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Paraíba

Leo Bezerra parabeniza João Azevêdo por lançamento do ODE 2022

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O vice-prefeito de João Pessoa, Leo Bezerra, participou, na manhã desta terça-feira (10), no Palácio da Redenção, do lançamento do Ciclo 2022 das audiências públicas regionais do Orçamento Democrático Estadual, que este ano voltam a acontecer de forma presencial nas 14 Regiões Geoadministrativas do Estado.

O lançamento foi feito pelo governador João Azevêdo. As audiências irão acontecer entre os dias 12 de maio e 1º de julho, em 15 plenárias públicas, com a participação do governador João Azevêdo e equipe de governo, envolvendo, principalmente, a participação da população dos 223 municípios paraibanos.

Leo Bezerra destaca que ODE é uma importante ferramenta do Governo que promove a participação popular na gestão.

“O ODE mostra que as pessoas têm protagonismo na gestão. A Paraíba e os paraibanos caminham juntos em prol de mais avanços, melhorias, benefícios e desenvolvimento. Aqui tem democracia e trabalho a serviço do povo. Parabéns, governador João”, disse.

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Paraíba

Parlamentares paraibanos divergem sobre PL que equipara aborto a crime de homicídio

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Redação do Portal da Capital

O Projeto de Lei 1904/24 que prevê que o aborto realizado acima de 22 semanas de gestação, em qualquer situação, passará a ser considerado homicídio, inclusive no caso de gravidez resultante de estupro, continua gerando grande repercussão no cenário nacional e é tema de debate inclusive entre os parlamentares paraibanos.

A matéria foi aprovada com urgência na Câmara dos Deputados no último dia 12 deste mês, ou seja, o texto poderá ser votado diretamente no plenário sem passar por discussão nas comissões.

Para a deputada estadual, Cida Ramos (PT), criminalizar a vítima do estupro que praticou o aborto com pena maior que ao agressor sexual que cometeu o estupro é transformar a vítima em criminosa e autorizar o homem à prática da violência.

“O que o Congresso está fazendo é autorizar estupradores homens que praticam estupro a fazer a violência e não ter a penalidade, porque ele pega a vítima e a transforma em criminosa, em homicida. Você imagine o que é uma criança, uma adolescente que são as maiores vítimas de estupro, concentra 70% dos estupros. São estupradas por um pai, um tio, um padrasto e ter que ter esse filho?! Eu acho que é cada um se colocar no lugar dessa vítima, o que você faria com uma filha, uma sobrinha, uma irmã? Então, sou totalmente contra porque o papel de um parlamentar é proteger a vítima, não criar leis que prejudiquem as pessoas”, afirmou durante entrevista ao programa Correio Debate, da Rádio Correio 98FM desta segunda-feira (17/06).

Ouça:

Já conforme relata a vereadora de João Pessoa, Eliza Virgínia (PP), defensora da matéria, o projeto não tende a proibir o aborto e sim defender a vida dos bebês.

“Eu fico perplexa como é que as pessoas podem defender a morte tão brutal quanto a morte de um bebê de 22 semanas. Eu não entendo como pessoas normais que defendem tanto as tartarugas, os animais, a natureza, eles se propõem a fazer isso com uma criança que não tem culpa de nada. O projeto não vem proibir o aborto, primeiro ponto. O aborto nos três casos que são permitidos no Brasil, como risco de saúde à mãe, anencefalia, estupro, continuam vigorando contanto que seja feito até 22 semanas. Uma pessoa que é estuprada, por exemplo, tem ate 5 meses para identificar a gravidez e resolver os trâmites judiciais para fazer o aborto legal, que inclusive no Brasil é super facilitado o aborto advindo de estupro”, pontuou.

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Paraíba

Quase 40 cidades da PB têm número de contratações temporárias maior do que servidores efetivos, mostra TCE

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Redação do Portal da Capital

Trinta e seis municípios da Paraíba têm o número de contratações por excepcional interesse público maior do que o número de servidores efetivos. Em alguns casos, a exemplo de Cruz do Espírito Santo, esse percentual chega a 440%, ou seja, existem 248 efetivos e 1.092 contratações temporárias. Esses números integram os dados da relação de todos os municípios, divulgada pelo Tribunal de Contas do Estado, nesta sexta-feira (14). O levantamento da Corte de Contas é de dezembro de 2023.

