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‘Falha no direito penal brasileiro criou um país de ricos delinquentes’, diz Barroso

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Em palestra na Universidade Metropolitana pela Educação e o Trabalho (Umet), em Buenos Aires, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luis Roberto Barroso admitiu ser “impossível não sentir vergonha pelo que está acontecendo no Brasil” em matéria de corrupção já que “onde se destampa tem alguma coisa errada”. Barroso insistiu em mostrar-se otimista sobre as mudanças que estão acontecendo no país mas reconheceu que a corrupção “é endêmica, sistêmica e tem esquemas profissionais de arrecadação de dinheiro”. Em sua apresentação na Convenção sobre Políticas Públicas e a Percepção da Corrupção na América Latina, o ministro do STF afirmou que uma das causas da corrupção no Brasil é a existência um “direito penal incapaz de punir a criminalidade de colarinho branco e que criou um país de ricos delinquentes”, informa reportagem de Janaína Figueiredo, de O Globo.

— A corrupção passou a ser meio de vida e modo de fazer negócios. O sistema punitivo deixou de cumprir seu grande papel — disse Barroso.

Em seguida, ele destacou as transformações que ele acredita estar vendo no Judiciário brasileiro e que permitiram “investigações, denúncias e condenações que atingiram pessoas que sempre se imaginaram imunes. Esse é o quadro que estamos quebrando, era um pacto oligárquico”.

— Avançamos em mudanças de atitude na sociedade e no Judiciário, hoje visto como agente de transformação. Não todos… existem movimentos erráticos. Mas a tendência é de superação desta velha ordem que acha que rico não deve ser preso — apontou.

O ministro do STF não identificou o que chamou de “movimentos erráticos”, mas mencionou a discussão sobre a aplicação de punições com condenações em segunda instância:

— Houve mudanças de atitude, na legislação, na jurisprudência e a possibilidade de punição com condenação em segunda instância. Espero que não se mude esta jurisprudência porque fará com que se volte ao país que sempre fomos. O que se quer é reabrir a porta pela qual os recursos indefinidos levam os processos até o momento da prescrição.

Barroso não mencionou nomes, mas em sua palestra descreveu os principais escândalos ocorridos no Brasil recentemente e fez uma clara referência ao ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva:

— Mesmo quem se apresentou como quem iria enfrentar esse pacto terminou por aliar-se a esse pacto e aprofundá-lo. A contaminação é muito ampla.

O ministro afirmou que “não existe corrupção do bem e do mal, de esquerda ou direita… a elite acha que a corrupção ruim era a dos inimigos. É uma visão errada que atrasa o país”.

— A corrupção não e invencível. O slogan que me anima é “não importa o qual esteja acontecendo a sua volta, faça o melhor papel que puder” — afirmou.

Barroso defendeu a reforma do sistema político, já que para ele “o sistema atual é caríssimo”:

— É preciso conceber um sistema que barateie as eleições, porque um dos grandes focos de corrupção é o financiamento eleitoral.

O ministro do STF disse, ainda, que “o Brasil tem uma legislação auto-protetiva, um sistema feito para prender menino pobre com 100 gramas de maconha mas que torna dificilíssimo prender que desvia R$ 10 milhões. Um sistema que protege a elite”.

— Temos um sistema que fomenta a corrupção e garante a impunidade — lamentou.

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“Não haverá desoneração para favorecer os mais ricos”, diz Lula

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou, nessa quarta-feira (01/05), a rechaçar a desoneração da folha de empresas de 17 setores, durante evento em comemoração ao 1º de maio em São Paulo, ao lado de ministros, e promovido por centrais sindicais.

Segundo informações do Metrópoles, o projeto havia sido aprovado pelo Congresso Nacional e vetado pelo governo. Em seguida, parlamentares derrubaram o veto de Lula.

“A gente faz desoneração quando o povo pobre ganha. Quando o trabalhador ganha. Mas fazer desoneração sem que eles sequer se comprometam a gerar o emprego, sem que eles sequer se comprometam a dar garantias a quem está trabalhando… Eu quero dizer: no nosso país não haverá desoneração para favorecer os mais ricos e sim para favorecer aqueles que trabalham e vivem de salário”, disse Lula.

O projeto da desoneração, do senador Efraim Filho (União Brasil), havia sido aprovado em agosto. Em dezembro, o governo federal vetou o texto aprovado pelo Congresso Nacional integralmente sob o argumento de que ele criaria renúncia de receitas sem apresentar impacto nas contas públicas e que, portanto, é inconstitucional.

Em dezembro de 2023, o Congresso Nacional derrubou os vetos do presidente. O caso foi judicializado pelo governo federal. Atendendo a um pedido da Advocacia-Geral da União (AGU), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin suspendeu trechos da lei que prorrogou a desoneração da folha de pagamento de municípios e de diversos setores produtivos até 2027.

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Conheça em detalhes o projeto do governo que regulamenta a reforma tributária

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Redação do Portal da Capital

A Agência Câmara trouxe um guia prático que explica em detalhes o Projeto do Governo Federal que regulamenta a reforma tributária no Brasil. De acordo com o guia, o texto regulamenta três tributos sobre o consumo e que foram criados pela reforma tributária. Trata-se do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) compartilhado entre Estados e Municípios; da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), um tributo federal; e, o Imposto Seletivo (IS), também federal. Estes três impostos substituirão os cinco atualmente em vigor: PIS (Programa de Integração Social), o Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), o IMCS (Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação) e o ISS (Imposto Sobre Serviços).

Confira o guia detalhado:

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Gervásio participa de missão internacional representando a Câmara dos Deputados

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Redação do Portal da Capital

O líder do PSB, Gervásio Maia, que também integra a Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados, participa em Havana do Encontro Internacional de Solidariedade com Cuba. Também integram a delegação, a deputada federal Alice Portugal, presidente do Grupo de Amizade Parlamentar Brasil-Cuba, Fernando Mineiro, Lídice da Mata e Márcio Jerry.

Nesta terça-feira (30), os parlamentares se reuniram com deputado Rolando González Patrício, presidente da Comissão de Relações Internacionais da Assembleia Nacional do Poder Popular.

Na pauta, questões relativas aos respectivos parlamentos, sistemas legislativos e grandes desafios em um contexto de crise internacional.

“Durante a reunião tratamos sobre intercâmbios tecnológicos, científicos e culturais entre os dois países. Também falamos sobre o embargo dos EUA contra Cuba, cujo sistema de sanções mais longo e severo já aplicado no mundo tem gerado fome e miséria ao povo cubano”, afirmou Gervásio Maia.

Nesta quarta-feira (01), a comitiva brasileira participa de atividades em homenagem ao Dia dos Trabalhadores, entre outras atividades institucionais.

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