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Artigo: Taxa Selic a 3% e os indícios de novos cortes: O que isso significa?

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Rodrigo Alcântara, economista e assessor de investimentos na Atrio Investimentos

A taxa básica da economia, a Selic, aparece recorrentemente nos noticiários e sabemos que ela afeta de alguma forma a economia e os investimentos. No dia 6 desse mês, o Banco Central definiu a redução dessa taxa meta em 0,75%, assim, ela deixou de ser 3,75 ao ano e agora é 3%. Mas como funciona esse dinamismo de alteração da taxa de juros Selic e qual é, de fato, o impacto e significado destas alterações em nossas vidas?

O Sistema Especial de Liquidação de Custódia (Selic), não é nada mais que um sistema do Banco Central, que é responsável por registrar praticamente todas as transações de títulos do Tesouro Nacional, e desta maneira, gerencia o fluxo de compra e venda destes títulos pelos bancos. O Banco Central também obriga os bancos a deixarem um caixa da instituição, uma espécie de reserva, diariamente em uma conta na própria instituição financeira. Ou seja, os bancos precisam deixar suas contas equilibradas todos os dias com o Banco Central e a Selic registra todas as transações de títulos realizadas pelos mesmos.

O objetivo desse controle de caixa dos bancos e registro de negociações de títulos é simples, não deixar com que a economia real fique com excesso de dinheiro em circulação, o que consequentemente, tende a aumentar o consumo e, logo em seguida, os níveis de preços dos produtos, ou seja, a inflação.

Como os bancos precisam “prestar contas” ao Banco Central diariamente, pode acontecer de um deles precisar de recursos para equilibrar as suas contas.  Para isso, o governo remunera o segundo banco, que empresta o recurso ao banco solicitante. Esse “empréstimo” é baseado e garantido por títulos do Tesouro Nacional, e por isso, essa média ponderada, ajustada e anualizada das negociações é chamada de Taxa Selic. Não confundam com o Certificado de Depósito Interbancário (CDI), que tem o mesmo objetivo de empréstimo de recursos entre bancos, mas não leva a garantia dos títulos e sim o próprio recurso financeiro dos bancos. Normalmente, a Selic e o CDI oscilam juntos, sendo o CDI um pouco menor que a Selic.

O que normalmente escutamos nos noticiários é que “o Banco Central, na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), cortou a taxa de juros Selic” e acaba deixando um questionamento: por que o Banco Central intervém com cortes ou incremento da Selic? Como eu disse, ele precisa controlar os níveis de preços, a inflação, e com isso utiliza a meta da taxa Selic – que é votada na reunião do Copom – como ferramenta de política monetária. Ou seja, o governo, por meio do Banco Central, consegue decidir por alterar essa taxa para controlar a inflação, reduzindo ou aumentando o fluxo de dinheiro na economia.

Quando a Selic está alta, normalmente as pessoas são influenciadas a comprar títulos do governo e títulos de renda fixa – que possuem baixo risco – e deixam de consumir no presente, o que acaba reduzindo o fluxo de dinheiro na economia. Quando a taxa de juros está baixa, a tendência é que as pessoas troquem o consumo futuro pelo consumo presente, estimulando assim o comércio e aumentando a liquidez – quantidade de dinheiro que está livre para consumo e investimento – no mercado.

Essa taxa também é importante para outros fatores. A Selic, além de ser usada como referência para remunerar investimentos, também é aplicada em empréstimos de bancos às famílias e empresas, por exemplo. Quando a taxa de juros está em patamares baixos, as pessoas tendem a empreender mais, arriscar em investimentos de bolsa de valores e até mesmo aumentar o consumo da família. Mas quando a taxa está em patamares elevados, a população tende a ficar desestimulada a consumir e empreender.

Dados retirados dos indicadores econômicos do Serasa Experian e do Banco Central, apontam que em anos de taxas de juros alta, como em 2016, que chegou ao patamar de 14,25% ao ano, aproximadamente 1,9 milhão de empresas foram criadas. Já em 2019, ano passado, que finalizamos com a menor taxa de juros já vista no Brasil, no patamar de 4,5% ao ano, tivemos o nascimento de aproximadamente 3,1 milhões de empresas, ou seja, houve um aumento de 63%. Para que arriscar ganhar uma Taxa Interna de Retorno (TIR) de 13% ao ano criando uma empresa, se eu posso simplesmente comprar um título do governo que rende isso, não é verdade?

