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De olho em 2018, MBL aposta em apelo emocional e ataques à imprensa

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“De braços abertos”. Assim reagiu o senador Tasso Jereissati, presidente interino do PSDB, à articulação entre jovens do partido e o MBL (Movimento Brasil Livre) para as eleições de 2018.

Outros partidos alinhados à direita já sinalizaram que há mais prós do que contras em integrar o MBL a seus quadros. Mas o que torna o grupo tão atraente?

Uma das possíveis explicações é de que os vencedores das próximas eleições serão nomes com “recall” –ou por ter forte penetração na internet ou por já integrar a máquina pública. É o que afirma Fabio Malini, coordenador do Laboratório de Imagem e Cibercultura da UFES, que define “recall” como a tendência a ser lembrado, segundo a Folha.

É aí que entra o MBL e sua ampla capilaridade digital. O grupo conta com um largo alcance nas redes, uma articulação com partidos de centro-direita, o apoio (ou, ao menos, a não-oposição) ao presidente Michel Temer e um importante papel na comunicação do prefeito João Doria. Para Malini, o movimento é, inclusive, a “principal cadeia de transmissão” do tucano.

Em 2016, o potencial do grupo como máquina eleitoral foi explorado não só por Doria, mas também por outro tucano: o prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan.

Segundo dados do próprio MBL, foram mais de 25 milhões de interações nas redes com publicações de incentivo à campanha de Doria. No caso de Marchezan, mais de 19 milhões.

Ainda assim, Malini ressalta que a integração à máquina pública deixa o MBL vulnerável a mudanças na avaliação dos governos. “Qualquer flutuação de popularidade eles vão junto.”

Outro trunfo do MBL, segundo Malini, é que parte do “branding” do movimento se sustenta em parecer “menos contaminado pela política tradicional”, ainda que, na prática, esteja envolvido com ela. Em um cenário de reduzida capacidade de renovação dos partidos, novos nomes de impacto se tornaram um bem precioso.

“O MBL entrou no vácuo de uma certa ânsia popular de que tudo que está aí na política precisa ser excluído”, diz o pesquisador.

De acordo com levantamento divulgado pela escola de Comunicação Digital ePoliticSchool, o MBL tem o maior envolvimento com internautas entre as páginas de direita.

Malini credita o sucesso nas redes a uma “tática de comoção on-line”. “Não é o raciocínio que vem primeiro, é o forte apelo emocional. As letras garrafais, tudo carregado de muita emoção, os léxicos criados, como o ‘tchau, querida’… É um modo de ganhar a narrativa na rede.”

CUSTO MBL

Em 2016, o vereador Fernando Holiday (DEM), uma das principais figuras do MBL, foi eleito com 48.055 votos. Na campanha foram desembolsados R$ 52,5 mil em despesas pagas e R$ 6 mil em recursos estimáveis. Assim, cada voto custou cerca de R$ 1,20.

Ao mesmo tempo, o custo médio de cada voto nos outros vereadores eleitos na capital foi quase dez vezes maior: R$ 10,20. O único voto mais barato que o de Holiday foi o de Eduardo Suplicy (PT), que, há décadas na política, atingiu votação recorde.

O que fez o custo Holiday ser tão baixo? Malini “não tem dúvidas” de que as redes foram fundamentais para a sua eleição.

“O ‘recall’ que esse menino tem nas redes sociais é algo incrível. Ele dialoga com o eleitor jovem de centro-direita e por isso tem sempre que criar fatos sociais novos nas redes para não sumir”, afirma.

PÓS-VERDADE

Uma das estratégias do MBL para se firmar como formador de opinião é tentar ocupar o espaço da grande mídia.

Ao mesmo tempo que ataca jornalistas da grande imprensa sob a alegação de que produzem “fake news”, o grupo mantém relação não esclarecida com o “JornaLivre”. A publicação de textos apócrifos de viés liberal funciona frequentemente como porta voz não-oficial do MBL. “Roger Scar”, nome fictício, é listado como “editor-chefe” do “jornal”. O site não é registrado no Brasil.

Além disso, o MBL apresenta um “jornal” em seu canal no Youtube todos os dias da semana. No “MBL News”, os integrantes leem os acontecimentos diários enquanto emitem julgamentos e fazem piadas.

