma das prioridades da pasta que vem trabalhando para reduzir os casos em todo o estado. Na ocasião, foram apresentados dados de que o número de homicídios de mulheres tem caído a cada ano, desde 2011. Conforme os dados, 44% das mulheres mortas são jovens de 15 a 19 anos, ocorridas geralmente em cidades de maior população. No primeiro quadrimestre de 2018 foram registrados 17 casos de feminicídio na Paraíba. Este ano, o número de morte de mulheres chegou a 10 casos.

A deputada Estela Bezerra (PSB) disse que por conta de algumas construções históricas se chegou a esse momento de violência contra as mulheres. “Tivemos a oportunidade de realizar algumas ações pela proteção às mulheres na Prefeitura de João Pessoa e no Governo do Estado. Nós avançamos muito com Secretaria das Mulheres; temos uma mulher como coordenadora das delegacias especializadas da mulher; no Judiciário também com mulheres envolvidas nessas discussões. Com base nisso, vemos que a política é responsável pelos avanços nessa área. Temos muito a construir, mas feminicídio não é assunto apenas de segurança e saúde. É um dos temas mais difíceis de enfrentar porque se trata de questão de poder, de cultura”, disse.

A deputada Cida Ramos (PSB) lembrou da formação da CPI do Feminicídio na Assembleia Legislativa, destacando que esse é um tema que unifica a luta dos parlamentares. “Essa discussão nos reporta ao tipo de sociedade que vivemos. Precisamos trabalhar isso na educação e também quanto à questão do armamento. Precisamos combater uma mentalidade de que a segurança pública é uma questão individual. Essas discussões devem ser levadas para outras cidades, pois precisamos tratar disso de uma forma muito firme”, destacou.

Durante discurso, a deputada Pollyanna Dutra (PSB) disse esperar que o Parlamento trate o tema do feminicídio como prioridade. “Precisamos levar esse tema para outros municípios como sugeriu a deputada Camila. Estamos à disposição para contribuir com essa luta”, afirmou.

Já o deputado Chió (Rede) disse que o debate proposto por Camila Toscano pertinente para a sociedade. “Temos que ter um diálogo permanente. É preciso que vocês mulheres tenham esse diálogo com os homens para que possamos ter uma sociedade mais justa e mais igual, sem violência”, observou.

Também estiveram presentes na audiência pública as prefeitas Joyce (Duas Estradas), Socorro Brilhante (Pilões), Adailma Fernandes (Serra da Raiz), Renata Barbosa (Belém), Maria Leonice (Boa Ventura); as vereadoras de João Pessoa, Helena Holanda e Sandra Marrocos; o delegado geral da Polícia Civil da Paraíba, Isaias Gualberto; a coordenadora estadual das delegacias da mulher, delegada Maísa Félix; além de Isa Arroxelas e representantes da sociedade civil organizada.

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Alexandre de Moraes determina soltura de Anderson Novais, investigado pelos atos golpistas

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O Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou nesta terça-feira (30/04) a soltura do paraibano Anderson Novais, um dos investigados por envolvimento nos atos golpistas de 8 de janeiro do ano passado. Ele havia sido preso preventivamente, na última quinta-feira (25¹04), por descumprimento de uma das medidas cautelares impostas anteriormente pelo ministro.

Na decisão, Moraes disse que a Vara de Execuções Penais do Distrito Federal comunicou equivocadamente que o réu teria deixado de comparecer em juízo em nove ocasiões distintas. A defesa do paraibano conseguiu comprovar que ele se apresentou à Justiça em todos os dias citados.

“Conforme documentação juntada aos autos pela Defesa do réu, e manifestações da Defesa e da Procuradoria-Geral da República em audiência de custódia, recebida nessa data, verifica-se que o réu vem cumprindo todas as medidas cautelares regularmente, e a comunicação de descumprimento a esta SUPREMA CORTE ocorreu em razão de equívoco”, diz a decisão.

Ex-assessor do deputado federal Cabo Gilberto Silva (PL) e um dos líderes do movimento de direita na Paraíba, Anderson foi preso por suposta participação nos atos de 8 de janeiro, quando houve a invasão e depredação da sede dos três poderes, em Brasília.

Em seguida, conseguiu o afrouxamento da prisão, por determinação de Moraes, com a imposição de algumas medidas cautelares.

Agora em liberdade, o paraibano terá que continuar cumprindo as medidas.

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Empreender Paraíba abre inscrições para 28 municípios a partir desta quinta-feira

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O Governo da Paraíba, através do programa Empreender PB, abre, a partir desta quinta-feira (2), 840 vagas para inscrições em municípios da 6ª, 7ª, 8ª, 9ª, 10ª, 11ª e 13ª região. As vagas disponibilizadas abrangem as linhas Empreender Pessoa Física, Empreender Profissional Liberal, Empreender Juventudes e Empreender Profissional Liberal Juventudes.

Ao todo, serão contemplados 28 municípios, com 30 vagas cada um. O valor total de investimentos ultrapassa os R$ 6 milhões. Para verificar a lista dos municípios das Regiões citadas, acesse www.empreender.pb.gov.br clicando em “Consultar Região”, ou pelas redes sociais do Empreender PB. As inscrições serão abertas a partir das 8h.

Os cadastros devem ser realizados até 7 de maio, ou até enquanto existirem vagas disponíveis, e poderão ser efetivados através do site www.empreender.pb.gov.br, a partir da data e horário informados.

Empreender PB – É um programa do Governo do Estado destinado a apoiar os empreendedores da Paraíba, disponibilizando financiamento de crédito (empréstimos) com taxas reduzidas de juros para pessoas físicas e jurídicas que desejam iniciar um negócio próprio ou ampliar um já existente. Seu objetivo é incentivar o empreendedorismo, gerar empregos e renda para os paraibanos, além de desenvolver o potencial econômico de cada região do estado.

O Programa Empreender Paraíba tem o objetivo de fomentar a atividade de empreendedorismo nos 223 municípios, apoiando e fortalecendo a economia solidária, o microempreendedor individual, o microempresário, negócios de pequeno porte e as cooperativas de produção da Paraíba.

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Prorrogadas inscrições para o Programa Brasil Alfabetizado em Campina Grande

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Foram prorrogadas, até o dia 12 de maio, as inscrições para o Programa Brasil Alfabetizado (PBA) do Governo Federal, no município de Campina Grande. A equipe da Secretaria de Educação está fazendo busca ativa pelos bairros da cidade para garantir que o maior número possível de pessoas se inscrevam no programa.

Podem participar do Brasil Alfabetizado pessoas com 15 anos ou mais que não tem habilidade de ler nem escrever. As pessoas que consideram possuir pouca habilidade de leitura ou escrita também podem se inscrever. As aulas iniciam ainda no mês de maio e vão acontecer de segunda a quinta-feira, nas escolas municipais ou prédios comunitários, podendo ser diurno ou noturno, com turmas de no mínimo 14 estudantes para zona urbana e sete para zona rural.

As inscrições podem ser feitas nas escolas municipais ou por meio do link: https://bit.ly/brasilalfabetizadopba

“As aulas são para pessoas que estão sem estudar. Inclusive aquelas que já cursaram o ensino fundamental 1 ou 2, não sabem ler nem escrever, possuem 15 anos ou mais também podem garantir a sua vaga no programa”, frisou Ádria Maciel, coordenadora da Educação de Jovens e Adultos do município.

“O Programa visa apoiar ações que combatam o analfabetismo e promovam a educação de jovens e adultos”, destacou Fabíola Gaudêncio, gerente de projetos da Secretaria de Educação.

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