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Paraíba

CMJP debate programa ‘Hora do Colinho’ e homenageia sua idealizadora

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Na manhã desta sexta-feira (8), a Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) debateu o programa ‘Hora do Colinho’, que consiste no acolhimento humanitário e afetivo de recém-nascidos órfãos ou os que por algum motivo são privados da presença materna. Na ocasião, a enfermeira da Maternidade Frei Damião, Mariluce Ribeiro de Sá, idealizadora do Programa recebeu o Título de Cidadã Pessoense. A homenagem e a sessão especial foram propostas pelo vereador Marmuthe Cavalcanti (PSL), autor do Projeto de Lei Ordinária (PLO) 548/2021, sobre a implantação do Programa na capital paraibana.

A mesa de trabalho foi composta pelo propositor e pela homenageada, além da representante da prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), a coordenadora de Saúde da Criança, Juliene Lira de Queiroz; a presidente do Sindicato dos Enfermeiros da Paraíba (Sindep), Milca Rego; e a presidente do Conselho Regional de Enfermagem na Paraíba (Coren- PB), Rayra Bezerra. Prestigiaram o evento familiares, amigos e colegas de profissão da homenageada.

O vereador Marmuthe Cavalcanti fez uma explanação pormenorizada do projeto debatido, destacando que ele consiste em proporcionar momento de relaxamento ao recém-nascido, diminuir a ausência materna/paterna ou familiar, assim como aliviar o estresse e sensações de eventuais dores, como também proporcionar ao recém-nascido e/ou lactente um cuidado mais humanizado e com condições que favoreçam a sua melhor recuperação, com acolhimento e afeto oferecido pelo colo do profissional. Ele explicou que a técnica de Protocolo Operacional Padrão (POP) melhora a respiração porque expande a caixa torácica do bebê e auxilia o funcionamento do intestino e do estômago ao ser movimentado. Além do mais, o recém-nascido se torna mais receptivo ao toque em geral e passa a ter mais facilidade para se relacionar.

“É preciso garantir que técnicas inovadoras, humanizadas e alternativas sejam fomentadas nas unidades de saúde, de modo que o ambiente hospitalar se torne mais leve e apto a acolher com conforto e tranquilidade o público que dele necessita, em especial, os bebês, que naturalmente já dispõe de maior sensibilidade quanto a perturbações, sensações e dores. Ainda, que se registre a louvável iniciativa da enfermeira Mariluce, demonstrando a qualidade técnica do corpo profissional do nosso Estado que merece ser destacado e valorizado diante da forma desprendida com a qual se doam ao cuidado com o próximo, sendo essencial portanto dar visibilidade a esse brilhante projeto e fazer com que ele possa ser institucionalizado e difundido em todo o País”, justificou o vereador.

 

Impressões

 

A presidente do Conselho Regional de Enfermagem na Paraíba (Coren- PB), Rayra Bezerra, ressaltou que o vereador é sensível às causas da enfermagem. “É de grande valia a enfermagem ter profissionais como Mariluce. A enfermagem enseja cuidados empíricos e ela idealizou esse programa que vai além do juramento da nossa formação, por ser a humanização de fato da nossa profissão. Mariluce orgulha toda a enfermagem da Paraíba”, comentou.

 

Já a presidente do Sindicato dos Enfermeiros da Paraíba (Sindep), Milca Rego, destacou a caráter guerreiro da homenageada. “Mariluce é uma lutadora das causas da enfermagem e nunca se cala e não se acomoda diante das dificuldades. Esse projeto consolida seu trabalho humano e sensível”, enfatizou.

 

Na ocasião foi exibido um vídeo sobre o ‘Hora do Colinho’ e uma das mães assistidas pelo programa também subiu à tribuna para agradecer. “Estou muto feliz. Com o coração transbordando de alegria. Estar com José Vinícius no colo não tem preço, ainda mais sabendo que ele esteve acolhido por esse programa. Sinto imensa felicidade por participar de um momento tão lindo. Sou tomada por uma sensação de gratidão a Mariluce e a toda equipe da Maternidade Frei Damião onde estive 16 dias entubada na Unidade Terapia Intensiva (UTI). Tenham certeza que José Vinícius vai saber de toda essa história”, comentou Neilane Gomes Lima Duarte.

