Nos acompanhe

Artigos

Azevêdo aposta fichas na união da esquerda e das forças progressistas

Publicado

em

* Por Nonato Guedes

O governador da Paraíba, João Azevêdo, do PSB, avaliou que o Seminário dos partidos do campo progressista, realizado em João Pessoa no fim de semana foi “mais um momento importante para seguirmos construindo, juntos, uma nova forma de fazer política que ouve, inclui e transforma para melhor a vida das pessoas”. O evento, que contou com a presença do presidente estadual do Partido dos Trabalhadores, Jackson Macêdo e de representantes do PSB, PV, Rede Sustentabilidade, Agir36, PCdoB, PMN, PDT e Solidariedade teve como tema “A defesa da democracia e os desafios do campo democrático popular da Paraíba” e produziu um documento em que os partidos se declaram abertos ao diálogo para formar frentes, onde puder, contra candidatos e células bolsonaristas “na sociedade e nas eleições”, por serem encaradas como grave ameaça à democracia e aos interesses populares.

Na carta ao povo paraibano, lida pelo secretário Tibério Limeira, presidente do PSB de João Pessoa, foi pontuado que “a frente ampla em defesa da democracia e da reconstrução nacional permanece na ordem do dia” e registrado que, em virtude disso, na Paraíba, o governador João Azevêdo empenhou-se na defesa da candidatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na consolidação da sua vitória diante das ameaças golpistas, além de estar atualmente liderando o Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste, “num esforço efetivo para alinhar as políticas públicas dos Estados nordestinos às do governo federal”. Não faltou uma menção ao fato de que nos últimos quatro anos o Brasil enfrentou ações de obscurantismo, autoritarismo e fascismo, mas constatou-se que tais orquestrações acabaram fortalecendo a unidade dos segmentos comprometidos com o Estado Democrático de Direito.

Nas palavras do governador João Azevêdo, “é com o diálogo e a união que vamos reconstruir o Brasil” e tal processo requer paciência, afinidade mínima e articulação conjunta para levar à frente, com êxito, o empreendimento. O chefe do Executivo paraibano voltou a ressaltar o papel de liderança que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva exerce no contexto, fixando as coordenadas para o movimento de fortalecimento da unidade perante ameaças e orquestrações golpistas que continuam pairando no ar. “Nesse encontro, tivemos a oportunidade de discutir, apresentar sugestões, ampliar o diálogo, para que junto com o presidente Lula possamos unir e reconstruir o Brasil com políticas de inclusão e de desenvolvimento social e econômico”, comentou João Azevêdo. Tibério Limeira endossou as colocações feitas e manifestou-se confiante na evolução dos entendimentos políticos que estão sendo discutidos e encaminhados.

O Seminário não contou com a presença de expoentes do diretório municipal do PT em João Pessoa, presidido por Antônio Barbosa, que preferiu realizar um evento paralelo avançando na sugestão de nomes para lançamento de candidatura própria à prefeitura de João Pessoa nas eleições de 2024. O rol de postulantes conta, agora, com o ingresso da ex-deputada estadual Estela Bezerra, que já foi derrotada numa das disputas à edilidade pessoense e que passa a se somar aos nomes da ex-prefeita do Conde, Márcia Lucena, da deputada estadual Cida Ramos, do deputado estadual Luciano Cartaxo e do vereador na Câmara Municipal de João Pessoa Marcos Henrique. Esse racha nas fileiras petistas não preocupa o dirigente estadual Jackson Macêdo, que insiste em afirmar que ainda haverá muitos encontros e muitas Plenárias até a definição de uma posição do partido para o pleito de 2024, não podendo ser descartada aliança com figuras que possam oxigenar a mobilização pela democracia que está sendo rearticulada em nível nacional.

