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Paraíba

Procon-JP encontra gás de cozinha na Capital com os preços oscilando entre R$ 84,99 e R$ 110,00

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O preço do botijão de 13 quilos do gás de cozinha pode ser encontrado oscilando entre R$ 84,99 (Posto Setta – Ilha do Bispo) e R$ 110,00 (Ricardo Gás – Jaguaribe), diferença de R$ 25,01, variação de 29,4% e média de R$ 96,37, registra pesquisa realizada pelo Procon-JP, onde constata, ainda, que o menor valor mostra queda de R$ 5,00 e, o maior, de R$ 10,00 em relação ao levantamento do dia 4 de maio. Assim como a gasolina e o diesel S10, o produto também teve redução anunciada pela Petrobras (cerca de R$ 9,00) no dia 17 de maio.

O segundo valor mais barato está em R$ 85,00 nos depósitos Gabriel Gás (Bancários) e JDS Gás (Colinas do Sul). A pesquisa registra, também, que alguns revendedores cobram uma taxa pela entrega em domicílio, geralmente de R$ 5,00.

O levantamento do Procon-JP, que também traz preços para quem pretende adquirir o vasilhame do botijão de gás cheio, foi realizado no dia 24 de maio em 40 estabelecimentos de 23 bairros de João Pessoa.

Cartão – Para pagamento no cartão, os preços estão oscilando entre R$ 94,99 (Posto Setta – Ilha do Bispo) e R$ 115,00 (Nelson Gás – Mangabeira e Arlete Gás – Manaíra), com média de R$ 104,41, variação de 21,1% e diferença de R$ 20,01. O segundo menor preço nessa modalidade de pagamento foi encontrado a R$ 98,00 (Depósito Novais – Cruz das Armas e JR Gás – Manaíra).

Vasilhame cheio – A pesquisa traz também preços do vasilhame do gás de cozinha, com o preço do botijão cheio oscilando entre R$ 280,00 (Depósito D’Almir – Bairro dos Estados, Vitória Gás – Mandacaru e ADM Gás – Alto do Mateus) e R$ 320,00 (Rejane Gás e Água – Castelo Branco). A diferença está em R$ 40,00, a variação em 14,3% e a média em R$ 294,44. Quatro estabelecimentos estão comercializando a R$ 300,00 e um (Bancários Gás – Bancários) a R$ 290,00.

Confira a tabela completa acessando os sites da Prefeitura de João Pessoa – www.joaopessoa.pb.gov.br e do Procon-JP –  www.proconjp.pb.gov.br

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Paraíba

Lula assina Decreto para desapropriação de terra na Paraíba em benefício de 91 famílias quilombolas

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Redação do Portal da Capital

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou no encerramento do mês em que é celebrado o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, um conjunto de políticas voltadas para a população negra do país. Entre elas,15 Decretos de Declaração de Interesse Social para Quilombos – para fins de desapropriação de terrenos – para áreas localizadas na Bahia, Maranhão, Minas Gerais, Rio, Paraíba, Piauí, Paraná e São Paulo. Participaram da cerimônia de assinatura, entre outros, os ministros Paulo Teixeira (Desenvolvimento Social e Agrário), Anielle Franco (Igualdade Racial) e Nísia Trindade (Saúde).

De acordo com o Decreto, na Paraíba, foi autorizada a desapropriação de terras na região de Pitombeira, em Várzea, Município localizado no Sertão paraibano e onde serão beneficiadas, pelo menos, 91 famílias.

Durante o evento, registrado na sexta-feira, 29 de novembro, foi lembrado que o ano de 2024 termina com a maior entrega de territórios quilombolas desde 2008, quando Lula entregou 30 áreas. Com a assinatura dos decretos, serão beneficiados 15 territórios quilombolas, 1.123 famílias e aproximadamente quatro mil pessoas quilombolas, em oito estados. A titulação desses Territórios Quilombolas é o primeiro passo para garantir autonomia e proteção das comunidades, promovendo a preservação de suas tradições culturais.

De acordo com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), muitos desses processos de regularização fundiária quilombola tiveram início há mais de uma década. Cumpridas as etapas previstas nas normas que regem a matéria, o Incra reconheceu e declarou como terras das comunidades remanescentes de quilombos tais territórios, restando a desapropriação, ora realizada pelo Presidente da República. A edição dos assinalados decretos por Lula representa mais um passo dado no procedimento de titulação de territórios quilombolas, em consonância à Política de Regularização Fundiária de Territórios Quilombolas.

