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Marketing político sem neuras

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Para começar a tratar sobre esse assunto, vale lembrar que marketing político é uma das mais discriminadas áreas de atuação da comunicação, basicamente pelo contexto geral de seu ambiente, a política. Pois bem, antes de mais nada, um aspecto importante que devemos considerar diz respeito ao histórico de corrupção na política tupiniquim, que permeia desvios de recursos públicos, descasos com as populações e serviços de baixa qualidade (RIBEIRO e OLIVEIRA, 2013), que se corrobora com esse pensamento uma vez que existe uma grande desconfiança dos brasileiros em relação ao setor político e, consequentemente, às práticas de marketing político.

Desde que foram incorporadas ao meio político enquanto atividade estruturada, com certeza muitas campanhas alteraram a forma como encaramos e escolhemos nossos representantes, sejam no âmbito municipal, estadual ou nacional. Reflita, nesta questão, que o marketing político deve dar conta de apresentar ao eleitorado as características e projetos de cada candidato, amplificando e dando visibilidade ao seu discurso. Segundo o cientista político Rubens Figueiredo (2000 citado por ALMEIDA; SETTE, 2010 p.7) sendo o marketing político um conjunto de técnicas e procedimentos que tem como objetivos adequar um (a) candidato (a) ao seu eleitorado potencial, procurando fazê-lo, num primeiro momento, conhecido do maior número de eleitores possíveis e, em seguida, mostrando-o diferente de seus adversários, obviamente melhor do que e les.

Seguindo nessa linha, e já que vivemos tempos de consumidores e cidadãos conscientes de seus direitos, logo, mais exigentes (isso é maravilhoso), eleições para prefeitos, vereadores, governadores e até presidentes tornaram-se muito mais disputadas necessitando serem planejadas com antecedência e minúcias. Nestas condições, as decisões de marketing relacionadas a uma campanha se assemelham aos componentes de qualquer plano estratégico que deve tal e qual a venda de produtos, “vender” o candidato de um partido ou coligação. Esta “venda” pode acontecer em três frentes, que representam subdivisões do marketing político, de acordo com o site Suíte de Gerenciamento Político (O QUE É…, 2013):

Marketing eleitoral: realizado somente no período de campanha eleitoral, sendo adotado nos casos em que um candidato não possui mandato ou busca a reeleição;

Marketing pós-eleitoral: feito de forma contínua por aqueles que já têm mandato, no intuito de gerenciar a imagem perante a opinião pública;

Marketing partidário: direcionado para trabalhar com a imagem dos partidos políticos.

Então, é importante diferenciar bem os conceitos de Marketing político e Marketing eleitoral. O político diz respeito ao conjunto das ferramentas de Marketing que têm como objetivo possibilitar que determinado (a) candidato (a) a um cargo eletivo construa um nome que goze de boa receptividade por parte de seus possíveis eleitores, destacando seus pontos fortes (qualidades e características positivas), ou ainda transformando seus pontos fracos em fortes. Ou seja, tornando o candidato (a) conhecido (a) e aceito (a) perante o seu eleitorado.

Seguindo essa lógica de raciocínio, torna-se adequado direcionar o discurso do candidato de acordo com as necessidades do seu eleitorado, e não há nada de errado nisso, uma vez que o marketing tem como premissa entender as necessidades do consumidor e comunicar que consegue atendê-las. É neste ponto que entra em cena o eleitoral, que busca justamente compreender as necessidades do cidadão e propor meios de suprir a diferença é que o (a) político (a) somente pode confirmar o que foi dito em seu discurso após ser eleito.

Enfim, o Marketing político é algo mais permanente e está relacionado à construção de uma imagem a longo prazo e o Marketing eleitoral se preocupa com o curto prazo (período eleitoral). Segundo Manhanelli, o eleitoral, consiste em implantar técnicas de Marketing político e comunicação social integrados, de forma a angariar a aprovação e simpatia da sociedade, construindo uma imagem do candidato que seja sólida e consiga transmitir confiabilidade e segurança à população elevando o seu conceito em nível de opinião pública.

Com esse objetivo, o marketing eleitoral recorre praticamente a quase todas as ferramentas de comunicação disponíveis no mercado, ou seja, além das mídias tradicionais, as ferramentas da tecnologia da informação em associação com o marketing digital. Isto porque no que se refere ao ambiente virtual, uma boa parte das disputas está sendo travada via internet. Basta olhar para campanhas recentes do Brasil e EUA. Enfim, marketing político e eleitoral fazem parte da nossa vida, sendo uma área de grande relevância que merece ser observada sem preconceitos e muito menos com neuras e ranços relacionados ao descontentamento da política brasileira, que aliás, merece nossa atenção e eterna esperança de um país melhor.

