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MPT constata que réus descumpriam normas de saúde e segurança do trabalho

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Após ação do Ministério Público do Trabalho, a Justiça condenou a Assembleia Legislativa da Paraíba e o Estado por descumprirem normas de saúde e segurança do trabalho.
De acordo com a sentença, a Assembleia Legislativa da Paraíba e o Estado têm um prazo de 120 dias para sanar todas as irregularidades e comprovar o cumprimento das obrigações, entre elas, apresentar projeto e manter atualizado o sistema de prevenção contra incêndios (que inclui extintores, sinalização de emergência e instalação de corrimão em escada).
A Ação Civil Pública foi ajuizada depois que o Ministério Público do Trabalho na Paraíba (MPT-PB) recebeu denúncia de que a Assembleia estava violando normas de saúde e segurança do trabalho. O MPT solicitou ao Corpo de Bombeiros que fosse feita uma vistoria na ALPB e “foram constatadas diversas desconformidades em relação às normas reguladoras”.
“Analisando detalhadamente os autos, revela-se, pela vasta documentação trazida aos autos, a ocorrência de inúmeras irregularidades relativas ao ambiente de trabalho dos empregados da primeira reclamada, com a implementação de efetiva solução, conforme Relatório de Inspeção trazido aos autos, no que que diz respeito ao esgotamento, infiltrações e interdições em elevadores, salas e banheiros”, afirmou a juíza do Trabalho substituta Veruska Santana Sousa de Sá, que proferiu a sentença.
“Verifico, também, pelos documentos trazidos aos autos pelos réus e pelo teor das suas defesas, que as irregularidades apontadas pelo autor ainda não foram, integralmente, sanadas, embora algumas diligências tenham sido adotadas pela primeira promovida nesse sentido, mesmo que após o ajuizamento da presente ação”, ponderou a magistrada.
Proteção integral
Autor da ação, o procurador do Trabalho Paulo Germano ressaltou que a Assembleia já começou a cumprir as obrigações determinadas, inclusive transferiu os servidores para o prédio do Paraíba Palace, mas para a proteção integral dos trabalhadores, é preciso sanar todas as irregularidades que põem em risco a saúde e a segurança no meio ambiente de trabalho.
Transferência de prédio é solução temporária
Na sentença, a juíza destaca que a transferência sana “temporariamente” as irregularidades. “No que concerne à solução tomada pela primeira ré de transferir o Centro Administrativo Legislativo para outro prédio, embora, em um primeiro momento, possa até elidir as irregularidades apontadas pelo laudo de inspeção e pela vistoria do CBMP, por se tratar de nova localidade de prestação de serviços, não há como ignorar que se afigura como ‘solução temporária e com prazo determinado’, não tendo, ainda, o condão de solucionar as irregularidades combatidas pelo ‘Parquet’, uma vez que, após encerrado o contrato de locação, os trabalhadores voltariam a prestar serviços no prédio da primeira ré sem as condições de segurança adequadas”.
Multas
Segundo a sentença, as obrigações deverão ser cumpridas pelos réus, solidariamente, no prazo de 120 dias (a contar da notificação das rés), sob pena de multa diária de R$ 200,00 por descumprimento de cada obrigação, até o limite de R$ 10 mil por cada uma. Uma vez cumpridas as obrigações determinadas, deverá a Assembleia Legislativa da Paraíba manter o cumprimento das obrigações, sob pena de multa no valor de R$ 5 mil por cada descumprimento constatado.
Defesa
Na ação, as rés informaram que “a nova gestão da Assembleia Legislativa decidiu não construir uma nova sede para o órgão, estando envidando esforços para viabilizar a permanência da Casa Legislativa na Praça João Pessoa, ao mesmo tempo em que está promovendo melhorias em suas instalações para abrigar os parlamentares, bem como seu corpo de servidores e colaboradores, ‘com a eficiência e segurança necessárias ao bom desempenho de sua função institucional’”.
ALGUMAS OBRIGAÇÕES:
1- APRESENTAREM à DAT-1 (Seção de Análise de Projetos) do CBMPB, projeto de incêndio das instalações preventivas de proteção contra Incêndio, Explosão e Controle de Pânico, onde será analisado se os sistemas de proteção existentes estão de acordo com o projeto e se há a necessidade de algum sistema exigido pela Norma Técnica CBMPB Nº 004/2014.
2- PROVIDENCIAREM e manterem placas de sinalização fotoluminescentes atualizadas e afixá-las imediatamente acima dos extintores a uma altura mínima de 1,80m.
3- FIXAREM e manterem os extintores à parede em uma altura máxima de 1,60m do piso acabado, em local visível, desobstruído e de fácil acesso, conforme NBR ABNT 12693.
4- INSTALAREM e manterem sinalização de Emergência em áreas comuns, adotando-se sinalização do tipo fotoluminescente para orientação e salvamento (indicação de rotas de fuga, porta corta-fogo, não uso de elevador em caso de incêndio e indicação de pavimento).
5- REALIZAREM a manutenção da altura do guarda-corpo de modo que a altura mínima dele tenha 1,10 metros.
6- INSTALAREM o corrimão nos dois lados da escada.
7- MANTEREM a parede da caixa da escada com acabamento liso, conforme item 4.7.4.1 da NBR ABNT 9077.
8- REALIZAREM e manterem a manutenção das mangueiras dos hidrantes de modo a acondicioná-las de maneira adequada.
9- PROVIDENCIAREM e manterem placas de sinalização fotoluminescentes atualizadas e afixá-las imediatamente acima dos hidrantes a uma altura mínima de 1,80m.
10- REALIZAREM e manterem a manutenção do sistema de detecção de alarme de Incêndio, de modo a torná-lo operante e sinalizado de acionador e sirene do alarme de Incêndio.