 

A homenageada fez questão de salientar que o ‘Hora do Colinho’ é mais um programa que faz integra o rol de acolhimento e humanização da Maternidade Frei Damião como o ‘Acolher Bem’, o ‘Hora do Soninho’, Musicoterapia e o ‘Banho Ofurô’. “A ‘Hora do Colinho’ tem como objetivo proporcionar aos recém-nascidos um momento de acolhimento e terapia durante o plantão devido à ausência de familiares, com um cuidado humanizado, a fim de minimizar o estresse, alguma dor e a falta que o bebê sinta da mãe. Tenho orgulho de ser enfermeira e ter uma família de enfermeiros. Sou grata por essa homenagem e pela parceria com todos que estiveram ao meu lado. A essência da enfermagem é coração, colo, abraço e deve ser uma prática diária multiplicada em todo país”, discursou Mariluce Ribeiro de Sá. Ela ainda revelou que já existem iniciativas na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) e na Câmara federal para instituir o programa ‘Hora do Acolhimento’ no Estado e em âmbito federal.

 

A homenageada

 

A enfermeira Mariluce Ribeiro de Sá nasceu em Natal, capital do Rio Grande do Norte em 1970. Sua família migrou para a Paraíba em 1972. Ela tem graduação em enfermagem pela Faculdade Santa Emília de Rodat (2007), título de Sanitarista pela FASER (2008) e especialista em Enfermagem em UTI Neonatal e Pediátrica, mestre em Ciências da Saúde pela (Universidade Cruzeiro do Sul (UNICSUL– SP). Atualmente é enfermeira na Maternidade Frei Damião. Tem experiência na área de Enfermagem, com ênfase em saúde da criança, atuando principalmente na área de Terapia Intensiva Pediátrica e Neonatal.

 

 

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Cúpula Nacional do PT decidirá rumos da legenda em João Pessoa na próxima segunda-feira

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A Cúpula Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) se reunirá na segunda-feira (06/05) para decidir os rumos da legenda em João Pessoa com vistas às Eleições 2024.

A Capital paraibana, João Pessoa, ao lado de Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ) e Curitiba (PR) forma a lista das Capitais onde a decisão final sobre candidatura da legenda caberá ao Diretório Nacional.

O PT Municipal está rachado em território pessoense e, portanto, partirá do Diretório Nacional a decisão se a legenda lançará ou não candidatura própria na cidade ou se apoiará outra sigla no pleito de outubro.

O racha

O racha no PT de João Pessoa se deu pelo acirramento da disputa interna entre a deputada estadual Cida Ramos e o deputado estadual Luciano Cartaxo que, desejam, respectivamente representar a legenda na corrida eleitoral ao comando da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP).

A preço de hoje, Cida Ramos é o único nome disposto à pré-candidatura uma vez que Cartaxo renunciou oficialmente à disputa na segunda-feira (11/03) e disse que não mais se candidataria a prefeito pelo PT nas Eleições 2024.

A situação se complicou porque Cartaxo, apesar da renúncia pública e oficial, decidiu buscar apoio em Brasília para tentar reverter a situação em favor próprio junto à cúpula nacional para ser o nome do PT na corrida eleitoral pessoense.

Como parte da estratégia Cartaxo buscou Ricardo Coutinho que, agora mora em Brasília, e mantém relação suficientemente próxima à Presidência da República para emplacar a esposa em um cargo federal. E, conseguiu apoio de Luiz Couto que, enquanto deputado federal, chegou a se manifestar na Tribuna da Câmara com uma declaração pró-Cartaxo para pré-candidato do PT em JP.

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O ex-governador Ricardo Coutinho decidiu atender ao pedido de Cartaxo e, junto com a ex-deputada Estela Bezerra e a ex-prefeita Márcia Lucena, todos do PT, decidiram, através de um ‘Manifesto’, declarar apoio público ao projeto do deputado estadual de ser o nome do Partido dos Trabalhadores para disputar o comando da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) nas Eleições 2024.

Com isso, a disputa interna ficou fora de controle e carente de uma intervenção da cúpula nacional petista.

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Ministro da Educação e governador da Paraíba lançam programa Pé-de-Meia na Paraíba, nesta sexta

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O Ministério da Educação (MEC) e o governo da Paraíba formalizarão a adesão do estado ao programa Pé-de-Meia: a poupança do ensino médio. 

O Ministro de Estado da Educação, Camilo Santana, e o governador da Paraíba, João Azevêdo, detalharão o Pé-de-Meia às 9h30 da sexta-feira, 3 de maio, no Teatro Pedra do Reino, no Polo Turístico Cabo Branco, em João Pessoa (PB). 

Na ocasião, serão divulgados critérios e formas de acesso e permanência no programa para os estudantes matriculados no ensino médio público paraibano.    