Pela ordem, os 10 municípios com maiores percentuais de contratados acima de 100% em relação aos efetivos são: Cruz do Espírito Santo – que tem 248 efetivos e 1.092, contratados, em percentual de 440%. Segue Baía da Traição, com 139 efetivos e 419 temporários (301%). Matinhas vem com 87 efetivos e 212 contratados (244%). O município de Ingá contratou 943 temporários para 408 efetivos (231%). Já em Juripiranga o percentual é de 207%, ou seja, 219 efetivos e 454 contratados. Em Bayeux são 1.166 efetivos e 2.355 contratados (202%). Belém tem 300 efetivados e 565 contratados (188%). Alhandra segue com 651 efetivos e 1.099 temporários (169%). Em João Pessoa o número de efetivos é de 9.060 para 14.569 contratados (161%) e Uiraúna, que tem 309 efetivos e 458 temporários (148%).

O levantamento feito pelo TCE mostrou também que outros 106 municípios do Estado estão fora das disposições admitidas na Resolução. No caso, o número de contratações temporárias está em percentuais acima dos 30% previstos. Abaixo dos 100% estão: Puxinanã 326 (efetivos) 322 (Temporários) 99%; São Domingos 145 (efetivos) 143 (temporários) 99%; São José dos Ramos 247 (efetivos) 243 (temporários) 98%; Araruna 460 (efetivos) 444 (temporários) 97%; São João do Rio do Peixe 504 (efetivos) 470 (temporários) 93%; Lucena 488 (efetivos) 446 (temporários) 91%; São José de Piranhas 507 (efetivos) 462 (temporários) 91%; Jericó 267 (efetivos) 232 (temporários) 87%; Catingueira 151 (efetivos) 129 (temporários) 85%; Serraria 142 (efetivos) 121 (temporários) 85%.

Ao comentar o minucioso trabalho feito pela Auditoria do órgão, o presidente do TCE, conselheiro Nominando Diniz Filho, alertou os gestores municipais, a respeito do previsto na Resolução nº 04/2024, que passa a adotar critérios para essas contratações e um dos mais importantes é a redução desse tipo de admissão ao Serviço Público. A Resolução prevê que o número de contratados nessa modalidade não pode ultrapassar 30%, em relação ao número de servidores efetivos, contratados por meio de concurso público.

Diante dessa nova realidade, enfatiza o presidente, os prefeitos e gestores públicos municipais devem começar a se preocupar em buscar meios para reduzir o número de contratações temporárias na administração pública. O Tribunal de Contas do Estado tem feito recomendações e reiterado os alertas no processo de acompanhamento da gestão, quanto às irregularidades constatadas nesse tipo de procedimento, que pode ser feito, mas em caso de “excepcionalidade”, visando atender a necessidade do Serviço Público.

O conselheiro explicou que a Resolução trata dos casos excepcionais, que deverão ser justificados de forma fundamentada, quando do Processo de Acompanhamento da Gestão ou a entrega da Prestação de Contas Anuais. O jurisdicionado poderá ser intimado para apresentar Plano de Redução de Contratações Temporárias, podendo ser objeto de Pacto de Adequação de Conduta Técnico-Operacional a ser celebrado com o Tribunal de Contas.

Resolução 04/2024 – Recentemente, a Corte de Contas aprovou a Resolução Normativa nº 04/2024, que estabelece critérios para as contratações por tempo determinado e atendimento às necessidades temporárias de excepcional interesse público, bem como as terceirizações realizadas pelos jurisdicionados, que deverão atentar para os termos do artigo 37, IX, da Constituição Federal, observando os casos excepcionais, que devem ser previstos em lei específica do ente, sendo vedado o estabelecimento de situações genéricas.