Além de Jackson Macêdo, estiveram presentes no Seminário a presidente estadual do PCdoB, Gregória Benário, Flávio Moreira, presidente do Agir36, Cristiana Almeida, porta-voz da Rede Sustentabilidade, Dênis Soares, presidente do PV, Fernando Luiz,secretário-geral do PMN, Sandro Alencar, secretário-geral do PDT, o vice-prefeito de João Pessoa, Léo Bezerra (PSB) e o deputado estadual João Gonçalves. O governador João Azevêdo defendeu que, além do esforço comum em torno de projetos políticos-eleitorais, haja uma conscientização sobre a necessidade de colaborar com o governo do presidente Lula para que este materialize as conquistas que foram reivindicadas pela sociedade brasileira e tenha condições efetivas de promover a reconstrução do Brasil, tal como prometido na campanha de 2022, não somente investindo em políticas públicas abrangentes, como tem sido feito, e em medidas corajosas que têm sido tomadas, mas avançando para reverter o desmonte que foi impingido à estrutura administrativa do país no período anterior. Nesse contexto, frisou que o Nordeste tem prioridade natural, diante do contencioso que resta e da própria necessidade de haver apoio a projetos de desenvolvimento que têm sido pautados em Estados da região.

Continue Lendo

Artigos

Certezas e dúvidas nas decisões do pastor Sérgio

Publicado

em

Por

Redação do Portal da Capital

* Por Josival Pereira

Depois de alguns aparentes contratempos, o pastor Sérgio Queiroz anunciou como será a participação do partido Novo nas eleições municipais em João Pessoa, o que equivale dizer como se dará sua participação, uma vez que ele encarna a legenda na Capital. Se dispôs a ser candidato a vice-prefeito na chapa do ex-ministro Marcelo Queiroga.

Havia quem apostasse na candidatura a prefeito. O pastor descartou a possibilidade na entrevista, dando a entender que a ideia habitava o território de seus desejos e de amigos. Deve ter entendido, porém, que, na política, muitas decisões esbarram em esquemas grupais e não observam condições mais objetivas. As poucas pesquisas divulgadas indicavam o pastor Sérgio Queiroz mais bem posicionado, mas o esquema bolsonarista , com intervenção direta do ex-presidente Jair Bolsonaro, já tem o ex-ministro Marcelo Queiroga como o candidato a prefeito. Barreira intransponível nesse momento.

O pastor Sérgio se esforçou para explicar as razões de sua decisão. A interpretação mais aproximada da realidade é a que ele atendeu aos anseios de direita conservadora e do bolsonarismo, aos irmãos de seu movimento religioso e ainda deixou espaço para atender seus próprios interesses. Será candidato para ajudar o PL; imagina que, apenas como candidato a vice-prefeito, não precisará se ausentar de ações e missões, e ainda terá tempo para rodar na campanha eleitoral por outros municípios, preparando o projeto de ser candidato a senador em 2026.

Nunca assumirá, mas o pastor Sérgio parece ter decidido com o propósito de restabelecer a plenitude de suas relações com Bolsonaro, avariada por ocasião da passagem do ex-presidente pela a Paraíba há menos de duas semanas.

Apesar de justificada as razões da decisão, restou a impressão que o pastor Sérgio ainda não se encontra plena e satisfatoriamente encaixado na aliança do Novo com o PL. Talvez por isso tenha feito um anúncio unilateral, sem a presença de Queiroga e dos deputados do PL (Cabo Gilberto e Valber Virgulino). Durante a coletiva, não se esforçou para dar importância ao ex-ministro Marcelo Queiroga, seu candidato a prefeito, e antecipou exigências sobre o tom da campanha.

É neste ponto que talvez resida a divergência mais expressiva do entre o pastor Sérgio e o bolsonarismo mais radical. Ele se posiciona contra a polarização da campanha entre direita e esquerda ou entre bolsonarismo e lulismo. Defende uma campanha focada nos problemas da Capital. Essa divergência tem tudo para se tornar insuperável. Queiroga tem a candidatura como missão para ajudar Bolsonaro e parece convencido que o êxito depende integralmente do ex-presidente.

