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Brasil

Caixa pede empréstimo de R$ 10 bilhão ao FGTS para reforçar seu capital

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Para reduzir o risco de sua carteira de crédito e se enquadrar nas novas regras prudenciais do setor financeiro, que entram em vigor em 2018, a Caixa Econômica Federal precisa elevar, com urgência, o capital próprio. Caso contrário, o banco terá de reduzir o volume total de financiamentos. Por isso, a instituição decidiu recorrer ao Conselho Curador do FGTS. Sem poder contar com a tradicional fonte de ajuda, os aportes do Tesouro Nacional, o banco pediu um empréstimo de R$ 10 bilhões ao Conselho Curador, sem prazo de pagamento e na categoria de dívida subordinada. Isso significa que, em caso de falência, o Fundo dos trabalhadores seria o último a receber. Outra possibilidade para a Caixa seria vender ativos de risco para o BNDES, segundo O Globo.

De acordo com a proposta apresentada ao grupo técnico do Conselho Curador esta semana, a Caixa se compromete a pagar anualmente ao Fundo só os juros, calculados com base na Selic (hoje em 8,25% ao ano) mais 1,20%. O pedido depende de parecer jurídico e deverá ser apresentado aos conselheiros no início de dezembro.

Sem prazo de pagamento

Esta é a primeira vez que a Caixa recorre ao FGTS para fechar uma operação sem prazo de pagamento. A instituição já se valeu do Conselho em 2005 e 2016. Considerando os dois anos, a instituição obteve em torno de R$ 30 bilhões para se capitalizar. No entanto, ambas operações tinham prazo de vencimento de 30 anos — a duração dos contratos habitacionais com recursos do Fundo.

A instituição tem uma dívida de R$ 260 bilhões com o FGTS, e a ideia é que parte desse valor possa ser convertida em capital. Além da aprovação dos conselheiros, será necessário o aval do Banco Central. A Caixa está enquadrada nas regras de risco atuais, mas com uma margem pequena em comparação aos concorrentes. Enquanto o limite mínimo fixado é de 11% (R$ 11 de capital para cada R$ 100 emprestados), o banco fechou o primeiro semestre com 14,4%. Já o Banco do Brasil ficou em 18,01%. A partir de janeiro de 2018, porém, as normas ficarão mais duras e ainda mais apertadas em 2019.

Em outra frente, o banco analisa vender R$ 10 bilhões da carteira de crédito com risco mais elevado para o BNDES, numa espécie de limpeza do balanço. O banco de fomento está em situação mais tranquila em relação à Caixa. Essa operação foi sugerida pelo Ministério da Fazenda, mas ainda está sendo analisada.

— Nada anda sem os pareceres das áreas técnicas e jurídicas. Existem pleitos junto ao BNDES, mas ainda estão longe de serem concretizados — disse um interlocutor do banco.

Um técnico da Caixa alertou:

— Sem um aporte de capital que suporte o risco da sua carteira de crédito, o banco não poderá continuar emprestando.

Abertura de capital ajudaria

No primeiro semestre de 2017, o saldo da carteira de crédito do banco atingiu R$ 715 bilhões, um dos maiores do setor financeiro. Mas há possibilidade de que essa carteira tenha de encolher sem mudança na estrutura de capital da instituição. E isso ocorreria num momento ruim, em que a recuperação da economia vai elevar a demanda por financiamentos.

A Caixa, líder no mercado de crédito imobiliário, já reduziu o ritmo de empréstimos habitacionais em setembro, além de ter adotado maior rigor nas concessão do crédito, priorizando clientes com menor risco. Mesmo com a queda na Selic, o banco não cortou os juros nessa modalidade e diminuiu a quota de financiamento de imóveis. Algumas linhas já foram suspensas porque a verba acabou, como é o caso da modalidade pró-cotista.

Segundo fontes do Conselho Curador, o pedido teve receptividade diante da situação do banco, que é o agente operador do Fundo.