No cenário atual, com a pandemia de Covid-19, não é diferente. O governo chegou a reduzir drasticamente a taxa de juros Selic, com o intuito de animar a economia e fazer com que as pessoas voltassem a consumir. Isso desestimulou o investimento de baixo risco – que foi uma das causas que levaram os estrangeiros a pararem de comprar estes títulos –, e o mais importante, impulsionou o crédito e o empréstimo. O crédito com baixo custo se torna essencial nesse momento, pois pode contribuir para que as empresas mantenham os empregos de seus funcionários, continuem funcionando, gerem oferta e, com esperança, permaneçam saudáveis para fomentar a retomada do equilíbrio e ritmo econômico natural de oferta e demanda após a pandemia.

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Sargento Neto “bate em retirada” e oposição fica acéfala na Assembleia

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Redação do Portal da Capital

O atual ex-deputado estadual Sargento Neto (PL), já assumiu o comando da Secretaria de Serviços Urbanos e Meio Ambiente de Campina Grande, iniciou os trabalhos na prática por lá e deixou uma oposição acéfala na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB).

O assunto, inclusive, deverá pautar a semana na Casa Legislativa, uma vez que o que resta da oposição, deve se reunir para decidir quem assumirá o posto na ausência do, agora, secretário municipal campinense.

O tema só seria de fácil resolução se o deputado Wallber Virgolino (PL) tivesse interesse em retornar ao posto de onde ele saiu ainda no mês de março. Mas, segundo ele mesmo revelou ao @portaldacapital, comandar a oposição na ALPB não é de seu interesse.

Se forçarmos a lembrança mais para trás lembraremos do mesmo deputado fazendo queixas de que o grupo que faz oposição à gestão do atual Governo da Paraíba deixa muito a desejar no cumprimento de uma postura verdadeiramente oposicionista.

Diante da situação, corre à boca miúda pelos bastidores da política que dois nomes seriam fortes para assumir o comando do grupo oposicionista na ALPB. Seriam eles: o de Camila Toscano (PSDB) e o de George Morais (União Brasil).

O nome de Camila chegou a ser cogitado para o lugar deixado pelo Sargento Neto porque haveria um gesto simbólico de valorização da presença feminina no universo político, uma vez que a guarabirense seria a primeira mulher a comandar um grupo de oposição na Casa Legislativa. Já o nome de Morais, também foi naturalmente lembrado por ser ele o vice-líder da oposição na Casa de Epitácio Pessoa.

Tovar Correia Lima (PSDB) foi lembrado e descartado na mesma hora porque uma ‘boca maldita’ lembrou de “certos” eventos de simpatia protagonizados pelo campinense junto ao Governo do Estado.

O deputado estadual Anderson Monteiro (MDB), por sua vez, até havia se interessado em ocupar o cargo mas, , mas, não logrou êxito porque o Sargento Neto acabou sendo o escolhido para o lugar de Virgolino.

O fato é que já estou aqui, apenas observando, para saber quem assumirá a posição dessa vez.

Aguardemos, pois.

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Saiba qual a relação entre a perda de sono, comida e obesidade e como fugir dessa armadilha

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Redação do Portal da Capital

Você sabia que a perda de sono tem relação direta com comida e obesidade? De acordo com especialistas, quando se dorme pouco, há uma tendência de ingerir mais calorias, em especial alimentos gordurosos e açúcares.

“Isso diz respeito a dois hormônios que controlam o apetite: a leptina e a grelina. Estudos revelam que o sono desregulado reduz a concentração da leptina, ou seja, da saciedade, e aumenta os níveis da grelina, ou seja, da vontade de comer”, explicou Aldir Pereira da Silva, psicólogo clínico, que atua no serviço de Telessaúde da Unimed João Pessoa.

