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“Precisamos combater o Cigarro Eletrônico”, um alerta para Dia Mundial sem Tabaco

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Que se conceda um Oscar ao cinema americano pela sua imensa competência de transformar o maior produtor de doenças e mortes da história da humanidade num mocinho cheio de charme e elegância.

Há de se comemorar, no entanto, que depois de muitos anos a reinar absoluto em mentes e corações pelo mundo afora, eis que surgiu uma pedra no caminho: o relatório Terry, divulgado em 1964 pelo Departamento de Saúde dos EEUU escancarou todas as maldades do mocinho.

Considerando o imenso prestígio do cigarro entre os americanos, a realidade exposta naquele estudo promoveu um brutal impacto na sociedade da época. E o mocinho, ao longo do tempo foi lentamente virando bandido.

No rastro daquele relatório foram surgindo programas antitabaco, que aliados à introdução de leis restritivas, limitando a liberdade de atuação da indústria tabageira, fez surgir uma nova mentalidade no seio da sociedade, base fundamental para jogar definitivamente o prestígio do cigarro na lata do lixo da história.

A indústria do tabaco, na sua infinita competência, foi buscar no Cigarro Eletrônico o trampolim para manter seus apetites lucrativos.

Em 2003, o chinês Hon Link teve a péssima ideia de inventar o CE. Três anos depois, invadiu os Estados Unidos, caiu no gosto dos jovens e atraiu muitos adultos. Daí para chegar ao resto do mundo foi um pulo.

Com o poder de convencimento de onze bilhões de dólares de investimentos promovido pelas gigantes Philip Morris e British AmericanTobacco e muita gente desavisada acreditando que o CE é inofensivo e ajuda os dependentes a romperem com a dependência nicotínica. Na contramão dessa falácia, os estudos disponíveis apontam para os usuários do CE com chances 3 vezes maior de se tornarem dependentes do cigarro tradicional.

Indispensável informar que lá no CE existe a mesma nicotina, que está inserida no mesmíssimo grupo das drogas psicoativas, na companhia, vejam vocês, da cocaína.

E a nicotina, para quem não sabe, além do imenso poder de produzir dependência, participa com muita competência no surgimento de infartos, AVCs, hipertensão arterial.

Ponha-se ainda na conta do CE o câncer de pulmão, boca, laringe.., produzido pelas nitrosaminas, o formaldeído, o acetilaldeído.

E muitas outras substâncias promovendo alterações no sistema mucociliar que vão desenvolver a bronquite crônica. Vale acrescentar também a gengivite e o cancro labial.

Há de se informar ainda que, enquanto o cigarro tradicional desenvolve mais doenças crônicas, o cigarro eletrônico promove a EVALI, doença respiratória agudíssima que no ano de 2019, num surto epidêmico nos EEUU, encaminhou mais de 2 mil norte-americanos aos atendimentos de emergência de rede hospitalar com dor no peito, tosse e insuficiência respiratória grave, promovendo um saldo de mortalidade de 68 pacientes.

No próximo 31 de Maio – Dia Mundial Sem Tabaco, o Comitê de Tabagismo da Associação Médica da Paraíba*, de olho nessa nova realidade, está redirecionando estratégias de ação, dentro da necessidade de se trabalhar com muito vigor a população mais jovem, que anda muito atraída pelos apelos enganosos dos fabricantes do CE. A lamentar ainda, o fato de que esse novo projeto da indústria do tabaco anda colocando em risco a curva descendente do consumo do tabaco no Brasil.

Em fins do século passado 34% dos brasileiros estavam atrelados à dependência nicotínica. A última pesquisa Vigitel do Ministério da Saúde fala em 9,2% de brasileiros sem conseguir se livrar das garras dessa substância, que está inserida, conforme já referido, ao lado da cocaína no rol das drogas psicotrópicas.