Autor: Prof. Dr. Achiles Batista Ferreira Junior é coordenador do curso superior de Marketing Digital e Marketing do Centro Universitário Internacional Uninter.

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Medicinando: Gualter aborda importância de habilidades técnicas e conceituais ao profissional

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O médico e presidente da Cooperativa Unimed João Pessoa, Doutor Gualter Ramalho, publicou nesta terça-feira (23/07) o segundo episódio do projeto ‘Medicinando’. Com um formato de vídeos curtos compartilhados no seu perfil das redes sociais, o anestesiologista abordará temas como gestão, inovação e liderança.

Desta vez, Gualter destacou a importância de habilidades técnicas, soft skills e habilidades conceituais como atribuições necessárias na garantia da eficiência profissional.

Confira:

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Luciana Portinari comenta sobre a não incidência do ISS na exportação de serviços

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Recentemente, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) modificou o entendimento sobre a (não) incidência do Imposto sobre Serviços- ISS sobre os serviços prestados no exterior, consolidando sua posição pela não incidência. Contudo, muito se discute ainda sobre o tema, havendo uma imensa disparidade de entendimentos, inclusive por Tribunais de Justiça, que insistem em tratar de forma diversa à estabelecida pelo STJ.

Ao julgar o Agravo em Recurso Especial 587.403/RS, o STJ firmou o entendimento que para a aferição da não incidência é irrelevante onde o serviço é prestado, mas sim onde vai surtir seus efeitos. O caso julgado se tratou de construtora que realizou um projeto de engenharia que fora utilizado no exterior.

A fundamentação do entendimento atende o disposto no artigo 2º da Lei Complementar n. 116/2003 que regulamenta o referido imposto, estabelecendo que “O imposto não incide sobre: I – as exportações de serviços para o exterior do País; (…)”.

Importante destacar que a expressão contida no texto legal “exportação de serviços” deve ser analisada com cautela. Isto porque o legislador preocupou-se em abordar os serviços prestados no Brasil e que sejam consumidos e aproveitados, produzindo seus efeitos em território estrangeiro.

Neste sentido, para que seja facilmente identificada a exportação do serviço, tal resultado deve ser analisado sob o ângulo do tomador do serviço, tendo em vista que deve corresponder ao resultado/fruição e efeitos por ele contratado e aproveitado em território estrangeiro, sendo este o objeto de isenção do ISS.

A compreensão da terminologia “resultado”, relaciona-se com o objetivo que se faz pretendido pelo contratante, ou tomador do serviço, com a produção dos efeitos que decorrerá da finalidade máxima da contratação, por este motivo, o resultado do serviço apenas se dará no local e que produzirá seus efeitos e cumprirá sua finalidade.

Inobstante a nítida definição legal, bem como o pronunciamento contundente do STJ, os Tribunais vêm julgando o caso de modo contrário, e da mesma forma, os Fiscos Municipais entendem pela cobrança do ISS nos casos típicos de prestação de serviços cujos resultados sejam verificados no exterior.

Por tal razão é necessária uma análise atenta quanto ao resultado do serviço prestado, para que se possa aferir a não incidência do ISS nestes casos específicos, evitando os abusos da tributação pelos entes municipais.

Sobre a autora:

Luciana Portinari – Sócia da área Tributária do Vigna Advogados e Associados.

Advogada, formado em direito pela Universidade Paulista.

Sobre o escritório:

Fundado em 2003, o VIGNA ADVOGADOS ASSOCIADOS possui sede em São Paulo e está presente em todo o Brasil com filiais em 15 estados. Atualmente, conta com uma banca de mais de 280 advogados, profissionais experientes, inspirados em nobres ideais de justiça. A capacidade de compreender as necessidades de seus clientes se revela em um dos grandes diferenciais da equipe, o que permite desenvolver soluções econômicas, ágeis e criativas, sem perder de vista a responsabilidade e a qualidade nas ações praticadas.

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‘Gestação de 12 meses’: especialista explica necessidade da mulher preparar o corpo para a gravidez

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Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP), hipertensão, diabetes, obesidade, sedentarismo, má nutrição, estresse e alterações no sono. Esses são só alguns dos fatores capazes de construir um ambiente desfavorável para uma gestação saudável. A SOP, por exemplo, comete até 20% das mulheres em idade fértil. Segundo dados da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), em um estudo realizado em 25 mil mulheres, verificou-se um aumento na taxa de abortos de quase 60% nas diagnosticadas com a síndrome. De acordo com dados do Ministério da Saúde, a prevalência do diagnóstico médico de hipertensão em mulheres é de 29,3%, sendo superior em relação aos homens que apresentam 26,4%. A incidência do diabetes também é maior no público feminino, segundo o Ministério da Saúde, 11,1% dos diagnósticos da doença são em mulheres contra 9,1% nos homens.

