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O ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) disse nesta terça-feira (31) que sua delação premiada não está em questão. “Esquece”, respondeu, ao ser questionado por Fábio Frabrini, da Folha, sobre uma eventual colaboração com a Procuradoria-Geral da República (PGR).

O ex-deputado acompanhou mais um dia de interrogatórios na Justiça Federal em Brasília. Ele é acusado, em ação penal, de chefiar um esquema de cobrança de propinas para liberar recursos da Caixa Econômica Federal a grandes empresas.

Nesta terça, depôs o corretor Lúcio Bolonha Funaro, delator da Lava Jato. Cunha disse estar “tranquilíssimo” sobre as acusações do colaborador e que está disposto a fazer um teste do polígrafo (detector de mentiras) com Funaro.

“Faço o teste depois, faço qualquer teste que ele quiser. É um mentiroso contumaz. Ele tem de sustentar a mentira dele”, comentou Cunha, ao sair da audiência.

Em seu interrogatório, Funaro havia desafiado o ex-deputado a passar pelo chamado detector de mentiras: “Estou disposto a fazer um teste do polígrafo com Eduardo Cunha para parar de me chamar de mentiroso.”

A proposta foi feita pelo corretor quando ele reclamava que a defesa de Cunha o acusou “formalmente” de “roubar” um anexo de sua delação, cuja negociação não avançou. “Isso só pode partir de alguém que tem uma apoteose mental”, declarou.

O corretor respondeu a 180 perguntas da defesa de Cunha. Confirmou a cobrança de propinas em operações da Caixa para beneficiar o ex-deputado e seu grupo. Relatou também ter pago uma série de despesas do peemedebista, entre elas a compra de carros e de um flat, antes pertencente ao jogador de futebol Vampeta.

Funaro afirmou ainda que quitou despesas para os filhos de Cunha e pagou os honorários de um advogado para o ex-deputado na Suíça.

Em alguns momentos, o corretor elevou a voz e demonstrou irritação com os questionamentos da defesa de Cunha. Num tom de ameaça velada, sugeriu que poderia ter contado mais em sua delação. “Se eu quisesse influenciar [a PGR], podia ter dito que o Eduardo Cunha é sócio do Ricardo Andrade Magro, um dos maiores sonegadores do país”, afirmou.

Dono do grupo controlador da Refinaria de Manguinhos, Magro é investigado por fraudar o Fisco e no ano passado foi incluído na lista de foragidos da Interpol.

O interrogatório de Cunha está marcado para a segunda-feira (6). O ex-deputado não pretende responder a questionamentos das defesas de seus delatores, Funaro e o ex-vice presidente da Caixa Fábio Cleto.

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Aguinaldo disputa cargo de relator da regulamentação da reforma tributária com mais dois deputados

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A bancada do PP na Câmara dos Deputados já está discutindo quais nomes irá indicar para compor os grupos de trabalho que deverão ser criados pelo presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), para analisar os projetos de regulamentação da reforma tributária.

De acordo com esta matéria publicada pela Folha, há uma preferência por três deputados: Aguinaldo Ribeiro (PB), que foi relator da PEC (proposta de emenda à Constituição) da reforma tributária na Casa; Cláudio Cajado (BA), relator do arcabouço fiscal; e Tião Medeiros (PR), que presidiu a Comissão de Agricultura da Casa no ano passado.

Lira tem afirmado a interlocutores que Ribeiro já teve um papel importante no processo, mas que agora pode ser um momento para prestigiar outros parlamentares.

Em entrevista à GloboNews na quinta-feira (25/04), o presidente da Câmara disse que há “duas ou três dezenas de deputados muito afeitos” ao tema e que é preciso “agregar mais, dar mais participação”.

Segundo ele, a ideia é que sejam instalados dois grupos de trabalho, com até seis parlamentares cada, para que cada um apresente um relatório conjunto.

“O grupo faz o relatório e entrega, com a participação de todos. A gente pode dividir: um cuida do IVA, outro do CBS, outro de uma situação, de outra, vai ser uma maneira mais democrática. Vamos retaliar, estratificar mais. Quando você concentra, você tem uma chance maior de errar. Ninguém vai ali para errar”, disse.

 

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Brasil

Relatora do Perse no Senado, Daniella quer elevar custo do benefício tributário

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A relatora no Senado do projeto de lei que reformula o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse), Daniella Ribeiro (PSD), afirma que vai incluir a correção pela inflação no custo de R$ 15 bilhões do programa até o fim de 2026. A mudança no texto deve aumentar o impacto fiscal dos incentivos tributários, em um revés para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Conforme publicado pelo Estadão, a correção pela inflação estava no parecer da relatora na Câmara, a deputada Renata Abreu (Podemos), mas foi retirada de última hora, pouco antes da votação no plenário da Casa, que ocorreu de forma simbólica na última terça-feira (23/04).

Ribeiro também deseja impedir que empresas com liminares favoráveis na Justiça tenham acesso aos benefícios. A ideia é que somente façam parte do programa as companhias incluídas na lista de setores da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAEs) prevista na lei e que tenham decisão judicial transitada em julgado, ou seja, definitiva.

O texto aprovado na Câmara prevê que 30 atividades tenham acesso ao programa. A Fazenda queria, inicialmente, reduzir a lista de 44 para 7, mas foi vencida.

Nesta segunda-feira (29/04), Daniella se reune com representantes dos setores beneficiados pelo Perse para discutir outros pontos do projeto. A expectativa é que a votação do relatório no Senado ocorra ainda esta semana, em sessão semipresencial.

O presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD), garantiu que o texto irá diretamente ao plenário, com urgência, sem passar por comissões. Caso as mudanças sejam aprovadas, a proposta retorna para nova análise da Câmara.

O Perse foi criado em 2021, durante a pandemia de covid-19, para socorrer empresas de eventos com dificuldades financeiras, em razão da interrupção de atividades durante a quarentena.

O governo tentou extinguir os benefícios, alegando que as empresas já se recuperaram do período de baixa, mas enfrentou resistência do Congresso, que decidiu dar um fim gradual aos incentivos.

Durante as negociações, porém, por pressão do Ministério da Fazenda, a Câmara concordou em limitar os custos do Perse em R$ 15 bilhões até 2026.

Haddad, no entanto, enfrenta um novo desgaste com o Parlamento, ainda mais intenso com Rodrigo Pacheco, desde que o governo ingressou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) anulando os efeitos da desoneração da folha de pagamentos para 17 setores da economia e para os municípios.

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“Educação é prioridade”: senadora Daniella Ribeiro destaca projetos de melhoria e promoção da área

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Em celebração ao Dia da Educação, marcado neste domingo (28/04), a senadora paraibana Daniella Ribeiro (PSD) utilizou as redes sociais para destacar esforços do seu mandato em uma das áreas mais importantes no desenvolvimento da população.

A parlamentar ressaltou o Projeto de Lei 142/2018 que institui a Política de Inovação Educação Conectada, tendo por objetivo a universalização do acesso à internet em alta velocidade na educação básica; Daniella pontuou a destinação de emendas para conquista do projeto do Complexo de Extensão Universitária (CEU) da UFCG; por fim, o Projeto de Lei 598/19 que inclui conteúdo sobre a prevenção da violência contra a mulher nos currículos da educação básica também ganhou destaque da senadora.

“Acredito no poder transformador da educação. Ao longo do meu mandato, tenho direcionado meus esforços e recursos para promover iniciativas educacionais importantes para o nosso país”, afirmou.

Confira:

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