Essas alterações estão comprovadas em um estudo da equipe liderada por Eve Van Cauter, diretora do Centro de sono, metabolismo e saúde da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos. A pesquisa mostrou que quanto menos o indivíduo dorme mais fome e mais tempo para buscar comida ele terá.

Uma das formas de tentar reverter esse quadro seria, então, regular o sono. “É necessário ampliar esse debate e considerar o sono como algo determinante para o bem-estar e saúde. Adquirir o hábito de respeitar todas as fases e horas de sono sugeridas, assim como criar uma rotina de higiene do sono antes de dormir, pode reverter essa situação. Em casos de dificuldades, buscar um especialista na área”, salientou o psicólogo Aldir Pereira.

DEBATE 

Para debater esse assunto e orientar os seus clientes, a Unimed João Pessoa vai realizar no dia 29 de maio, das 14h30 às 15h, a oficina online ” Perda de sono, comida e obesidade. Qual a relação?”. No encontro, será explicado como a perda de sono prejudica o metabolismo, trazendo graves consequências, entre elas, o desejo de comer mais.

“O objetivo é auxiliar àqueles que fazem algum tipo de tratamento para perder peso, visto que, pouco adianta o rigor das dietas se houver algum tipo de negligência com o sono. Depois, queremos ampliar o conhecimento sobre este impulso básico da vida humana, que é o dormir”, salientou Aldir Pereira, responsável pela oficina.

INSCRIÇÃO GRATUITA

A inscrição para a oficina é gratuita e pode ser feita pelo Portal Unimed JP.  Basta acessar a aba “Viver Melhor”, no menu principal e, em seguida, escolher a de sua preferência.

Podem se inscrever os clientes com idade a partir de 18 anos; com Índice de Massa Corporal a partir de 25 (entre 18 e 59 anos) ou 27 (a partir de 60 anos); e com circunferência abdominal acima de 94 cm (homens) e 80 cm (mulheres).

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Especialista explica relação entre poluição e doenças cardíacas; confira

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Redação do Portal da Capital

Os problemas causados pela poluição atmosférica à população vão além dos danos respiratórios, interferindo também na saúde do coração, como atestam algumas pesquisas. Com a atmosfera poluída por uma mistura de gases complexos e tóxicos, a exposição das pessoas a essas partículas pode ter como consequência doenças como hipertensão arterial, insuficiência cardíaca, Acidente Vascular Cerebral (AVC) e arritmias de alto risco. É o que explica o cardiologista Antonio Eduardo Monteiro, médico cooperado da Unimed João Pessoa.

“A poluição do ar é um fator de risco para que as doenças cardiovasculares incidam. Além disso, a poluição ambiental contribui para comorbidades que pioram o prognóstico entre pessoas infectadas com o covid-19”, explicou o médico. De acordo com ele, as substâncias nocivas presentes no ar poluído, incluindo metais pesados, causam estresse oxidativo no organismo, que é quando o corpo apresenta desequilíbrio entre a produção de radicais livres e sua capacidade de contra-atacar os efeitos prejudiciais, como o envelhecimento precoce das células.

De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), sete milhões de pessoas morrem a cada ano por causa da poluição, sendo 25% por doença cardíaca e 24% por AVC. Segundo explicou Antonio Eduardo Monteiro, as substâncias nocivas presentes no ar contribuem inflamam o organismo e estão ligadas ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares subclínicas (remodelação miocárdica, progressão da aterosclerose, hipertensão sistêmica e pulmonar, aumento da vasoconstrição e coagulação) e cardiovascular aguda trombótica e não trombótica (síndromes coronarianas agudas, insuficiência cardíaca, acidente vascular cerebral e arritmias de alto risco).

Como exemplo de uma condição de exposição frequente à poluição atmosférica, impactando diretamente na saúde cardiovascular, são casos de pessoas que moram próximo às rodovias. De acordo com o médico, estudos apontam que pessoas que vivem nessa situação estão com maior risco para a incidência de hipertensão, pois ficam mais expostas à poluição do ar relacionada ao tráfego intenso de veículos. “A exposição por longo tempo à poluição do ar externa está associada a doença arterial coronariana e ao AVC”, acrescentou o médico.

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