QUADRO COMPARATIVO ENTRE SERVIDORES EFETIVOS E TEMPORÁRIOS:

 

Quant. Município Efetivo (Dez/23)        Contratação por         excepcional interesse  público (Dez/23) Percentual
1 Cruz do Espírito Santo 248 1092 440%
2 Baía da Traição 139 419 301%
3 Matinhas 87 212 244%
4 Ingá 408 943 231%
5 Juripiranga 219 454 207%
6 Bayeux 1166 2355 202%
7 Belém 300 565 188%
8 Alhandra 651 1099 169%
9 João Pessoa 9060 14569 161%
10 Uiraúna 309 458 148%
11 Triunfo 247 363 147%
12 Zabelê 80 117 146%
13 Umbuzeiro 289 418 145%
14 Ouro Velho 83 118 142%
15 Teixeira 446 613 137%
16 Pitimbu 640 825 129%
17 Itatuba 186 234 126%
18 Alagoa Nova 388 484 125%
19 Barra de São Miguel 210 261 124%
20 Mogeiro 402 499 124%
21 Tacima 226 279 123%
22 Serra Branca 294 359 122%
23 Montadas 167 201 120%
24 Santa Helena 181 214 118%
25 Esperança 664 783 118%
26 Queimadas 721 828 115%
27 Pedras de Fogo 998 1097 110%
28 Caraúbas 105 114 109%
29 Itabaiana 518 562 108%
30 Cubati 251 269 107%
31 Alagoinha 313 328 105%
32 Pilar 372 388 104%
33 Sapé 1204 1239 103%
34 Brejo do Cruz 362 367 101%
35 Salgado de São Félix 398 403 101%
36 Belém do Brejo do Cruz 202 204 101%
36 Municípios com Contratação por excepcional interesse público maior que Efetivo
1 Puxinanã 326 322 99%
2 São Domingos 145 143 99%
3 São José dos Ramos 247 243 98%
4 Araruna 460 444 97%
5 São João do Rio do Peixe 504 470 93%
6 Lucena 488 446 91%
7 São José de Piranhas 507 462 91%
8 Jericó 267 232 87%
9 Catingueira 151 129 85%
10 Serraria 142 121 85%
11 São Miguel de Taipu 224 187 83%
12 Desterro 196 159 81%
13 São Vicente do Seridó 287 228 79%
14 Massaranduba 376 298 79%
15 Coremas 203 155 76%
16 São Sebast de Lagoa de Roça 287 213 74%
17 Boqueirão 531 394 74%
18 Brejo dos Santos 287 212 74%
19 Caturité 221 163 74%
20 Poço Dantas 198 145 73%
21 Cabaceiras 153 111 73%
22 Riacho de Santo Antônio 111 80 72%
23 Congo 165 116 70%
24 Riachão do Bacamarte 230 160 70%
25 Mãe d’Água 143 99 69%
26 Mamanguape 906 615 68%
27 Natuba 309 209 68%
28 Mulungu 239 160 67%
29 Areia 558 372 67%
30 Vieirópolis 180 120 67%
31 Lagoa 173 112 65%
32 Santa Rita 2585 1657 64%
33 São Domingos do Cariri 98 62 63%
34 Poço de José de Moura 233 146 63%
35 Boa Ventura 224 138 62%
36 Conde 662 402 61%
37 Serra Redonda 217 131 60%
38 Marcação 317 190 60%
39 Cuité 545 317 58%
40 Gurinhém 537 310 58%
41 Camalaú 226 130 58%
42 Pilões 199 114 57%
43 Santa Cecília 229 131 57%
44 Arara 302 172 57%
45 Monte Horebe 191 107 56%
46 São Bento 841 461 55%
47 Alcantil 207 113 55%
48 Barra de Santa Rosa 402 218 54%
49 São João do Tigre 120 65 54%
50 Caldas Brandão 227 122 54%
51 Sossêgo 201 108 54%
52 Patos 2166 1144 53%
53 Imaculada 272 139 51%
54 São João do Cariri 182 93 51%
55 Sobrado 245 125 51%
56 Riacho dos Cavalos 236 120 51%
57 Cacimba de Dentro 383 192 50%
58 Olivedos 166 83 50%
59 Pocinhos 564 281 50%
60 São José do Sabugi 133 66 50%
61 Juru 290 141 49%
62 Santana dos Garrotes 258 123 48%
63 Nova Palmeira 191 91 48%
64 Remígio 502 238 47%
65 Assunção 155 71 46%
66 Condado 247 113 46%
67 Areial 223 102 46%
68 Prata 180 81 45%
69 Bonito de Santa Fé 338 152 45%
70 Bernardino Batista 212 94 44%