A triste realidade é que, quando estávamos vencendo uma guerra, eis que surge o CE potencializado pela força econômica dos fabricantes de cigarros, indicando muitos combates pela frente.

Uma observação nos números disponíveis sobre a utilização do CE  – 20% da população jovem, e vai-se admitir que a sociedade em geral e em especial os pais de crianças e adolescentes precisam ser devidamente conscientizados no sentido de se tornarem parceiros nessa nova guerra contra os gigantes econômicos da indústria do tabaco.

*Associação Médica da PB

Ministério Público – PB

Sociedade Paraibana de Pneumologia e Tisiologia

Sociedade Paraibana de Pediatria

Sociedade Brasileira de Cardiologia – PB

Conselho Regional de Medicina

Secretaria Estadual de Saúde

Secretaria Municipal de Saúde

Secretaria Estadual de Educação

Secretaria Municipal de Educação

AGEVISA

Unimed JP

Sebastião Costa – Pneumologista CRM – 1630

Presidente do Comitê de Tabagismo da Associação Médica da Pb

Membro da Comissão de Tabagismo da Associação Médica Brasileira

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Certezas e dúvidas nas decisões do pastor Sérgio

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Redação do Portal da Capital

* Por Josival Pereira

Depois de alguns aparentes contratempos, o pastor Sérgio Queiroz anunciou como será a participação do partido Novo nas eleições municipais em João Pessoa, o que equivale dizer como se dará sua participação, uma vez que ele encarna a legenda na Capital. Se dispôs a ser candidato a vice-prefeito na chapa do ex-ministro Marcelo Queiroga.

Havia quem apostasse na candidatura a prefeito. O pastor descartou a possibilidade na entrevista, dando a entender que a ideia habitava o território de seus desejos e de amigos. Deve ter entendido, porém, que, na política, muitas decisões esbarram em esquemas grupais e não observam condições mais objetivas. As poucas pesquisas divulgadas indicavam o pastor Sérgio Queiroz mais bem posicionado, mas o esquema bolsonarista , com intervenção direta do ex-presidente Jair Bolsonaro, já tem o ex-ministro Marcelo Queiroga como o candidato a prefeito. Barreira intransponível nesse momento.

O pastor Sérgio se esforçou para explicar as razões de sua decisão. A interpretação mais aproximada da realidade é a que ele atendeu aos anseios de direita conservadora e do bolsonarismo, aos irmãos de seu movimento religioso e ainda deixou espaço para atender seus próprios interesses. Será candidato para ajudar o PL; imagina que, apenas como candidato a vice-prefeito, não precisará se ausentar de ações e missões, e ainda terá tempo para rodar na campanha eleitoral por outros municípios, preparando o projeto de ser candidato a senador em 2026.

Nunca assumirá, mas o pastor Sérgio parece ter decidido com o propósito de restabelecer a plenitude de suas relações com Bolsonaro, avariada por ocasião da passagem do ex-presidente pela a Paraíba há menos de duas semanas.

Apesar de justificada as razões da decisão, restou a impressão que o pastor Sérgio ainda não se encontra plena e satisfatoriamente encaixado na aliança do Novo com o PL. Talvez por isso tenha feito um anúncio unilateral, sem a presença de Queiroga e dos deputados do PL (Cabo Gilberto e Valber Virgulino). Durante a coletiva, não se esforçou para dar importância ao ex-ministro Marcelo Queiroga, seu candidato a prefeito, e antecipou exigências sobre o tom da campanha.

É neste ponto que talvez resida a divergência mais expressiva do entre o pastor Sérgio e o bolsonarismo mais radical. Ele se posiciona contra a polarização da campanha entre direita e esquerda ou entre bolsonarismo e lulismo. Defende uma campanha focada nos problemas da Capital. Essa divergência tem tudo para se tornar insuperável. Queiroga tem a candidatura como missão para ajudar Bolsonaro e parece convencido que o êxito depende integralmente do ex-presidente.