A colaboração entre o Governo Federal e os entes federados ocorre por meio da sensibilização das redes públicas ofertantes de ensino médio, que são responsáveis por prestar as informações necessárias à execução do programa.     

Clique aqui e saiba mais sobre o programa.

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Incra se reúne com Tabajaras e discute impactos da demarcação do território indígena no Litoral Sul

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Representantes de órgãos federais e caciques das quatro aldeias Tabajara na Paraíba – localizadas no município de Conde, no Litoral Sul do estado -, participaram, em 30 de abril de 2024, de reunião na Superintendência Regional do Incra/PB para discutir os impactos sociais da demarcação do território da etnia na região. Isso, porque na área de seis mil hectares reivindicada pelos indígenas, há cinco assentamentos da reforma agrária e duas comunidades quilombolas. Uma nova reunião deve ser marcada em breve com a participação de representantes dos quilombolas e dos agricultores assentados na área reivindicada pelos Tabajara.

Participaram das discussões representantes do Incra/PB, do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), da Defensoria Pública da União na Paraíba (DPU/PB) e do Programa Estadual de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos (PEPDDH) da Secretaria de Desenvolvimento Humano (SEDH) do Governo da Paraíba.

A reunião se iniciou com as falas dos caciques Tabajara, que denunciaram a grilagem de áreas do território reivindicado – localizado em uma região litorânea de forte especulação imobiliária e vocação turística -, e ainda o desmatamento das matas ciliares, a extração de areia e o lançamento de resíduos industriais nos rios que cortam as terras.

Segundo o cacique Ednaldo Tabajara, da Aldeia Vitória, o território original dos Tabajara no Litoral Sul paraibano, reconhecido no ano de 1614, possuía 35 mil hectares e compreendia áreas dos municípios de Conde, Alhandra e Pitimbu. Ele contou que, no início do século XX, quando a família Lundgren, de origem sueca, chegou à região e se tornou proprietária de indústrias, de casas e de extensas áreas de terra nos estados da Paraíba e de Pernambuco, houve uma maior dispersão dos indígenas Tabajara. Desde então, o número de indígenas Tabajara vem diminuindo, chegando hoje a cerca de dois mil. “O contexto histórico não é ensinado nas escolas nem nas universidades”, disse.

O cacique Ednaldo Tabajara ressaltou que, dos seis mil hectares reivindicados pelos Tabajara, quatro mil hectares são de áreas de reserva, compreendendo falésias, manguezais e nascentes de rios, que serão preservadas pelos indígenas. “Não estamos lutando pela terra de ninguém. Nós reduzimos a área total reivindicada para não causar tanto impacto aos assentamentos que já existem no território original dos Tabajara”, afirmou o cacique Ednaldo Tabajara.

O cacique Carlos, da Aldeia Barra de Gramame, reafirmou o compromisso que os indígenas têm com o diálogo entre as partes envolvidas. “Não queremos pegar à força uma área que esteja produzindo. Queremos vivem em paz com os agricultores assentados, muitos deles de origem indígena, e com os quilombolas”, disse. “Desde 1500 somos mortos e perseguidos”, acrescentou, revelando que, atualmente, algumas lideranças estão sendo intimidadas e correm risco de morte.

“Queremos que nosso direito seja visto e nossa situação seja reparada”, afirmou o cacique Paulo, da Aldeia Nova Conquista.

A representante da DPU/PB – a defensora pública federal e defensora regional de direitos humanos na Paraíba -, Diana Freitas de Andrade, ressaltou que uma eventual demora na resolução da questão pode resultar em violência. Para ela, é fundamental que a grande especulação imobiliária existente na região receba uma maior atenção dos órgãos públicos.

O chefe do Serviço de Gestão Ambiental e Territorial da Coordenação Regional da Funai/PB, Alan Dilessandro Oliveira de Souza, destacou a complexidade do processo de demarcação de um território indígena e reiterou o interesse dos Tabajara em manter uma convivência pacífica com os assentados da reforma agrária e com os quilombolas.

A coordenadora nacional de Estudos Fundiários em Terras Indígenas da Funai, Maila Terra Gioia, participou por meio de videoconferência da reunião e garantiu que o objetivo é resguardar o direito de todas as partes envolvidas. Ela se comprometeu a participar da reunião que será realizada com a presença dos agricultores assentados e quilombolas.

“Nossas ações precisam manter esse espírito de colaboração e respeito às pessoas, como foi defendido pelos caciques”, afirmou o superintendente do Incra/PB, Antônio Barbosa Filho.

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