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Candidato do governo tem de mostrar capacidade de ganhar, diz Jucá

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O líder do governo no Senado e presidente do PMDB, Romero Jucá (RR), afirma que o candidato governista à Presidência em 2018 precisa demonstrar “capacidade de ganhar a eleição”.

Principal articulador político de Michel Temer no Congresso, Jucá diz, em entrevista a Talita Fernandes, da Folha, que o tucano Geraldo Alckmin é um bom nome, mas não o único.

Ele ataca o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, autor de duas denúncias contra Temer, e diz que a reforma da Previdência seria aprovada se não fosse a atuação do ex-PGR.

Responsável por anunciar o adiamento da reforma para 2018, Jucá reconhece que sua aprovação em ano eleitoral ficou “mais difícil”.

Folha – Termina um ano turbulento para o governo. Foram arquivadas duas denúncias contra o presidente e aprovada a reforma trabalhista, mas o grande trunfo, a reforma da Previdência, não foi votada. O saldo é positivo?
Romero Jucá – É extremamente positivo. O presidente Temer assumiu o governo há um ano e meio com inflação de 10,45%. Agora está em 2,8%. Pegamos taxa de juros de 14,75% e está a 7% -a menor da história do país.
Foi um ano e meio em cima de turbulências inimagináveis. Nós tivemos um ataque especulativo. O interesse do senhor Janot era derrubar o governo. Na verdade, o presidente Temer resistiu e saiu mais forte.

Mas sai fraco sem a reforma da Previdência…
Não sai fraco. Eu diria que não sai fortalecido o necessário para a economia responder da forma que poderia fazer.

O senhor disse que a turbulência está passando. A Lava Jato perdeu força?
Não temos mais vazamentos irresponsáveis e fabricação de crise. Na época do Janot tínhamos fabricação de crises não verdadeiras. Isso tumultuou a política, a economia. Tentou-se acabar com a classe política deliberadamente forjando delações.

Temer nomeou a nova PGR e trocou a direção da PF. Isso não é estancar a sangria como o senhor havia dito naquela conversa com Sérgio Machado (ex-presidente da Transpetro)?
Primeiro que estancar a sangria se referia ao governo Dilma. Não era estancar a Lava Jato. Estava sangrando o país, acabando com o Brasil -e a prova é que revertemos isso. A Lava Jato eu sempre defendi. A doutora Raquel Dodge [a atual PGR] age com responsabilidade, não está estripando o país como Janot fez. A Polícia Federal ter um diretor novo depois de um tempo enorme é algo extremamente natural. Você cobrar responsabilidade e o cumprimento da lei não é estancar nada. É estancar o abuso.

O senhor é alvo de vários inquéritos.
Fiz questão de depor nos inquéritos. Um deles é porque estava num almoço e apareceu o Paulo Roberto [Costa, ex-diretor da Petrobras]. Depois não se chegou a mais nada.
Em outro montaram a gravação com Sérgio Machado. Quem montou? Marcelo Miller [ex-procurador]. Montou-se uma gravação, encomendou-se um pistoleiro, que é o Sérgio Machado, para salvar os filhos dele que roubaram.
O Janot criou um acordo e mandou seu braço direito fazer uma delação e envolver a classe política toda. Renan Calheiros, Aécio Neves, eu, todo mundo. O que isso demonstra? Ação deliberada.

Lula será julgado em janeiro. Como o sr. avalia o cenário eleitoral em relação a ele?
Acho que se Lula for condenado, ele deixa de ser candidato. Se for inabilitado, será um cabo eleitoral importante, mas não poderá ser candidato. Lula sendo candidato, o eixo da eleição é o Lula e o anti-Lula. Ele não sendo candidato, o eixo da eleição é muito mais a economia e o discurso dos outsiders.

O que favorece o candidato do governo.
Ou não. Depende de quem será. Tem que ser um candidato que demonstre capacidade de ganhar a eleição. Essa será a principal aglutinação que ele poderá fazer.

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) é um bom nome?
Alckmin é um bom nome, mas existem outros.

Quais?
No PSD, existe o Henrique Meirelles [ministro da Fazenda]. No PMDB, temos o Paulo Hartung [governador do Espírito Santo], o próprio presidente Temer, que pode ser candidato ou não.

Não está descartada essa possibilidade de Temer sair?
Não. Ele descarta, mas a política é um processo.

Meirelles disse em entrevista à Folha que Alckmin não será o candidato do Planalto porque não abraçou o legado do governo. O senhor concorda?
O que o PSDB disse há um tempo pode ser revisto. O próprio PSDB pode fazer isso. Um exemplo é fechar questão pela reforma da Previdência.