Pode-se indagar: qual o futuro dessa aliança do Novo com o PL? Vai depender do desempenho do ex-ministro Marcelo Queiroga nas pesquisas. Se melhorar bem nos próximos dois meses, estará resolvida. Se não, pastor Sérgio voltará a ser acionado como candidato a prefeito.

Continue Lendo

Artigos

Candidato a prefeito, vice, apoiador de luxo ou só Deus sabe?

Publicado

em

Por

Redação do Portal da Capital

* Por Josival Pereira

O pastor Sérgio Queiroz marcou data para o capítulo que se presume último dessa novelinha que se tornou o processo de unidade da direita bolsonaristas e fechamento da chapa para a disputa da Prefeitura de João Pessoa.

O enredo ganhou complicação com a vinda do ex-presidente Jair Bolsonaro no último fim de semana, onde desencontros em agenda e eventos acabaram gerando informações sobre supostos desentendimentos no agrupamento político conservador e irritação em Bolsonaro.

Pedidos de desculpas do PL e desmentidos de todos os lados buscam o restabelecimento de paz. O próprio pastor Sérgio Queiroz se encarregou, de forma enfática, na segunda-feira, de negar o que se noticiava ou se especulava. Apesar dos fatos registrados nos eventos indicarem um certo mau humor da organização e do próprio ex-presidente para com o pastor, ele, não apenas refutou tudo com veemência, como avaliou ter sido tratado com honra, mais do que merecida, e jogou as ocorrências para a conta de fatalidade.

No calor das esclarecimentos e explicações, pastor Sérgio anunciou que no dia 26/04, uma sexta-feira, anunciará sua posição. Deixou em aberto. Não sabe se será candidato a prefeito, vice-prefeito ou apenas um apoiador especial da candidatura do ex-ministro Marcelo Queiroga.

Verdade é que, ao longo desses dois ou três últimos meses em que se discute a candidatura de Queiroga, o pastor Sérgio nunca deixou de alimentar, embora de forma meio tangencial, que poderia ser candidato a prefeito. Fomentou, porém, com sua complacência, a ideia que aceitaria ser candidato a vice-prefeito. Aliás, essa é a convicção dos dirigentes do PL. Talvez pela entrada do ex-presidente Bolsonaro no circuito. Em que pese tudo isso, ainda pairam muitas dúvidas sobre o desfecho que o pastor Sérgio dará ao seu destino político no momento.

Seja como for, uma coisa é certa: com o pronunciamento feito pela internet na segunda-feira, conscientemente ou não, o pastor Sérgio estreitou o caminho para sua definição. Ao dizer ter sido tratado com toda honra possível e elogiar abundantemente Bolsonaro, Queiroga, Cabo Gilberto, Walber Virgulino e o PL, não sobra desvio para o novo líder do Novo em João Pessoa justificar uma decisão de ser candidato a prefeito. A hipótese da candidatura dele próprio a prefeito parece, então, prejudicada.

Assim, sobram duas saídas: a da candidatura a vice-prefeito na chapa de Queiroga ou a de virar um apoiador de luxo. Tem muita gente apostando na segunda hipótese, mas o pastor tem demonstrado certa capacidade de surpreender. Se Deus estiver na parada, como o pastor acredita, certamente, os caminhos da decisão se alargarão e a decisão final se tornará mais fácil. Se depender apenas dos desígnios dos homens e da política, nem iluminados, os caminhos conduzem à certeza.

Continue Lendo

Artigos

Não foi culpa da imprensa…

Publicado

em

Por

Redação do Portal da Capital

Assisti à live que o pastor Sérgio Queiroz (Novo) realizou na segunda-feira (15/04) falando sobre os imbróglios envolvendo o nome dele e o Partido Liberal (PL) desde a última semana e, de modo agravado, desde a visita do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao Estado da Paraíba para lançar a chapa da Direita e Extrema Direita pessoense tendo Marcelo Queiroga como pré-candidato a prefeito e o religioso à vice na corrida ao comando da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) nas Eleições 2024.