Pode-se indagar: qual o futuro dessa aliança do Novo com o PL? Vai depender do desempenho do ex-ministro Marcelo Queiroga nas pesquisas. Se melhorar bem nos próximos dois meses, estará resolvida. Se não, pastor Sérgio voltará a ser acionado como candidato a prefeito.

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Candidato a prefeito, vice, apoiador de luxo ou só Deus sabe?

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Redação do Portal da Capital

* Por Josival Pereira

O pastor Sérgio Queiroz marcou data para o capítulo que se presume último dessa novelinha que se tornou o processo de unidade da direita bolsonaristas e fechamento da chapa para a disputa da Prefeitura de João Pessoa.

O enredo ganhou complicação com a vinda do ex-presidente Jair Bolsonaro no último fim de semana, onde desencontros em agenda e eventos acabaram gerando informações sobre supostos desentendimentos no agrupamento político conservador e irritação em Bolsonaro.

Pedidos de desculpas do PL e desmentidos de todos os lados buscam o restabelecimento de paz. O próprio pastor Sérgio Queiroz se encarregou, de forma enfática, na segunda-feira, de negar o que se noticiava ou se especulava. Apesar dos fatos registrados nos eventos indicarem um certo mau humor da organização e do próprio ex-presidente para com o pastor, ele, não apenas refutou tudo com veemência, como avaliou ter sido tratado com honra, mais do que merecida, e jogou as ocorrências para a conta de fatalidade.

No calor das esclarecimentos e explicações, pastor Sérgio anunciou que no dia 26/04, uma sexta-feira, anunciará sua posição. Deixou em aberto. Não sabe se será candidato a prefeito, vice-prefeito ou apenas um apoiador especial da candidatura do ex-ministro Marcelo Queiroga.

Verdade é que, ao longo desses dois ou três últimos meses em que se discute a candidatura de Queiroga, o pastor Sérgio nunca deixou de alimentar, embora de forma meio tangencial, que poderia ser candidato a prefeito. Fomentou, porém, com sua complacência, a ideia que aceitaria ser candidato a vice-prefeito. Aliás, essa é a convicção dos dirigentes do PL. Talvez pela entrada do ex-presidente Bolsonaro no circuito. Em que pese tudo isso, ainda pairam muitas dúvidas sobre o desfecho que o pastor Sérgio dará ao seu destino político no momento.

Seja como for, uma coisa é certa: com o pronunciamento feito pela internet na segunda-feira, conscientemente ou não, o pastor Sérgio estreitou o caminho para sua definição. Ao dizer ter sido tratado com toda honra possível e elogiar abundantemente Bolsonaro, Queiroga, Cabo Gilberto, Walber Virgulino e o PL, não sobra desvio para o novo líder do Novo em João Pessoa justificar uma decisão de ser candidato a prefeito. A hipótese da candidatura dele próprio a prefeito parece, então, prejudicada.

Assim, sobram duas saídas: a da candidatura a vice-prefeito na chapa de Queiroga ou a de virar um apoiador de luxo. Tem muita gente apostando na segunda hipótese, mas o pastor tem demonstrado certa capacidade de surpreender. Se Deus estiver na parada, como o pastor acredita, certamente, os caminhos da decisão se alargarão e a decisão final se tornará mais fácil. Se depender apenas dos desígnios dos homens e da política, nem iluminados, os caminhos conduzem à certeza.

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Não foi culpa da imprensa…

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Redação do Portal da Capital

Assisti à live que o pastor Sérgio Queiroz (Novo) realizou na segunda-feira (15/04) falando sobre os imbróglios envolvendo o nome dele e o Partido Liberal (PL) desde a última semana e, de modo agravado, desde a visita do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao Estado da Paraíba para lançar a chapa da Direita e Extrema Direita pessoense tendo Marcelo Queiroga como pré-candidato a prefeito e o religioso à vice na corrida ao comando da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) nas Eleições 2024.

