A Polícia Federal começa a se preparar para o momento em que terá que cumprir a ordem de prisão contra o ex-presidente Lula. Na alta cúpula da PF há preocupação sobre como proceder. Buscá-lo em casa de camburão teria a mesma repercussão de quando foi conduzido coercitivamente. Uma ideia é combinar com os advogados para que ele se apresente no local onde irá cumprir a pena. Se não houver acordo com a defesa, como Lula não tem direito a prisão especial, uma vez que não tem curso superior, a polícia pedirá ao juiz que especifique não só o local, mas para quem deve entregá-lo, segundo informação da Coluna do Estadão.
Bom pra todos. Delegados dizem que a prisão de Lula tem que ser bem articulada para garantir a segurança do petista e também dos policiais. A partir do momento em que o juiz determinar o cumprimento da pena, a PF já está autorizada a buscá-lo.
Efetivo próprio. A alta cúpula da PF levanta questionamentos sobre o que será feito dos oito assessores a que Lula tem direito como ex-presidente, principalmente porque quatro deles atuam como seguranças.
De novo. Com a possibilidade de Lula ser impedido de disputar a eleição, o PPS quer voltar a convencer o apresentador Luciano Huck a concorrer ao Planalto. Interlocutores da legenda avaliam que, com o ex-presidente fora do páreo, o 2º turno ficaria entre Ciro Gomes e Jair Bolsonaro.
Depende dele. Pesquisas encomendadas por dois partidos políticos indicam que Huck seria o principal beneficiário da saída de Lula da eleição. Ele herdaria o voto popular, não o ideológico. Chega a 15% sem Lula na disputa.
Beirada. O tucano Geraldo Alckmin e o demista Rodrigo Maia também riem à toa com a possível saída de Lula da corrida presidencial, caso seja impedido de disputar. São beneficiados pela divisão da esquerda.
Esqueceram de mim. A credencial do ministro Henrique Meirelles (Fazenda) não dava acesso às áreas mais exclusivas do Fórum Econômico, em Davos.
Geladeira. O erro custou ao ministro aguardar do lado de fora até que uma nova credencial fosse emitida com as devidas desculpas dos organizadores. Meirelles não se estressou.
Toda sua. O jantar dos ministros Alexandre Baldy (Cidades) e Carlos Marun (Segov) com Valdemar Costa Neto, dono do PR, terça, selou a indicação de Márcio Galvão Fonseca para a Secretaria de Saneamento. Em troca, o PR dará 27 dos 37 votos na Previdência.
Vai ter briga. A troca implica em tirar a secretaria das mãos do MDB, que promete reagir. O cargo é ocupado por Henrique Pires.
Me esquece. Em 2016, o PTN, então partido de Baldy, exonerou Pires da chefia da Funasa.