Paraíba
Daniella Ribeiro questiona Cagepa por desabastecimento na região de Campina Grande
“Desde o dia 15 a Cagepa diz que a água vai chegar. É amanhã, é depois. Enquanto isso, o povo padece”, disse a senadora Daniella Ribeiro (Progressistas) durante discurso na tribuna do Senado Federal, na quarta-feira (20). Ela se refere ao problema de desabastecimento de água que castiga a população de Campina Grande e de outros oito municípios desde a sexta-feira (15), situação decorrente de uma pane no sistema elétrico, segundo a Cagepa.
A senadora disse que o povo paraibano, mais precisamente moradores da região de Campina Grande, enfrenta um calvário pela falta de água. “A população não tem água nas torneiras, as escolas e universidades suspenderam as atividades, os hospitais estão cancelando cirurgias. Estamos diante de um caos, uma situação insustentável, um retrato do descaso. Queremos uma resposta imediata e eficaz do Governo Estadual. Quando teremos a água de volta?”.
Daniella lembrou que, embora não tenha água, a população é obrigada a pagar por um serviço que não recebe. “A crise de desabastecimento na região de Campina Grande se tornou uma ferida para o nosso povo. Não é de hoje que cobramos um plano alternativo para garantir a segurança hídrica, para garantir o mínimo de dignidade aos cidadãos. Infelizmente, nenhuma resposta nos é dada”, pontuou a senadora.
Ela falou também sobre as denúncias de moradores que reclamam que a Cagepa não estaria cumprindo o plano de contingência anunciado, através do qual Campina Grande foi dividida em duas áreas. Segundo moradores, mesmo assim há problemas no abastecimento, e a pouca água que chega às torneiras está totalmente escura, sem condições de consumo.
Na noite de ontem, a Prefeitura de Campina Grande anunciou a suspensão temporária de 55 unidades de saúde e oito creches municipais em decorrência da falta de água. A Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) suspendeu as atividades no campus. A Fundação Assistencial da Paraíba (FAP) resolveu adiar as cirurgias eletivas a partir desta quinta-feira (21). “Essa é a situação caótica vivida pela população paraibana. Até quando a Cagepa vai se omitir diante da irresponsabilidade no serviço que presta?”.
Cidades com problema de abastecimento – Além de Campina Grande, o abastecimento foi interrompido nos municípios de Queimadas, Barra de Santana, Caturité, Lagoa Seca, São Sebastião de Lagoa de Roça, Matinhas, Alagoa Nova e Pocinhos.
Paraíba
MIDR reconhece a situação de emergência em mais duas cidades paraibanas; saiba quais
O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Defesa Civil Nacional, reconheceu, nesta segunda-feira (20), a situação de emergência em mais 14 cidades afetadas por desastres. As portarias com a medida foram publicadas na edição do Diário Oficial da União (DOU). Confira nos links abaixo:
Clique aqui e confira a íntegra da Portaria nº 1.695
Clique aqui e confira a íntegra da Portaria nº 1.700
Oito cidades obtiveram o reconhecimento federal devido à estiagem. São elas: Estrela de Alagoas, em Alagoas; Ibotirama e Planalto, na Bahia; Piquet Carneiro, no Ceará; Conceição e Lagoa Seca, na Paraíba; Custódia, em Pernambuco, e José da Penha, no Rio Grande do Norte.
Os municípios de Arneiroz, Jaguaribe e Quiterianópolis, no Ceará, registraram seca, que é um período de ausência de chuvas mais prolongado do que a estiagem.
Foram castigadas por fortes chuvas as cidades de Juatuba, em Minas Gerais; Caiçara do Rio Vento, no Rio Grande do Norte, e Guariba, em São Paulo.
Como solicitar recursos
Cidades com o reconhecimento federal de situação de emergência ou de estado de calamidade pública podem solicitar ao MIDR recursos para ações de defesa civil. A solicitação pelos municípios em situação de emergência deve ser feita por meio do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2iD). Com base nas informações enviadas nos planos de trabalho, a equipe técnica da Defesa Civil Nacional avalia as metas e os valores solicitados. Com a aprovação, é publicada portaria no DOU com o valor a ser liberado.
Capacitações da Defesa Civil Nacional
A Defesa Civil Nacional oferece uma série de cursos a distância para habilitar e qualificar agentes municipais e estaduais para o uso do S2iD. As capacitações têm como foco os agentes de proteção e defesa civil nas três esferas de governo. Confira neste link a lista completa dos cursos.
Paraíba
CMJP: Audiência Pública discutirá derrame de esgoto nas praias de João Pessoa; confira
A Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) realizará na quarta-feira (22/05) uma Audiência Pública para discutir a realidade do derrame de esgoto nas praias da Capital paraibana.
A Audiência acontecerá a partir das 9h, no âmbito da Comissão de Políticas Públicas (CPP).
A discussão sobre o problema voltou à tona na sexta-feira (10/05) após a operação conjunta ‘Água Limpa’ realizada entre a Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema) e Cagepa (Companhia de Água e Esgotos da Paraíba).
Leia também: Bar do Cuscuz é flagrado em operação da Sudema despejando esgoto na orla da Capital
Na ocasião, foram flagradas ligações clandestinas originadas do Bar do Cuscuz e de outros estabelecimentos comerciais despejando esgoto no mar da praia do Cabo Branco, um dos principais atrativos turísticos da cidade.
Paraíba
Conta de água ficará quase 10% mais cara na Paraíba a partir de junho; confira
A Agência de Regulação do Estado da Paraíba (ARPB) aprovou o reajuste de 9,97% na estrutura tarifária da Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa). A medida foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) no último sábado e passa a valer a partir do dia 17 de junho.
O reajuste atinge diretamente as categorias residencial, comercial, industrial e pública. Também foram aprovados reajustes nos valores das multas aplicadas pela Cagepa. No entanto, consumidores beneficiados com a tarifa social não sofrerão o reajuste.
Novos valores da tarifa:
Tipo de imóvel | Nova tarifa |
Residencial (casas, apartamentos, etc) | A partir de R$ 91,60 |
Comercial | A partir de R$ 172,52 |
Industrial | A partir de R$ 208,96 |
Pública | A partir de R$ 206,24 |
Na categoria residencial, a tarifa mínima para a faixa de consumo até 10m³ passará de R$ 46,28 para R$ 50,89. Quando somado ao esgoto, que ficará em R$ 40,71, a fatura mínima totalizará R$ 91,60, em comparação aos atuais R$ 83,30. A tarifa social, que permanecerá inalterada, continuará sendo de R$ 11,62.
Para a faixa comercial, a tarifa total para consumo de até 10m³ será de R$ 172,52; na industrial, de R$ 208,96; e na pública, de R$ 206,24.
O último reajuste aplicado pela Cagepa ocorreu no início de 2023, com um aumento de 5,10%.