Mesmo com uma aprovação do presidente tão pífia, de 5%, é possível defender o legado?
O governo tem um legado.

Qual é o legado?
Taxa de juros baixa, inflação controlada, crescimento econômico, emprego, reforma trabalhista, reformas estruturantes. Estamos saindo de uma tempestade. A cada dia que passa, o legado cresce, e o fortalecimento do PMDB ocorre. O governo está construindo um legado na economia e na gestão que será um pilar importante na campanha.
Os partidos precisam ter o bom senso de construir uma chapa forte, que defenda esse legado. Pode ser com o PSDB, com o DEM, com qualquer partido. Se houver essa defesa, nós estaremos num projeto coletivo. Se não houver, aí o PMDB poderá não estar num conjunto de forças, poderá ter candidatura própria.

Como o senhor vê o PMDB no ano que vem?
No dia 19 (terça-feira) vamos ter a convenção para resgatar o nome MDB (Movimento Democrático Brasileiro). Não queremos ser um partido político só, queremos ser uma força política.

Será feita uma sinalização de candidatura própria?
Não, pois candidatura própria é uma construção. Daremos início a uma discussão de ajuste do programa do partido.

O senhor fala em legado econômico. Como traduzir isso para o eleitor que não sentiu esse impacto?
Isso se fará no próximo ano. A macroeconomia replica na microeconomia e repercute na vida das pessoas.

Por que a reforma da Previdência ficou para 2018?
O governo fez uma proposta, existiram percalços. Foi feita a construção de uma proposta menor, mais palatável. Três partidos fecharam questão: o PMDB, o PTB e o PSDB, e outros acenam com essa possibilidade, como o DEM.
O governo tinha os votos num primeiro momento, mas Janot torpedeou a Previdência com as denúncias. Prestou um desserviço ao Brasil. Se tivéssemos votado a reforma da Previdência, o quadro da economia seria hoje muito melhor. A reforma é um ponto fundamental porque é o maior gasto público. É o ponto central do teto do gasto.

Em 2018, ano eleitoral, não será mais difícil aprová-la?
É mais difícil. Mas agora não temos votos e estamos num crescente de conquista.

Como está a conta hoje?
Não sei, mas não temos os 308 votos necessários.

Sem a reforma, qual seria uma medida para compensar?
Isso depende do Meirelles e do Dyogo Oliveira [ministro do Planejamento]. O governo não vai criar imposto. Até seria [uma forma de compensar], mas não é o momento. O país não aguenta mais impostos.

Dizem que o senhor ainda é o ministro do Planejamento…
O ministro é o Dyogo que, aliás, é um excelente ministro.

O que dá tempo ainda de votar em 2018?
Acho que dá para votar a Previdência, medidas macroeconômicas e talvez uma pequena reforma tributária.

Qual sua opinião sobre as perspectivas de crescimento?
Eu penso que vai ter crescimento [do PIB, Produto Interno Bruto]. Claro que ainda há um intervalo de crescimento entre 2,5% e 3%. O governo quando fala de números tem que ser conservador, não pode especular.

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Ruy propõe criação de cartilha informativa sobre TEA na rede educacional

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Diversos incidentes e apelos populares em diferentes regiões do país levaram o deputado federal Ruy Carneiro (PSC/Podemos) a propor a criação de uma cartilha informativa sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) voltada para a rede educacional no Brasil. A solicitação foi realizada de forma oficial, através de uma indicação destinada diretamente ao Ministério da Educação.

A proposta prevê que a nova ferramenta educativa seja disseminada em todas as escolas do país, defende Ruy. “É preciso garantir a inclusão e o pleno acesso à educação aos estudantes brasileiros incluídos no espectro autista. Infelizmente, a falta de informação dentro do ambiente escolar tem gerado uma série de incidentes em diversas regiões do país. Tenho a plena convicção de que a disseminação de conteúdos relevantes pode ampliar a construção da comunidade educacional sobre os detalhes deste transtorno, promovendo maior compreensão, empatia e aceitação”, enfatizou.

O deputado acredita que a cartilha poderá contribuir com um ambiente escolar ainda mais inclusivo e respeitoso. “Esta medida é crucial para enfrentar os desafios pelas quais crianças com TEA lidam todos os dias. Ela vai ajudar a combater estigmas, fomentar a construção de uma sociedade mais justa e igualitária, além de promover uma maior integração entre educadores, alunos e familiares”, acrescentou.