A transmissão é feita ao vivo, o que possibilita aos internautas deixar mensagens. Alguns, inclusive, pagam para enviar um “pimba” –tipo de comentário que deve ser lido obrigatoriamente pelos “apresentadores”.

Fabio Malini ressalta que os fãs ganharam uma maior possibilidade de atuação com a internet. “O fã não é mais público, apenas. Ele é parceiro, investe, ajuda. Foi criada uma rede de afeto, de seguidores.”

Para Malini, o grande desafio do MBL é continuar a surfar no assunto do momento. “Ainda mais defendendo um governo frágil e não tendo mais o anti-petismo como algo que cola tanto. O MBL precisa da agitação. Se não tiver isso, não vai ter nenhum outro canal, porque são nativos da internet.”

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“Não haverá desoneração para favorecer os mais ricos”, diz Lula

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou, nessa quarta-feira (01/05), a rechaçar a desoneração da folha de empresas de 17 setores, durante evento em comemoração ao 1º de maio em São Paulo, ao lado de ministros, e promovido por centrais sindicais.

Segundo informações do Metrópoles, o projeto havia sido aprovado pelo Congresso Nacional e vetado pelo governo. Em seguida, parlamentares derrubaram o veto de Lula.

“A gente faz desoneração quando o povo pobre ganha. Quando o trabalhador ganha. Mas fazer desoneração sem que eles sequer se comprometam a gerar o emprego, sem que eles sequer se comprometam a dar garantias a quem está trabalhando… Eu quero dizer: no nosso país não haverá desoneração para favorecer os mais ricos e sim para favorecer aqueles que trabalham e vivem de salário”, disse Lula.

O projeto da desoneração, do senador Efraim Filho (União Brasil), havia sido aprovado em agosto. Em dezembro, o governo federal vetou o texto aprovado pelo Congresso Nacional integralmente sob o argumento de que ele criaria renúncia de receitas sem apresentar impacto nas contas públicas e que, portanto, é inconstitucional.

Em dezembro de 2023, o Congresso Nacional derrubou os vetos do presidente. O caso foi judicializado pelo governo federal. Atendendo a um pedido da Advocacia-Geral da União (AGU), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin suspendeu trechos da lei que prorrogou a desoneração da folha de pagamento de municípios e de diversos setores produtivos até 2027.

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Conheça em detalhes o projeto do governo que regulamenta a reforma tributária

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A Agência Câmara trouxe um guia prático que explica em detalhes o Projeto do Governo Federal que regulamenta a reforma tributária no Brasil. De acordo com o guia, o texto regulamenta três tributos sobre o consumo e que foram criados pela reforma tributária. Trata-se do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) compartilhado entre Estados e Municípios; da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), um tributo federal; e, o Imposto Seletivo (IS), também federal. Estes três impostos substituirão os cinco atualmente em vigor: PIS (Programa de Integração Social), o Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), o IMCS (Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação) e o ISS (Imposto Sobre Serviços).

Confira o guia detalhado:

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Gervásio participa de missão internacional representando a Câmara dos Deputados

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O líder do PSB, Gervásio Maia, que também integra a Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados, participa em Havana do Encontro Internacional de Solidariedade com Cuba. Também integram a delegação, a deputada federal Alice Portugal, presidente do Grupo de Amizade Parlamentar Brasil-Cuba, Fernando Mineiro, Lídice da Mata e Márcio Jerry.

Nesta terça-feira (30), os parlamentares se reuniram com deputado Rolando González Patrício, presidente da Comissão de Relações Internacionais da Assembleia Nacional do Poder Popular.

Na pauta, questões relativas aos respectivos parlamentos, sistemas legislativos e grandes desafios em um contexto de crise internacional.

“Durante a reunião tratamos sobre intercâmbios tecnológicos, científicos e culturais entre os dois países. Também falamos sobre o embargo dos EUA contra Cuba, cujo sistema de sanções mais longo e severo já aplicado no mundo tem gerado fome e miséria ao povo cubano”, afirmou Gervásio Maia.

Nesta quarta-feira (01), a comitiva brasileira participa de atividades em homenagem ao Dia dos Trabalhadores, entre outras atividades institucionais.

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