Na verdade, aqui do meu cantinho, numa cadeira mega confortável e com um balde cheio de pipoca, metade doce e metade salgada, tenho assistido à muita coisa que tem marcado o universo político paraibano e, em especial, o pessoense.

Hoje, porém, vou comentar sobre o episódio, quase interminável, que estou assistindo e que envolve o pastor Sérgio Queiroz, figura por quem, aliás, A-IN-DA, nutro simpatia suficiente para sentir incômodo ao vê-lo se enfiar numa lambança que em nada combina com a postura polida que ele sempre demonstrou ter.

O episódio ao qual me refiro não se resume apenas a live da segunda-feira, mas, a uma série de acontecimentos -desorganizados e vexatórios!-, que eclodiram graças a decisão dele em não assumir o receio que parece ter em aceitar com a alegria e a empolgação esperadas a condição de vice na chapa do PL.

Eu, realmente, senti uma ponta de tristeza e uma vergonha alheia gigante quando assisti, com meus próprios olhos, Queiroz, que por indecisão própria se meteu num olho de furacão, culpar a imprensa pelo que está vivendo.

Queiroz teve a capacidade de abrir a boca na live para direcionar críticas e cobranças à imprensa e, ao mesmo tempo, demonstrar uma desinformação inexplicável acerca do universo político onde ele quer se mostrar inserido.

Na live, Queiroz teve a coragem de abrir a boca para perguntar por que a imprensa, diferentemente do estaria fazendo com ele, não cobrava do deputado federal Romero Rodrigues (PSC/Podemos) uma definição sobre o rumo político que tomará nas Eleições 2024, ou mesmo, do Partido dos Trabalhadores (PT) acerca da indefinição da pré-candidatura na Capital paraibana.

Minha gente… quem não vive numa bolha, não olha apenas para o próprio umbigo e acompanha minimamente o universo da política sabe que, nos últimos meses, de tanto, nós da imprensa, falarmos nesses temas, tais assuntos mais têm parecido aquelas falhas chatas em discos de vinil arranhados do que cobranças que ele classifica como inexistentes.

Cobramos sim, de Romero e do PT e evidenciamos todas as “lambanças“, imbróglios, intrigas e polêmicas políticas que enxergamos.

Por isso, ao assistir a sua live decidi escrever este artigo dizendo: “Não foi culpa da imprensa…”

Não foi -mesmo!- culpa da imprensa, meu caro pastor.

Não foi a imprensa que na véspera e até, no dia… pior… no MO-MEN-TO do evento de anúncio da chapa “Quero, Quero“, lá nas dependências da Domus Hall, mesmo com a própria cara aparecendo numa foto ao lado de Queiroga num telão, disse que decidiu adiar, mais uma vez, a decisão sobre participação do Novo na chapa encabeçada pelo ex-ministro.

Não, meu caro pastor… não foi e nem é culpa da imprensa e muito menos do locutor do evento o fato do senhor se perceber num meio de um furacão político vexatório para o seu curriculum de pessoa polida.

Inclusive, enquanto escrevo essas mal traçadas linhas, como diria algum poeta, sigo me perguntando por que um homem que enxergo como tão capaz, se mete numa situação dessas mesmo tendo valor político suficiente para garantir uma vaga de vereador sem gastar praticamente um tostão com campanha. Por queeeeeeeee???????

Pois é, pastor… não foi culpa da imprensa…

Como o senhor bem lembrou, durante a live, das palavras que, se não me falha a memória, são de Mateus, “bem-aventurados são os pacificadores“, tire uns dias, respire, pacifique a própria alma e lembre da sua capacidade para ser um excelente vereador que teria a oportunidade de legislar e produzir, de fato, para o bem da população.

Mas, para que fique bem claro… me permita repetir pastor: não foi culpa da imprensa.

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