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Reforma trabalhista, clima e soberania nacional marcaram debates no Senado

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O Senado promoveu quatro sessões temáticas em 2017. Reforma trabalhista, acordos climáticos e soberania nacional foram os temas que ocuparam o Plenário da Casa para um debate mais aprofundado.

Em maio, foram realizadas duas sessões temáticas para discutir a reforma trabalhista (PLC 38/2017). Os convidados favoráveis afirmaram que a atualização da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) reduziria a insegurança jurídica e contribuiria para a diminuição das mais de 11 mil ações trabalhistas por dia no país.

Os contrários à proposta defenderam que a reforma precarizaria as relações de trabalho, fragilizando a situação do empregado. Para o senador Paulo Paim (PT-RS), um dos principais críticos da reforma, a legislação já foi amplamente alterada ao longo dos anos.

– Vi e ouvi aqui que a nossa CLT está velha. Ela tem 73 anos e já foi alterada em 85%. Lembro a todos que a Constituição americana tem 230 anos, e ninguém fala em revogá-la ou rasgá-la – afirmou.

Já o senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO) afirmou que só quem conhece a legislação trabalhista no Brasil saberia a grande necessidade de reforma.

– A retomada do emprego no Brasil passa obrigatoriamente por essa reforma trabalhista. Com o trabalho intermitente, por exemplo, vamos trazer muita gente da informalidade – defendeu.

Clima
Em junho, foi a vez da sessão sobre os 25 anos da Rio 92 e da Convenção do Clima. Entre os principais pontos de discussão, esteve a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris, o que foi duramente criticado pelo presidente da Comissão de Relações Exteriores, senador Fernando Collor (PTC-AL).

– Ao brincar com um poder deletério, Trump sentenciou a humanidade ao desaparecimento paulatino e condenou todo tipo de vida à morte. Por isso, é preciso dizer: assim como o Acordo de Paris não se restringe a Pittsburgh, o mapa-múndi não se resume aos Estados Unidos da América – disse.

Soberania
Em novembro, senadores e ex-senadores se reuniram para debater a soberania nacional. A sessão aconteceu a pedido do presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Soberania Nacional, senador Roberto Requião (PMDB-PR). Ele criticou as políticas liberais ao redor do mundo e lamentou a influência delas no Brasil.

As sessões temáticas acontecem no Senado desde 2013 e têm o objetivo de dedicar um dia do Plenário a assuntos relevantes para a sociedade. Até hoje os senadores já discutiram, entre outros temas, o financiamento da saúde, o Simples Nacional e a reforma política.

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Senado aprova parecer que reconhece quadrilhas juninas como manifestação da cultura nacional

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Redação do Portal da Capital

A Comissão de Educação e Cultura do Senado aprovou nesta terça-feira (21/05) o relatório da senadora Daniella Ribeiro (PSD-PB) ao Projeto de Lei 1.227/23 que reconhece as quadrilhas juninas como manifestação da cultura nacional. O relatório da senadora foi a última etapa para aprovação do projeto que, agora vai à sanção presidencial. “As quadrilhas juninas estão entre as mais vivas expressões da cultura popular brasileira”, disse a senadora.
Ao analisar o projeto, a senadora disse que a proposta segue a mesma linha da Lei 14.555/2023, que reconhece as festas juninas como manifestação da cultura nacional, cuja aprovação contou com sua participação e apoio. Ela reconheceu a importância cultural e econômica das quadrilhas, especialmente em regiões onde são atração turística, como acontece em Campina Grande (PB).

Daniella argumentou no seu relatório que as quadrilhas juninas têm importância social. “É na quadrilha junina que a maioria dos jovens tem o primeiro contato com a cultura”, disse. Segundo a senadora, durante seis meses de ensaios e apresentações, eles cumprem um protocolo disciplinar que os ensina a conviver em grupo e a respeitar às diferenças.

As quadrilhas juninas também têm impacto econômico nas regiões onde as festas juninas são um grande atrativo turístico, como acontece em Campina Grande. Daniella Ribeiro argumentou que além do incentivo ao turismo cultural, há criação de empregos e promoção da economia local através da venda de comidas típicas, artesanato, músicos, transportes, e demais serviços relacionados ao evento.

A Federação de quadrilhas juninas na Paraíba tem nove ligas filiadas. Cada liga representa uma região do estado com 172 quadrilhas filiadas. A realização de seus espetáculos movimenta cerca de R$ 30 milhões. No seu relatório a senadora citou a festa junina de Campina Grande (PB), reconhecida como “O Maior São João do Mundo”. O Ministério do Turismo realizou uma pesquisa que demonstrou que a cidade é um dos destinos mais desejados pelos brasileiros para visitação em 2024.