A Câmara Federal enviou a indicação da cartilha ao Ministério da Educação. O Governo Federal deve sinalizar sobre a solicitação e os desdobramentos para a implantação ainda este ano.

Autismo no Brasil

A importância de ampliar o conhecimento sobre a temática também é refletida nos dados concretos sobre autismo no Brasil. Os números mais atualizados são referentes a um estudo da Organização Mundial de saúde divulgado em 2010, revelando que existiam aproximadamente 2 milhões de pessoas com TEA no país. Já em 2020, o Centers for Disease Control and Prevention, dos Estados Unidos, revelou que 1 a cada 36 crianças possui o transtorno.

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Damião busca recondução da bancada negra na Câmara mas esbarra na resistência de ala do grupo

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Redação do Portal da Capital

O deputado paraibano, Damião Feliciano (União Brasil), ensaiou uma tentativa de ser reconduzido à coordenação da bancada negra da Câmara, mas esbarrou na resistência de alguns parlamentares do coletivo que desejam discutir as prioridades para o grupo para o próximo ano.

De acordo com matéria publicada pela Folha de São Paulo, o projeto de resolução aprovado no ano passado criou o grupo e fixou a eleição para a coordenação-geral e as vice-coordenadorias no dia 20 de novembro de cada ano, Dia da Consciência Negra. O texto determinou que a eleição será por voto secreto e o vencedor será quem receber maioria absoluta dos votos em primeiro turno e maioria simples, se houver segundo. Caso haja chapa única, a eleição poderá ocorrer por aclamação.

Feliciano se tornou coordenador no ano passado a partir de uma construção política. Segundo integrantes da bancada, ele teria começado a coletar assinaturas para ser reconduzido neste ano. Sob reserva, deputados afirmam que, na criação da bancada, foi discutido o rodízio na função.

Além disso, há uma avaliação interna de que é preciso pensar no perfil que a bancada terá no próximo ano e quais serão as pautas prioritárias, diante de um desempenho em 2024 que é considerado pouco expressivo por alguns parlamentares. Na visão deles, a bancada não passou uma atuação objetiva para a sociedade.

Os deputados devem ter uma reunião nesta semana para discutir a questão. O terceiro ano da legislatura é tido como chave para dar visibilidade às pautas parlamentares, por não ter eleições municipais e anteceder o ano eleitoral. Diante desse contexto, a intenção é que a bancada escolha projetos que ajudem a dar holofote a temas prioritários para o grupo.

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BSB: Hugo Motta contabiliza apoio formal de 75% das 513 cadeiras rumo à Presidência da Câmara

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Redação do Portal da Capital

O líder do Republicanos, Hugo Motta (PB), conseguiu apoio de mais dois partidos à sua candidatura na sucessão de Arthur Lira (PP-AL) na presidência da Câmara e já contabiliza apoio formal de 75% das 513 cadeiras da Casa (com 385 deputados).

Na quarta-feira (6), o deputado se reuniu com o líder do PRD, Fred Costa (MG), e com o líder da Rede, Túlio Gadêlha (PE), para consolidar a parceria. As duas reuniões ocorreram na residência oficial da Presidência da Câmara.

O PRD inicialmente apoiava o nome de Elmar Nascimento (União Brasil-BA) na eleição da Mesa Diretora, mas, diante da iminente desistência do deputado, o partido decidiu caminhar com Hugo.

“Queremos a unidade e pacificação. Ele é um parlamentar que reúne todos os predicados necessários. Sujeito equilibrado, competente, jovem e ao mesmo tempo experiente”, diz à Folha o líder do PRD.

O partido tem hoje cinco deputados. A Rede, com um representante na Câmara, também declarou apoio a Hugo Motta. A legenda faz parte da federação com o PSOL —com 13 deputados, a sigla ainda não tomou uma decisão sobre quem vai apoiar na sucessão de Lira.

Nesta tarde, Hugo se reuniu o presidente do Solidariedade, Paulinho da Força, e parlamentares da legenda. Ele também recebeu apoio formal do partido, que tem 5 deputados.

Na terça (5), recebeu apoio de quatro partidos: a federação PSDB-Cidadania, o PSB e o PDT.

Na semana passada, o líder do Republicanos já tinha o endosso público do PT de Lula, do PL de Jair Bolsonaro (as duas maiores bancadas da Câmara) e das siglas PP, MDB, Podemos, PV e PC do B, além de sua própria legenda, o Republicanos. (Clique aqui e leia a matéria completa na Folha)

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