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Novembro Azul: depressão após o diagnóstico do câncer de próstata

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O diagnóstico do câncer de próstata pode provocar um sofrimento psíquico significativo nos homens. O medo da morte e da dor, assim como a preocupação com a sexualidade e com possíveis alterações no funcionamento familiar, interferem sensivelmente no modo de pensar do paciente e alteram sua maneira de enxergar a vida. Estes sentimentos podem ser gatilhos para a aparição de episódios de transtornos de humor ou, até mesmo, para o desenvolvimento da ideação suicida.

O câncer de próstata é o tumor mais frequente entre homens com mais de 50 anos. No Brasil, ele é o segundo tipo de câncer mais comum entre pessoas do sexo masculino, sendo responsável por 10% de todas as mortes causadas pela doença, atrás somente do câncer de pele não melanoma. Durante o 1º ano de diagnóstico do tumor, os pacientes apresentam taxa de incidência 77% maior de transtornos de humor quando comparada à população saudável. Esse risco persiste em até 47% dos enfermos mesmo após 1 ano de acompanhamento da doença.

Saber lidar e tratar corretamente os quadros de transtorno de humor pode melhorar significativamente o desfecho dos pacientes, resultando em mais qualidade de vida e maior adesão ao tratamento. Contudo, é necessário entender a variação do risco de suicídio por sexo, idade e tipo de tumor. No caso do câncer de próstata, é necessária uma avaliação do ponto de vista psiquiátrico principalmente em relação à depressão e ansiedade, provenientes da preocupação com a sexualidade, que podem envolver não apenas a disfunção erétil, mas também a incapacidade de sentir prazer ou de se satisfazer se xualmente o parceiro ou parceira.

A opção terapêutica vai depender da gravidade do quadro. O melhor a se fazer é direcionar o paciente para uma avaliação com um médico psiquiatria a fim de entender a melhor alternativa terapêutica. Caso outros membros da família já sofram com transtornos de humor, existe uma maior probabilidade de que ele desenvolva quadros semelhantes.

A conscientização e as campanhas relacionadas ao “Novembro Azul” são de extrema importância para rastrear o risco de desenvolvimento dessas doenças secundárias em pacientes oncológicos. Dessa forma, conseguimos tempo hábil para encaminhar esses homens aos serviços de saúde mental e, consequentemente, aumentar as chances de sucesso no tratamento.

*Dr. Sivan Mauer é médico psiquiatra especialista em transtornos do humor. O profissional é mestre em pesquisa clínica pela Boston University School of Medicine, dos Estados Unidos, e doutor em Psiquiatria pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

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Cura chega a 95% quando o câncer de próstata é diagnosticado no início, apontam especialistas

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Redação do Portal da Capital

O câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens brasileiros. Por ano, surgem aproximadamente 72 mil novos casos da doença no país, que levam a óbito cerca de 16 mil homens. Mas, quando é diagnosticado no início, o câncer de próstata tem até 95% de chances de cura.

A prevenção, fatores de risco e as novidades no diagnóstico e tratamento do câncer de próstata são abordados no episódio desta semana do videocast Sem Contraindicação. A apresentadora Linda Carvalho recebeu os urologistas Thiago Nobre e Rafael Mourato, que esclarecem as principais dúvidas sobre esse assunto.

FATORES DE RISCO

Os médicos informam que entre os principais fatores de risco estão idade, histórico de câncer de próstata na família, cor da pele e obesidade. Mas, o urologista Rafael Mourato chama a atenção para um fator de risco ainda pouco abordado. “Se na sua casa, sua mãe ou sua irmã teve câncer de mama, o homem tem mais chance de ter câncer de próstata porque o gene que causa o câncer de mama na mulher, a alteração desse gene, é o mesmo que vai causar o câncer de próstata no homem”, explicou.

O urologista Thiago Nobre alertou que existem alguns fatores que estão menos relacionados ao câncer de próstata, mas que também devem ser enfatizados, como o tabagismo e o alcoolismo. “Quanto mais você fuma, maior o risco de câncer e maior a agressividade”, alertou, destacando que a mesma “regra” vale para o alcoolismo.

PREVENÇÃO E MITOS

Manter um estilo de vida saudável com alimentação balanceada e prática de atividades físicas contribui para evitar não só o câncer de próstata como também traz benefício para a saúde e qualidade de vida em geral. “Eu costumo dizer que eu seu pudesse indicar um único remédio para todos os meus pacientes, se eu tivesse um remédio na minha mão, seria atividade física”, afirmou Rafael Mourato.

Os exames preventivos anuais devem começar aos 50 anos de idade, mas, para quem tem histórico familiar, eles precisam ter início já aos 45, mesmo que não exista qualquer sintoma. Esse cuidado é importante porque o câncer de próstata é “silencioso” no início. Os principais exames preventivos são o toque retal e o de sangue para checar a dosagem do Antígeno Prostático Específico, o PSA. Os exames são complementares, mas nem sempre é preciso fazer os dois. Quanto aos homens que ainda têm receio de fazer o exame de toque retal, os médicos esclarecem que o exame é indolor e rápido.