Entre os decretos estão o do Quilombo Pitanga de Palmares, em Simões Filho (BA), onde a liderança quilombola mãe Bernadete foi assassinada, em 2023; e o do Quilombo de Iúna, em Lençóis (BA), que inspirou o livro Torto Arado, de Itamar Vieira Júnior. O escritor, inclusive, esteve pessoalmente envolvido nesse pleito.

Desde o início do atual governo, 12 decretos de interesse social foram assinados e 32 títulos de domínio foram entregues a 29 comunidades quilombolas, de 13 estados, beneficiando 5.584 famílias. Isso representa um avanço com relação ao período de 2019 a 2022, quando apenas 1 decreto e 23 títulos foram entregues.

IGUALDADE RACIAL – Com investimentos que superam R$ 115 milhões e envolvimento de 11 órgãos federais, a Política Nacional de Povos de Matriz Africana e Terreiro tem a finalidade de promover medidas para a garantia dos direitos desses povos no País, por meio da promoção da igualdade racial, valorização da ancestralidade africana no Brasil, reconhecimento, respeito e valorização dos saberes, fazeres e práticas dos povos tradicionais e do enfrentamento do racismo religioso. Os seguintes ministérios assinam a política: da Igualdade Racial (MIR); dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC); da Cultura (MinC); da Justiça e Segurança Pública (MJSP); e do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA).

Quilombos beneficiados com Decretos de Declaração de Interesse Social:

Pitanga de Palmares, em Simões Filho e Candeias (BA) – 536 famílias

Vicentes, em Xique-Xique (BA) – 29 famílias

Iúna, em Lençóis (BA) – 39 famílias

Jetimana e Boa Vista, em Camamu (BA) – 61 famílias

Depósito, em Brejo (MA) – 13 famílias

Marobá dos Teixeira, em Almenara (MG) – 79 famílias

Lagoa Grande, em Jenipapo de Minas, Novo Cruzeiro e Araçuaí (MG) – 29 famílias

Pitombeira, em Várzea (PB) – 91 famílias

Macacos, em São Miguel do Tapuio (PI) – 50 famílias

João Surá, em Adrianópolis (PR) – 34 famílias

Sacopã, em Rio de Janeiro (RJ) – 9 famílias

São Benedito, em São Fidélis (RJ) – 60 famílias

São Pedro, em Eldorado e Iporanga (SP) – 40 famílias

Galvão, em Eldorado e Iporanga (SP) – 29 famílias

Porto Velho, em Itaóca e Iporanga (SP) – 24 famílias

OUTRAS AÇÕES:

AFROTURISMO – Com investimentos que superam R$ 63 milhões até 2026, o Programa Rotas Negras tem como objetivo promover o afroturismo como pilar para o desenvolvimento socioeconômico e cultural do país. Focado na valorização e disseminação das heranças culturais afro-brasileiras, o programa busca fortalecer a identidade negra no Brasil e posicionar o país como um destino global para o turismo protagonizado por pessoas, espaços, patrimônios, memórias e histórias negras.

NATUREZAS QUILOMBOLAS – O Projeto Naturezas Quilombolas potencializa a Política Nacional de Gestão territorial com o lançamento do Edital para seleção do Parceiro Gestor Quilombos na Amazônia Legal. Serão R$ 33 milhões para serem investidos em chamada para projetos locais “Sementes” (R$ 3 milhões para dez organizações quilombolas) e chamada para projetos em escala “Raízes” (R$ 30 milhões para apoiar até seis projetos na faixa de valor entre R$ 2 milhões e R$ 5 milhões).

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CMJP promove Concerto de Natal no Centro Cultural São Francisco; evento é gratuito

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Redação do Portal da Capital

No próximo dia 05 de dezembro, a Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) promove o Concerto de Natal, dentro do projeto ‘Viva o Centro com Música’. O evento é gratuito e acontece a partir das 17h no Centro Cultural São Francisco, localizado no Centro Histórico.

A programação promete envolver o público presente com opções variadas de música de qualidade, desde o recital operístico com o grupo Curta Ópera, passando pela “Ave Maria”, além da apresentação da Big Band Rubacão Jazz, que vai interpretar músicas de Frank Sinatra.