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Paraíba

Cúpula Nacional do PT decidirá rumos da legenda em João Pessoa na próxima segunda-feira

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A Cúpula Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) se reunirá na segunda-feira (06/05) para decidir os rumos da legenda em João Pessoa com vistas às Eleições 2024.

A Capital paraibana, João Pessoa, ao lado de Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ) e Curitiba (PR) forma a lista das Capitais onde a decisão final sobre candidatura da legenda caberá ao Diretório Nacional.

O PT Municipal está rachado em território pessoense e, portanto, partirá do Diretório Nacional a decisão se a legenda lançará ou não candidatura própria na cidade ou se apoiará outra sigla no pleito de outubro.

O racha

O racha no PT de João Pessoa se deu pelo acirramento da disputa interna entre a deputada estadual Cida Ramos e o deputado estadual Luciano Cartaxo que, desejam, respectivamente representar a legenda na corrida eleitoral ao comando da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP).

A preço de hoje, Cida Ramos é o único nome disposto à pré-candidatura uma vez que Cartaxo renunciou oficialmente à disputa na segunda-feira (11/03) e disse que não mais se candidataria a prefeito pelo PT nas Eleições 2024.

A situação se complicou porque Cartaxo, apesar da renúncia pública e oficial, decidiu buscar apoio em Brasília para tentar reverter a situação em favor próprio junto à cúpula nacional para ser o nome do PT na corrida eleitoral pessoense.

Como parte da estratégia Cartaxo buscou Ricardo Coutinho que, agora mora em Brasília, e mantém relação suficientemente próxima à Presidência da República para emplacar a esposa em um cargo federal. E, conseguiu apoio de Luiz Couto que, enquanto deputado federal, chegou a se manifestar na Tribuna da Câmara com uma declaração pró-Cartaxo para pré-candidato do PT em JP.

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O ex-governador Ricardo Coutinho decidiu atender ao pedido de Cartaxo e, junto com a ex-deputada Estela Bezerra e a ex-prefeita Márcia Lucena, todos do PT, decidiram, através de um ‘Manifesto’, declarar apoio público ao projeto do deputado estadual de ser o nome do Partido dos Trabalhadores para disputar o comando da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) nas Eleições 2024.

Com isso, a disputa interna ficou fora de controle e carente de uma intervenção da cúpula nacional petista.

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Paraíba

Ministro da Educação e governador da Paraíba lançam programa Pé-de-Meia na Paraíba, nesta sexta

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O Ministério da Educação (MEC) e o governo da Paraíba formalizarão a adesão do estado ao programa Pé-de-Meia: a poupança do ensino médio. 

O Ministro de Estado da Educação, Camilo Santana, e o governador da Paraíba, João Azevêdo, detalharão o Pé-de-Meia às 9h30 da sexta-feira, 3 de maio, no Teatro Pedra do Reino, no Polo Turístico Cabo Branco, em João Pessoa (PB). 

Na ocasião, serão divulgados critérios e formas de acesso e permanência no programa para os estudantes matriculados no ensino médio público paraibano.    