71 Pilõezinhos 147 65 44%
72 São José dos Cordeiros 142 62 44%
73 Aroeiras 553 239 43%
74 Olho d’Água 232 98 42%
75 Santo André 128 54 42%
76 Pedro Régis 243 102 42%
77 Casserengue 269 112 42%
78 Ibiara 161 66 41%
79 Sousa 1393 569 41%
80 Gurjão 173 69 40%
81 Juazeirinho 558 218 39%
82 Monteiro 988 382 39%
83 Caaporã 1347 518 38%
84 Emas 162 62 38%
85 Guarabira 1281 489 38%
86 São Francisco 152 58 38%
87 Curral de Cima 255 97 38%
88 Mato Grosso 145 55 38%
89 Junco do Seridó 209 79 38%
90 Pombal 985 372 38%
91 Parari 147 54 37%
92 São José do Bonfim 77 28 36%
93 Malta 202 73 36%
94 Riachão do Poço 234 82 35%
95 Mari 673 231 34%
96 Mataraca 374 128 34%
97 Santa Luzia 530 181 34%
98 Bom Jesus 143 48 34%
99 Conceição 593 199 34%
100 Boa Vista 261 87 33%
101 Marizópolis 182 60 33%
102 Tavares 419 137 33%
103 Jacaraú 499 162 32%
104 Lastro 120 38 32%
105 Piancó 524 162 31%
106 Passagem 188 58 31%
106 Municípios com Contratação por excepcional interesse público maior que 30% de Efetivo
1 São Sebastião do Umbuzeiro 165 50 30%
2 Água Branca 318 95 30%
3 Nova Floresta 305 90 30%
4 Juarez Távora 320 94 29%
5 Alagoa Grande 873 254 29%
6 Bananeiras 651 186 29%
7 São José da Lagoa Tapada 259 74 29%
8 São José do Brejo do Cruz 154 44 29%
9 Cuité de Mamanguape 270 77 29%
10 Nova Olinda 263 75 29%
11 Cuitegi 271 77 28%
12 Itapororoca 514 145 28%
13 Coxixola 79 22 28%
14 Lagoa Seca 747 207 28%
15 Itaporanga 713 197 28%
16 Logradouro 197 54 27%
17 Cacimbas 354 97 27%
18 Salgadinho 155 41 26%
19 Nazarezinho 210 55 26%
20 Duas Estradas 161 42 26%
21 Areia de Baraúnas 154 40 26%
22 Caiçara 283 73 26%
23 Serra da Raiz 202 52 26%
24 Baraúna 204 51 25%
25 Barra de Santana 326 80 25%
26 Soledade 489 119 24%
27 Cajazeiras 1371 333 24%
28 Serra Grande 173 42 24%
29 Amparo 223 54 24%
30 Carrapateira 198 47 24%
31 São José de Espinharas 209 47 22%
32 Manaíra 234 51 22%
33 Campina Grande 6599 1388 21%
34 Maturéia 219 46 21%
35 Bom Sucesso 263 54 21%
36 Aparecida 262 53 20%
37 Diamante 234 47 20%
38 Capim 291 58 20%
39 Paulista 370 73 20%
40 Santana de Mangueira 281 55 20%
41 Curral Velho 99 19 19%
42 Livramento 302 57 19%
43 Cacimba de Areia 182 34 19%
44 Taperoá 415 77 19%
45 Fagundes 359 62 17%
46 Solânea 634 108 17%
47 Borborema 224 38 17%
48 Rio Tinto 708 117 17%
49 Pedra Lavrada 374 61 16%
50 Algodão de Jandaíra 163 26 16%
51 Sumé 447 71 16%
52 São Mamede 279 43 15%
53 Damião 274 42 15%
54 Cabedelo 2147 326 15%
55 Cachoeira dos Índios 363 55 15%
56 Araçagi 606 86 14%
57 São José de Princesa 120 17 14%
58 Frei Martinho 173 24 14%
59 Gado Bravo 365 47 13%
60 Picuí 730 89 12%
61 Quixabá 148 18 12%
62 Catolé do Rocha 818 88 11%
63 Cajazeirinhas 197 20 10%
64 Dona Inês 306 29 9%
65 Santa Cruz 300 27 9%
66 São Bentinho 152 13 9%
67 Santa Teresinha 224 18 8%
68 Sertãozinho 217 17 8%
69 Pirpirituba 337 25 7%
70 Riachão 197 13 7%
71 Princesa Isabel 692 43 6%
72 Tenório 220 11 5%
73 Igaracy 266 13 5%
74 Lagoa de Dentro 365 17 5%
75 São José de Caiana 261 11 4%
76 Pedra Branca 202 8 4%
77 Santa Inês 263 9 3%
78 Joca Claudino 172 5 3%
79 Várzea 224 4 2%
80 Vista Serrana 211 1 0%
81 Aguiar 156 0 0%