Na verdade, aqui do meu cantinho, numa cadeira mega confortável e com um balde cheio de pipoca, metade doce e metade salgada, tenho assistido à muita coisa que tem marcado o universo político paraibano e, em especial, o pessoense.

Hoje, porém, vou comentar sobre o episódio, quase interminável, que estou assistindo e que envolve o pastor Sérgio Queiroz, figura por quem, aliás, A-IN-DA, nutro simpatia suficiente para sentir incômodo ao vê-lo se enfiar numa lambança que em nada combina com a postura polida que ele sempre demonstrou ter.

O episódio ao qual me refiro não se resume apenas a live da segunda-feira, mas, a uma série de acontecimentos -desorganizados e vexatórios!-, que eclodiram graças a decisão dele em não assumir o receio que parece ter em aceitar com a alegria e a empolgação esperadas a condição de vice na chapa do PL.

Eu, realmente, senti uma ponta de tristeza e uma vergonha alheia gigante quando assisti, com meus próprios olhos, Queiroz, que por indecisão própria se meteu num olho de furacão, culpar a imprensa pelo que está vivendo.

Queiroz teve a capacidade de abrir a boca na live para direcionar críticas e cobranças à imprensa e, ao mesmo tempo, demonstrar uma desinformação inexplicável acerca do universo político onde ele quer se mostrar inserido.

Na live, Queiroz teve a coragem de abrir a boca para perguntar por que a imprensa, diferentemente do estaria fazendo com ele, não cobrava do deputado federal Romero Rodrigues (PSC/Podemos) uma definição sobre o rumo político que tomará nas Eleições 2024, ou mesmo, do Partido dos Trabalhadores (PT) acerca da indefinição da pré-candidatura na Capital paraibana.

Minha gente… quem não vive numa bolha, não olha apenas para o próprio umbigo e acompanha minimamente o universo da política sabe que, nos últimos meses, de tanto, nós da imprensa, falarmos nesses temas, tais assuntos mais têm parecido aquelas falhas chatas em discos de vinil arranhados do que cobranças que ele classifica como inexistentes.

Cobramos sim, de Romero e do PT e evidenciamos todas as “lambanças“, imbróglios, intrigas e polêmicas políticas que enxergamos.

Por isso, ao assistir a sua live decidi escrever este artigo dizendo: “Não foi culpa da imprensa…”

Não foi -mesmo!- culpa da imprensa, meu caro pastor.

Não foi a imprensa que na véspera e até, no dia… pior… no MO-MEN-TO do evento de anúncio da chapa “Quero, Quero“, lá nas dependências da Domus Hall, mesmo com a própria cara aparecendo numa foto ao lado de Queiroga num telão, disse que decidiu adiar, mais uma vez, a decisão sobre participação do Novo na chapa encabeçada pelo ex-ministro.

Não, meu caro pastor… não foi e nem é culpa da imprensa e muito menos do locutor do evento o fato do senhor se perceber num meio de um furacão político vexatório para o seu curriculum de pessoa polida.

Inclusive, enquanto escrevo essas mal traçadas linhas, como diria algum poeta, sigo me perguntando por que um homem que enxergo como tão capaz, se mete numa situação dessas mesmo tendo valor político suficiente para garantir uma vaga de vereador sem gastar praticamente um tostão com campanha. Por queeeeeeeee???????

Pois é, pastor… não foi culpa da imprensa…

Como o senhor bem lembrou, durante a live, das palavras que, se não me falha a memória, são de Mateus, “bem-aventurados são os pacificadores“, tire uns dias, respire, pacifique a própria alma e lembre da sua capacidade para ser um excelente vereador que teria a oportunidade de legislar e produzir, de fato, para o bem da população.

Mas, para que fique bem claro… me permita repetir pastor: não foi culpa da imprensa.

Continue Lendo