A iniciativa do Concerto de Natal faz parte do projeto Viva o Centro, que é fruto de uma parceria entre a Câmara Municipal, a Prefeitura de João Pessoa e o Governo do Estado, cujo objetivo é resgatar o Centro Histórico. Nesse sentido, foram realizadas algumas ações para atrair investimentos para a área central da cidade, a exemplo da “Feira de Negócios Viva o Centro”, realizada nos dias 2 e 3 de maio, voltada para empresários interessados em investir no Centro Histórico, através da oferta de incentivos fiscais. A Câmara também realizou passeio ciclístico no dia do aniversário de João Pessoa (5 de agosto), reunindo centenas de participantes no Centro da capital.

Viva o Centro com Música

Promovido pela Prefeitura de João Pessoa, o projeto é uma iniciativa da Secretaria de Ciência e Tecnologia (Secitec-JP), em parceria com o Governo da Paraíba, com o intuito de revitalizar o Centro Histórico, através de atividades culturais que democratizam o acesso à música de qualidade, além de proporcionar a ocupação dos espaços públicos pela comunidade.

Clique aqui e confira a carta convite.

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Paraíba

Especialistas do Incra/PB discutem no MPF/PB impactos de parques eólicos em assentamentos rurais

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Redação do Portal da Capital

Os impactos da implantação de parques eólicos e fotovoltaicos em assentamentos da reforma agrária e comunidades quilombolas é uma preocupação crescente na região Nordeste. Este foi o tema de evento promovido pelo Ministério Público Federal na Paraíba (MPF/PB), na última semana do mês de novembro, em João Pessoa. A iniciativa reuniu cerca de 50 servidores de órgãos públicos federais e estaduais, além de especialistas e representantes de movimentos sociais.

O foco principal das discussões do “Curso de Capacitação em Energias Renováveis” foi a identificação e o enfrentamento de problemas causados pela instalação dessas usinas em várias áreas do estado. Outro objetivo foi a busca de soluções que respeitem os direitos dos assentados e minimizem os impactos sociais e econômicos negativos das usinas eólicas e fotovoltaicas nas comunidades.

Servidores das divisões de Governança da Terra, Desenvolvimento Sustentável, Obtenção de Terras e Territórios Quilombolas do Incra na Paraíba (Incra/PB) e o superintendente regional da autarquia, Antônio Barbosa Filho, participaram dos debates, que aconteceram no auditório do MPF/PB.

O evento contou ainda com a presença de representantes da Defensoria Pública da União no estado (DPU/PB), da Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema), da Defensoria Pública do Estado da Paraíba (DPE/PB), da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), do Instituto Federal de São Paulo (IFSP), da Comissão Pastoral da Terra (CPT), do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA), da AS-PTA – Agricultura Familiar e Agroecologia, de assentados da reforma agrária e de quilombolas.

Entre as principais questões discutidas no evento, destacaram-se os direitos territoriais, as disputas pelo uso da terra devido à falta de consulta e diálogo prévio com as comunidades afetadas. Foram abordados ainda os danos estruturais em moradias e cisternas, os impactos nos ecossistemas locais, no modo de vida das comunidades e na saúde de pessoas, animais e plantas.

O chefe da Divisão de Governança da Terra do Incra/PB, André Ricardo de Melo, apresentou mapas digitais que mostram a distribuição dos “corredores de ventos” nos assentamentos rurais, das comunidades quilombolas e das áreas onde já foram instalados empreendimentos para geração de energia– áreas geográficas onde o fluxo de ventos é particularmente forte e constante. Os corredores de ventos constituem localizações ideais para a geração de energia eólica.

Impactos e dificuldades
No entanto, os participantes do evento ressaltaram que, embora os parques eólicos possam trazer benefícios econômicos e energéticos ao país, eles têm gerado dificuldades para as comunidades assentadas e quilombolas. Entre os problemas relatados estão a restrição de áreas para cultivo e criação de animais, o que afeta a segurança alimentar das famílias.

De acordo com a professora doutora Mariana Traldi, do departamento de Geografia do Campus do IFSP em Hortolândia, estudiosa de temas relacionados à produção de energia renováveis em comunidades rurais, está havendo uma “privatização dos ventos” para a produção de energia eólica por empresas multinacionais em áreas rurais brasileiras, principalmente em assentamentos da reforma agrária e comunidades quilombolas.