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Paraíba

Justiça Eleitoral retoma nesta segunda 1ª ação de violência política de gênero da Paraíba

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O Grupo de Trabalho de Prevenção e Combate à Violência Política de Gênero do Ministério Público Federal (MPF) acompanha em todo o país cerca de 200 casos de suposta prática de violência política de gênero. Além disso, já encaminhou cerca de 50 representações para a análise de procuradores regionais eleitorais sobre possíveis providências. Pelo menos 18 denúncias já foram apresentadas à Justiça contra agressores.

Na Paraíba, a primeira ação de violência política de gênero pode ter um desfecho nesta segunda-feira (17). O Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB) retoma o julgamento da ação movida pelo Ministério Público contra o ex-candidato a deputado estadual Célio Alves (PSB) por violência política de gênero praticada contra a deputada estadual Camila Toscano (PSDB). O caso conta com um voto contra a condenação e três favoráveis. A prática que esta sendo julgada tem pena prevista de até 5 anos de reclusão e a condenação pode resultar em inelegibilidade.

No Brasil, a primeira condenação pela prática foi do deputado estadual Rodrigo Amorim (União Brasil – RJ) por ofender a vereadora de Benny Briolly (PSOL). Ele teve como condenação uma pena de um ano e quatro meses de serviços comunitários prestados à população em situação de rua e o pagamento de 70 salários mínimos. Pesquisa do Observatório de Violência Política contra a Mulher revela que 43,8% das mulheres foram vítimas de violência política.

Camila Toscano é uma deputada que atua em defesa dos direitos das mulheres. É autora de duas leis que combatem a prática: a número 12.247/22 que instituiu a Política Estadual de Enfrentamento ao Assédio e à Violência Política Contra Mulher e a 12.021/21 que criou o Estatuto da Mulher Parlamentar e Ocupante de Cargo ou Emprego Público no Estado.

Ação no TRE-PB
Em uma ação movida pelo Ministério Público, o comunicador Célio Alves é acusado de violência política de gênero contra a deputada Camila. Conforme os autos do processo, durante entrevista a um programa de rádio (que também foi compartilhada nas redes sociais com mais de 10 mil seguidores), Célio Alves disse que Camila Toscano “parece uma youtuber, uma digital influencer” e que acha que ser deputada “é mostrar a cor do cabelo, o tom da maquiagem, se a roupa está bonita ou não, distribuir sorrisos e dizer que é uma alegria estar aqui”. O caso ganhou repercussão nacional e Camila recebeu solidariedade de políticas e entidades.

Votos
O desembargador relator Ferreira Júnior votou pela absolvição do acusado por entender que as condutas não configuram violência política de gênero. O revisor do processo, o juiz Fábio Leandro entendeu que Célio Alves deve ser condenado porque acredita que as palavras foram duras e maculam a honra da deputada, configurando violência política de gênero.

A juíza Kiu disse que quando Célio Alves, em tom jocoso, “nitidamente visa dificultar o exercício do mandado de alguém do gênero feminino na medida em que a compara com estereótipo de uma pessoa inábil e que não tem condições de exercer o cargo”. O juiz Roberto D’Horn acompanhou o revisor do caso entendeu que ele “humilha e tem o dolo específico de dificultar o desempenho do mandato”.

No Brasil
Com a Lei nº 14.192/21, o Brasil deixou de fazer parte do grupo de países da América Latina que ainda não possuíam regras para prevenção, repressão e combate à violência política contra a mulher.  Previsto no art. 326-B do Código Eleitoral, o crime se caracteriza pelo assédio, constrangimento, humilhação, perseguição ou ameaça, fora ou dentro do meio virtual, contra candidatas ou políticas ocupantes de cargos eletivos, com a finalidade de impedir ou dificultar a sua campanha eleitoral ou seu mandato eletivo, com menosprezo ou discriminação em relação a seu gênero, cor, raça ou etnia.

A pena prevista para esse crime é de 1 a 4 anos de reclusão e multa, podendo chegar a 5 anos e 4 meses se for praticado contra mulher de mais de 60 anos, gestante ou pessoa com deficiência.

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