A colaboração entre o Governo Federal e os entes federados ocorre por meio da sensibilização das redes públicas ofertantes de ensino médio, que são responsáveis por prestar as informações necessárias à execução do programa.     

Clique aqui e saiba mais sobre o programa.

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Paraíba

Incra se reúne com Tabajaras e discute impactos da demarcação do território indígena no Litoral Sul

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Representantes de órgãos federais e caciques das quatro aldeias Tabajara na Paraíba – localizadas no município de Conde, no Litoral Sul do estado -, participaram, em 30 de abril de 2024, de reunião na Superintendência Regional do Incra/PB para discutir os impactos sociais da demarcação do território da etnia na região. Isso, porque na área de seis mil hectares reivindicada pelos indígenas, há cinco assentamentos da reforma agrária e duas comunidades quilombolas. Uma nova reunião deve ser marcada em breve com a participação de representantes dos quilombolas e dos agricultores assentados na área reivindicada pelos Tabajara.

Participaram das discussões representantes do Incra/PB, do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), da Defensoria Pública da União na Paraíba (DPU/PB) e do Programa Estadual de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos (PEPDDH) da Secretaria de Desenvolvimento Humano (SEDH) do Governo da Paraíba.

A reunião se iniciou com as falas dos caciques Tabajara, que denunciaram a grilagem de áreas do território reivindicado – localizado em uma região litorânea de forte especulação imobiliária e vocação turística -, e ainda o desmatamento das matas ciliares, a extração de areia e o lançamento de resíduos industriais nos rios que cortam as terras.

Segundo o cacique Ednaldo Tabajara, da Aldeia Vitória, o território original dos Tabajara no Litoral Sul paraibano, reconhecido no ano de 1614, possuía 35 mil hectares e compreendia áreas dos municípios de Conde, Alhandra e Pitimbu. Ele contou que, no início do século XX, quando a família Lundgren, de origem sueca, chegou à região e se tornou proprietária de indústrias, de casas e de extensas áreas de terra nos estados da Paraíba e de Pernambuco, houve uma maior dispersão dos indígenas Tabajara. Desde então, o número de indígenas Tabajara vem diminuindo, chegando hoje a cerca de dois mil. “O contexto histórico não é ensinado nas escolas nem nas universidades”, disse.

O cacique Ednaldo Tabajara ressaltou que, dos seis mil hectares reivindicados pelos Tabajara, quatro mil hectares são de áreas de reserva, compreendendo falésias, manguezais e nascentes de rios, que serão preservadas pelos indígenas. “Não estamos lutando pela terra de ninguém. Nós reduzimos a área total reivindicada para não causar tanto impacto aos assentamentos que já existem no território original dos Tabajara”, afirmou o cacique Ednaldo Tabajara.

O cacique Carlos, da Aldeia Barra de Gramame, reafirmou o compromisso que os indígenas têm com o diálogo entre as partes envolvidas. “Não queremos pegar à força uma área que esteja produzindo. Queremos vivem em paz com os agricultores assentados, muitos deles de origem indígena, e com os quilombolas”, disse. “Desde 1500 somos mortos e perseguidos”, acrescentou, revelando que, atualmente, algumas lideranças estão sendo intimidadas e correm risco de morte.

“Queremos que nosso direito seja visto e nossa situação seja reparada”, afirmou o cacique Paulo, da Aldeia Nova Conquista.

A representante da DPU/PB – a defensora pública federal e defensora regional de direitos humanos na Paraíba -, Diana Freitas de Andrade, ressaltou que uma eventual demora na resolução da questão pode resultar em violência. Para ela, é fundamental que a grande especulação imobiliária existente na região receba uma maior atenção dos órgãos públicos.

O chefe do Serviço de Gestão Ambiental e Territorial da Coordenação Regional da Funai/PB, Alan Dilessandro Oliveira de Souza, destacou a complexidade do processo de demarcação de um território indígena e reiterou o interesse dos Tabajara em manter uma convivência pacífica com os assentados da reforma agrária e com os quilombolas.

A coordenadora nacional de Estudos Fundiários em Terras Indígenas da Funai, Maila Terra Gioia, participou por meio de videoconferência da reunião e garantiu que o objetivo é resguardar o direito de todas as partes envolvidas. Ela se comprometeu a participar da reunião que será realizada com a presença dos agricultores assentados e quilombolas.

“Nossas ações precisam manter esse espírito de colaboração e respeito às pessoas, como foi defendido pelos caciques”, afirmou o superintendente do Incra/PB, Antônio Barbosa Filho.

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