Nesse cenário, o especialista em Reprodução Humana pelo Hospital Sírio Libanês, ginecologista e obstetra, Guilherme Carvalho (CRM/PB 7011), lembra a necessidade de um planejamento, antes mesmo da gravidez, como forma de favorecer o ambiente intrauterino e, consequentemente, preservar a saúde da mãe e do bebê. “Uma gravidez saudável não pode ser cogitada com nove meses. Ela deve durar pelo menos 12, onde esses três meses que antecedem o Beta HCG positivo são essenciais para preparar a mãe para uma gestação saudável. É o que chamamos de gestação blindada, que precisa de fato acontecer! Durante a preconcepção é possível realizar uma série de estratégias que, comprovadamente, aumentam a chance da gravidez transcorrer bem para a mãe e para o bebê, se comparada a uma gravidez que não foi devidamente planejada”, explica.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 50% das gestações no Brasil não são planejadas, 50% das mulheres que engravidam apresentam déficit de ferro e vitamina D e 40% das que engravidam estão com anemia. “A deficiência desses micronutrientes aumentam a chance de complicações obstétricas e até do desenvolvimento fetal, aumentando a chance de autismo e já existem estudos que comprovam essa associação. Há uma diferença entre gestação desejada e planejada. Planejar é reunir um conjunto de estratégias que vão atuar na adequação de nutrientes, por exemplo, e que vão reduzir o risco de abortamento, parto prematuro, pré-eclâmpsia e diabetes gestacional”, alerta Dr. Guilherme.

Para o especialista, um outro fator determinante na necessidade de um planejamento prévio antes da gestação, é a mudança no perfil das mulheres que engravidam na atualidade. “Houve uma transformação de comportamento e, consequentemente, na saúde das mulheres e das gestantes. São diabéticas, mais maduras, com diagnóstico de hipertensão, logo se faz ainda mais necessário preparar o corpo, o útero, para receber a gravidez. O acompanhamento médico na rotina é indispensável e a suplementação de nutrientes pode auxiliar na construção de um ambiente mais saudável para o bebê. O que muitas mães não sabem é que a nutrição da criança começa no útero, então o cuidado com a alimentação e a ingestão adequada de nutrientes é indispensável mesmo antes do Beta positivo”, reitera.

Dr. Guilherme Carvalho lembra ainda a importância das mulheres que estão com o desejo de engravidar, que já procuraram auxílio médico, mas que ainda não conseguiram, serem pacientes com o próprio corpo e não se pressionarem em relação à gravidez. “A gestação começa quando você sonha, quando a gestante sonha com ela. Quem ainda está na fase de tentante, é importante não fazer desse estágio um momento de obsessão, de ansiedade, de frustração. É preciso calma e, antes do pré natal chegar, criar estratégias para que quando ele chegue, seja uma gestação saudável”, reforça.

Dicas – Entre as principais orientações que integram o tratamento da “gestação de 12 meses” estão: alimentação saudável e suplementação de nutrientes; atividade física; gerenciamento do estresse; boa rotina de sono; monitoramento do perfil lipídico da mulher, que é o acompanhamento dos níveis de colesterol; pré-natal integral, ou seja, que não se limita apenas à realização de exames de rotina, mas contempla um atendimento humanizado e completo para a mãe e o bebê.

Mais sobre Guilherme Carvalho – Médico formado pela Universidade de Pernambuco (UPE), atua há mais de 15 anos na Paraíba. Professor da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) e presidente do Instituto Paraibano de Ensino em Ginecologia e Obstetrícia – IPEGO. Possui residências médicas em Reprodução Humana e Ginecologia e Obstetrícia pelo Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira – IMIP. Também tem pós-graduação em Reprodução Humana pelo Hospital Sírio Libanês, referência nacional na área da saúde. Nutrólogo, se destaca pelo atendimento humanizado e ampliado no tratamento feminino, sendo coordenador do Instituto de Saúde Integrada da Mulher (Instituto Sim).

Contatos:

Instagram: @dr_guilhermecarvalho

Site: https://drguilhermecarvalho.com.br/

Atendimento em João Pessoa – (83) 9338-6748

Atendimento em Sousa – (83) 9344-8918

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