— Se a Caixa for mal, o FGTS também pode ser prejudicado — admitiu uma fonte.

Uma solução mais sustentável para capitalizar o banco e melhorar a governança é o processo de abertura de capital. A medida vem sendo defendida pela equipe econômica, conforme antecipou o GLOBO em setembro. Um dos primeiros passos nessa direção é mudar o estatuto da Caixa para se adequar à lei das estatais.

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“Não haverá desoneração para favorecer os mais ricos”, diz Lula

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou, nessa quarta-feira (01/05), a rechaçar a desoneração da folha de empresas de 17 setores, durante evento em comemoração ao 1º de maio em São Paulo, ao lado de ministros, e promovido por centrais sindicais.

Segundo informações do Metrópoles, o projeto havia sido aprovado pelo Congresso Nacional e vetado pelo governo. Em seguida, parlamentares derrubaram o veto de Lula.

“A gente faz desoneração quando o povo pobre ganha. Quando o trabalhador ganha. Mas fazer desoneração sem que eles sequer se comprometam a gerar o emprego, sem que eles sequer se comprometam a dar garantias a quem está trabalhando… Eu quero dizer: no nosso país não haverá desoneração para favorecer os mais ricos e sim para favorecer aqueles que trabalham e vivem de salário”, disse Lula.

O projeto da desoneração, do senador Efraim Filho (União Brasil), havia sido aprovado em agosto. Em dezembro, o governo federal vetou o texto aprovado pelo Congresso Nacional integralmente sob o argumento de que ele criaria renúncia de receitas sem apresentar impacto nas contas públicas e que, portanto, é inconstitucional.

Em dezembro de 2023, o Congresso Nacional derrubou os vetos do presidente. O caso foi judicializado pelo governo federal. Atendendo a um pedido da Advocacia-Geral da União (AGU), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin suspendeu trechos da lei que prorrogou a desoneração da folha de pagamento de municípios e de diversos setores produtivos até 2027.

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Conheça em detalhes o projeto do governo que regulamenta a reforma tributária

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Redação do Portal da Capital

A Agência Câmara trouxe um guia prático que explica em detalhes o Projeto do Governo Federal que regulamenta a reforma tributária no Brasil. De acordo com o guia, o texto regulamenta três tributos sobre o consumo e que foram criados pela reforma tributária. Trata-se do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) compartilhado entre Estados e Municípios; da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), um tributo federal; e, o Imposto Seletivo (IS), também federal. Estes três impostos substituirão os cinco atualmente em vigor: PIS (Programa de Integração Social), o Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), o IMCS (Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação) e o ISS (Imposto Sobre Serviços).

Confira o guia detalhado:

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Gervásio participa de missão internacional representando a Câmara dos Deputados

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O líder do PSB, Gervásio Maia, que também integra a Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados, participa em Havana do Encontro Internacional de Solidariedade com Cuba. Também integram a delegação, a deputada federal Alice Portugal, presidente do Grupo de Amizade Parlamentar Brasil-Cuba, Fernando Mineiro, Lídice da Mata e Márcio Jerry.

Nesta terça-feira (30), os parlamentares se reuniram com deputado Rolando González Patrício, presidente da Comissão de Relações Internacionais da Assembleia Nacional do Poder Popular.

Na pauta, questões relativas aos respectivos parlamentos, sistemas legislativos e grandes desafios em um contexto de crise internacional.

“Durante a reunião tratamos sobre intercâmbios tecnológicos, científicos e culturais entre os dois países. Também falamos sobre o embargo dos EUA contra Cuba, cujo sistema de sanções mais longo e severo já aplicado no mundo tem gerado fome e miséria ao povo cubano”, afirmou Gervásio Maia.

Nesta quarta-feira (01), a comitiva brasileira participa de atividades em homenagem ao Dia dos Trabalhadores, entre outras atividades institucionais.

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