Em nove meses, mais de 60 gatos foram mortos no Campus I da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), em João Pessoa, por envenenamento. A informação é da Comissão de Direito e Bem Estar Animal (CDBA) da instituição que acompanha os casos. A frequência mais acentuada de mortes, segundo a entidade, vem ocorrendo desde fevereiro e só de julho a setembro foram 30 gatos assassinados.
De acordo com o professor e vice-presidente da CDBA, Francisco Garcia Figueiredo, todos os gatos morreram em decorrência de envenenamento por ‘chumbinho’, que é um inseticida agrícola utilizado clandestinamente como raticida. “De julho a setembro foram pelo menos 30 gatos envenenados. Os casos aconteceram nas imediações do CCTA (Centro de Comunicação, Turismo e Artes) da mesma forma que as 23 mortes ocorridas em fevereiro. Então, supostamente a mesma pessoa continua matando os gatos que vivem na UFPB e ainda não se conseguiu identificar o criminoso”, disse o professor.
O professor criticou a falta de interesse da UFPB em combater a prática de envenenamento e maus tratos contra cães e gatos bem como o constante abandono desses animais na instituição. “A gente denuncia os casos à polícia para que sejam investigados e acompanhamos, tanto pela Comissão quanto pela OAB. Mas, infelizmente, a universidade não tem tomado nenhuma medida definitiva quanto a isso”, disse Francisco Garcia.
Segundo professor, no último dia 13 foram 13 animais abandonados, sendo seis cães e sete gatos. Outra situação que configura maus tratos aos cães e gatos que vivem na instituição é a proibição da direção do Centro de Ciências Sociais Aplicadas em não permitir que servidores e alunos alimentem os animais que ficam no local. “Nós tomamos conhecimento dessa situação no CCTA e é uma determinação completamente equivocada. Esses animais já sofreram maus tratos quando foram abandonados na universidade e sofrerão mais se não tiverem comida e água para sobreviver. Quem alimenta esses cães e gatos age de boa vontade”, disse ao Jornal Correio.
Para os estudantes, a presença dos felinos não é um problema. “Eles não me trazem problemas”, comentou o aluno do curso de Administração, Isaías Alves