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Ciro inicia sua quarta disputa pela Presidência mais isolado do que nunca

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O ex-governador Ciro Gomes (PDT) abre nesta quarta-feira, às 16h, a temporada de convenções nacionais que irão definir os candidatos à Presidência da República na eleição deste ano em uma situação quase paradoxal: é o candidato da terceira via mais bem colocado na disputa contra os favoritos Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), mas nunca deu a largada em uma corrida presidencial tão isolado.

Esta matéria, originalmente publicada pela Veja, lembra que segundo a última pesquisa Genial/Quaest, divulgada no início de julho, ele tem 6% das intenções de voto contra 45% de Lula e 31% de Bolsonaro. Abaixo dele, aparecem a senadora Simone Tebet (MDB) e o deputado André Janones (Avante), ambos com 2%. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Ciro ostenta essa posição praticamente desde o ano passado, com exceção do curto período de tempo em que o ex-ministro Sergio Moro (União Brasil) tomou o terceiro lugar. Em alguns momentos, Ciro chegou a cravar dois dígitos nas intenções de voto. Mesmo assim, jamais conseguiu ampliar o arco de alianças em torno de seu nome e nunca foi considerado como o candidato único do centro democrático.

Com isso, Ciro chega à reta final da pré-campanha sem ter fechado acordo com nenhum outro partido, situação pior que a de 2018, quando obteve ao menos a aliança com o Avante.  Nas outras duas vezes em que tentou chegar à Presidência, ele teve o apoio de três partidos na sua coligação: PPS, PL e PAN em 1998 e PPS, PTB e PDT em 2002.

Sem perspectiva de atrair aliados, Ciro deve liderar novamente neste ano uma chapa puro-sangue, com o vice do mesmo partido. Em 2018, a escolhida foi Kátia Abreu (então no PDT), depois que Lula, mesmo preso em Curitiba, conseguiu impedir o apoio do PSB a Ciro (os socialistas ficaram neutros na eleição nacional), episódio que está na origem da mágoa que o pedetista ainda carrega em relação ao petista.

Para a eleição deste ano, Ciro sonhava em liderar uma frente de centro-esquerda que tivesse PDT, PSB, PV e Rede, mas os três últimos estão na coligação que apoia Lula.

Carreira

Ciro, 64 anos, é paulista de Pindamonhangaba, mas mudou-se aos quatro anos de idade para Sobral e construiu a sua carreira política no Ceará. Lá foi deputado estadual (1983 a 1989), prefeito de Fortaleza (1989 a 1990) e governador do estado (1991 a 1994).

No plano nacional, foi ministro da Fazenda no governo Itamar Franco e foi dele a assinatura, em 1994, no documento que criou o Plano Real, medida toda idealizada pela equipe do seu antecessor na função, Fernando Henrique Cardoso, que se elegeria presidente da República naquele ano.

Voltaria a ser ministro, mas da Integração Nacional, entre 2003 e 2006, no primeiro governo de Lula – nessa época, teve um papel importante na elaboração do projeto de transposição do rio São Francisco. Se último mandato eletivo foi como deputado federal, entre 2007 e 2011.

A convenção nacional do PDT será na sede do partido em Brasília.

Próximas convenções

Depois de Ciro, o próximo presidenciável a ser referendado em uma convenção será Lula. O encontro do PT será na quinta-feira, 21, em São Paulo, mas é provável que o ex-presidente não participe.

No domingo, no ginásio do Maracanãzinho, no Rio de Janeiro, será a vez de o PL sacramentar o nome de Bolsonaro à reeleição – e provavelmente o do vice, general Walter Braga Netto, filiado ao mesmo partido.

O MDB fará a convenção para referendar o nome de Simone Tebet apenas no dia 27, e por meio virtual – com o partido rachado entre lulistas, bolsonaristas e defensores da candidatura própria, será a única das grandes legendas a não fazer um encontro presencial.

O último dos grandes partidos com presidenciáveis a fazer a sua convenção será o União Brasil, no dia 5 de agosto, data final prevista pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O partido tem como pré-candidato o deputado Luciano Bivar, mas há a possibilidade de isso mudar até lá.

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“Não haverá desoneração para favorecer os mais ricos”, diz Lula

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou, nessa quarta-feira (01/05), a rechaçar a desoneração da folha de empresas de 17 setores, durante evento em comemoração ao 1º de maio em São Paulo, ao lado de ministros, e promovido por centrais sindicais.

Segundo informações do Metrópoles, o projeto havia sido aprovado pelo Congresso Nacional e vetado pelo governo. Em seguida, parlamentares derrubaram o veto de Lula.

“A gente faz desoneração quando o povo pobre ganha. Quando o trabalhador ganha. Mas fazer desoneração sem que eles sequer se comprometam a gerar o emprego, sem que eles sequer se comprometam a dar garantias a quem está trabalhando… Eu quero dizer: no nosso país não haverá desoneração para favorecer os mais ricos e sim para favorecer aqueles que trabalham e vivem de salário”, disse Lula.

O projeto da desoneração, do senador Efraim Filho (União Brasil), havia sido aprovado em agosto. Em dezembro, o governo federal vetou o texto aprovado pelo Congresso Nacional integralmente sob o argumento de que ele criaria renúncia de receitas sem apresentar impacto nas contas públicas e que, portanto, é inconstitucional.

Em dezembro de 2023, o Congresso Nacional derrubou os vetos do presidente. O caso foi judicializado pelo governo federal. Atendendo a um pedido da Advocacia-Geral da União (AGU), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin suspendeu trechos da lei que prorrogou a desoneração da folha de pagamento de municípios e de diversos setores produtivos até 2027.

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Conheça em detalhes o projeto do governo que regulamenta a reforma tributária

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Redação do Portal da Capital

A Agência Câmara trouxe um guia prático que explica em detalhes o Projeto do Governo Federal que regulamenta a reforma tributária no Brasil. De acordo com o guia, o texto regulamenta três tributos sobre o consumo e que foram criados pela reforma tributária. Trata-se do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) compartilhado entre Estados e Municípios; da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), um tributo federal; e, o Imposto Seletivo (IS), também federal. Estes três impostos substituirão os cinco atualmente em vigor: PIS (Programa de Integração Social), o Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), o IMCS (Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação) e o ISS (Imposto Sobre Serviços).

Confira o guia detalhado:

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Gervásio participa de missão internacional representando a Câmara dos Deputados

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O líder do PSB, Gervásio Maia, que também integra a Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados, participa em Havana do Encontro Internacional de Solidariedade com Cuba. Também integram a delegação, a deputada federal Alice Portugal, presidente do Grupo de Amizade Parlamentar Brasil-Cuba, Fernando Mineiro, Lídice da Mata e Márcio Jerry.

Nesta terça-feira (30), os parlamentares se reuniram com deputado Rolando González Patrício, presidente da Comissão de Relações Internacionais da Assembleia Nacional do Poder Popular.

Na pauta, questões relativas aos respectivos parlamentos, sistemas legislativos e grandes desafios em um contexto de crise internacional.

“Durante a reunião tratamos sobre intercâmbios tecnológicos, científicos e culturais entre os dois países. Também falamos sobre o embargo dos EUA contra Cuba, cujo sistema de sanções mais longo e severo já aplicado no mundo tem gerado fome e miséria ao povo cubano”, afirmou Gervásio Maia.

Nesta quarta-feira (01), a comitiva brasileira participa de atividades em homenagem ao Dia dos Trabalhadores, entre outras atividades institucionais.

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