Ela explicou que os contratos firmados entre as empresas e os agricultores têm cláusulas abusivas, prazos de vigências que ultrapassam 40 anos e multas milionárias em caso de desistência. “Os agricultores que assinam esses contratos perdem o controle de suas terras por toda a vida”, resumiu Mariana Traldi.

Segundo a professora, falta legislação específica e regulamentação da atuação das empresas geradoras de energia, bem como apoio jurídico às famílias assediadas por elas. “É uma relação de exploração e um processo contrário à reforma agrária, com reconcentração de terras. É a captura da renda da terra por grandes empresas”, concluiu.

Dom Quixote
Para o professor de Direito da UFPB Fernando Joaquim Maia, integrante do Projeto Dom Quixote, que promove o fortalecimento do conhecimento e da autonomia das comunidades diante das mudanças trazidas pela transição energética, o Estado precisa intervir nessas relações contratuais.

já o procurador da República José Godoy, membro do MPF/PB, afirmou que os órgãos ambientais estão sendo enganados pelas empresas para acreditarem que a implantação de empreendimentos de produção de energias renováveis tem apenas benefícios. “Está acontecendo um embuste”, disse.

O defensor público federal Edson Júlio de Andrade alertou para problemas previdenciários futuros que podem afetar agricultores que arrendaram suas terras para empresas geradoras de energias. “No futuro, pode haver uma geração de agricultores sem possibilidade de se aposentar porque perderam a condição de segurado especial da Previdência Social”, afirmou.

Andrade ainda destacou os impactos na sucessão rural nas áreas exploradas pelas empresas geradoras de energia, ou seja, na transferência da gestão das atividades agrícolas ou pecuárias de uma geração para outra.

Famílias prejudicadas
O agricultor Marcos Elói Barbosa, do assentamento José Antônio Eufrouzino, em Campina Grande, a cerca de 120 quilômetros de João Pessoa, falou sobre o assédio das empresas produtoras de energia eólica às áreas de reforma agrária da região do Agreste paraibano. “As empresas passaram lá no assentamento e tentaram nos convencer, mas não aceitamos. Assentamentos vizinhos, que assinaram os contratos, agora estão nos pedindo ajuda”, disse, acrescentando que muitos jovens, filhos de assentados, não querem mais ficar nas áreas e pensam em migrar para as periferias das cidades. “Eu quero uma vida digna para meus filhos e netos. Esses campos de energia são ameaças grandes aos agricultores assentados. A cidade vai comer o quê se o campo não plantar? Vai comer energias renováveis?”.

Ednalva Santos, da Comunidade Quilombola Serra do Abreu, localizada nos municípios de Picuí e Nova Palmeira, a aproximadamente 250 quilômetros da capital paraibana, falou sobre os impactos da instalação de geradores de energia eólica na fauna e na flora. “Não somos contra as energias renováveis, mas contra a forma como estes parques de produção estão sendo implantados”, afirmou.

A agricultora Maria do Céu Batista, umas das lideranças da Marcha pela Vida das Mulheres e Pela Agroecologia, do Pólo da Borborema, que reúne 15 sindicatos de trabalhadoras e trabalhadores ruais (STRs), relatou os danos causados a moradias e cisternas em comunidades onde foram implantados parques eólicos.

Propostas de solução
Durante o evento, foram sugeridas medidas para mitigar os impactos desses projetos, como a criação de protocolos mais claros de consulta às comunidades afetadas. Também foram propostas medidas como o fortalecimento da regulamentação para garantir que as famílias assentadas não sejam prejudicadas; a oferta de assessoria técnica para a avaliação dos impactos decorrentes da instalação dos empreendimentos de produção de energia e o incentivo a modelos de compensação que respeitem os direitos dos trabalhadores rurais e das comunidades locais.

A ideia é criar um modelo de desenvolvimento que seja sustentável tanto do ponto de vista econômico quanto social, sem desconsiderar as necessidades e os direitos das populações tradicionais do campo.

Uma das lideranças do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) na Paraíba, Dilei Schiochet, defendeu a busca de alternativas de renda para que os agricultores, principalmente os mais jovens, não abandonem os assentamentos impactados pela instalação aerogeradores. “Poderiam ser disponibilizados créditos para que o capital energético não se aproprie de nossos assentamentos. Por que os jovens dos assentamentos não podem, eles mesmos, ganhar dinheiro produzindo energia solar?”

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