Thiago Nobre também chamou a atenção para alguns mitos que atrapalham a prevenção. Um dos mais disseminados é de que o consumo de tomate reduziria o risco de câncer de próstata, mas o médico esclareceu que estudos já comprovaram que essa informação não procede. Outro mito já derrubado é de que vitamina E e selênio preveniriam a doença.

EPISÓDIO COMPLETO

O episódio completo do “Sem Contraindicação” sobre prevenção do câncer de próstata está disponível no YouTube e no Spotifiy. O videocast também pode ser acessado no Portal Unimed João Pessoa, onde também é possível interagir com a equipe de Comunicação, responsável pela produção.

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Medicinando: Sistema de Saúde no Brasil

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Redação do Portal da Capital

O médico e presidente da Cooperativa Unimed João Pessoa, Doutor Gualter Ramalho, publicou nesta terça-feira (05/11), mais um episódio do projeto ‘Medicinando’. Com um formato de vídeos curtos compartilhados no seu perfil das redes sociais, o anestesiologista aborda temas como gestão, inovação e liderança.

Desta vez, Gualter falou sobre os Sistemas de Saúde em atividade no Brasil. No país, o Sistema Único de Saúde (SUS) atende cerca de 75% da população, já o sistema privado atende aproximadamente 25% dos brasileiros.

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Da prevenção à osteoporose à promoção da saúde mental: confira os benefícios da corrida

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Redação do Portal da Capital

A corrida é um dos esportes mais populares do mundo e tem se tornado um hábito para muita gente, principalmente para quem quer sair do sedentarismo. Alguns dos benefícios proporcionados por este esporte já foram comprovados cientificamente, como o fortalecimento do sistema muscular e ósseo, equilíbrio do peso e alívio dos sintomas da depressão e ansiedade.

Praticada com segurança e orientação profissional, a corrida pode ser inserida na rotina de atividades físicas e proporcionar mais qualidade de vida. O ortopedista Ruy Gouveia, médico cooperado da Unimed João Pessoa, explica que esse esporte contribui, por exemplo, para o aumento da densidade óssea, especialmente nas pernas, quadril e coluna. “Esta atividade, sendo o impacto moderado, gera uma leve pressão sobre os ossos, incentivando a remodelação óssea e o aumento da densidade mineral, o que ajuda a prevenir, por exemplo, a osteoporose”, informou.

Outro benefício é o fortalecimento das articulações, reduzindo o risco de doenças que afetam essas regiões do corpo. Mas, se a pessoa já tiver algum problema articular, desde que não seja severo, pode fazer uma caminhada ou corrida de menor intensidade. “Para quem tem problemas nas articulações, é ideal iniciar com atividades de menor impacto, como caminhada ou bicicleta, e ir aumentando a intensidade gradualmente, sempre com orientação profissional”, ressaltou Ruy Gouveia.

A corrida também auxilia em outras melhorias na saúde como a perda de peso, risco de adquirir ou piorar o quadro de doenças crônicas, como a diabetes e hipertensão, melhora a qualidade do sono, além de estimular o foco e a atenção.

ALÍVIO DO ESTRESSE

Além da melhora na saúde física, a corrida também é importante aliada da saúde mental, aliviando sintomas do estresse, ansiedade e até da depressão. O educador físico Claudney Forte, da equipe da Unimed João Pessoa, lembra que a sensação de bem-estar provocada pela atividade estimula ainda autoconfiança e sociabilidade. “A corrida nos traz as liberações hormonais que proporcionam sensações de euforia, bem-estar e analgesia. De ordem pessoal, melhora as relações interpessoais, confiança em vencer desafios diários e melhoria da autoestima”, completou.

A fisioterapeuta Simone Lopes é corredora amadora há anos, por incentivo do pai, e lista as vantagens que a atividade lhe rende no dia a dia. “Aumenta a nossa disposição, melhora o humor e a produtividade. A gente se sente mais confiante e mais forte para enfrentar os desafios”, comentou. Treinando com regularidade e participante de corridas de rua, ela sempre tem uma prova-alvo. Desta vez, será a Corrida da Unimed JP, que será realizada no dia 1º de dezembro.

CORRIDA DA UNIMED JP

No próximo dia 1º de dezembro será realizada a primeira corrida da Unimed JP, visando estimular a prática esportiva e promover o bem-estar. A prova terá percursos de 5 e 10 quilômetros. Além disso, haverá o percurso de 1 quilômetro para a categoria Family Run, onde crianças de 2 a 13 anos poderão participar desde que acompanhadas dos pais ou responsáveis também inscritos.

A largada da prova será às 6h, no Largo da Gameleira, no trecho entre as praias de Tambaú e Manaíra. Os corredores seguirão em direção à praia do Cabo Branco e, ao completar os respectivos percursos, retornam ao ponto de partida. As inscrições estão abertas e podem ser feitas no site: https://unimedjp.com.br/corridasunimed/.

PREMIAÇÃO

Todos os participantes que completarem a prova dos 5 e 10 quilômetros receberão medalhas. Os cinco primeiros colocados (masculino e feminino) de cada um desses percursos ganharão um troféu.

 

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