As quadrilhas foram criadas nas danças de salão da Europa, no século XVIII, principalmente na França. Lá foi onde nasceu o termo quadrille, um tipo de dança de formação em quadrado, trazido ao Brasil pela corte portuguesa no início do XIX. A dança rapidamente se popularizou com características próprias das diferentes regiões do país incorporando música, vestimenta e coreografias.

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Relatoria: Efraim aprova 7 de 10 propostas para modernizar legislação tributária e administrativa

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Redação do Portal da Capital

Entre os dez itens que estão na pauta da Comissão Temporária para examinar anteprojetos propostos por comissão especial de juristas para modernizar legislação tributária e administrativa, prevista para esta quarta-feira (22/05) a partir das 9 horas, oito são projetos terminativos.

O senador Efraim Filho (União Brasil), relator de todas as propostas, deu parecer favorável a sete delas, sendo seis com substitutivos. Se forem aprovadas, poderão seguir diretamente para a Câmara dos Deputados, se não houver requerimento para votação pelo Plenário do Senado.

O objetivo dos projetos é modernizar os processos tributários e administrativos para diminuir a burocracia e prevenir conflitos judiciais, que são caros e demorados. A ideia é buscar soluções consensuais, garantindo a transparência e ampla defesa para o contribuinte e reduzindo as disputas entre o poder público e o cidadão.

É o caso do PL 2481/2022, apresentado pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, propondo uma reforma abrangente da lei 9.784/99, que trata do Processo Administrativo. O senador pretende reformar aspectos incluindo questões como regras mais claras sobre o alcance das decisões tributárias; duração razoável do processo, com implementação do processo eletrônico; participação popular no controle da Administração Pública; correção de omissão do poder público; e clareza nos princípios que norteiam as sanções aplicadas contra o contribuinte.

“Buscando assegurar a facilidade de exercício de direitos e cumprimento de obrigações, o amplo acesso, a simplificação de procedimentos e a redução de prazos, bem como o direito fundamental à proteção de dados pessoais (…), a forma eletrônica de processo é expressamente estabelecida como preferência”, enfatizou Efraim.

Fonte: Agência Senado

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Justiça condena ex-deputado que postou conteúdo racista em rede social a pagar R$ 30 mil

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Redação do Portal da Capital

Após ação civil pública do Ministério Público Federal (MPF), a Justiça Federal condenou o ex-deputado estadual Alexandre Teixeira de Freitas Rodrigues por postagem racista em seu perfil oficial no antigo Twitter. A juíza da 28ª Vara Federal do Rio de Janeiro julgou procedente em parte o pedido do MPF, condenando o réu a pagar R$ 30 mil de indenização por danos morais coletivos.

A postagem foi publicada em 27 de agosto de 2020, quando o então deputado estadual pelo Rio de Janeiro, questionado sobre o porte de fuzis, afirmou que sua resposta dependeria da cor da pessoa que estivesse portando o armamento. A publicação foi feita no contexto de uma discussão sobre a conduta de um jovem branco que disparou tiros de fuzil contra manifestantes do movimento #BlackLivesMatter que protestavam em razão da violência da polícia norte-americana contra a população negra.

Embora o ex-deputado tenha tentado convencer de que sua postagem era uma “brincadeira” sobre a cor dos fuzis, a Justiça considerou que o tom supostamente ambíguo e alegadamente jocoso não o isenta de responsabilidade. No ponto, a decisão judicial frisou que o racismo disfarçado ou praticado em tom recreativo não diminui seu potencial lesivo. Ainda segundo a fundamentação da sentença, “uma das mais eloquentes conquistas da atualização e sofisticação das formas modernas de racismo é, ironicamente, sedimentar a concepção de que ele não existe”.

O ex-deputado também alegou imunidade parlamentar, sustentando que sua manifestação estava protegida pela liberdade de expressão inerente ao exercício de suas funções políticas. No entanto, a Justiça concordou com o MPF e reafirmou que a imunidade parlamentar não se estende a manifestações realizadas fora do contexto legislativo ou que não estejam diretamente ligadas ao exercício do mandato.

“Discursos racistas não devem ser naturalizados. Por isso a condenação é muito importante para mostrar que as redes sociais não são terrenos livres para manifestações discriminatórias e que a liberdade de expressão evidentemente não constitui salvo-conduto para conteúdos dessa natureza”, apontou o procurador Regional dos Direitos do Cidadão (PRDC) no Rio de Janeiro, Jaime Mitropoulos.

O ex-deputado recorreu da sentença e o MPF vai recorrer para aumentar o valor da indenização.
Veja a íntegra da sentença proferida na Ação Civil Pública 5007334-93.2021.4.02.5101/RJ

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